Boa tarde pessoas do e-mail e dos comentários, vamos entender a história de Mariana?, puxe seu banquinho e escutem o leriado...
Capitulo 10 - A tristeza eh senhora
Música tema do Capítulo, não esqueçam de ouvir
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A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora...
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CAPÍTULO 10- A tristeza é senhora
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Sai do consultório da psicóloga, passei em uma papelaria e comprei um caderno, algumas canetas coloridas e parei em um café qualquer da cidade, estou anestesiada, como se tivesse levado várias tapas na cara seguidos, pela primeira vez na vida acho que vi minha verdadeira face e não gostei nada do que me foi revelado, eu poderia enumerar aqui milhões de desculpas que explicassem minimamente o que me tornei, acredite, tive os meus motivos, mas, na verdade, nada justifica, sabe o que acho?, nunca fui aquele tipo de pessoa que faz uma limonada com os limões que a vida oferece, eu sou do tipo que recolhe todos eles e espreme direto nos olhos dos outros, o fato é que o excesso de cicatrizes me fez uma expert em ferir quem me ama, e creio que nenhum fato que descobri será suficiente para mim, no entanto, sempre é uma boa ideia passar a vida a limpo.
Escolhi um caderno grosso de capa rosa e roxa, cheio de estrelas, devo gostar de sofrer, porque estou praticamente com um altar de coisas relacionadas ao tema no meu quarto, sei que estou sendo ridícula e masoquista, mas, a verdade é que não posso ver nada associado a estrelas que acabo comprando. Também deixei dentro do meu guarda roupa, escondido entre os agasalhos de frio, uma foto da Stella em um porta retrato cheio de estrelinhas, dessa forma ela é muitas vezes a primeira e a última coisa que tenho olhado no decorrer desses dias, talvez essa seja uma forma de juntar uma constelação no meu quarto, quem sabe um dia possa entregar tudo isso a minha verdadeira estrela?.
O fato é que concordei em escrever esse diário depois da última sessão de hipnose que fiz com minha psicóloga, segundo ela, cada vez mais as lembranças do meu inconsciente vão aflorar e isso será definitivo em todo o meu processo de cura. Não tive como não lembrar da Paty, assim que segurei essa caderno nas minhas mãos, a doce imagem de Patrícia veio forte nas minhas lembranças, ela era minha melhor amiga, tivemos uma amizade "colorida", da infância até a adolescência, lembro que todo o ano que se iniciava íamos ao shopping e ela escolhia um diário novo, Patrícia nunca me autorizou a ver nenhum, mas, sempre lia algo, não tudo, uma página ou outra, e era lindo o seu amor tão devotado por mim. Espero que possa revê-la um dia, queria pedir perdão por tudo e pelo tanto que a fiz sofrer ao longo de não sei quantos anos, como será que ela está?, será que casou?, o que será que faz?, não sei, ela nunca respondeu a minha carta e nem me ligou, mas, não a culpo, não tenho o menor direito de lhe cobrar nada, respeitei sua opinião e o seu silêncio, apenas segui com minha vida.
Eu queria tanto ter me despedido, queria ter dividido com ela o tanto que estava apavorada no dia que fui embora, tivemos pouco tempo para ajeitar uma vida toda dentro de quadro malas, não entendia o porquê disso tudo, e nem a pressa de partir, e muito menos o porquê de deixar muita coisa para trás, não entendia o que de fato estava acontecendo, me falaram apenas que íamos embora de Gramado por uma razão justa e importante, essa motivação deixo para narrar logo mais.
Disse a meus pais que precisava me despedir de Patrícia, eles me deram meia hora para ir e voltar, mas, infelizmente a Bá me avisou que ela não estava, eu sei, eu podia ter deixado a carta, mas, fiquei tão triste que a levei de volta comigo, lá estava escrito algumas explicações e um pedido de desculpas, mesmo do meu jeito meio tosco, dentro do envelope, junto com a carta estava o meu futuro endereço e um telefone que o meu pai permitiu que lhe desse. Voltei com lágrimas nos olhos e por sorte encontrei Cassandra no caminho, ela me abraçou e prometeu que levaria a minha carta até a Patrícia, me desejou boa sorte e chorei abraçada a ela, fiquei muito emocionada com sua boa vontade em ajudar.
Meu Deus, Patrícia...como eu pude ser tão cruel com uma pessoa que só me deu amor?, se pudesse voltar atrás nunca a arrastaria novamente para dentro daquele box, essa minha necessidade por sex* só podia mesmo ser patológico, não posso mentir, eu tive mulheres maravilhosas, que me amaram mesmo tendo com uma série de defeitos insuportáveis, mas, nunca nenhuma delas era suficiente pra mim, eu sempre queria mais, precisava de mais, nunca respeitei ninguém, nunca amei ninguém, e quando eu descobri que amava, simplesmente eu a perdi, agora tenho um leque de lembranças de Stella e esperança nula de ser feliz ao seu lado.
Enquanto passava a limpo a minha vida, as lembranças de tantas mulheres que fiz sofrer vinham em forma de golfadas, fiquei pensando se eu deveria fazer um curso de treinamento radical na selva, uma vez me disseram que esses cursos trabalham bem a parte emocional da pessoa, a resistência psicológica e física, e é isso que estou precisando, sofrer para poder zerar e recomeçar a minha vida.
Cresci em uma família que aparentemente era unida e bem estruturada, meus pais tiveram uma excelente formação, ela era bioquímica e ele engenheiro químico, os dois construíram a Trasinil, uma empresa fabricante de tintas imobiliárias, mas, por trás disso meus pais eram chefes do tráfico internacional de animais silvestres no Brasil, eu nunca entendi porque não poderia contar o que faziam, quando pequena, me explicavam que vendiam alguns bichinhos proibidos, mas, que era uma maneira deles conseguirem um lar, acreditei.
Só adolescente descobri que era crime, mas, já não me importava, era lucro certo, assim, herdei o que meus pais construíram quando se aposentaram, digamos assim, cresci ouvindo tantas vezes, "ah, são só bichos" que para mim, o tráfico era uma atitude normal, no começo me chocava a forma com que eram transportados, depois me explicaram que precisavam ser bem escondidos, pode parecer estranho, mas, só ao ver um vídeo que a Dra. Ana Paula me mostrou durante uma terapia que me dei conta dos erros cometidos por uma vida inteira, nunca parei para pensar que os mamíferos tem praticamente a mesma constituição que a gente, muitos sofrem horrivelmente em abatedouros, quase imploram pela vida, sei que isso não acontece só mamíferos, mas, com todas as espécies que são tratadas como objetos de lucro, e eu contribuindo com tudo isso, não é nada que me orgulhe, quem sabe em breve eu arranje uma maneira de compensar a natureza tudo que lhe tirei, talvez uma ONG, um lugar para a recuperação de animais capturados ilegalmente, quero também plantar umas árvores frutíferas, ajudar o planeta que está tão adoecido.
Acho que o mais difícil é mesmo começar, preciso me informar o que fazer de uma forma efetiva, talvez tenha que pagar uma multa gigantesca quando entregar todos os bichos para uma reserva, assim, com as multas e encargos com certeza serei transferida imediatamente para a classe média, fazer o que?, pago qualquer preço pela minha consciência, essa semana mesmo preciso conversar com Ian e com as pessoas que trabalham para mim, quero recomeçar do zero, se sobrar algum dinheiro será dividido entre todos.
Na saída do café, parei o carro em uma rua paralela a principal quando vi uma mulher puxando um cachorrinho amarrado por uma corda em seu pescoço, ela puxava de qualquer jeito, se fosse em uma outra ocasião, eu passaria batido, não é?, mas, não aguentei, fui até lá, paguei uma quantia absurda pelo filhote de vira-lata caramelo com branco e o batizei de Fandangos, indo direto a uma clínica veterinária ver seu estado real, tinha pulgas, vermes, estava desnutrido, mas, tudo muito fácil de ser resolvido tudo, ele comeu, paguei um banho com carrapaticida, comprei tudo o que precisava para ele e segui em direção à casa de Larissa. Fandangos me acompanhava feliz, me olhava o tempo todo e parava para balançar o rabo e me lamber, ali começaria uma real relação de amor incondicional.
Estacionei na rua de Larissa, segurei Fandangos no braço e pegamos o elevador, ela ficou contente quando me viu, envolveu meu pescoço com seus braços, e apenas os tirei e beijei a palma de suas mãos.
- Esse cachorrinho é para mim?.
- Sinto muito, mas, não, esse é o Fandangos, me afeiçoei a ele, eu comprei para doá-lo, mas, já temos uma história, não é rapazinho?.
Fandangos balançava o rabo alegremente, peguei o potinho de ração comprado no veterinário e o deixei comer a vontade, em seguida sentei no sofá e chamei a ex dançarina para sentar pertinho.
- Larissa, precisamos conversar...
- O que foi Joy?
- Mariana...você pode me chamar pelo meu nome?.
- Claro Mari, você está me assustando, aconteceu alguma coisa?.
Eu poderia contar detalhadamente a conversa, mas, não foi nada além do que vou resumir, eu a aconselhei a investir no curso de Arquitetura, disse que pelos seus desenhos ela ia ser uma excelente arquiteta, aproveitei e terminei aquele arremedo de relação, desejando toda a sorte do mundo, dei um último abraço, ela chorou e fui embora rezando para que consiga fazer o mesmo com outras pessoas que magoei, espero assim conseguir zerar minha vida e recomeçar do zero.
Antes de entrar em casa, peguei o celular e de dentro do carro liguei para Stella, pedi que ela não desligasse, que ela nem precisava dizer nada, só me ouvir, disse que a amava profundamente, mas, que ela não precisava se preocupar comigo, eu nunca mais iria incomoda-la com o meu amor, avisei que era a última vez que ligaria, e por fim desejei que ela fosse feliz com a mulher que amava, aproveitei, falei da minha decisão de acabar com a organização e recomeçar a vida. Ainda escutei uma respiração, um choro entrecortado e desliguei, a libertei do fardo que eu era em sua vida.
Enxuguei as lágrimas e o restante Fandangos terminou de lamber, entrei em casa e chamei Antônia, ela veio prontamente.
- Oi Joy, deseja alguma coisa?. Eita, e quem é esse simpático vira-lata?
- É Fandangos, eu adotei hoje, vou levar para dormir no meu quarto. Na verdade queria duas coisas, primeiro, pode me chamar de Mariana mesmo, é o meu nome, né?, a Joy foi deletada hoje. Bom, Antônia, eu vou tomar um banho e me deitar, se quiser, você também pode se recolher, antes, por favor, só me traga um analgésico com um copo d'água, e avise a quem puder que amanhã quero marcar uma reunião.
Antônia, não disse nada, mas, pensou "Nossa, Mariana dizendo por favor?, estou vendo uma grande mudança, até adotou um vira-lata, será que ela está bem?", pensou isso para depois sair e voltar rapidamente com o remédio e a água.
- Antônia? - Chamei umas, duas vezes para que me ouvisse.
- Desculpe Jo...Mariana, quer mais alguma coisa?.
- Tudo bem, foram anos tendo que me chamar de Joy, não se preocupe, boa noite, durma bem, amanhã é um novo dia e obrigada pelo analgésico.
Mariana acomodou Fandangos em sua caminha, colocando ao lado do filhote, o pote de ração e o de água. Esticou o corpo, pegou uma caneta e o caderno, voltando a escrever.
Com nove anos já tinha o corpo em formação, era uma menina romântica, gostava de assistir novelas, e por isso fui um alvo muito fácil de uma das empregadas que trabalhavam em minha casa, nunca vou esquecer seu nome, Zilma, ela dizia que devia manter segredo do que fazíamos escondidas na biblioteca dos meus pais, sempre que eles saiam para trabalhar ela se trancava comigo dizendo que íamos ensaiar o que havíamos assistindo nos capítulos da novela, e eu acreditava no que ela dizia, na minha cabeça estávamos apenas reproduzindo as cenas, logo depois, ela passava a mão no meu rosto e falava que com minha beleza um dia poderia ser uma grande atriz, só muito depois entendi que na verdade fazíamos sex*, e por muitos anos tinha certeza que havia sido permissiva, mas, não existe permissão de uma adulta abusar sexualmente de uma criança de nove anos, só na terapia entendi que fui vítima de um abuso, foi criminoso o que ela fez, mas, já a perdoei, quem sabe ela não teve suas motivações?, espero que como eu, ela tenha revisto suas atitudes.
Mas, nada se compara com o que passei com Leonor, ela era vizinha da nossa casa, as vezes de madrugada era levada às pressas para lá, sempre que meus pais precisavam resolver alguma encrenca que haviam se metido. Em uma noite qualquer eu estava na casa de Leonor, chorando nervosa, sem entender nada, ela enxugou minhas lágrimas, me olhou profundamente e perguntou:
- Mariana, você me vê como tia ou como mulher?.
Na hora eu ri, sem entender o que ela queria dizer, mas, inesperadamente, ela colou sua boca na minha e com onze anos descobri o que era amar uma mulher e como fazê-la sentir prazer, ai entendi que com Zilma foi apenas um ensaio.
Tínhamos encontros semanais, ela dizia que estava me dando reforço de Matemática, e minha mãe até agradecia, acreditava que de certa forma eu também fazia bem a jovem viúva de longos cabelos negros e olhos violeta, criei uma espécie de dependência, segundo minha psicóloga tive "Síndrome de Estocolmo", que nada mais é, do que um estado psicológico, onde a pessoa submetida a intimidação, medo, tensão e até mesmo agressões, passa a ter empatia e sentimento de amor e amizade por seu agressor, no começo o sex* era sempre muito suave, até ela descobrir prazer no BDSM, que deveria ser consensual, mas, não, tudo era imposto, seu objetivo com a prática era encontrar prazer em meio à dor e situações desconfortáveis para mim, ela impunha seus desejos sexuais e eu devia apenas obedecer, sem contrariar, hoje eu sei que nesse tipo de relação deve haver um consenso entre o casal praticante, o que não era o caso.
Tivemos o que eu acreditava ser um relacionamento por quase três anos, depois já estava mais velha, um dia bati em sua porta e ela havia me substituído, uma garota nova ocupou o meu lugar.
Por hoje chega, deixo que os fantasmas se enterrem sozinhos...
Fim do capítulo
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Anny Grazielly
Em: 09/03/2021
Caraca... fiquei com pena da Mariana agora... que situação difícil ela viveu... e que bom que ela que mudar... uma pena ela precisar perder Stella para isso... mas sei que coisas difíceis ainda vão vir...
Resposta do autor:
Eu também...mas, toda mudança Boa trás consequências felizes
Andreia
Em: 10/12/2020
É um caso a se pensar o que ela passou pode levar a fazer isso como tbm podemos ver que estamos indo para o lado errado e tentar acertar mais tbm naoy temos como falar se certo ou errado não tomos aqui pára julgar e sim tentar compreender se tivéssemos sinos nos no lugar nela o que faríamos não Sabemos poque não vivemos isso só quem passa para saber a dor que vai a alma.
O importante que ela vai e quer mudar para melhor só temos que saber se ela vai ter tempo para isso.
Filha da puta da Cassandra se fez de amiga mais na verdade uma cobra não entregou a carta a Patrícia.
Bjs e abraços
Resposta do autor:
Cassandra era uma cobra invejosa, ai juntou a filha da putice dela com a personalidade, vamos ser sinceras, foi um abuso o que aconteceu com a Patrícia, não concorda? bjs
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florakferraro
Em: 06/12/2020
Nossa que mentira que a transformação de Mariana foi rápida, ela foi mudando ao longo de alguns capítulos, deu para ver direitinho sua mudança. Parabéns pela história linda.
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brinamiranda Autora da história
Em: 12/08/2020
Acho que ela ainda tem um longo processo a aprender, mas, nunca é tarde para recomeçar â¤ï¸
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Rain
Em: 12/08/2020
Olá, tudo bem?
Abuso infantil é horrível. Já vi muitos filmes sobre isso, algumas crianças acabam se fechando totalmente, se sentindo nojo do próprio corpo e algumas acabam se matando quando sabem o que se passou na infância.
É realmente horrível isso ter acontecido com Mariana. Mais ainda acho que não justifica todos os atos delas, principalmente, como os sentimentos de outras pessoas e porque só agora quando não soube dar valor ao que teve ela resolveu mudar? Com a Paty que era a melhor amiga dela, e ela errava tanto, porque ela não tentou mudar?
Acho que não entendi direito. A Leonor era Tia da Mariana? Quero só ver esse encontro dela com a Paty. Nick foi a ruiva que a Mariana teve aquele momento de pegação no banheiro durante a viagem, né? Vixe, será que vai dar mal esse encontro.
Resposta do autor:
Oie Rain, tudo ótimo e com você?...
Então, é um assunto muito difícil de se abordar, mas, infelizmente acontece bastante e é bastante complicado de superar e muitas vezes as pessoas só conseguem ter extensão do danos causados em sua personalidade na terapia.
Quanto a Mariana realmente não justifica, só explica, como ela mesmo falou não conseguiu fazer uma limonada com os seus limões, tem coisas que realmente não conseguimos mensurar, e eu vou te dizer, não sei mesmo a motivação da Mariana ter repensado toda sua vida, sei que o gatilho foi a Stella, mas, é como na vida, tem coisas que não são solucionadas mesmo...acho que o sofrimento foi apenas o gatilho para disparar essa falta de respeito dela pelas outras pessoas.
Ah, quanto a Leonor...sabe aquelas amigas da nossa mãe que acabamos chamando de tia?. a Leonor essa isso, uma amiga da mãe da Mariana.
Sim as duas tiveram aquele pega, mas, não era bem essa a intenção de Nick ao leva-la ao banheiro...amanhã sai o encontro...
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Gabi2020
Em: 12/08/2020
Olá!
Nossa a história da Mariana me deixou sem palavras... Não que justifique os atos dela, mas deixa margem para uma boa reflexão.
Como te disse, Mariana tem um coração... Bichinha...
Tô ainda impactada.
Beijos
Resposta do autor:
Oi Gabi, é como te falei... na vida como na arte as pessoas e as personagens nos surpreendem, é como ela mesmo fala, poderia ter feito uma limonada dos limões que a vida apresentou a ela, mas, dentro da sua personalidade ela espremeu nos olhos dos outros, sim, o objetivo do capítulo é exatamente a gente refletir, tudo tem uma explicação, vamos esperar e ver como tudo se desenrola...
bjs
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