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A Cortesã e a Baronesa por Nanda Cristina e JuliaSoares

Ver comentários: 1

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Palavras: 2452
Acessos: 1888   |  Postado em: 03/06/2020

Marie

ISABEL


Cheguei na casa de Madame Margot e tive a incrível surpresa de vê–la cantando. Quando eu achava que não poderia me surpreender mais, lá estava ela me provando que ainda tinha muitas coisas a me mostrar. Eu achei magnífico e que voz maravilhosa, não sei o que aconteceu comigo, mas me permiti sonhar por um momento em ter aquela voz suave no meu ouvido todos os dias. Pensei e logo caí na realidade vendo ela ser aplaudida de pé por todas aquelas pessoas e como ela gostava de toda aquela atenção e do glamour que sua condição lhe permitia. Me xinguei por um momento por sentir algo além de prazer. Bebi o restante do uísque e como ela já estava saindo do palco, resolvi me adiantar e esperá–la no quarto.

Minutos depois Carmen entrou. Divina, naquele vestido. Eu lembrei de uma certa dama parisiense que usava um semelhante àquele. Meu pai me levou a Paris pela primeira vez quando eu tinha quatorze anos. Foi a melhor viagem da minha vida. Voltei a Paris diversas vezes depois e nenhuma delas foi igual aquela primeira. Foi nessa época que notei como era diferente das outras meninas da minha idade. Eu reparei em cada dama de Paris, não só com olhos de admiração, mas com uma fagulha de desejo. A dama que trajava um vestido vermelho parecido com o de Carmen, se chamava Marie, ela era a mulher mais linda que já tinha visto na vida e me encantei desde a primeira vez que a vi. 


Paris, 1861.


Era noite de verão em Paris, as ruas estavam cheias. Meu pai resolveu me levar para um jantar importante e sempre dizia:

– Você será a futura Baronesa de Vassouras, Isabel. Precisa aprender seus ofícios e obrigações desde cedo.

Meu pai nunca me diminui por ser mulher, o que muitos faziam. Pelo contrário, ele sempre dizia que eu era mais inteligente que muitos homens de negócio e se alguém nesse mundo merecia seu legado, seria sua única filha. Isso sempre me deu uma motivação a mais para aprender tudo. Ele ria por vezes quando eu, em alguma conversa deixava todos sem argumentos.

Esse jantar não foi diferente, era a única criança do local, mas aos poucos ganhei a admiração de todos e o olhar torto de alguns para o meu pai.

Quando estava perto da madrugada, o senhor Barão de Vassouras pediu para que me levassem para o hotel.

– Não quero ir, papai! – Disse emburrada – Por que não posso ir com você? – Ele se inclinou e me deu um beijo no rosto.

– A madrugada não é para crianças, já passei dos limites com a senhorita. – Disse rindo. – Logo estarei de volta, prometo! – Disse me beijando de leve no rosto.

Entrei na carruagem muito contrariada e antes de partir vi uma mulher muito bonita se aproximar do meu pai. Olhei mais fixamente para ver se reconhecia ela do jantar que estávamos, mas ela não estava naquele restaurante com todos. 

Quem é essa mulher?

Continuei a encará–la, mas a mesma ainda não tinha me visto na carruagem. O cocheiro começou a andar e escutei sua risada alta. Antes de sumir de vista ela me olhou. Eu fiquei hipnotiza com seus olhos verdes. Não tirei o rosto da janela da carruagem até que eles sumiram de vista. Passei dias com aquele olhar na memória. Tentei por diversas vezes arrancar do meu pai, quem era aquela mulher, mas ele sempre dizia que era uma amiga de longa data.

– Amigas não se encontram no meio da madrugada com outros homens… – Falei assim que ele tentou me enganar novamente.

Ele bufou. Estava ajeitando sua gravata para sair novamente.

– Ok, Isabel! Você venceu! Quer conhecê–la?! Então vamos até o teatro, ela estará lá. Bom que assim também treina seu francês, Ma Chérie! – Meu sorriso foi de uma ponta a outra do rosto.

Eu me arrumei o mais rápido que podia e coloquei o vestido mais bonito que levei até Paris. Nossa carruagem chegou ao teatro e meu pai me guiou de braços dados com ele, sempre me apresentando com orgulho a todos que encontrava. Sentamos em um dos camarotes. Eu a todo momento procurando–a com o olhar, até que no camarote a frente eu avistei a bela mulher de olhos verdes. Ela estava acompanhada de outras mulheres bonitas. Todas risonhas e bem–vestidas, mas dava para notar que eram diferentes das mulheres de Paris. Ela novamente me encarou e sorriu, fazendo um aceno leve com a cabeça.

A ópera iniciou e eu não conseguia tirar os olhos dela. Era como um ímã. Quando estava para terminar, todos ficaram de pé e aplaudiram os artistas. Aos poucos, as pessoas foram saindo e em seguida eu e meu pai voltamos ao grande salão do teatro. As mulheres que estavam no camarote a frente se espalharam e aquela que me hipnotizou veio em nossa direção. Meu pai pegou de leve sua mão e beijou e ela sorriu lindamente. Meu coração disparou quando ela se virou para mim. Estava com um lindo vestido vermelho, que deixava seu corpo perfeito em todas as suas curvas.

– Qui est cette jollie fille? (Quem é essa garota bonita?) – Como o francês era uma língua sensual, aprendi isso naquele momento.

Meu pai se adiantou e me apresentou.

­– Marie, voici ma fille, Isabel! (Marie, essa é minha filha, Isabel!) – Ela fez um cumprimento gracioso.

– Ravi de vous rencontrer, Isabel! (Prazer em te conhecer, Isabel) – Eu sorri encantada.

– Le plaisir est tout à moi, mademoiselle! (O prazer é todo meu, senhorita!) – Fiz uma pequena reverência. Que fez a mulher cochichar no ouvido do meu pai que sorriu orgulhoso.

– Vamos jantar? – Disse agora em português e para minha surpresa, ela entendeu perfeitamente. 

Eles riram da minha cara.

– Marie, morou alguns anos no Brasil, minha filha.

– Sinto falta do Brasil, do calor, das praias… – disse sonhadora. – Quem sabe um dia volte para lá! – Falou rindo para meu pai.

Seguimos para o restaurante e o jantar seguiu de muitas conversas e risadas. Marie sempre curiosa sobre como um homem conseguiu criar uma menina sem a mãe. E por vezes surpresa comigo.

– Não se parece em nada com as meninas da sua idade, Isabel! – Eu viajava em como ela falava meu nome no seu sotaque francês.

Apenas sorri.

– Acho que já está tarde para Isabel! – Eu bufei – Amanhã temos que embarcar cedo de volta para o Brasil!

– Mas papai… – Ele me olhou sério e eu sabia que não tinha mais argumentos.

– Vou chamar o cocheiro para te levar para o hotel…

– Se não tem jeito… – Revirei os olhos e Marie sorriu.

– Reste calme, Isabel! Un jour chegará seu dia… – Ela piscou para mim.

– Vou ao toalete, papai! – Disse saindo.

Entrei em uma das cabines vazias e me peguei praguejando meu pai em pensamento por me mandar para o hotel e me afastar de Marie. Sai para lavar as mãos e antes de deixar o toalete levei um susto ao vê–la parada em frente a porta. Ela se aproximou e eu me arrepiei da cabeça aos pés, fiquei imóvel. Marie chegou seu rosto bem próximo ao meu, apesar da minha idade eu tinha quase sua altura. Ela levou uma das suas mãos ao meu rosto e fez um carinho de leve. Eu arfava e parada fiquei. Marie puxou meu rosto delicadamente de encontro ao seu e me deu um beijo calmo na boca. Eu só fechei os olhos e me permitir sentir seu toque por breves segundos.

Ela se afastou devagar.

– Quando voltar a Paris e for maior de idade, me procure, Isabel! – Disse meu nome devagar. 

Ela piscou e saiu sorrindo. Marie naquela época, já sabia que eu não seria como as meninas comuns. Eu nunca esqueci aquele beijo, aquele vestido vermelho e aquela mulher.



Voltei a realidade com outro sotaque.


– Boa noite, Carmen. – Cumprimentei. – Gostou do presente? 

– Boa notche, Baronesa. Sí, eu adorei e usted? Gostou de la canción?

– Sim… acho que você pode começar a cantar para mim, eu vou adorar… – Cheguei perto e cheirei seu pescoço. – Cheirosa!

E como nas outras noites passamos a maior parte do tempo na cama e com nossos gemidos enchendo o quarto. Já exaustas, paramos deitadas na cama uma de frente para outra, por um longo tempo só nos encarando. Foi ela que começou a falar.

– Gracias pelo presente! – Disse sorrindo.

– Você ficou magnífica! – Ela escondeu o rosto com o lençol me fazendo rir mais. – Timidez não combina com você, Carmen! – Ela sorriu e logo voltou a sua postura convencida de sempre.

– Fico linda de qualquer maneira, Baronesa! – Revirei os olhos e ri da sua ousadia. – De onde tirou ideia para um vestido tão bonito? Porque sei que a ideia foi sua! Nenhuma dama desse lugar tem um vestido como esse…

A lembrança me assombrou de novo.

– Eu conheci uma mulher em Paris, quando ainda era uma menina… E foi com ela que me dei conta de que era diferente…

– Se enamoro de uma senhorita Parisiense? – Disse curiosa

– Ela não era bem uma mulher comum… – Carmen entendeu na hora.

– Então usted está me dizendo que se enamoro de una Puta parisiense – Disse rindo.

– Pare de rir, Carmen! Ela não era uma mulher qualquer!

– Estou vendo que ela não foi uma qualquer! Qual era sú nombre? – Perguntou curiosa.

– Marie! A mulher mais bonita que já vi, até conhecer você! – Ela sorriu travessa. – Ela era acompanhante do meu pai na cidade e alguns anos depois entendi isso… Eu me encantei por Marie desde a primeira vez que a vi… 

Contei para Carmen o que aconteceu no teatro e das lembranças que tinha da mulher.

– E você voltou a Paris para encontrar Marie? – Perguntou curiosa.

– Voltei anos depois, quando já tinha idade suficiente para ir procurá–la… Mas infelizmente descobri que Marie tinha falecido três anos antes de Tuberculose. – Disse Carmen fez uma careta.

– Nossa…

– Pois é! Eu nunca esqueci dela… E esse vestido que te dei de presente era bem parecido com o que ela usava no último dia que a vi. Ela estava deslumbrante e eu sabia que você ficaria mais linda ainda usando ele. Uma mulher como nunca vi antes.

Carmen sorriu orgulhosa. Ficamos mais um tempo grudadas. E foi ela quem quebrou o silêncio novamente.

– Quem era la mujer que estava contigo na Cavé? – Disse um pouco séria.

Eu tinha até me esquecido que Amanda estava comigo na cafeteria.

– Amanda… – Disse somente.

Ela ficou calada por alguns instantes.

– E a ama? – Disse sem me encarar.

Eu ri.

– Está com ciúmes, Carmen? – Ela bufou e se levantou enrolada no lençol da cama.

– No hables tonterías, Baronesa! – Disse ríspida.

Eu sabia que ela estava, era nítido pela forma que falava com desdém e por não me encarar. Estava com medo que eu visse o sentimento em seus olhos. Eu ri.

– Amanda é uma amiga da família, somente… Não posso dizer que não gosto dela, porque seria mentira…

Nessa hora Carmen recolheu as roupas do chão e jogou em cima de mim na cama.

– Acho que já está na hora de usted ir para casa, Baronesa! 

Me levantei sem entender.

– Qual o problema agora?

– Nada! – Disse alto. – Apenas quero dormir e você precisa ir, já fiz o que me pagou para fazer! – Não entendi o porque estava agindo daquela forma. 

– Como quiser! – Disse me vestindo. – Tenha um Bom dia, Carmen! – Abri a porta e sai sem olhar para ela.


Naquele dia eu precisava decidir que resposta daria ao Barão. E como muito pensei e analisei, resolvi, por fim, comprar a fazenda Águas Claras e me arriscar naquele negócio. Passei o dia resolvendo isso e colocando minha cabeça em outros assuntos que não fossem aquela mulher. Saí do banco como dona de uma das maiores propriedades do Vale do Paraíba. Comemorei com Lucília em minha casa e depois voltei ao Bordel para uma última noite com Carmen, eu voltaria para fazenda no dia seguinte. Tinha muitos afazeres a partir de agora e um dos primeiros seria fazer a junção das duas propriedades.

Cheguei ao Bordel, um pouco mais tarde do que de costume. Carmen estava no salão conversando com alguns homens, o que me irritou um pouco, mas não estragaria nossa  última noite por isso.

Quando ela me avistou na entrada se despediu dos homens a sua volta e veio em minha direção.

– Boa noite, Baronesa! – Disse sorrindo.

Sem me esperar responder ela enlaçou seu braço no meu e juntas subimos as escadas.

Ela abriu a porta do quarto e sentou na sua cama.

– Por que demorou hoje? 

– Tive alguns assuntos para fechar na capital, amanhã volto para a fazenda! – Carmen fechou um pouco a cara, mas depois sorriu forçado.

– Passou tão rápido… – Falou me dando espaço para sentar ao seu lado.

– Sim… Mas hoje fechei um grande negócio! Quero comemorar e quero fazer isso com você!

Carmen sorriu e desceu uma alça do seu vestido.

– O que está esperando?! 

Aproveitamos toda a noite, mais do que qualquer outra, não sei quando a veria novamente. Eu queria gravar em minha memória cada momento com ela. O sol estava nascendo e devagar tirei ela dos meus braços. Vesti minha roupa e fiquei um tempo admirando a mulher dormindo.

– Pare de olhar para mim… – Disse rindo ainda com os olhos fechados.

– Estou gravando suas feições para levar comigo… 

Ela se remexeu e sentou na cama, seus seios ficaram expostos, me dando uma vontade tremenda de voltar para cama com ela.

– Preciso ir… – Disse antes de me render a tentação.

Me aproximei de Carmen para deixar um beijo em sua testa. Nossos rostos estavam próximos, como da última vez que quase nos rendemos ao beijo. Passei meu nariz no dela fazendo um carinho e ela não se afastou em nenhum momento.  Levei meus lábios aos poucos de encontro ao seu e Carmen não recusou o toque. Selei finalmente nossos lábios em um beijo calmo e intenso. Olhou–me assustada com o que acabou de fazer, mas nada falou. Eu apenas sorri e fiz um carinho em seu rosto.

– Até a volta, Carmen!

Saí do bordel, com a certeza, que deixei ali um pedaço de mim.



Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Marie:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 04/06/2020

Eita agora vai!

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