Capitulo 11
As duas seguiram comendo seus lanches, quando terminaram Fiorella deitou a cabeça na perna de Melissa e ficaram assistindo filme até tarde, na metade dele a executiva mais uma vez dormiu, era impossível não dormir com o cafuné que a morena fazia, quando o filme terminou a jovem acordou a mulher aos poucos com beijos em seu pescoço, provocou até que conseguiu acorda-la.
- Não faz isso. – A executiva pegou a menina de surpresa com a voz totalmente rouca.
- Foi o único jeito que consegui te acordar sem assustar você.
- Tudo bem, desculpa acabei dormindo de novo, esses teus cafunés são ótimos. – Levantou fazendo um coque frouxo no cabelo e olhou para a menina.
- Você que é sensível a ele e acaba dormindo.
- Já deve ser tarde, tenho que te levar em casa. – A loira levantou da cama e pegou o celular olhando as horas. – Vou só trocar essa roupa e te levo em casa, a Mônica vai me matar.
- Vai nada, eu me entendo com ela, só não durmo aqui, por que a gente não resolveu as coisas e não avisei ninguém em casa, meu pai não iria gostar muito. – Falou fazendo uma da carinha fofa.
- E, eu sei disso, seu pai ficou meio sério quando a gente saiu.
- Ele e ciumento, normal.
- Normal pra ti ne. – Gargalhou e entrou no closet, vestindo uma calça moletom e uma blusa de alcinha sem sutiã, saiu em seguida do mesmo e se aproximou da menina puxando-a para a ponta da cama e pudesse pega-la nos braços.
- Não acha que essa blusa está muito provocante para sair assim por aí? – A morena não se segurou e soltou a pergunta.
- Você acha? Pra mim não parece.
- Está, vão ficar te olhando.
- Olha só, pelo visto tenho aqui uma futura namorada ciumenta? – Olhou com a sobrancelha direita levantada, provocando a morena de um jeito sensual.
- Você não perde uma Fiorella? Eu não sou ciumenta.
- E sim, e eu amo mulheres ciumentas. – Beijou a morena de surpresa enquanto saiam do quarto, desceu os degraus da escada e seguiu para o carro colocando melissa sentada no banco, entrou no mesmo e deu a partida para a casa da menina, durante o trajeto viu como ela estava emburrada.
- Mel não fica com essa carinha, eu não vou sair do carro, apenas vou ti deixar em casa e volto para a minha, não tem pra que ficar com esse bico lindo, vai fazer eu querer parar esse carro e ti agarrar.
- Desculpa, eu vou parar, e só que você está muito sexy com essa blusa.
- Obrigada pelo elogio eu acho, mas você não iria preferir me ver sem ela? – Olhou de canto para a menina com um sorriso safado.
- Fiorella! Não começa. – A loira soltou uma gargalhada gostosa que foi seguida pela menina.
Não demorou e logo elas já estavam na frente da casa da morena, a executiva tirou seu sendo e o da menina e logo levou as mãos para cintura de Melissa se inclinando para cima da menina e capturando seu beijos, o encaixe dos lábios era tão perfeito que quem visse falaria que elas eram perfeitas uma para outra, a mulher ch*pava a língua da menina com uma vontade tremenda, sentia cada vez mais necessidade de ter a jovem para si, aos poucos o beijo foi cessando.
- Durma bem, eu ficarei pensando em você. – Sorrio e logo pegou o celular discando o número de Mônica e ela logo estava abrindo a porta do carro de Fiorella e pegando a irmã no colo. – Obrigada cunhada, estou te devendo uma.
- Uma não duas, boa noite.
- Vai com cuidado Ella, me liga quando chegar. – A morena ordenou antes da irmã tirá-la do carro.
- Sim senhora, beijos. – A executiva deu a partida arrancando com o carro em direção de sua casa, em alguns minutos logo chegou.
A mulher guardou o carro na garagem e entrou na casa tudo tão silencioso sem seu pai ali, o homem tinha viajado a negócios, e sempre que acontecia isso a executiva ficava sozinha, ela entrou no quarto fechando a porta e tirando a roupa e caminhando pelada em direção do banheiro, entrou no box abrindo o chuveiro e tomando um banho quente, os flashs dos momentos com Melissa não saiam da sua cabeça, seria uma noite longe, assim que terminou o banho saiu do banheiro pegando uma toalha se enxugando e deitou na cama sem roupa alcançando o celular e discando o número da menina dos olhos verdes.
- Eu estava preocupada, por que demorou tanto a ligar?
- Nossa, calminha, eu precisava de um banho.
- Tudo bem, chegou bem?
- Sim, e você está bem? Está com sono?
- Estou sim, nenhum pouco e você?
- Também não, queria ter ficado contigo.
- Confesso que também, mas você iria me achar muito atirada ou meus pais não iriam gostar.
- Eu jamais pensaria isto de ti Melissa, sabe bem que por mim você não sairia de perto, e hoje eu estou tão sozinha. – Falou com uma voz triste fazendo doce.
- Own meu deuso, por que não me disse? Seu pai não está em casa?
- Não, viajou, aí estou eu aqui ao leu, sem ninguém, jogada nessa cama, querendo uma costela.
- HAHAHAH, poderia ter dito, teria te arrastado para dormir aqui.
- Seu pai me mataria
- Que nada, você não dormiria comigo. – Gargalhou
- Não? Ah, então nem tem graça.
- Então a senhorita já que me levar para cama Fiorella?
- Não vou dizer que não tenho vontade, mais isso vem com tempo, e de preferência no seu.
- Ai que mulher mais linda.
- Obrigada, já pode casar comigo. – Gargalhou
- Nem bem respondi o pedido de namoro e já quer casar?
- Sim, eu quero as duas respostas, vou deixar você dormir, tenha bons sonhos comigo senhorita Dellaye, de preferência sem roupa como estou nesse exato momento deitada em minha cama, beijos. – A mulher apenas esperou a morena falar uma única palavra e desligou com um imenso sorriso no rosto.
- Fiorella! – A menina ficou com o celular ainda grudado na orelha por um certo tempo sem acreditar que a executiva tinha dito tais palavras.
A noite foi longa para as duas, de um lado Melissa molhada de suor sonhando com a executiva dançando e do outro Fiorella acordada pensando na menina e em seus beijos, quando a primeira luz do dia clareou na janela de ambas logo se levantaram e começaram a se arrumar, a loira passou na cafeteria comprando um capuccino e seguiu para a faculdade.
No dia seguinte em todos os sites da cidade estavam noticiando informações sobre a aproximação de Melissa e Fiorella, alguns influencers e socialites parabenizavam a Executiva pela atitude de querer se relacionar com uma deficiente física, diziam que a dama de ferro enfim foi laçada por uma jovem especial em todos os sentidos, outros falavam que era simplesmente um assassinato a sua carreira conceituada de CEO e até mesmo vida pessoal, que o relacionamento era fadado ao fracasso que não passaria de dois meses.
Nenhuma delas teve acesso as notícias, estavam aéreas sobre o assunto, para as duas era um dia normal, mais por pouco tempo.
As irmãs Dellaye chegaram em seguida, Mônica foi abordada no portão por Carol que lhe pegou passando os braços envolta do pescoço da menina e falando baixinho só para ela ouvir.
- A foto que eu te mandei estava do seu agrado Mô? – A mulher percebeu na hora a morena ficando vermelha. – Aí que fofo, você fica tão linda vermelhinha, quem te vê assim nem acredita que aquela Mônica toda brincalhona e safada e assim vergonhosa.
- Er... Oi Carol. – A Dellaye mais velha não soube o que fazer.
- Só oi? Não ganho mais do que isso? – A loira fez beicinho.
- Eu...eu... – A loira gargalhou e beijou a morena de um jeito intenso.
Melissa ficou passada com a situação e Fiorella sorria olhando para a amiga agarrando Mônica, olhou para a pequena Dellaye ao seu lado e resolveu fazer o mesmo na frente de todos, se aproximou da menina por trás surpreendendo ela com um beijo nos lábios enquanto se sentava no colo da mesma, a morena levou as mãos a cintura da loira logo que percebeu de quem se tratava, o perfume da executiva era irreconhecível, sentia ele de longe, pediu passagem com a língua explorando a boca da mulher mais logo foram interrompidas por flashs de câmeras.
Fiorella se assustou ao ouvir burburinhos e claridades no seu rosto e de Melissa, se afastou olhando ao redor com as mãos no rosto da menina, quando percebeu do que se tratava simplesmente esbugalhou os olhos.
- PQP! – Melissa abaixou a cabeça escondendo entre as mãos. – Carooooool, me ajuda! Amor calma, vou te tirar daqui. – A executiva saiu da perna da menina enquanto sua amiga se aproxima com a irmã da jovem, pegou melissa nos braços ainda sendo fotografadas e saiu andando às pressas com a menina em direção a uma das salas e entrando sendo seguida pelas meninas com a cadeira de Melissa.
- Senhor! O que foi isso Fiorella? – A morena questionou a loira logo que ela lhe colocou sentada em uma cadeira.
- Eu não sei, não faço ideia. – Falou com as mãos na cabeça.
- Calma gente, não deve ser nada sério. – A irmã de Melissa falou tentando acalmá-las.
O celular de da executiva começou a tocar e logo que ela pegou o aparelho olhando no visor e lendo o nome da pessoa ficou pálida na hora.
- A... Alô? – A mulher pela primeira vez sentiu um calafrio de ter que falar com um dos acionistas.
- Fiorella eu gostaria de saber que palhaçada e está que eu acabei de ler no jornal? Enlouqueceu? – O homem grosso perguntou.
- DO QUE ESTÁ FALANDO? NÃO GRITE COMIGO! – A mulher também se alterou.
- Falo da palhaçada de você está comendo uma aleijada.
- NÃO FALE ASSIM DELA, SE ESTIVESSE NA MINHA FRENTE EU NÃO RESPONDERIA POR MIM.
- VENHA AGORA PARA EMPRESA. – O homem desligou na cara da executiva e ela começou a mexer no celular sem nada dizer e encontrou algumas notícias com fotos sua e de Melissa saindo de sua casa, entrando no carro e até mesmo do beijo que ela havia roubado da menina quando deixou em sua casa.
- Eu não acredito, droga, droga, droga, eu não posso ter privacidade em nada. – As meninas lhe olhavam sem entender, então Carol se aproximou da amiga e se ajoelhou na sua frente perguntando, tentando entender o que estava acontecendo.
- Fio, fala para mim o que está acontecendo amigan? – Olhava no rosto da loira.
- Pega meu celular e veja você mesma, eu preciso ir para a empresa, depois converso com vocês. – Se levantou e chegou perto de melissa se ajoelhando e falou:
- Mel eu vou resolver tudo isso, irei mandar retirar todas as notícias que estão falando mal sobre a gente, eu te prometo, me perdoa por essa bagunça, mais tarde a gente conversa. – Aproximou o rosto e selou os lábios de Melissa fazendo um pequeno carinho, levantou pegando a bolsa e saindo da sala, alguns fotógrafos ainda estavam em frente a faculdade em um surto de loucura a executiva levantou o dedo do meio em direção as câmeras fotográficas e foi bombardeada com flashs, entrou no carro dando a partido e seguiu em direção a empresa.
- EU POSSO SABER QUE LOUCURA TI DEU PARA GRITAR NO TELEFONE COMIGO? NEM MEU PAI QUE TENHO UM RESPEITO IMENSO E A LIBERDADE DE FAZER ISSO NÃO FAZ, E UM IMBECIL QUE NEM VOCE OUSA? – A executiva entrou na sala de um dos sócios apontando o dedo na cara do homem e falando várias coisas.
- Olha só, quem diria, a princesinha do Eduardo querendo cantar de galo comigo, se coloque no seu lugar sua pirralha, ainda nem saiu das fraldas que falar dessa forma comigo.
- EU FALO COMO EU QUISER, VOCÊ E MEU EMPREGADO!
- Vamos ver até quando, por que no ruma que você está indo em breve eu assumirei seu lugar nessa empresa.
- Veremos! – Ia sair da sala do homem, mas ele a pegou pelo braço apertando.
- Eu vou ter o prazer de lhe destruir Fiorella Milstein. - Tente para ver se consegue. – A executiva com a outra mão livre espalmou no meio dos peitos do homem empurrando, fazendo com que ele caísse de costa no chão, e saiu andando de forma sedutora entrando em sua sala.
- MALDITO! – Fiorella gritava dentro da sala, as secretarias olhavam umas para as outras assustadas.
Ela decide então ligar para o seu advogado para que resolvesse o problema dos tabloides sensacionalistas com as notícias sobre ela e Melissa, o homem falou que resolveria tudo e em menos de vinte e quatro horas as notícias ruins já seriam retiradas.
As horas foram se passando e logo Melissa chegava na empresa de Fiorella, o clima era tenso todos olhavam para ela e cochichavam, ela se sentia muito desconfortável, chegou até sua mesa, a outra secretária lhe informou que a executiva estava trancada na sala desde quando chegou e não saiu para nada nem mesmo aceitava as ligações, ela estava super transtornada.
Fim do capítulo
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