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Thereza por LarisNeal

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 3150
Acessos: 735   |  Postado em: 12/04/2020

Notas iniciais:

Este capítulo continua sendo contado na visão da Viviane.

Capitulo 2

 

         Acordei com o despertador tocando e, quando vi a hora, pulei da cama. Eu e minha mania de sempre me atrasar! Sai correndo, colocando uma calça jeans, camiseta, colocando a mochila nas costas e pegando um pedaço de pão amanhecido. Peguei o metrô lotado às 08h da manhã e me espremi entre as pessoas. Graças a Deus que eram só três estações até a Paraíso e mais seis quarteirões. Consegui chegar para a segunda aula, ofegante e suada. Eu sempre sentava na primeira fileira, mas como cheguei atrasada, fui direto para a última.

 

— Sorte sua que a primeira aula é do Takao hoje – comentou Jaqueline ao meu lado.

 

— Graças a Deus. Se fosse da Jacira, eu estava é morta.

 

— Virou a noite vendo Netflix, foi? – comentou com um sorrisinho. Jaque sabia da minha paixão por séries e que no atual momento eu acompanhava ativamente os episódios de RuPaul.

 

— Não, algo melhor. – abri um largo sorriso.

 

— Viviane! – ela me repreendeu em voz alta, fazendo com que Takao nos olhasse por alguns segundos antes de continuar explicando a matéria. Ela abaixou a voz. — Não quero saber da sua vida sexual.

 

— Você é besta mesmo. Eu e a Terê nem fizemos nada ainda. – comecei a rir.

 

— Jura? Achei que com uma mulher daquelas já tinha sido na primeira vez. – seu tom era maldoso, o que me fez fechar a cara.

 

— Você está sendo idiota. A gente ainda não teve tempo de ficar sozinha desse jeito. E com ela é diferente. – dei de ombros.

 

Eu me sentia em uma comédia romântica clichê em que a mocinha diz que o cara é diferente tentando fingir que ele não é mais um escroto na vida dela. Porém, com Thereza era realmente diferente. Para começar que ela era mulher. Em vários dos nossos encontros, nossas conversas giravam sobre a minha vida universitária, o trabalho dela, séries que assistíamos em comum e muito carinho. Claro que Terê adorava me provocar e diversas vezes eu tinha provado um pouco desse seu lado, mas não tinha acontecido nada de verdade. O que de certa forma me deixava menos culpada por ela ser mãe do meu amigo, ao mesmo tempo em que me deixava ainda mais nervosa.

 

Eu sempre me perguntava como eu havia conseguido conquistar uma mulher como Thereza, ao passo em que me olhava no espelho e não via nada de especial. Pelo contrário. Meu corpo gordo sempre foi parte de mim. Para falar a verdade, ele não me incomodava tanto no meu dia a dia, porque era meio que impossível as pessoas não verem que eu era gorda. Então se elas continuavam comigo, era porque não ligavam para aquilo. Mas trans*r com alguém envolvia muito mais do que apenas olhar para o seu corpo envolto em roupas e acessórios. Era um momento vulnerável em que seu corpo nu poderia ser visto de todas as formas. Assim como eu olhava minhas dobrinhas na barriga – eu tinha três – no espelho, a pessoa com quem eu fizesse sex* também olharia.

 

Se já era desafiador passar por isso com garotas como eu, imagina com uma mulher com o dobro da minha idade. Eu me perguntava como seria quando finalmente eu estivesse em um quarto com Thereza, na cama dela, pronta para os finalmentes. Será que ela ia reparar nas minhas coxas grossas? Na minha barriga cheia de estrias? Nos meus seios caídos? E se ela reparasse, será que ela ia gostar?

 

Passei as duas próximas horas tentando dividir a minha atenção entre meus devaneios e as aulas de cálculo avançado nas quais eu fui obrigada a prestar atenção, já que era uma das matérias que eu tinha mais dificuldade. Na hora da saída Guilherme já me esperava na porta da sala.

 

— Já separei os últimos episódios de Game of Thrones porque a senhorita está atrasada.

 

— Ah, Gui, sabe que não sou tão fã assim de GoT. – era tudo o que eu precisava, uma maratona de guerras, brigas e homens passando pela tela.

 

— Mas você prometeu que ia ver comigo. Sabe que é tradição eu assistir com minha mãe, e você vai estar em casa também… Deixa de ser chata.

 

— Okay, você venceu. – revirei os olhos. Se a Terê gostava, não custava nada dar uma nova chance.

 

Saímos juntos e fomos para a minha casa. O metrô da linha azul estava cheio de adolescentes e jovens saindo da escola e faculdade. Ficamos conversando sobre o novo crush do Gui, um garoto do quarto período de Direito chamado Júlio. Eu já o tinha visto uma vez, era um pouco desengonçado e atrapalhado, mas de um jeito fofo. Júlio alto e tinha os cabelos na altura dos ombros, também usava óculos e tocava violino. Era tudo que eu sabia sobre ele. Porém, a novidade era que ele também gostava de HQs, e os dois tinham passado o intervalo inteiro conversando sobre as revistas e os novos filmes de heróis no cinema. Eu não entendia nada do assunto e jamais poderia me pronunciar na briga entre DC e Marvel. O único filme que eu tinha visto era o da Mulher Maravilha, e que maravilha!

 

 

Terê diz:
E aí, gatinha, já está em casa? Estou no meu horário de almoço. Hoje decidi comer em um restaurante aqui perto, porque daqui a meia hora já tenho que voltar. O Gui está com você?

 

Vivi:
Oi, minha linda. Chegamos faz um tempo já, ele está comigo sim. Tadinha, mal tem tempo pra comer. *emoji triste* A gente passou no Burguer King e trouxemos lanches pra casa. Temos um trabalho pra fazer e vou aproveitar hoje à tarde, já que de noite estarei aí!!!

 

Terê diz:
Melhor você terminar tudo hoje, porque quero você só pra mim durante o fim de semana pra matar minhas saudades.

 

— Vivi? Está no mundo da lua? Acorda! – Gui me deu um cutucão no braço. Olhei para ele, para a mesa já quase limpa depois do nosso almoço improvisado. — Por que você está com esse sorriso na cara? – ele me perguntou desconfiado.

 

— Sorriso? Que sorriso? – fiz uma careta. Eu precisava aprender melhor a esconder meus sentimentos. — Não pira, garoto. Estava respondendo minha mãe. – menti.

 

— Sei. E vai ficar parada aí? Vamos logo começar o trabalho para gente ficar livre depois.

 

Guardei o celular e o segui até meu quarto, onde os livros dele já estavam abertos na escrivaninha. Eu tinha um trabalho para entregar de dez páginas que já estava pela metade no Word do meu notebook e Guilherme precisava terminar duas folhas de exercícios que a professora dele tinha pedido para o começo da semana seguinte. Passamos uma boa parte da tarde ouvindo música no celular e fazendo os nossos deveres até que meu amigo falou, espreguiçando-se na cadeira.

 

— Cara, estou cansado. Consegui acabar quase tudo. Faltou metade de uma folha, termino no domingo à noite.

 

— Beleza, eu também quase acabei o meu. Já escrevi tudo, mas depois também dou uma revisada em tudo o que escrevi.

 

Pelo horário, Terê logo ia passar para nos buscar, por isso peguei minha mochila e coloquei dentro algumas peças de roupa, um chinelo, uma toalha e algumas outras coisas. Ficamos esperando em frente ao meu prédio e dez minutos depois o Sedan estacionou. Entramos os dois no carro e logo Terê deu partida. Eu suava frio de ansiedade e percebia umas olhadas dela pelo retrovisor. Eu ria de tudo o que falávamos, torcendo para que não estivesse estampado na minha cara: estou dando mole para sua mãe.

 

A casa deles não era muito grande, tinha dois quartos, sala, banheiro, um quartinho que tinha se transformado em escritório e uma cozinha pequena. Assim que entramos fui até o quarto de Guilherme deixar minhas coisas. Eu adorava aquele cômodo, as paredes eram cheias de pôsteres de filmes e quadrinhos, além de um mural cheio de bottons na parte ao lado do computador. Ele também adorava colecionar funkos, aqueles bonequinhos cabeçudos. Mesmo não conhecendo metade daquelas referências, eu desejava ter um quarto como aquele, com os pôsteres das minhas séries e minha coleção de canecas.

 

— Vocês não querem tomar um banho, não? Enquanto isso eu vou preparando um lanche pra gente – Thereza comentou, aparecendo na porta do quarto.

 

— Então eu vou primeiro – respondi retirando minha roupa e minha toalha da mochila.

 

— Beleza, vai lá. Eu vou depois. – Guilherme se jogou na cama com o celular nas mãos.

 

O banheiro deles era bem ajeitadinho, uma pia de mármore com uma plantinha no canto esquerdo, potinhos nos quais se colocavam creme, sabonete líquido, algodão, entre outras coisas. O boxe não era muito grande, com uma porta de vidro fosco. Entrei embaixo do chuveiro, respirando fundo algumas vezes. Era sempre assim, quando eu chegava na casa dela sentia a ansiedade me atacando, o que só passava com o decorrer do dia. Eu precisava me acostumar de novo a estar perto dela naquela situação esquisita até conseguir agir normal. Quando terminei, sai do banheiro com minhas coisas e fui até o quarto. Coloquei tudo dentro da mochila enquanto Guilherme se levantava e se encaminhava para o banheiro.

 

Senti um cheiro delicioso de café vindo da cozinha, e o segui. Thereza estava de costas para a entrada, a cafeteria já estava ligada e ela cantarolava uma música qualquer. Ela ainda usava a roupa do trabalho, uma calça jeans e uma blusa social de botões azul clara.

 

— Agora você está decente – comentou assim que me viu parada perto do balcão.

 

— E cheirosa – conclui.

 

— Sério? Deixa eu sentir?

 

Terê abriu um sorriso no rosto e se aproximou. Senti minhas mãos começarem a suar. Seu rosto estava tão perto do meu pescoço que quase relava em minha pele, fazendo-me arrepiar inteira. Sua mão direita me envolveu, apoiando minhas costas, e seus olhos cor de mel me fitavam de forma intensa. Assim, de pertinho, eu podia perceber os detalhes que meus dedos tocavam todas as noites em suas fotos antes de dormir. Sua boca era quase que uma linha fina, mas seu sorriso era largo; ela tinha duas pintinhas no queixo quase quadrado; algumas linhas de expressão perto da boca; também tinha algumas manchinhas perto dos olhos, mas esses eram sempre muito atentos e intensos. Quanto mais eu a olhava, mais sentia vontade de beijá-la. Seu rosto se aproximou do meu vagarosamente…

 

— O Gui terminou o banho – ela sussurrou, abrindo um sorriso logo em seguida. Afastou-se, mais uma vez indo até a cafeteira, que a essa hora já tinha passado o café.

 

— Você é malvada – sussurrei de volta, contrariada, cruzando os braços em frente ao peito.

 

— E aí, como anda sua faculdade? – ela começou outro assunto, enquanto colocava a cafeteira em cima da mesa com três xícaras.

 

— Hã? – ela era louca?

 

— O Guilherme me falou que tem uma professora te deixando louca. Não foi, filho?

 

— Eu falei da Antônia para ela, Vi. – ouvi a voz do meu amigo bem atrás de mim e senti meu corpo gelar. Ligeira ela, bem que eu devia saber que mãe sempre sabe das coisas. Elas são meio bruxas às vezes.

 

— Ah… Tá… – ainda demorei alguns segundos para engatar. — Sim, a Antônia fica sempre no meu pé e mandou um trabalho gigantesco para ser feito em grupo. – bufei, sentando-me à mesa.

 

Thereza colocou o resto das coisas, como pão de forma, margarina e requeijão, pão de queijo amanhecido, leite e achocolatado. Enquanto comíamos, a conversa ainda girava em torno de faculdade. Guilherme reclamava de um dos professores dele, o José, que nunca dava aula direito, pedia trabalhos toda semana e dava provas surpresas. Ele tinha que se virar pra conseguir estudar, uma vez que o professor não "dava nada de graça", nas palavras dele.

 

— Vocês reclamam de barriga cheia – Terê comentou, dando uma mordida no seu pão. — No dia que tiverem um chefe, vocês vão sentir falta da faculdade.

 

— Por quê? Seu chefe é muito ruim? – perguntei.

 

— Cara, o filha da puta do Paulo é um grosso do caralh*…

 

— Filho, menos. – ela o censurou com o olhar. — Mas sim, meu chefe é bem difícil de se lidar. Ele sempre dá um jeito de me diminuir, quer saber mais do que eu em assuntos que eu domino, sempre acha erros em todos os meus relatórios e fica querendo que eu sempre faça horas extras. – ela deu mais um gole no café.

 

Eu lembrava mais de uma vez que tínhamos conseguido marcar uma saída, uma cerveja ou qualquer outro compromisso à noite e que Thereza precisara cancelar, pois tinha que ficar até tarde no escritório. Saber que esse cara a tratava daquela forma me deixava com o sangue fervendo. Como alguém podia maltratar uma mulher daquela? Na real, como alguém podia maltratar qualquer mulher?

 

— E você não pode simplesmente sair? – indaguei, mastigando o último pedaço do meu pão de queijo.

 

— Não é tão fácil assim, Vivi. – ela suspirou resignada. — Empregos não são tão fáceis de conseguir, ainda mais do jeito que o país está. Não posso sair quando é esse emprego que paga as contas e o que ganho do meu ex-marido mal dava para a escola do Gui.

 

Pouquíssimas vezes ela havia comentado de Heitor, o ex-marido e pai de Guilherme. Pelo que eu sabia da história, Heitor a traíra quando meu amigo era pequeno e, quando ela descobriu, houve uma briga gigantesca. Ainda tentaram mais uma vez, mas brigavam quase todos os dias durante quase um ano. Separam-se e só conversavam o que era necessário. Meu amigo me disse uma vez que não ligava muito para o pai, porque ainda tinha raiva por tudo o que fez a mãe dele passar.

 

— Mas vai dar tudo certo, mãe. Eu estou fazendo faculdade e logo devo encontrar pelo menos um estágio pra conseguir ajudar com as contas – Guilherme comentou, colocando a mão em cima do braço dela para tranquilizá-la.

 

— Obrigada, filho. Agora chega desse papo deprê. – ela voltou a sorrir, balançando a cabeça de um lado para o outro. — Preciso terminar meus relatórios e mais tarde podemos começar a maratona de GoT, o que acham?

 

— Combinado! – ele se levantou animado, pegando a louça e colocando na pia.

 

— Fazer o quê, não tenho escapatória… – dei de ombros.

 

Enquanto eu ajudava o Gui com a louça, Thereza entrou no seu escritório. Depois de tudo lavado e seco, fomos para o quarto dele jogar algumas partidas de videogame.

 

— Cara, o Bruno me mandou mensagem – Guilherme comentou. Estávamos sentados no chão do seu quarto, de frente para a tela da televisão onde dois bonequinhos corriam e pulavam, atirando em quem aparecesse na frente.

 

— Quem? O Bruno? – perguntei confusa, olhando de canto pra ele. — O que ele queria?

 

— Ganhei! – ele gritou rindo, enquanto na tela aparecia escrito em letras garrafais brancas GAME OVER.

 

— Ei! Não valeu! Você me distraiu, seu idiota! – gritei de cara fechada.

 

— Não interessa, você perdeu! – ele largou o controle e se virou pra mim, voltando à conversa anterior. — Ele queria se desculpar pelo modo como as coisas aconteceram.

 

— Por ele ter sido um completo babaca? – perguntei cruzando os braços em frente ao peito. Eu não ia com a cara daquele sujeito e meu amigo sabia muito bem disso.

 

— Ele se desculpou e eu disse que tudo bem. Mas aí ele me chamou pra tomar umas cervejas…

 

— E você disse não, certo? – arqueei uma sobrancelha. Estiquei ambas as pernas no espaço vazio que tinha na minha frente. Ficar muito tempo com elas dobradas fazia com que elas adormecessem.

 

— Eu disse que ia pensar – ele respondeu e eu bufei. — Sem essa para o meu lado, Vi. É só uma cerveja.

 

— Você sabe que não. – eu o cortei. — Ele quer te ganhar na lábia de novo e te iludir.

 

— Mas é que…

 

— Gui, você sabe minha opinião – eu o cortei novamente. — Mas você faz o que você quiser.

 

— Eu sei. – ele deu de ombros, também descruzando as pernas e as esticando ao meu lado. — Mas te perguntei porque quero sua opinião sincera. Apesar de não concordar com ela. Afinal, quem melhor para me dar conselhos do que você? – ele sorriu, dando um soquinho no meu braço.

 

— Você abusa só porque eu sou boa em dar conselhos. – revirei os olhos. — O que você faria se eu fosse totalmente contra você voltar com ele, mas você quisesse de verdade?

 

Mordi o lábio, esperando ansiosa pela sua resposta. Afinal, era a minha relação com Terê que estava escondida naquela pergunta. Só de pensar em todas as respostas negativas que ele poderia me dar eu já sentia tontura. Era como se me faltasse o ar, por mais que eu tentasse puxá-lo. Guilherme ponderou por alguns segundos, suspirou alto e respondeu:

 

— Eu levaria em conta sua opinião, mas acho que ia escolher o que eu quisesse mesmo. Esperando que você entendesse.

 

Foi como se tivesse tirado um peso das minhas costas. Consegui finalmente soltar o ar e um mínimo sorriso apareceu em meu rosto. Então, talvez ele não me odiasse para sempre quando eu contasse ou quando ele descobrisse sobre Terê. Eu sei, sempre gostei de me iludir com possibilidades remotas.

 

— Você sabe que pode contar comigo, Vi. – ele me deu um abraço meio desajeitado. — Agora, bora voltar a jogar? Quero ganhar de novo!

 

Continuamos jogando videogame e eu ganhei duas vezes, enquanto ele ganhou quatro. Guilherme jogava todo dia, não tinha como comparar! Quase oito e meia de noite foi quando Thereza apareceu na porta do quarto, anunciando que tinha acabado o relatório, entregado e ainda ficado vinte minutos pendurada no celular ouvindo a ladainha do chefe. Desligamos o aparelho e eu me preparei mentalmente para tudo o que viria a seguir. Novamente comecei a sentir minhas mãos molhadas de suor. Antes de sair do quarto dele, olhei-me no espelho que ficava na porta do armário, ajeitando os cachos meio formados com os dedos. Respirei fundo e saí do cômodo.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Muito obrigada pelo feedback, meninas! Espero que estejam gostando da história e que tenham gostado desse capítulo! Comentem! Obrigada.


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
Lins_Tabosa
Lins_Tabosa

Em: 12/04/2020

Gostando mais ainda, realidade nas histórias também é bom!

;*

Abrs o/

Responder

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carolaspt
carolaspt

Em: 12/04/2020

Acabei de gostar mais ainda. Uma personagem gorda. Amei. 😍😍😍. Poucas são as histórias que tem personagens não magras ou atléticas, seja qual tipo for de história. Inclusão é tudo linda. Maravilhosa!

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