POV FERNANDA

     Depois do nosso jantar maravilhoso eu estava decidida em permitir viver aquela paixão, já não me resta dúvida que sou louca por ela, e sempre fui. Nossa noite foi incrível, estar com ela sempre era incrível e eu não podia estar mais feliz. Acordei com o peso do braço dela em volta do meu corpo e logo meu veio flashes da noite passada que eu queria muito repetir.          Comecei a distribuir beijos pelo seu rosto e ela despertou preguiçosamente.

-Não faça isso, se não ficarei mal acostumada. – Ela sorriu e eu a beijei. – Vou querer acordar assim todos os dias.

-Hahaha, vai depender se você vai merecer. – Ela se virou rapidamente ficando em cima do meu corpo.

-Ah é assim? – Eu sorri com malícia e ela avançou sobre meus lábios.  

    Julia me beijava com veemência, estava viciada naquela boca, ela sabe disso nossas línguas bailavam em sintonia, minhas mãos estavam em sua nunca e eu me prendia cada vez mais a ela. Ela desviou da minha boca e passou a descer sob a pele alva do meu pescoço, uma de suas mãos estava por cima do meu seio descoberto e eu suspirava de desejo.

-Eu amo seu corpo. – Ela dizia entre os beijos que deixava pela minha pele.

     A forma sensual com que ela disse isso me deixou com mais tesão e ela sabia disso, ela beijava o lóbulo da minha orelha, sua mão desceu até meu ponto de prazer e ela inicio uma massagem por cima do meu clit*ris, Julia percebeu o quanto eu estava molhada e tirou a mão.

-Não para agora. – Falei com dificuldade e ela riu do meu desespero.

    Ela se encaixou entre minhas pernas e eu senti o calor do seu sex* no meu, começou em um atrito gostoso, eu rebol*va lentamente embaixo dela e ela gem*u com o contato. Eu sentia que logo goz*ria e ela mais que depressa se levantou ficando sentada apoiando no encosto da cama.

    Ela fez sinal para que eu me aproximasse e eu sentei em seu colo com uma perna de cada lado, seus dedos entraram com facilidade e eu rebol*va sentindo seus dedos dentro de mim, Os gemidos era involuntários e olhar de Julia me penetrava com um brilho diferente. Seus lábios voltaram a encontrar os meus e ela me beijou com vontade, o movimento de seus dedos aumentaram a velocidade e a força, me fazendo a subir o volume dos meus gemidos. Logo senti meu corpo todo reagir e o gozo veio intenso me deixando completamente sem forças.

-Toma um banho comigo amor? – Meu coração perdeu o compasso quando eu a ouvi dizer aquilo.

-Só se você me chamar de amor de novo. – Eu falei ainda manhosa e me enroscando em seu corpo.

-Meu amor! Minha linda! Toma um banho comigo? – Ela me beijou novamente e seguimos pro chuveiro.

- O que acha de a gente passear um pouco com sua família? - Ela sugeriu depois de darmos uma pausa o quarto.

-Uma ótima ideia Ju, vou ligar pra minha mãe. – Alcancei meu celular e combinamos de passar lá pra busca-los.

      Nosso dia estava sendo maravilhoso, minha mãe e Julia eram quase que melhores amiga, Leticia e Fernando se divertiam e eu não podia estar mais feliz, almoçamos no shopping e depois assistimos um filme infantil que Julia sugeriu. Eu amava a forma com que ela cuidava para que todos estivessem confortáveis e vez ou outra me pegava admirando aquela mulher. Eram quase nove da noite quando Julia deixava a gente em casa, ela queria que eu voltasse pro apartamento dela, mas eu precisava revisar alguns processos ela entendeu. Me despedi dela com muito custo, minha mãe tinha subido com os meninos e eu estava tentando fazer com que ela me deixasse subir também. Depois de vários beijos ela foi embora, mas se eu soubesse o que aconteceria eu não teria deixado ela ir.

-Anda sua depravada, vim buscar minha mulher e meus filhos. – Antônio tinha uma faca apontada pra minha cintura. – Espero que você colabore.

     Meu sangue sumiu do corpo quando reconheci a voz do homem, eu apenas acenei coma cabeça e subi até meu apartamento. Ele cheirava a álcool, e meu estomago embrulhava.

-Você não tem vergonha de ficar se agarrando com aquela piranha em frente a todos? – Ele me segurava pelo braço e com certeza ficaria roxo.

    Entramos em meu apartamento e meus olhos já eram banhados em lagrimas, eu não sabia o que fazer, o medo tomava conta de cada centímetro do meu corpo e eu temia pela vida da minha família e pela minha.

-Filha coloquei o Fernando no quarto do Tito já que ela não veio. – Minha mãe veio do quarto e se calou na hora em que colocou os olhos no homem. – Antônio o que você faz aqui?

-Pegue suas coisas e vamos pra casa. – Ele foi até minha mãe e mostrou a faca. – E anda rápido, eu não quero ficar nessa casa de gente invertida.

-Para com isso Antônio, vamos conversar. – Minha mãe tentava acalmar o homem.

-Anda Marta, eu não estou pra brincadeiras. – Ele empurrou minha mãe e eu sai do transe que estava.

-Larga ela e vai embora, é melhor pra você. – Eu disse com raiva e ele me encarou.

-Eu só quero que minha mulher e meus filhos volte pra casa, você pode ficar ai nesse mundo de perdição que você escolheu. – Antônio tinha ódio no olhar e mesmo assustada eu não abaixei a cabeça pra ele.

-Ninguém vai sair daqui a não ser você. – Eu falei em um tom mais firme. – Nós demos queixa de você e a policia está no seu encalço.

-Como é que é sua piranha? - Ele veio pra cima de mim e me deferiu um tapa no rosto. – Você não me respeita?

    Ele me segurava pelos cabelos e minha mãe gritava pra ele sair, isso fazia o ódio dele subir e eu tive medo do pior acontecer.

-Eu devia ter te corrigido quando você era pequena. – Ele me segurava pelo cabelo e meu couro cabeludo já estava totalmente dolorido. – Sua mãe é uma lerda que não sabe colocar limites nos filhos.

-Você não tem moral nenhuma, você não passa de um bêbado imprestável. – Minha mãe tentava fazer com que ele me soltasse a faca que ele havia em mão tinha caído no meio da confusão.

    Foi tudo muito rápido Fernando atingiu Antônio com um vazo de planta que ficava na minha sala, e ele caiu no chão tonto, corremos pro quarto e trancamos a porta, liguei pra policia e depois liguei pra Julia em total desespero.

       Passaram se dois meses desde aquele dia terrível, Antônio foi preso e conseguimos respirar aliviadas por nada de grave ter acontecido, minha mãe ainda teve coragem de ir até a cadeia, e disse que ele pediu desculpas se arrependido, mas ela não acreditou nele. Julia Se culpou por não ter ficado comigo naquele dia, mas eu logo fiz com que ela não se culpasse por aquilo. Estava na hora da minha mãe vir morar comigo de vez então comecei uma busca por apartamentos maiores e escolas pras crianças.  Tito estava morando com Felipe, e isso facilitou a estadia da minha mãe lá em casa, ela estava até animada com a mudança e até pensou em abrir o próprio negocio. Julia estava cada dia mais atenciosa conosco e quase todos os dias a gente tentava dormir juntas, eu passava mais tempo no apartamento dela do que no meu.

-O aniversario dela está chegando e eu não sei o que dar a ela. – Elis e Helen estavam em minha sala batendo um papo.

-Ela já tem o que ela mais queria. – Elis gargalhava e Helen foi no embalo.

-Palhaça, você está aqui pra me ajudar.

-Uai, estou fazendo isso. – Ela pareceu pensar e colocou a mão no queixo. – Que tal um festinha surpresa? E Depois uma noite quente e sensual?

-Você só pensa nisso né? – Helen perguntou e Elis gargalhou.

-Fernanda preciso da sua assinatura. – Julia entrou em minha sala e logo o sorriso morreu ao ver Elis lá, apesar de tudo ela ainda tinha ciúmes. – Desculpa, não sabia que você estava ocupada, volto depois.

-Vixi, acho melhor eu ir embora, eu vim me despedir mesmo. – Elis ia passar uma temporada em Salvador, mas logo estaria de volta. – Fê você sabe que eu nunca vou esquecer tudo o que vivemos né? Mas apesar de tudo eu quero que você seja sempre feliz, então vai logo atrás daquela ciumenta e lasca um beijão nela.

-Hahaha, eu também não vou me esquecer de nós, te desejo toda sorte do mundo e vê se não arruma um rabo de saia por lá e esquece a gente. – Nos abraçamos e ela foi embora. – Agora eu vou lá encher de beijos minha futura namorada.

-Está passando de hora né. – Helen e eu saímos da minha sala e fui até a sala de Julia.

     Havia dias que eu estava pensando em pedir Julia em namoro, já que até hoje ela não tinha me pedido, e eu estava inquieta com aquilo, mesmo dando vários sinais de que eu queria namorar. Tito me dava maior apoio, dizendo pra eu surpreende-la eu pretendia fazer isso no aniversario dela, mas algo dentro de mim me dizia que agora era a hora.

-O que você queria que eu assinasse? – Ela estava concentrada em seu computador.

-Não precisa ser agora, você está ocupada com a sua visita. – Ela nem olhava pra mim.

-Você sabe que nós somos só amigas. – Eu tentava chamar a atenção dela, mas era em vão.

-Sei amigas, que já ficaram né? – Ela desviou o olhar e eu estava com vontade de rir.

-Você com ciúmes é fofo, mas eu não gosto que sinta ciúmes atoa. – Julia ate que enfim me olhou. – Eu não quero que tenhas motivos pra sentir ciúmes, eu quero te dar a certeza que eu pertenço a você e que eu sou completamente apaixonada por você.

Ela sorriu com aquele sorriso que me deixa derretida e eu continuei, estava encorajada a fazer o pedido.

-Não consigo pensar em nós duas sem fazer planos pro futuro. – Segurei sua mão entre a minha enchi meu pulmão de ar. – Por isso eu quero saber se você quer namorar comigo?

Fim do capítulo