Pietra

Entrei em meu quarto cabisbaixa após um jantar silencioso compartilhado com a Bianca!

Eu liguei o som ambiente; parei diante da janela e fiquei apreciando de longe a lua sobre o velho Chico relembrando com pesar a fala da italianinha após nos beijarmos depois da sua quase queda:

 

- Bianca? – falei de costas pra ela tentando me recompor do beijo que trocamos, depois que a empregada saiu – Desculpa, perdi o controle! Você está mesmo bem?

- Er... Eu estou sim! – disse ela envergonhada também – O nervoso nos descompensou, esqueça! Não foi nada.

 

Enrijeci com sua fala de desprezo ao que aconteceu entre nós ecoando em meu ouvido:” Não foi nada.”

 

 Muito decepcionada concordei com ela...

 

- Sim – usando um tom frio deixei rapidamente o quarto – realmente esqueçamos, não foi NADA mesmo! Te encontro lá embaixo.

 

- Merda! – xinguei saindo das lembranças dolorosas enquanto vestia uma camiseta pra dormir – Eu me iludi mais cedo com sua aparente cena de ciúmes! Ela pode gostar de meus beijos, mas não se sente bem numa relação mais intima com outra mulher. Ela parece ter nojo...

 

Senti meus olhos marejados...percebi que nunca seria correspondida em meu amor pela Bianca; nunca conseguiria fazer amor com ela.

Adormeci com a italianinha em meus pensamentos.

 

Despertei na madrugada com batidas firmes na porta do meu quarto; atordoada pelo sono levantei-me ligeiro abrindo e dando de cara com a italianinha sorridente e dentro de uma camisolinha curta. Fiquei boquiaberta parada à sua frente.

 

- Cunhada – falou manhosa – estou com o ombro me matando, tentei massagear com essa pomada mais não alcanço a parte de trás onde mais dói... Será que pode aplicar no local?

 

Engoli em seco enquanto pensava uma maneira de escapar daquela tortura!

 

- Ai já é demais! Assim eu não vou aguentar. – pensei desesperada procurando uma saída.

 

Bianca não me deu chance de negar, passou por mim e se sentou na beirada da minha cama estendendo-me o tubo da pomada.

 

Fiquei alguns minutos parada na indecisão, então ela fez uma carinha de dor que me desarmou.

 

- Que seja o que Deus quiser! – murmurei entre chateada e receosa.

 

Caminhei em sua direção e subi na cama ajoelhando atrás dela começando a massageá-la nos ombros com a tal pomada hidratante.

Enquanto meus dedos deslizavam suavemente em sua pele eu pensei:

 

- já que estou fazendo, vou fazer bem feito, pois sei que conforme a gestação avança, as grávidas experimentam uma série de incômodos – dor nas costas, inchaço, ansiedade e tensão são alguns deles.

 

- Bianca? – chamei-a.

 

- Huum... – ela parecendo aproveitar a massagem.

 

- Você tem algum óleo que posso usar para fazer a massagem? – perguntei perto do seu ouvido, sentindo-a arrepiar.

 

Ela respirou fundo antes de responder.

 

- Sim – respondeu baixinho - Pega na bancada do meu banheiro, por favor.

 

Levantei-me e fui em direção ao seu banheiro onde peguei o óleo e duas toalhas de banho, voltando ao meu quarto.

 

- Agora quero que você tire a camisola, deite-se com a barriga pra cima. Coloque uma toalha em volta dos seios e outra na região da virilha. Pode ser? – questionei entregando-lhe tudo.

 

- Pode - concordou corando levemente enquanto pedia- Você vira de costa, por favor?!

 

- Com certeza - prontamente virei com o coração acelerado.

 

Ouvi o movimento dela atrás de mim tirando sua roupa e deitando na cama; mas esperei um sinal de Bianca para ir até ela. O que não demorou...

 

- Estou deitada já! – informou a italianinha.

 

Virei-me, encaminhando para perto de seus pés.

 

- Bianca, se sentir dor ou desconforto, por favor, me avise imediatamente – determinei mirando seus olhos - Combinado?

 

- Combinadíssimo – deu-me um sorriso que me fez tremer.

 

- Tô ferrada - pensei

 

Peguei o controle e diminui a luz do ambiente; baixei o som da música que estava tocando. Segurei o seu pé esquerdo, deslizando minha mão por ele delicadamente. Continuei em direção a seu joelho, onde fiz leve pressão, fui deslizando minha mão por sua coxa, sempre observando sua face em busca de qualquer sinal de desconforto, mas notei que ela estava relaxada, tranquila. Fiz o mesmo procedimento em sua perna direita.

 

Virei Bianca de lado, dando atenção as suas costas. Coloquei um pouco mais de óleo nas palmas das minhas mãos, apoiando nos seus quadris e fazendo movimento para as laterais.

A Italiana gem*u baixinho, fazendo meu coração acelerar.

 

- Dói? – perguntei entre aflita e encantada com suas reações que me pareciam ser de algo mais além de dor.

- Não! Está maravilhoso - respondeu ofegante me fitando – continua Pietra.

 

Fui deslizando minhas mãos em movimento circulares por toda sua coluna. Subia para os ombros, fazendo uma leve pressão e terminei com movimento de passos com os dedos dos quadris até o ombro e depois ao contrário.

 

Deitei-me atrás dela, passando minhas mãos pela sua barriga com uma pressão muito pequena, em forma de caricias. Bianca suspirou profundamente e estremeceu de encontro ao meu corpo. Após alguns minutos sob minhas carícias, ela se virou com cuidado e ficou de frente para mim, fixando seu olhar no meu...

 

Perdi-me nos seus olhos castanhos. A italianinha deu-me um sorriso lindo, que se tornou o meu favorito em todo o universo.

Colocou suas mãos em minha nuca e lentamente se inclinou pra frente selando nossos lábios.

Meu coração disparou no peito ao entender o que ela queria com aquele beijo! E coincidia com o meu desejo, embora isso me deixasse tensa, pois nunca trans*ra com uma mulher antes!

 

Eu quebrei nosso contato, sem nem mesmo beijá-la como queria realmente.

Bianca ficou me olhando sem entender. Acariciei seu rosto com as pontas dos dedos, contornando seus lábios bem desenhados.

 

- Tem certeza de que quer prosseguir? – perguntei baixinho.

 

- Eu não quero pensar em nada agora, Pietra – respondeu com a respiração um pouco mais pesada - Quero, simplesmente, te sentir.

 

- La tua volantà sarà fatta! – sorri aparentando uma segurança que estava longe de sentir.

 

- Minha vontade será feita, dona Pietra? – questionou com um sorriso - Anda praticando o italiano é? Isso tudo isso é pra me impressionar?

 

- Estou conseguindo? – ergui a sobrancelha atrevida.

 

- Respondo depois – Ordenou ousada - agora me beija.

 

Colei minha boca sua, sentindo a maciez dos seus lábios. Contornei com a língua suavemente toda aquela extensão em um pedido mudo para que ela viesse a entreabri-los!

 

Senti o leve suspiro da Bianca em minha boca, segundos antes dela mordiscar meu lábio inferior fazendo com que eu me arrepiasse inteira.  Ela enroscou os dedos em meus cabelos, segurando firme em minha nuca, e só depois entreabriu seus lábios me dando passagem. Enrosquei minha língua na dela e aprofundei o beijo.

 

Abracei-a um pouco mais e ela capturou minha língua ch*pando-a de forma suave. Trocamos beijos e carinhos sem pressa... Ajoelhei-me diante dela e a fiz fazer o mesmo.

 

- Posso? – perguntei tocando as alças de sua camisolinha enquanto acariciava seus ombros lentamente.

 

- Sì... – murmurou ofegante dando-me permissão.

 

Nessa hora uma nova canção tomou o quarto embalando o momento:

https://www.youtube.com/watch?v=NdBHfXgI3hA

 

Eu, com as mãos trêmulas fui abaixando-lhe as alças da camisola deixando-lhe expostos os seios cheios aos meus ávidos olhos. Estiquei a mão e toquei-lhe um seio massageando-o lentamente enquanto lhe beijava carinhosamente. Tomei meu tempo massageando seus seios fartos pela gravidez, até que não resisti mais e separando nossos lábios, comecei a beijar seu pescoço e fiz um caminho até chegar em seu rosado mamilo esquerdo abocanhando-o, passando a sugá-lo.

 

- Dale lento, tócamela más lento...el ritmo esta enciendendo – arfou Bianca apaertando meu rosto em seus seios.

 

Sorri de encontro a sua pele, por ela ter usado a letra da música: “vá devagar, toque mais devagar...a batida está me excitando”

 

 

Eu estava cheia de tesão; mas queria dar todo prazer a Bianca. Assim a fiz deitar de encontro aos travesseiros.

 

- Tira a camiseta? – Ela pediu beijando meu pescoço – Quero ver-te inteira!

 

Afastei-me o suficiente para tirar minha camiseta ficando totalmente nua diante dela, pois nada usava além desta peça.

 

- Troppo bella! – murmurou Bianca me devorando com os olhos.

 

Inclinei-me pairando sobre ela sem apertar seu ventre mais encostando nossas peles, sentindo e a deixando sentir nossos corpos juntos. Bianca enlaçou meu pescoço forcando nossos lábios encontrarem-se. Enquanto nos beijavamos nossas mãos descobriam cada curva do corpo da outra.

Voltei a fazer uma trilha de beijos do queixo da italiana ao seus seios; ali lambi, mordisquei, saboreei tirando altos gemidos da italiana que abandonou-se de olhos fechados aos meus carinhos.

 

Biaca tocou na minha cintura , suas mãos subindo por minha pele, me tocando em um leve carinho.

 

Eu tremia de desejo e sem mais me conter fui beijando seu ventre e desci vertiginiosamente num caminho de beijos até esbarrar na renda de sua calcinha.

 

Ali respirei seu cheiro de mulher! Embora nunca tenha tido relações intimas com uma mulher, seguia meus instintos e as minhas vontades.

Ergui o olhar e deparei com os olhos dela um pouco mais escuro de desejo.

Boanca estava apoiada nos cotovelos e mordia ansiosa o cantinho dos lábios de uma forma sensual esperando meu próximo passo.

Levei a mão tocando seu sex*,  apertando-o levemente...ela respirou pesado.

 

- Assim tá bom? – sussurei enquanto acessava seu sex* pelas laterais da calcinha e começava a massagear seu clit*ris em movimentos lentos e circulares até vê-la seguindo meus movimentos mexendo os quadris e gem*ndo sem parar.

 

- Sì, sìiii... muito bom – gemia mexendo os quadris indo em busca de mais contato com meus dedos – Pietra...

 

Puxei sua calcinha retirando-a e sem aviso, troquei meus dedos pela boca.

 

- Oh – Bianca gem*u timidamente, puxando meus cabelos – Pietra! P-Pietraaaaaa...

 

Circulei todo o seu sex* com a ponta da lingua, beijei, lambi devagar, sentindo sua reação...ch*pei seu clitoris um pouco maiis forte, mordi de leve e a penetrei com a lingua, gemidos escapavam dos seus lábios.

Gemi sentindo que o gozo estava chegando pra ela e iria me alcançar.

A Italianinha cravou as unhas em minhas costas, me arranhando...seu corpo começou a tremer até iniciar os espasmos do orgasmo que a alcançava.

 

  Oh cielo! – soltou bianca

 

Eu senti minha intimidade se contraindo, atingindo o orgarmo.

 

Depois ficamos quietinhas por alguns instantes; eu tirei forças de não sei onde pra me erguer e deitar colando o corpo atrás do da minha morena que virou o pescoço buscando meus lábios para um beijo onde sentiu seu gosto nele.

 

- È stato belíssimo, Pietra! – Bianca falou suspirando.

 

- Sim, foi lindo... – concordei emocionada e um pouco insegura aplicando beijinhos em sua nuca – Você gostou mesmo? Porque eu amei.

 

- L'ho trovato delizioso – falou num italiano rápido e depois traduziu – Eu achei delicioso!

 

Abracei-a apertado numa conchinha e assim, juntas, adormecemos.

 

Meu último pensamento antes de cair no merecido sono foi sobre como seria ao amanhecer, porque naquele momento o que sentiamos era apenas a deliciosa sensação de paz do corpo e alma saciados.

 

Agora, só nos importávamos era em ficarmos assim: enroscadas uma na outra!

 

Fim do capítulo