Rafaela se encanta por sua baby e passa o dia curtindo preguiça com ela. depois de muito amor.
Capitulo 6 O dia seguinte
O dia seguinte
Rafaela acordou e viu Cecília dormindo como um anjo sorriu e pensou, “Baby cansou”, ela acariciou os cabelos dela, lembrando-se do quão gostoso foi tê-la em seus braços, na noite que pegou fogo sem precisar incendiar.
Desde muito nova Rafaela sempre gostou de meninas e isso nunca foi problema para os seus pais, principalmente por ela ter nascido prematura e com complicações respiratórias aos quais hoje ela só lembra em suas crises de asma que graças a Deus tem sido cada vez menos frequentes. Seus pais querem apenas que ela tenha saúde e seja feliz.
Olhando Cecília dormir, lembrou que quando se separou prometeu a seus pais que agora ia viver sem se comprometer e muito menos sem levar ninguém para dentro de casa porque sofreu muito com as traições de Paula, e seu maior desejo agora era adotar uma criança e viver a maternidade.
Como essa linda vizinha foi me tirar do rumo? (se questionou Rafaela).
Ela mandou uma falsa entrega e roubou meus pensamentos e já me faz tão feliz em poucos dias. Confesso que eu já havia notado sua presença e sua beleza, não imaginava que essa quarentena ia me fazer sentir tão feliz como estou hoje e lisonjeada em saber que alguém planejou me conquistar.
Vou fazer carinho nas costas dela até ela acordar, quero muito tomar um banho acompanhada nesse meu box com chuveiro duplo que nunca foi inaugurado.
Acariciei, beijei e consegui alguns gemidos, além de muita preguiça de uma bela mulher em minha cama.
- Acorda bela adormecida.
- Rafa, eu estava sonhando com você, hummm
- Gemidinho gostoso ... faz de novo.
- Hum um hum
- Vamos tomar banho juntinhas pra acordar, vamos baby?
- Quentinho também?
- Gente esse bebê é muito manhoso.
- Só hoje, deixa!!!
- Vem comigo que deixo você brincar no box.
(risos)
Rafaela pegou dois roupões na cor azul para agradar sua visita. Cecília perguntou se eram do seu ex-marido, Rafa apenas sorriu e disse que não.
- Eu uso muito branco no hospital então gosto de cores, tenho verdes se preferir, todos como esse em tons mais claros.
- Eu gosto de azul, está ótimo esse.
- Então para de me enrolar e vamos ao banho.
- Sim senhora doutora.
- Depois do banho vou te examinar.
- Uiii agora eu quero banho...
Elas aproveitaram a ducha quente e acariciaram uma ao corpo da outra como se estivessem reconhecendo cada curva, cada pequeno detalhe que possa ter passado ontem, foi um banho muito gostoso e muito excitante. As duas precisavam terminar a brincadeira na cama e trataram de retirar toda espuma que fizeram uma no corpo da outra.
Não deu tempo de ir ao quarto e o amor se fez ali tão forte, tão intenso e cheio de desejo ao ponto de suas pernas perderem totalmente a força.
Minutos depois Rafaela levou sua baby até o quarto e lá os lenções foram suas únicas testemunhas de um desejo que por hora estava insaciável.
(...)
A manhã foi de muito amor e com direito a morangos degustados na anatomia de ambas.
Após um saboroso café da manhã tomaram uma chuveirada e arrumaram a bagunça do quarto.
O almoço começou a ser preparado depois das 14h00 e Rafa estava bem cansada, Cecília percebeu a dificuldade na respiração da doutora e pediu que ela se esticasse no sofá enquanto ela faria uma massa e um filé de frango bem rápido para elas.
Assim que terminou o almoço, Cecília cuidou da cozinha e Rafa foi procurar um filme para assistirem e dormirem no sofá debaixo de um edredom quentinho.
Rafa acordou bem melhor ela sabe que a mudança do clima de Brasília é algo que sempre acaba trazendo certa dificuldade de respiração para ela.
Cecília quase nem dormiu zelando o sono de Rafa que a tranquilizou quando acordou. E a convidou para irem ouvir música no quarto. Cecília queria buscar roupas em seu apartamento e Rafaela disse ser totalmente desnecessário, principalmente por ela estar tão linda de roupão. Cecília concordou por hora em ficar de roupão.
- Achei que ia me deixar sozinha aqui Baby.
- Rafa eu sei que não se sente bem e o que eu puder fazer é só me falar.
- Baby eu já estou melhor e o clima mudou de repente o que para minha asma não é nada favorável, além de eu ter me exercitado além do habitual.
- Você não costuma fazer exercícios frequentemente?- Achei que essa academia era usada diariamente.
- Eu faço baby, três vezes por semana, fico alternando entre a bicicleta e a esteira, tudo de acordo com meu médico Dr. Felipe. Eu gosto de manter a forma só não posso exagerar justamente por causa da asma.
- Entendi, e vai ficar bem?
- Vou sim. Se você cuidar de mim melhoro rápido.
- Então agora serei a Dra. Cecília. – O que deseja?
- Bom agora eu vou deitar no seu colo ao som de Adele, e ouvir tudo que você viveu antes de me conhecer.
- É uma entrevista para acompanhante é?
- Sim, quero saber se poderá fazer parte das pessoas que me acompanham no meu dia a dia.
- Ok.
Eu nasci no Rio de Janeiro em Copacabana, cresci apreciando aquele mar maravilhoso. Meus pais são engenheiros e isso acabou me levando ao designer porque eu sempre via os dois trabalhando com plantas e modificando projetos, assim me davam papel e lápis para rabiscar e eu tentava imita-los no início e depois comecei a desenhar o nosso apartamento e os moveis, sempre colocava coisas diferentes e nunca me imaginei fazendo outras coisas, claro que antes de trabalhar na Art Retoques eu fiz alguns trabalhos para me manter.
- Seus pais não te ajudavam?
Sim, e muito Rafa. Meu pai veio fazer um serviço de restauração em Brasília quando eu tinha 17 anos e eu vim com ele porque imagine o sonho para uma jovem conhecer uma cidade planejada e com essa arquitetura totalmente diferente.
- Você deve ter ficado com os olhos brilhando Baby.
Fiquei sim, e foi tudo muito rápido, eu resolvi tentar a UNB e passei em terceiro lugar na faculdade, minha mãe ficou tão feliz que pediu uma dispensa e veio passar 15 dias aqui conosco, depois de eu resolver ficar, eles alugaram um apartamento na SQN 406 norte para eu poder estudar na UNB, e acho que sabe que não dá pra estudar e trabalhar porque é bem puxada.
- Sei Baby e você com essa carinha me surpreende pela garra viu. Mudar assim longe da família é uma batalha e muita saudade.
Eu já nos últimos anos peguei alguns estágios para não ficar só na mesada dos meus pais, trabalhei como recepcionista em uma empresa de arquitetura, trabalhei como secretária em uma construtora e foi onde eu conheci uma moça que foi um atraso em minha vida.
- Não teve nenhum namorado?
Tive o Matheus, um rapaz que morava no mesmo edifício dos meus pais e quando eu vim para Brasília terminamos, era um namoro que não tinha muita emoção, era quase uma amizade com beijos e amassos, nada sério, tanto eu quanto ele éramos focados nos estudos.
- E a moça que você falava?
Ela trabalhou em um evento da construtora e ficou me encarando de uma forma que na época achei estranha, e no meio do evento perguntou meu nome. Dias depois me ligou e convidou para conhecer um PUB aqui da asa sul e começamos a nos conhecer e a namorar depois de uns dois meses, foi quando eu contei aos meus pais que estava gostando de uma menina e teve um período de adaptação à notícia, mamãe foi mais receptiva e aos poucos fez meu pai entender.
- Ele era contra?
Olha ele não aceitou assim fácil, não questionou minha opção apenas queria entender melhor, veio passar um fim de semana comigo e não gostou da moça. Ele alugou um apartamento maior para que pudéssemos viver com mais conforto e assim minha mãe podia vir vez ou outra me ver. Com o tempo ele percebeu que eu gostava realmente dela e me apoiou totalmente, agora depois que ela me deixou, aí ele teve certeza que ela não valia nada.
- Seu pai deve ter pensado: Eu sabia!
Com certeza ele disse (risos). Eu me formei, e comecei a trabalhar na Linhas Certas DF e fiz um projeto que redeu bons frutos para empresa e uma proposta de trabalho bem melhor, quando contei a minha namorada ela ficou toda feliz, eu achava que era pelo meu sucesso profissional, mal sabia que era pelo dinheiro. Eu era muito boba e apaixonada, trabalhava fora e ainda fazia praticamente tudo em casa, eu confesso que não sei o que ela fazia o dia todo porque estava sempre cansada.
- E o sex* não era frequente?
No início sim, e ela queria mesmo me conquistar, quando meu pai alugou o apartamento maior, ela ficou um doce comigo e me amava como louca, só que com o tempo eu não sei o que aconteceu, apenas me tornei uma provedora do lar e ela uma madame que não podia estragar as unhas e o sex* tornou-se algo mecânico.
- E quando terminou?
Ela disse que o amor acabou, que eu não buscava crescer, que não tinha mais o mesmo tesão por mim... Meu amigo Carlos disse que com certeza ela tinha outra pessoa e depois de um tempo eu fiquei sabendo que ela estava morando com outra, me doeu muito, principalmente porque ela quis levar alguns móveis e eu acabei deixando, nesse casamento eu apenas fui um cartão de crédito.
- Baby, preste atenção. Eu não conheço toda história, agora minha experiência me diz que ela usou você. Para e pensa na sua vida. Sempre teve seus pais junto de você e te apoiando nos seus estudos, você batalhou para se formar e poder exercer sua profissão, o que percebo que faz com muito amor.
- Realmente eu amo o que faço e esqueço da vida desenhando, como se eu pudesse criar um mundo novo dentro dos meus projetos.
- Isso, você sempre buscou a realização de um sonho e essa moça veio apenas para se aproveitar da sua ingenuidade, com certeza ela deve ter muitas experiências e viu em você a chance de ter vida fácil.
- Você acha mesmo?
- Ah! Cecília você não imagina como as pessoas se aproveitam das outras, eu trabalhei alguns anos na emergência do hospital e tenho cada caso pra te contar. E eu vejo em você uma sinceridade tão linda que dá vontade de morder sabia!?
(risos)
Cecília continuou contando sobre sua vida e Rafaela fez com que ela percebesse o seu valor. Ela não teve muitas experiências e isso a deixou refém de um falso amor, infelizmente existem pessoas que se aproveitam e usam as outras sem a menor vergonha. O fato de estar longe da família é um agravante que nos torna mais vulneráveis a golpes.
- Hoje você deve se sentir livre e feliz por poder estar longe dessa picareta Baby. E qual o nome dela? – Você só fala moça.
- É Mônica.
- MÔNICAAA!!! – Mônica Travassos?
- Sim. Por quê?
- Rafaela Levantou do colo de Cecília e sentou na cama.
- Eu preciso me recuperar do choque.
- Rafa você está me assustando.
- Clama baby, já irá entender. – Me traz água, por favor.
- Ok. Vou pegar, fica calma.
- Só estou meio zonza, mas vou ficar bem.
Cecília correu na cozinha sem entender o que aconteceu, pegou a água e voltou ao quarto para que Rafaela lhe dissesse o que estava se passando.
Fim do capítulo
Com essa elas não esperavam. Mônica é a ex e a atual... Como elas vão lidar com a notícia?
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Luciana Araujo Em: 27/09/2024 Autora da história
Continue lendo, você vai gostar e tudo será explicado.
Abraços,
Luciana Araújo.