--Então amiga ela deu notícia? -Cléo  entrou no carro da amiga que a esperava na entrada da casa de Beto.

--Me tira daqui Bruna, só me tira daqui – Bruna não perguntou nada apenas dirigiu para a casa da amiga que chorava muito.

--Me fala o que aconteceu? – Bruna perguntou assim que Cléo  sentou no sofá chorando.

-- Ela passou a noite com a amante, como ela pode? E ela disse que não tinha nada com ela- Bruna abraçou a amiga que chorou muito, ficou um tempo ali até levantar e enxugar as lagrimas. – Eu vou pegar a Isa na escola- Disse pegando sua bolsa

--Fica aqui eu a pego e levo para a casa da sua mãe, tenta descansar, assim que deixa-la lá eu volto.

--Não precisa Bruna, eu quero ficar com a minha filha, não vou deixar que ela sinta mais uma perda na vida dela, ela já teve muitas.

-- Tudo bem, mas eu vou ficar aqui te fazendo companhia.

--Obrigada amiga – Foram para a escola da garota busca-la, o dia passou-se com uma Cléo  triste, chorosa.

 

 

 

-- Ei vem comer alguma coisa.

--Eu estou sem fome Beto. – Leticia virou-se na cama, estava ali deitada o dia todo, arrependendo-se de cada minuto da noite passada com a jovem.

--Saco vazio não para em pé, você tem que comer alguma coisa.

--Eu já disse que estou sem fome

--Tudo bem, eu vou sair, pensa nas merd*s que você fez para ir conversar com a Cléo  amanhã, implorar pelo perdão dela, porque você foi uma bela filha da puta com a sua mulher, eu a vi ela ontem aqui chorando, porque foi uma idiota por ter te pedido um tempo, pois te amava demais para ficar sem você, mas o que você fez? Foi ficar com a novinha, eu sei que ela é uma puta gostosa, mas é a Cléo  Leticia, uma mulher incrível... – Foi calado pela amiga

-- Eu sei Beto, sei que fui uma sacana com ela, não precisa pisar assim.

--Só estou repetindo para você levantar dessa cama comer para amanhã ter forças para tentar reverter essa merd* toda. – Beto saiu do quarto deixando a amiga ali, chorando.

 

 

--Oi, a Cléo  está ai?

--Veio ver como ela está para contar para sua amiguinha é?

--Não, só estou preocupado com ela – Beto disse empurrando a porta e entrando.

--Tio padrinho– Ela pulou nos braços do tio.

--Oi minha gatinha, quanto tempo, estou morrendo de saudades – Disse pegando a criança no colo.

--A minha mãe está doente, eu ia ligar para a mãe Leticia, mas a tia Bruna disse que ela estava trabalhando, mas já sabia que a mãe Cléo tá com dor de cabeça.

--Entendi, vou lá ver como ela está – Beto disse encarando Bruna que estava com uma cara de poucos amigos. —Oi Cléo , posso entrar? – Beto disse colocando a cabeça para dentro do quarto

--Oi Beto, pode sim – Cléo  que estava deitada encolhida na cama, sentou-se.

--Eu vim saber como você está?- Sentou-se na ponta da cama.

--Estou péssima, sua amiga acabou comigo – Disse colocando o travesseiro no rosto –Porr*! Essa merd* está com o cheiro dela- Disse jogando o travesseiro longe.

--Você comeu alguma coisa?

--Não, estou sem fome.

--Mas não vai ficar assim – Beto levantou-se saindo do quarto, foi para a cozinha.

--O que você está procurando? – Bruna foi atrás dele.

--Alguma coisa para ela comer.

--Eu já insistir para ela comer, mas não quis.

-- Eu sei, vou tentar – Viu que tinha comida pronta, pegou um prato e começou a colocar – Isa vamos levar comida para a mãe Cléo? – Ele falou alto chamando a menina.

--Vamos tio, ela disse que não quer comer.

--Mas vamos lá tentar fazer ela comer? – A menina pegou o copo de suco e ele a bandeja com o prato, Bruna foi atrás deles e ficou na porta apenas olhando.

--Eu não estou com fome Beto – Disse Cléo  ao ver o homem entrar no quarto.

--Não perguntei isso, só trouxe para deixar ai, a Isa me falou que você não queria, o que você acha disso Isa?

--Acho uma coisa feia, a senhora disse que temos que comer, principalmente quando estamos doentes.

--Isso mesmo Isa, mas parece que a sua mãe não entendeu isso, acho que ela deveria tentar comer alguma coisa, o que você acha?

--Eu também acho tio – A menina entregou os talheres para a mãe que deu um leve sorriso para a filha.

--Tudo bem, vou comer um pouco, vocês venceram – Beto sorriu entregando a bandeja para a mulher que pegou o prato e comeu um pouco, a menina fez umas graças despertando alguns breves sorrisos em Cléo .

--Mãe posso dormir aqui?

--Claro meu amor, pode sim – Cléo  abraçou a filha que deitou em seu colo.

--Bem eu já vou indo – Beto disse já em pé.

--Obrigada por tudo – Cléo  disse sorrindo para o amigo que apenas acenou com a cabeça e saiu sendo acompanhado por Bruna.

--Você se saiu bem, valeu a força.

--A Cléo  é minha amiga, a considero uma irmã tanto quanto a Leticia, amanhã vou fazer a Leticia vim conversar com ela, se você puder pegar a Isa no colégio seria bom elas conversarem sozinhas.

--É elas precisam conversar, pode deixar, depois da escola levo a menina para algum lugar.

--Agora vou lá fazer a Leticia comer alguma coisa – Disse saindo, quando ele chegou em casa encontrou Leticia adormecida, o prato continuava intacto, da forma que ele tinha deixado, ele cobriu mais a amiga, fechou a porta e saiu, no outro dia de manhã foi até o quarto que Leticia dormia a encontrando chorando, encolhida na cama.—Vamos levantar? – Abriu as janelas do quarto.

-- Eu não quero levantar, fecha isso.

--Não você vai levantar e vai comer alguma coisa, mais tarde você vai conversar com a sua mulher, e tentar convence-la que mesmo você sendo uma idiota você a ama demais para perde-la.

--Tem certeza que você é meu amigo? – Leticia disse sentando na cama

--É só estou falando isso porque eu sou seu amigo, não é porque eu amo você que eu vou ficar passando a mão na sua cabeça, e isso eu aprendi com você então, estou aqui para te ajudar a limpar a bagunça que você fez, então levanta dessa cama e vai conversar com sua mulher, assume que você fez errado e pronto.

--Eu sei que fiz merd*, pronto? Satisfeita? Mas eu pensei que ela estava tendo alguma coisa com a tal aluna dela.

--Você não fez porque pensou está sendo traída, você fez porque estava querendo aquela garota desde do primeiro dia que a viu, não venha falar que não, você sabe que eu lhe conheço muito bem.- Leticia abaixou a cabeça – Let, seu casamento estava passando por uma crise e você foi fraca, quando veio tentar resolver as coisas entre vocês foi graças a Cléo  que viu que estava acontecendo alguma coisa e tentou consertar as coisas.

--Ela poderia ter acreditado em mim que foi só um beijo, não precisava ela ter me colocado para fora de casa apenas por isso.

--Let não foi apenas um beijo, você sabe disso, se eu e não tivesse aparecido naquele banheiro não teria sido apenas um beijinho, e outra, não foi apenas um beijo roubado, você também quis, estou mentindo? – Leticia nada falou – Se você não tivesse afim daquele beijo tenho certeza que não teria mais falado com garota, muito menos teria aceitado a carona dela ontem, você não é burra e nem idiota o suficiente para não saber o que ela queria lhe levando para a casa dela.

--Eu não pensei nisso na hora.

--Não mesmo? Será que no seu subconsciente você não pensou que poderia dá o troco na Cléo  por ela está supostamente ficando com a tal aluna? – Leticia ficou em silencio, voltou a deitar na cama. – Você ama mesmo a Cléo ? Quer ficar com ela?

--Amo muito, sei que tivemos uma fase ruim, mas mesmo assim eu não deixei de ama-la por nenhum momento.

--Então levanta dessa cama, se arruma e vai atrás da sua mulher. – Puxou o lençol. – Levanta vai comer alguma coisa.

--Você está certa, eu vou lá conversar e tentar fazer ela me dá uma segunda chance. – Leticia disse levantando da cama.

 

 

 

-- Oi Bruna, não foi trabalhar? – Cléo  perguntou vendo a amiga entrar – Não fiz nada para o almoço eu comprei uma quentinha para almoçar com a Isa.

--Estou trabalhando sim, mas vim buscar a Isa para dá uma voltinha. – Falou entrando atrás da amiga.

--Não precisa eu estou bem amiga.

--Mas eu quero que você descanse, Isa vamos para o shopping? – Gritou e a menina apareceu na sala quase que correndo

--Oba, vamos sim – Pulou no colo da madrinha – Posso mãe?

--Pode filha – Ela disse sorrindo – Vai lá para o quarto trocar de roupa – A criança saiu correndo

--Não precisava se preocupar, eu vou sobreviver, não sou a primeira pessoa que levou um par de chifres.

--Não fala assim, você ainda ama a Leticia.

--Ainda, falou certo, uma hora isso vai passar, se não passar vai ficar aqui guardado.

--Antes disso conversa direitinho com ela, vocês têm uma filha.

--Eu sei que disso, uma hora eu irei conversar com ela, temos que nos separar

--Calma amiga, vamos com calma.

--Eu estou pronta tia – A menina apareceu na sala com um vestido e um laço na cabeça

--Está linda minha princesa – Bruna disse levantando—Amiga qualquer coisa me liga- Bruna disse saindo, Cléo  levantou e foi para o quarto, deitou na cama e abraçou o travesseiro de Leticia, ali tinha o cheiro da mulher que ela ama, deixou as lagrimas caírem, nunca pensou que a sua mulher a trairia, já pensou que a culpada seria ela, por não dá a devida atenção a seu casamento, mas logo ela viu que a culpada não era ela, estava com a certeza que fez tudo o que pode para segurar seu casamento, seus pensamentos foram interrompidos por umas batidas na porta do quarto, quando levantou a cabeça e viu Leticia encostada na porta.

-- Oi – Disse abaixando a cabeça.

--O que você quer? – Cléo  disse ficando em pé.

--Eu vim conversar com você, nós precisamos conversar – Leticia aproximou-se.

--É temos uma separação para acertar

--Cléo , eu vim te pedir perdão, eu não vou arrumar uma desculpa, eu errei, errei porque fui uma bela filha da puta, fui uma imbecil em fazer o que eu fiz, mas uma coisa eu tenho certeza, eu te amo demais, mesmo fazendo a besteira que eu fiz, eu te amo demais.

-Mesmo assim me traiu com aquela, aquela, ninfeta! – Foi para perto de Leticia com o dedo erguido – Se você me amasse mesmo teria me respeitado, mas não; você se envolveu com outra, não foi apenas uma noite de sex*, foi mais que isso, você se envolveu com ela Leticia.

--Não, eu não sinto nada por ela, eu te juro, meu amor foi apenas uma loucura da minha cabeça, não sei, eu estava triste por nós estarmos distantes, me deixei levar, mas eu só me deixei levar ontem porque estava com raiva, eu fiquei imaginando você com aquela mulher, ela te tocando, eu sei que não tenho o direito de te pedir isso, mas me perdoa, eu te prometo que nunca mais piso na bola com você, eu não quero acabar com nosso casamento, com a nossa família, a Isa é tão feliz conosco, não vamos acabar com isso. – Leticia falava enquanto as suas lagrimas caiam sem parar.

--Eu não vou sustentar um casamento por causa da Isa, isso não seria justo, nem com ela nem comigo, eu não confiou mais em você, não dá Leticia você quebrou o que era de mais bonito em nosso casamento, quebrou a confiança que tínhamos – Cléo  falou sentando na cama. – Lembra quando minha mãe descobriu que estávamos juntas? Lembra do que você me prometeu? – Leticia sentou-se no chão em frente da cama, de cabeça baixa, relembrando cada minuto daquele dia.

 

******

 

 

--Cléo  tem certeza que ela só volta amanhã?– Não seria mais prudente eu ir para minha casa?

--Let relaxa ela quando vai para a casa da tia dela só volta no outro dia, fica tranquila, não estamos fazendo nada demais.

--Só estamos dormindo agarrada e isso porque você está naqueles dias, mas vou deixar esse medo para lá se você diz que não tem risco, vem aqui que vou fazer carinho para você dormir – Cléo  deitou-se aconchegando-se ao corpo de Leticia. – Boa noite meu amor- Leticia disse beijando o ombro da namorada.

--Boa noite amor – Cléo  adormeceu nos braços de Leticia.

 

--Mas o que é isso? O que está acontecendo aqui? – As garotas levantaram com os gritos de Zilda que estava na porta do quarto com o capacete de Leticia nas mãos.

--Mãe? Calma, não é nada disso.. – Cléo  levanta rápido para tentar explicar a mãe

--Não é nada disso o que Cléo nice? Me explica o que essa menina macho está fazendo deitada na sua cama uma hora dessas?

--Calma dona Zilda, não fizemos nada demais. – Leticia tenta se explicar.

--Eu não quero nem sonhar o que vocês duas fizeram, o que você fez com minha filha? Ela não é suja como você, ela não é sapatão, sua pecadora imunda – A mulher disse aproximando-se de Leticia, ela gritava tudo aquilo com raiva.

--Chega mãe, CHEGA! – Cléo  gritou ficando entre a mãe e Leticia. – Não fala assim da Leticia ela não é imunda, muito pelo contrário ela é uma pessoa maravilhosa, ela é minha namorada e eu a amo.

--Cala sua boca – Zilda ergueu a mão para bater na face de Cléo , mas foi detida por Leticia.

--Sinto muito dona Zilda, mas nela a senhora não bate, eu nunca permitirei tal coisa. – Leticia disse segurando a mão suspensa da mulher.

--Não me toque sua imunda, e você – Apontou para a filha. – Eu não tenho filha sapatão, trate de nunca mais chegar perto dessa ai, me entendeu?

--Não mãe, você tem sim uma filha lesbica e isso não vai mudar, nunca.

--Não, se você fazer essa opção nunca mais me procure, nunca mais pise nessa casa.

--A senhora está me expulsando é isso?

--Eu não crie filha para ser esse tipo de pessoa, te criei para ser uma pessoa de bem, não uma... uma..

--Lesbica? Mas que pena mãe, eu sou e como não posso mudar isso infelizmente não estarei mais aqui – Ela deu as costa para a mãe pegando uma mochila – Não se preocupe, a senhora nunca mais vai se preocupar em ter uma filha sapatão – Cléo  falava enquanto jogava algumas roupas e livros dentro de sua mochila. – Vem amor, vamos sair daqui que ela não quer uma sapatão como filha.

--E não quero mesmo, vai e só volte quando deixar de fazer essas imundices, sua pervertida – Cléo  olhou mais uma vez para a mãe e saiu batendo a porta do quarto.

-- O que você está fazendo? – Perguntou Leticia ao ver a outra sentar na calçada.

--Eu não sei, e agora Leticia? O que eu vou fazer da minha vida? Não tenho ninguém, minha família é pior que ela, não tenho para onde ir. – Leticia sentou ao lado dela

--Ei como assim não tem ninguém? Você tem a mim. – Levantou estendendo a mão – Vem comigo – Cléo  ergueu a cabeça olhando para ela.

--Para onde vamos? – Falou pegando na mão

--Para casa, nossa casa

--Não  Leticia seu avô, ele não vai gostar.

--Eu tenho certeza que ele vai te acolher assim como me acolheu, vem? – Elas montaram na moto e Cléo  encostou a cabeça nas costas da namorada, ao chegar na casa Leticia desceu e chamou o avô e narrou tudo que aconteceu.

--Ela disse isso tudo com vocês? – As duas afirmaram com um movimento de  cabeça. – Você vai ficar aqui minha filha, não se preocupe com nada – O homem deu um beijo na testa de Cléo  – Leve susas coisas par o quarto da Leticia, e você – Apontou para Leticia – Amanhã trate de comprar uma cama de casal. – Ele saiu da sala deixando as jovens sozinhas.

--Sei que vamos passar por uma etapa, mas vou fazer isso direito – Leticia disse ajoelhando-se na frente de Cléo  que estava sentada no sofá, pegou nas mãos dela e a olhou nos olhos – Cléo nice Camargo você aceita ser minha mulher? – Cléo  deu um leve sorriso – Sei que não tenho um anel, nem estamos muito tempo juntas, mas eu sei que você é a mulher da minha vida, o que eu sinto é tão grande que mesmo só tendo dezenove anos eu me vejo velhinha ao seu lado, então se você quiser a partir de hoje você será minha esposa e eu te prometo que nunca nessa vida vou te deixar sofrer, te prometo ser fiel e te fazer feliz para sempre, você aceita?

-- Claro que eu aceito meu amor, eu te amo tanto – Abraçou Leticia

--Vem vamos levar suas coisas para nosso quarto – Elas foram para o quarto, lá Leticia começou a falar quais mudanças fariam no quarto, para dá a cama e um guarda-roupas maiores.

 

********

 

--Eu lembro, lembro como se fosse hoje e me sinto mal em não ter cumprido minhas promessas, mas uma coisas eu te digo, eu te amo igualmente aquele dia.

--Ama, mas me traiu, como pode isso? Esse tempo todo que estou com você em momento nenhum tive vontade de ficar com outra pessoa, não vou mentir que já sentir uma atração física por outras pessoas, não sou santa, mas sempre que eu achava outra bonita ou algo do tipo eu lembrava na mesma hora do meu amor por você, isso é amar, não trair, eu sei que fui dura demais quando eu pedir um tempo por apenas um beijo que você disse que foi roubado, eu acreditei nisso, mas o fato que mesmo depois disso vocês continuaram se encontrar, isso me deixou com dúvidas sobre se foi apenas um beijo roubado, ontem tive a certeza que não foi apenas um beijo roubado.

--Eu fui uma burra – Leticia falava chorando – Não existe nem uma chance de você me perdoar?

--No momento não, eu não confio mais em você – Cléo  Levantou, tirou a aliança e colocou na cama. – Se você quiser eu volto para a casa da minha mãe, vemos como vai ficar a questão de com quem a Isa vai ficar.

--Não, você fica aqui com a Isa, eu vou me organizar alugar algum lugar, e se você concordar dividimos a guarda dela. – Leticia disse também levantando e aproximando-se de Cléo . –Eu vou dá um tempo para você, eu entendo que você está mal comigo, mas saiba que eu sempre vou te amar – Fez um carinho no rosto dela – Sempre vou estar aqui – Deu um leve beijo nos lábios de Cléo , ambas sentiram o sabor salgado das lagrimas.

--Eu vou para o banheiro – Cléo  saiu sem olhar para Leticia, entrou no banheiro e deixou as lagrimas descer com forças, enquanto isso no quarto Leticia estava sentando na cama com a aliança nas mãos, chorando, se martirizado por ter pisado na bola, por um momento fechou os olhos e lembrou das palavras do avô: “Leticia todos os atos têm consequências, se não tiver como consertar os erros, os assumas e conviva com eles”.

--É Leticia agora conviva com seu erro – Ela guardou a aliança de Cléo , pegou a chaves da casa, deixou sobre o colchão, foi para a moto que estava na garagem e saiu, pilotou devagar até o cemitério, comprou umas flores e foi até o tumulo do seu avô, lá ficou pelo resto da tarde pensando no que tinha feito da sua vida.

 

Fim do capítulo