Capitulo 5
Tomei um banho e vesti um moletom, olhando uma última vez no espelho. Eu precisava ir para a faculdade. Peguei a mochila no quarto colocando no ombro e fui para cozinha beber um copo de leite antes de sair. Abri a geladeira tirando o leite e ouvi um barulho estranho sobre a mesa ao lado do guardanapo. Fechei a porta da geladeira, contornei a mesa e um aparelho tocava incessantemente, era o celular da Giulia. Na correria ela o havia deixado para trás, pior que não tinha como entrar em contato por que o único número que eu tinha dela, era justamente esse. Meu coração bateu mais forte e vi uma nesga de luz no fim do túnel, porque ela teria que buscá-lo. Eu poderia pedir desculpas. Limpei as lágrimas dos olhos deixando o aparelho sobre a mesinha de centro da sala e sai pela porta com a chave do carro nas mãos.
Estacionei meia hora depois no campus da faculdade e corri para o seu interior. Começava a chover. Margot e Sofie conversavam perto dos armários e fui de encontro a elas.
- Boa noite meninas. – dei um beijo em cada uma.
Eu tinha os olhos inchados de chorar quase o fim da tarde toda.
- Boa noite...
E Sofie olhou para Margot.
- Mel aconteceu alguma coisa? – disse colocando o braço ao meu redor.
- Não... – e sacudi a cabeça para não voltar a chorar.
- Preciso ir depois nos falamos! – disse Sofie olhando para o relógio.
- Agora me conta...
- Fiz tudo errado - e desta vez não consegui segurar as lágrimas.
- Oh vem aqui...
E nos abraçamos.
Fomos para o refeitório e eu contei tudo o que havia acontecido para a Margot. E ela achou que foi precipitação minha ter ido tão longe.
- Merda! – praguejei.
- Imagina se é a primeira vez dela com uma mulher Mel! Você tem que ir mais devagar, para ela ter mais confiança em você.
- Eu sei, mas eu não consegui me controlar. Eu não sei fazer isso quando estou perto dela.
- Vai precisar se conter se realmente quer que ela se aproxime de você novamente. Liga para ela, conversem!
- Não tem como.
- Por quê?
- Ela esqueceu o celular dela na mesa da cozinha.
- Puts... ah ela vai ter que voltar para buscar e essa é a sua chance de se desculpar, entendeu?
- Sim. Tinha pensado nisso.
- Pronto, agora vamos para aula, você pode me esperar?
- Sim, te espero no carro.
- Vai ficar tudo bem. Até mais tarde., vai dar tudo certo!
Ela foi para a sala dela e eu para a minha.
O tempo se arrastou entre as matérias de Ciências sociais e Direito do trabalho. Eu não conseguia me focar e muito menos prestar atenção em nenhum ponto e nem vírgula. Anotei tudo mecanicamente, mas o meu pensamento era todo na Giulia. Conseguia sentia a maciez da sua pele. O seu cheiro, o gosto do beijo. A língua dela roçando a minha língua. A urgência que ela me buscava, era só questão de tempo para ela ser minha, eu estava certa disso, ela também me queria, me desejava ou não sentiria o seu sex* molhando os meus dedos, apertando. Eu tinha certeza! Queria o meu gosto, o meu gozo nos seus dedos, no mais íntimo dos seus desejos. Eu só precisava ter paciência e fazer com que ela confiasse em mim e não tivesse medo de se entregar.
- Giulia, o que você fez comigo... - sussurrei na distração dos meus pensamentos.
Quando eu saí para o estacionamento uma garoa fina insistia em cair. Andei por alguns metros e destravei o alarme do carro, entrando logo em seguida. Recostei o banco para trás e deitei, fechando os olhos. Pensei na Paige, de quanto tempo nos conhecíamos, e o quanto eu poderia magoá-la se soubesse que eu havia conhecido alguém e que talvez não fosse apenas sex*. Abri os olhos desorientada, procurando pelo barulho que vinha de fora.
- Margot...
Ela batia no vidro.
- Você estava dormindo, desculpa te assustar.
- Tudo bem, peguei no sono. Espero por Sofie? – e me espreguicei voltando o banco para a posição correta.
- Ela deve ter pegado carona com a Paige. O pai dela busca quando o tempo está assim.
- Menos mal. Quer ir para casa? Ou a minha?
- Para minha, amanha tenho um compromisso logo cedo pela manhã. E fica de olho que a moça vai voltar atrás do celular dela. Não vacila!
- Tenho que avisar o pessoal na guarita.
- Faça isso quando chegar. Se bem que eles trocam de turno pela manhã, mas vai que aparece a noite? Você está melhor?
- Estou sim... – e dei partida no carro. – Puts não vou estar em casa de manhã, tenho que ir para o escritório.
- Não tem problema, de qualquer jeito vocês precisam se encontrar.
- É verdade.
- Fica tranqüila.
- Boa noite. – disse beijando Margot.
- Qualquer coisa pode me ligar. Até amanhã!
- Até, obrigada!
Esperei que ela entrasse e sai, olhando pelo retrovisor. Penso que Giulia não queria mesmo falar comigo, muito menos olhar para a minha cara, porque ela ainda tinha o meu número ou será que teria jogado fora? Talvez tenha feito isso depois de gravar meu número no seu celular. Olhei para o relógio, eu não queria ir para casa e mudei o meu caminho. Parei de frente a um bar, comprei cigarros e pedi um gin. Sentei-me do lado de fora e acendi um cigarro. Daria tudo para ela aparecer aqui agora, sorrindo para mim e que me dissesse que tudo ficaria bem. E meu celular tocou. Era Paige:
- Oi minha linda! Não ainda não estou em casa, resolvi beber alguma coisa pelo caminho. Você sabe que eu tomo cuidado, não vou exagerar. Já está em casa? Não sabia se precisava de carona. Sim, ela me falou que seu pai te buscaria. Fico mais tranqüila. É da para ir a pé, sei que não fica tão longe assim, mas nessa garoa? E nesse escuro? Nem pensar! Você precisa arrumar aquela sua moto. Sim, bom jantar então, depois nos falamos, me ligue mais tarde estou com vontade de você. – e traguei o cigarro. Não demoro! Beijo. Virei o liquido e entrei para pagar. Paige queria falar comigo. Entrei no carro e fui para casa.
Antes de subir fui até a guarita. Deixei avisado para o turno da noite e logo pela manhã avisaria também, que caso alguém me procurasse e principalmente naquela discrição que tinha feito da Giulia, que era para deixar subir, que ela havia esquecido algo muito importante dela no meu apartamento. Desci a rampa e estacionei o carro, entrei no elevador e subi. Estava louca para ir ao banheiro. Sai correndo para o corredor, e abri a porta deixando aberta. Abri a água e deixei escorrer dentro da banheira. A noite estava fria e seria muito relaxante mergulhar na água quente. Fui para a cozinha, dei uma mordida em uma pêra e voltei para a sala. O celular da Giulia não parava de tocar, penso que só pararia quando a bateria chegasse ao fim. Deitei no sofá colocando as pernas para cima e olhei no visual do meu celular para ver se a Paige tinha me ligado, mas ainda estaria jantando, não daria tempo. Mordi outro pedaço da pêra e pensei na Giulia. Nunca tinha sentido essa euforia interna antes, e me molhava, como molhava. O gosto da fruta tinha o gosto dos seus lábios. Levei uma mão por dentro da calça e me penetrei lentamente, mexendo. Queria que meus dedos fossem os dedos dela. Suspirei fundo, retirei a mão e fui arrancando a roupa pelo caminho, entrando dentro da banheira. Só levei o celular e o deixei sobre a mesinha de madeira ao lado.
Coloquei a cabeça para trás e relaxei. Á água ainda não cobria o meu corpo, mas foi o suficiente para me aquecer. Abri as pernas e o celular tocou:
- Oi... - gemi. Você não faz idéia.
Mas Paige era esperta, e eu estava morrendo de tesão. Deixei que ela me guiasse e minha mão cobriu o meu sex*. Acariciava. Apertava. Gem*ndo no seu ouvido. Ela também fazia o mesmo. E me penetrei, mexendo devagar, mas forte. Era assim que ela gostava. Deitei mais um pouco aumentando o movimento. Tropeçando nas palavras, gem*ndo alto para ela. Ela estava quase e me apressei. Goz*mos ao mesmo tempo. Silenciamos e a noite estendeu o seu manto. Adormeci ali mesmo.
Fim do capítulo
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