Depois de se despedirem de algumas pessoas na porta da igreja Fiorella colocou Mel sentada no banco do carro e entrou em seguida pedindo que o motorista fosse em direção a recepção da festa.

- Por mim a gente seguia logo para a Lua de mel, nem passava nessa festa. – A executiva tratou de enfiar o rosto no vão do pescoço da esposa assim que entrou no carro, sussurrando enquanto dava alguns beijos no local.

- Vo...você sabe que nã....o podemos, e tenho uma surpresa pra ti. – Na mesma hora a loira afastou o rosto do pescoço de Melissa e há olhou nos olhos.

- Surpresa? Gostei! O que seria? – Perguntou curiosa.

- Se e surpresa, não posso lhe contar amor, vai ter que esperar até o momento certo, e depois aí sim, deixo você me raptar para a lua de mel. – Quando terminou de falar a morena beijou a esposa delicadamente, enquanto a mesma apertava as mãos em sua cintura.

Elas seguiram nesse clima de pegação e amassos até que chegaram na mansão da Família Milstein e foram interrompidas pelo motorista que lhes avisaram da chegada.

- Vamos curtir um pouco nossa festa e depois você e toda minha. – A loira falou e deu um beijo no canto dos lábios da mulher e logo saiu do carro dando a volta e abrindo a porta ao lado de  Melissa e a tirando, colocou sentada na cadeira de rodas e se aproximaram do local onde estava lotado, várias pessoas sorrindo, comendo, bebendo e tirando selfies.

- Nesses momentos que eu penso, por que não me casei com a Fiorella, que mulher gostosa. – Carol chegou agarrando a amiga e apertando sua bunda.

- Ei! Olha a confiança, nada de pegar na minha esposa assim. – Melissa beliscou Carol que soltou um gritinho.

- AIIIII! Amiga essa tua esposa e uma agressora, te acalma, que eu já tenho uma mulher deliciosa ao meu lado, nem preciso da tua. – Cah puxou Mônica pela cintura, colando em seu corpo enquanto falava cada palavra com um sorriso sacana nos lábios.

- Maninha você está uma princesa, se eu não fosse sua irmã te dava uns pega. – Mônica soltou uma cantada sacana na irmã que não foi bem-vinda pela cunhada.

- Ei! Eu estou aqui sabia, e olha esses papos aí.

- Amor, relaxa a Mônica e assim mesmo, sempre com essas brincadeirinhas, para de implicar com a Fiorella, não e de hoje que vocês ficam nessa.

- Uai eu implico mesmo, ela roubou você de nós. – Mônica retrucou.

- Roubei mesmo, e roubo quantas vezes eu quiser, até por que a mulher é minha. – Respondeu a altura surpreendendo a morena com um beijo.

Eduardo chegou em seguida cumprimentando as noivas e desejando boas-vindas para Melissa na família, era visível a interação da jovem com o sogro, ele gostava tanto da mulher que tratava como uma filha, ele era o que mais deu força para que Fiorella insistisse em ter alguma coisa com a jovem.

Fiorella cumprimentou alguns convidados, aproveitou para falar de negócios também e depois ficou um pouco com Melissa, até ela sussurrar no ouvido da loira que havia chegado o momento da grande surpresa, Gabriel se aproximou da filha e a mulher avisou para que ela aguardasse um pouco, sumiu com o pai para encontrar Eduardo.

Alguns minutos depois um rapaz chamou o nome da executiva no microfone, ela olhou meio curiosa para a pista de dança e lá estava, seu Pai Eduardo, Melissa e Gabriel seu sobro, sentados olhando todos sorridentes para ela.

A executiva se aproximou meio curiosa, então Mônica também se aproximou com duas fitas de velcro nas mãos e passou uma nas pernas do pai de Fiorella e erguei um pouco o vestido de Melissa, fazendo o mesmo na perna dela e de Gabriel, logo uma valsa começou a ser tocada e os três levantaram em um impulso e alguns amigos se aproximaram recolhendo as cadeiras e Mônica se posicionou atrás da irmã segurando sua cintura, para da apoio caso acontecesse algo, então naquele momento a ficha de Fiorella caiu, aquela era a surpresa da morena, dançar valsa com ela, as lágrimas logo escorreram dos seus olhos e ela se aproximou deles com um sorriso nos lábios, encostou a cabeça no ombro de Melissa antes de lhe dá um selinho e sussurrar que ela era inacreditável, começaram a dançar, a loira quase não conseguia segurar a emoção, assim como a esposa também, depois de um tempo trouxeram as cadeiras novamente e tiraram as fitas, pois Mel já estava um pouco cansada.

Fiorella sentou na perna de Melissa lhe enchendo de beijos, estava tão feliz pelo presente que nem cabia em si de tanta felicidade.

- Você e a melhor coisa que aconteceu na minha vida, quero te ter para sempre ao meu lado, obrigada por me fazer tão feliz Mel. – A executiva falou meio emocionada enquanto dava beijos na esposa, está que rodava a cadeira na pista como se estivessem dançando.

- Quem tem que agradecer sou eu por ter tido a sorte de ser amada por alguém com toda minha dificuldade.

- Ei! Isso não é importante quando se tem amor, e esse amor que sinto por ti e faz com que eu não me importe com mais nada a não ser lhe fazer feliz, podemos agora ir para nossa lua de mel? 

- Isso tudo e pressa para me fazer sua ou para chegar na Grécia e se divertir?

- Creio que a primeira opção, confesso que não paro mais de pensar naquele dia e isso me faz te desejar muito. – A loira acabou beijando Melissa de uma força sedutora e intensa que a fez parar a cadeira e retribuir o beijo na mesma intensidade e apertar as mãos na costa da mulher.

Eduardo observava as meninas de longe e quando percebeu que as coisas estavam esquentando e sabia que logo sua filha iria querer ir embora resolveu se aproximar.

- Cof cof.- O homem grisalho tossi-o interrompendo o beijo das meninas, Melissa ficou meio constrangida, Fiorella nem deu muita importância, sorrio para o pai enquanto limpava os lábios da morena que haviam borrado pelo beijo e a mesma limpava os dela.

- Oi papai, acho que está na hora de nos despedir de você e da família da Melissa, já vamos viajar.

- Entendo filha, mais antes podemos conversar rapidamente no escritório?

- E muito importante?

- Sim! Prometo ser rápido.

- Ok! Amor eu já volto, vou conversar com meu pai rapidamente e a gente já vai, enquanto isso vai se despedindo da sua família, quando eu voltar falo com eles e a gente sai.

- Tudo bem bê, até a volta Eduardo, obrigada por tudo. – Melissa agradeceu ao sogro recebendo um beijo dele na testa e se despediu seguindo até onde os pais estavam.

Fiorella e Eduardo caminharam até o escritório da mansão entraram e o homem se aproximou do carrinho de bebidas, serviu um pouco de whisky em dois copos e deu um a filha.

- Lhe chamei aqui para falarmos do testamento, estou meio curioso e também vamos esperar um pouco o Emmanuel.

- Papai sabe que não posso demorar, a Melissa está me esperando, será que não podemos falar quando eu voltar?

- Não filha, tem que ser antes de você ir, e um assunto sério Fiorella, você sabe que coloca em risco nossa vida financeira e nossas empresas.

- Tudo bem, só espero que ele não demore muito. – Eles seguiram conversando até que o homem chegasse.

Próximo dali Melissa se despedia dos pais, irmã e cunhada, ficaram conversando descontraídos, quando percebeu a demora da esposa resolveu ir até o escritório.

- Mô me leva no escritório? A Fio está demorando muito, ela falou que seria rápida, mais quando começa a falar de negócios esquece do tempo.

- Vishi irmãzinha, se eu não ti conhecesse iria achar que está e agoniada com a lua de mel, sex* gostoso que terá. – Todos gargalharam do comentário da Dellaye mais velha e a irmã apenas deu um tapa de leve no seu braço.

- Nada disso, apenas estou cansada, engraçadinha, vamos, mãe e pai se cuidem, vou sentir saudade, e Cah cuida bem dessa cabeça dura e quando eu voltar quero ver vocês amarradas.

- Pode deixar Mel, vou tentar laçar sua irmã de jeito. – Mônica apenas balançou a cabeça sorrindo do comentário da namorada e lhe selou os lábios antes de se afastar e seguir até a parte de dentro da casa em direção ao escritório.

A porta do local estava meio aberta, mais não dava para ninguém da parte de dentro ver quem estava fora, então quando as irmãs se aproximaram Melissa e Mônica ouviram uma parte da conversa das três pessoas que estavam dentro da sala.

- Filha quando você pretende contar a verdade para sua esposa?

- Pai eu nem quero pensar nisso agora, está tudo tão bem, eu estou feliz e ela também.

- Desculpa atrapalhar vocês, mais o Eduardo tem rapaz Fiorella, você precisa contar para Melissa que seu avô lhe deixou um testamento que inclui casamento e filho para que a empresa da família possa ser definitiva de vocês. – Quando Melissa ouviu cada palavra que saia da boca do homem que estava na companhia de sua esposa e o sogro ela não se aguentou e deixou lágrimas escorrer de seus olhos, Mônica que sempre era a maior palhaça estava totalmente surpresa com o que havia escutado com a irmã. E eles continuaram falando.

- Ainda não e o momento rapazes, hoje e um dia de alegria, de festa, eu prometo a vocês que contarei a Mel sobre o testamento após a lua de mel, daí seguimos para a segunda regra dele que e ter filho, nunca imaginei que seria mãe tão cedo, só meu a.. – Melissa não aguentou mais ouvir a conversa e bateu com a mão na porta escancarando-a toda, as mulheres cruzaram o olhar e na hora Fiorella perdeu a fala, o rosto da esposa estava banhado em lagrimas e a jovem apenas deu um grito.

- QUERO TODOS FORA DESSA SALA, QUERO FALAR SOZINHA COM A FIORELLA, AGORAAAAAA. -  Ela gritou pegando todos de surpresa inclusive Mônica que tentou intervir, mais foi cortada pela irmã que lhe expulsou da sala também.

Assim que todos saíram as mulheres ficaram dentro da sala, nenhuma havia dito nada, o silencio se estabeleceu no local, e só foi cortado quando Melissa resolveu soltar a primeira palavra.

- Eu não quero suas explicações, acho qu..  – Ela foi cortada pela executiva que se aproximou nervosa.

- Amor, eu preciso explic... – Foi cortada pela esposa.

- Já disse que eu não quero suas explicações, vou ser curta e grossa com você Fiorella, como eu pude acreditar que você uma mulher com tanto dinheiro, bonita que poderia ter quem quisesse aos pés poderia se apaixonar por uma aleijada como eu, sinceramente, agora sei o porquê de – A executiva cortou novamente Melissa.

- Não! Não fala essas coisas, você está enganada, eu te am – Melissa soltou um grito que pode ser ouvido do lado de fora, Mônica quis se meter mais o pai de Fiorella não deixou, achou melhor que elas se resolvessem.

- CALA A BOCA, NÃO EXISTE AMOR NENHUM DA SUA PARTE POR MIM, VOCÊ NÃO TEM CORAÇÃO, FINGIU ESSE TEMPO TODO SÓ POR CONTA DE DINHEIRO, E ELE QUE GIRA EM TORNO DA SUA VIDA, DA SUA FAMÍLIA, SAIBA QUE ESSE TESTAMENTO NÃO VAI SER CONCLUIDO POR QUE EU SOU OCA, NÃO POSSO TI DÁ FILHO ALGUM, ACHO QUE VOCÊ NÃO FOI TÃO FELIZ NA SUA ESCOLHA. – Melissa já se virava para se retirar da sala quando Fiorella entrou na sua frente chorando desesperada e implorando para que ela não fosse.

- Amor por favor, vamos conversar com calma, entenda meu lado, eu prec... -  A executiva foi cortada pela esposa.

- EU NÃO QUERO SABER, SAIA DA MINHA FRENTE, SE NÃO SAIR PASSO POR CIMA DE VOCÊ, EU TE ODEIO, NÃO QUERO MAIS OLHAR NA SUA CARA, EU NÃO SOU UMA MERCADORIA DE TROCA. – Ela explodiu gritando e empurrando Fiorella sem forças fazendo com que uma das rodas da cadeira passasse encima do pé de Fiorella que deu um grito mais logo correu atrás de Melissa.

- MÔNICA, POR FAVOR ME TIRA DAQUI, POR FAVOR, EU NÃO QUERO FICAR PERTO DESSA MULHER. – A morena gritava com a irmã desesperada, Mônica ficou sem saber o que fazer por que Fiorella implorava para que Melissa ficasse e que Mônica não a levasse, mais naquele momento ela preferiu ouvir a irmã, pois sabia o quanto aquelas palavras que ouviu com ela lhe doeram tanto, então pegou a irmã nos braços e começou a andar até a saída da mansão mesmo com os gritos da loira.

Carol estava achando estranha a demora da namorada então foi em direção a casa e quando ouviu os gritos correu até a sala na mesma hora em que Fiorella começou a passar mal e caiu no chão com uma dor porte no peito, Eduardo se desesperou na hora gritando por ajuda.

- Amiga? Fiorella fala comigo por favor, para de chorar, se acalma, respira.

- Na...na...não de..deixa ela ir, aaaaaaaah – Fechou os olhos com força sentindo uma dor insuportável.

- Tio a gente precisa levar ela até a emergência. – Carol chamou atenção de Eduardo que estava meio aéreo.

- Ela precisa de massagem, se afastem. – Emmanuel começou a massagear o peito de Fiorella rapidamente enquanto Eduardo ligava para a emergência.

Mônica e Melissa saíram da festa e foram para casa, a loira não parava de chorar, se sentia uma idiota por acreditar no amor de Fiorella, quando chegaram em casa ela pediu para ficar sozinha, depois de muito custo a morena mais velha abriu mão de insistir e se retirou do quarto, tratou de ligar para seus pais e informou tudo e soube que Fiorella havia passado mal, então ligou em seguida para Carol.

- Alô, amor?

- Oi?

- Como estão as coisas por aí? Acabei de saber.

- Péssimas, a Fiorella foi levada da sala de reanimação, não tivemos nenhuma informação, estou aflita, avisa a Melissa, ela tem que vim pra cá.

- Amor não tem como.

- Não entendi, mas ela não é esposa da Fiorella como não pode vim? É claro que pode, manda sua irmã vim agora Mônica.

- Cah as meninas brigaram feio, acho que por isso a Fiorella está nesse estado, a Mel não quer ver ela, e se eu falar que ela está no hospital as coisas vão piorar.

- Mais bebê isso não justifica, isso e um momento sério, conversa com ela, tenta trazer a Melissa pra cá Mônica, a situação e seria, ela me fez prometer que não contaria para ninguém, mais o momento mostra o contrário, a Fio está doente, ainda não sabemos do que, e a Melissa sabe disso por que ela já passou mal na frente dela. – Enquanto elas conversavam ao telefone os pais da morena chegaram e Mônica fez sinal para que a mãe fosse ao quarto da irmã.

- Tudo bem, eu vou tentar, qualquer coisa me liga, beijos. – Se despediram e logo a moça desligou. – Mãe a gente precisa conversar com a Melissa, o assunto e sério.

- O que aconteceu, ainda não entendemos nada, eu e seu pai estamos até surpresos.

- Melissa descobriu que a Fiorella escondeu a história de um testamento do avô que tinha algumas regras, ter filhos e casar, e ela se sentiu meio que enganada mãe, o pior de tudo e que nesse momento ela está no hospital e pelo que a Cah me contou e grave.

- Mais essa agora, sua irmã também e cabeça dura, em vez de sentar e conversar com a moça, ela continua com esse complexo que outra pessoa não a vejo com outro olhos a não ser de pena, qualquer um pode perceber que a Fiorella ama a sua irmã Mônica, ela pode ter errado em esconder isso, mas existe amor sim, vou falar agora mesmo com a tua irmã. – A mulher saiu em direção ao quarto da filha visivelmente aborrecida com a atitude infantil dela, bateu na porta mais Mel não respondeu, insistiu até que ela respondeu que não queria falar com ninguém, mesmo assim a mulher entrou no quarto encontrando a filha chorando na cama.

- Melissa eu sei o quanto você está chateada com a Fiorella, mais precisamos conversar sério, por mais difícil e complicado que e tudo, pense um pouco, organize sua cabeça e depois se encontre com sua esposa e se entendam.

- Mãe eu não quero me entender com a Fiorella, eu a quero bem longe de mim. Ela me decepcionou muito, me magoo, eu a amo tanto mamãe, chega a doer.

- Minha filha eu lhe entendo, mão pelo menos pense, reflita, lembre-se de tudo que viveram antes do casamento, Melissa a Fiorella te ama muito, e completamente louca por você meu amor, quero a sua felicidade e a dela. – As mulheres ficaram conversando por um longo tempo, até que adormeceram juntas.

No hospital Carol e Eduardo esperavam notícias da executiva, o homem estava a ponto de pirar de tanto que estava preocupado, quando viu o médico se aproximou levantou da poltrona já eufórico.

- Então doutor, alguma notícia da Fiorella?

- Vocês são parentes da Fiorella Milstein?

- Sim! Sou o aí dela, e essa moça melhor amiga.

- Muito bem, então eu não tenho uma notícia muito boa para lhes dá.

- Como assim? – Carol perguntou mesmo sabendo no fundo que resposta teria.

- Bom, como estava dizendo a senhorita Milstein tem Anemia aplástica ou aplasia medular é uma rara doença hematológica e causada pela insuficiência de células sanguíneas na medula óssea. Afeta os três grupos de elementos sanguíneos: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. E a sua filha senhor está em um estágio avançado, eu me pergunto como vocês não perceberam isso antes. – O doutor falou depois de questioná-los.

- Na verdade doutor, o tio Eduardo não sabe, mais a Fiorella passou mal algumas vezes e por conta da insistência da esposa ela procurou um médico e fez uns exames só que ela ainda não recebeu os resultados. – Carol interferiu na conversa deixando claro o que estava acontecendo com a executiva.

- Agora sim posso entender melhor tudo, como eu dizia ela vai precisar de um transplante de Medula, por conta do estágio da doença está bem avançada, começamos o tratamento para tentar reverter a situação das plaquetas com transfusões só que não será suficiente, então preciso fazer testes com o senhor e outras pessoas que forem necessárias, caso isso não ocorra a sua filha irá a óbito. – O médico foi bem claro com as palavras, Eduardo não se aguentou chorando desesperado.

- Doutor eu faço o que for preciso para ver minha filha bem, pode fazer os testes em mim.

- Se precisar também me candidato. – Carol estava arrasada, não imaginou que Fiorella estava tão mal, na mesma hora pensou em ligar para Mônica, assim que Eduardo e o médico se afastaram ela pegou o celular fazendo a ligação para a namorada, nem deu importância ao horário.

O celular de Mônica começou a tocar na cabeceira da cama, ela estava dormindo, acordou meio croque de sono, e atendeu sem olhar quem era.

- Alô? – Falou com a voz rouca.

- Oi amor, se eu não estivesse tão preocupada com o problema dá Fiorella eu comentearia sobre essa voz rouca.

- Oi amor. – Cumprimentou a namorada depois de dá uma pequena gargalhada. – Aconteceu algo?

- Sim! O médico acabou de conversar comigo e o tio Edu, a Fiorella tem Anemia aplástica melhor dizendo aplasia medular e vai precisar de transplante de medula por que o estado dela e avançado. – Ela parou de falar já começando a chorar e na mesma hora Mônica sentou na cama meio assustada ouvindo a namorada que voltou a contar tudo. – A Fio pode morrer amor.

- Nossa, Carol como isso foi acontecer véi?

- Não sei, a Fiorella devia não estar se cuidando, o tio Edu foi fazer um teste pra ver se ele e compatível.

- Espero que ele seja, por que nem quero comentar.

- Você já contou para a Melissa?

- Ainda não, ela apagou no quarto com a mamãe chorando, nem conversou direito.

- Então conte tudo, ela precisa saber, até por que elas são casadas.

- Vou conversar com ela amanhã cedo e depois passo aí pra saber como está tudo.

- Tudo bem bê, estou com saudades, preciso de você aqui comigo. – Falou manhosa

- Não faz assim que sou capaz de pegar o carro e ir agora até o hospital te ver.

- Olha que e mais fácil eu ir até você.

- Não seria nada mal, mais amanhã cedo estou aí, qualquer coisa me ligue, beijos.

- Beijos. – Finalizaram a ligação.

Depois de um tempo Eduardo chegou até a sala de espera coma expressão superpesada, a patricinha levantou na hora.

- Então tio, deu tudo certo? – Se aproximou do homem.

- Não! Eu não sou compatível com ela, e agora Carol o que vamos fazer?

- Tio calma, eu vou resolver isso assim que amanhecer, teremos uma solução, lhe prometo, a Fiorella e guerreira vai aguentar tudo.

- Eu espero que sim, pois já estou desacreditado.

- Nada e impossível.

Fim do capítulo