Mulher
Quando voltaram para casa Fernanda foi direto para o subsolo saber das novidades de Léo, e a produtora encher o filho e seus gatinhos de carinhos. Passaram o resto do dia sem se ver, uma trabalhando e a outra aproveitando o que mais amava.
- Diz que têm boas notícias Léo, por favor... estou precisando.
- Infelizmente não Nanda. Apagaram tudo daquele dia, a pessoa que fez isso saca muito, muito mesmo, apagou os que ficam gravados no computador e os que ficam gravados em nuvem na internet, não sobrou nenhuma migalha.
- INFERNO! - bateu as mãos na mesa - Se ele agir esse mês de novo... Droga nem sei por onde começar ou focar.
- Calma a gente dá um jeito.
- Quero a lista dessa festa, consegue?
- Deixa comigo até amanha, te passo.
No dia seguinte Lara avisou a investigadora que Erik decidiu de última hora comemorar seu aniversário e que tinha convidado Fernanda também, frisando que ela era uma convidada, não uma empregada naquela noite, e que dormiriam na casa dele, assim como a maioria dos convidados.
Foram para casa do senhor logo depois de deixarem Bernardo na escola, almoçaram a comida maravilhosa da cozinheira Marta e descansaram a tarde toda, buscaram o pequeno na escola e esperam pelo jantar que seria servido no jardim para mais ou menos 30 pessoas.
A noite enquanto Lara se arrumava, Fernanda foi acolhida pelo tio Joca e tia Ana, um casal bastante animado que a fazia rir na sala de estar, riso esse que se perdeu com a chegada da produtora, vestida com uma calça preta de couro apertada, uma blusa de paetê dourada com um generoso decote e um chapéu coco cor de vinho que em muito contrastava com os fios platinados do cabelo. A morena preferiu se manter o máximo afastada da loira, pois certamente seus olhos acabariam dentro naquele corte em V que exibia bastante coisa.
O clima familiar era agradável, mas logo após a refeição Erik confessou a investigadora que isso era graças a não presença de alguns membros daquela família. Conversou com o senhor minutos a fio até seu celular tocar.
- Com licença Erik, preciso atender.
- Toda.
Se encaminhou para dentro da casa, no cômodo mais perto de onde estava, a cozinha.
- Consegui a lista.
- Ótimo. Algo de interessante?
- Era uma festa da gravadora Nanda... mais da metade da nossa lista de 30 pessoas estava lá.
- Merda, me sinto andando em círculos - passou a mão no cabelo - Não é possível que ele não deixe nenhuma prova. Nem os caras que ele contratou pro atentato a polícia conseguiu achar.
- Calma, uma hora ele erra.
- Sim, só espero que não seja tarde demais quando o fizer - respirou pesadamente - Olha, pode ir embora, não vamos voltar hoje. É aniversário da Babi, sei que você tava doido para ir... vai e manda um beijo para aquela maluquinha, diz que a chefa está com saudades - riu.
Conversou mais algumas bobagens com o colega e desligou. Fico tensa novamente, parecia não sair do lugar e a cada dia ficava mais apreensiva esperando próximo passo do anônimo. Sentou-se em uma cadeira da bancada e massageou os ombros, andava com os músculos doloridos de tanta tensão, não só pelo trabalho, mas também pelas confusões causadas por Lara.
- Preciso voltar a malhar para aliviar - falou sozinha enquanto apertava com força a parte de trás do pescoço e gem*u de dor - Droga.
- Com dor? - Lara saiu do corredor.
- AI LARA... que susto.
- Desculpa - riu - Vim pegar vinho - mostrou a garrafa pra ela - Está tudo bem?
- Sim, não se preocupe, só devo ter dado um mal jeito.
- Se foi por minha causa... você sabe... Desculpa.
- Não, você é leve demais para causar algo do tipo - riu - Apenas tensão muscular e um pouco cansada... Então vamos voltar lá pra fora?!
Levantou e começou a andar, passando pela produtora mas sentiu seu braço ser segurado com delicadeza.
- Espera... você sabe que não está a trabalho hoje, não sabe? - a morena fez que sim com a cabeça - E você se lembra do que me disse ontem?
- Lara...
- Lembra?
- Lara? - uma voz vinda da sala se aproximava da cozinha - Nossa Lara que demora, foi fabricar o vinho minha filha - disse sua tia rindo.
- Fiquei conversando com Fernanda aqui na cozinha e acabei esquecendo.
Voltaram as 3 para o jardim da casa e dali em diante a loira fixou seus olhos na morena, que por sua vez desviava deles a todo custo.
[Você foge de mim desde ontem. Vai fugir dos meus olhares também? - enviou para o celular da investigadora.]
[Por que insiste nessa provocação idiota? Gosta de me deixar irritada?]
[Porque sei que vc também quer, e que irritação não é única coisa que sente.]
[Não seja convencida.]
[Não estou sendo, isso é um fato Fernanda. Você corresponde aos meus beijos.]
[Isso não significa muita coisa.]
[Significa o suficiente para mim.]
A conversa foi encerrada. Lara levantou e pegou o filho, ainda acordado no colo, já passava da hora dele dormir e decidiu tentar fazê-lo descansar. Foi para dentro da casa acompanhada de sua mãe e dali só saíram quase uma hora depois.
- Bernardo dormiu? - perguntou Erik que anteriormente conversava com Fernanda.
- Depois de muito brigar contra o sono, sim - riu - Helena também está se preparando para dormir.
- Acho que vou pedir para preparem os quartos de todos, já está tarde. Você vai dormir com sua mãe?
- Voltarei para casa Farfar, infelizmente Andy me ligou ainda agora, amanhã cedo ele passa lá em casa com um jornalista ou algo do tipo.
- Hum, tudo bem - se virou para a morena - Não é dessa vez que ira provar a tapioca da dona Marta, Nanda.
- Pois é, uma pena termos que ir embora - olhou séria para a loira, aquela história lhe cheirava a mentira.
Alguns minutos depois as duas já estavam no carro a caminho de casa. Quando escutou Fernanda liberando Léo, Lara percebeu o cenário perfeito, deixaria Bernardo com a mãe e Paula, só precisando de um motivo para voltar para casa com a investigadora, motivo que veio do céu, ou melhor, do cel.
- Que horas vão vir na sua casa? - pergunto a morena enquanto colocava o carro na garagem da produtora.
- 11 horas - riu.
- Hum.
- Achou que eu estava mentindo? - gargalhou - Pois não estou, mas mentiria se fosse preciso para estar a sós com você - sorriu provocando.
Fernanda saiu batendo a porta do carro e a loira, fez o que se tornaria comum dali em diante, foi atrás.
Fernanda assim que fechou a porta do carro saiu em disparada para seu quarto, não era ingênua, sabia muito bem o porquê a loira decidiu voltar para casa. Antes que pudesse chegar ao seu quarto sentiu seu braço ser puxado e ser encostada na parede do corredor.
- Para de fugir de mim Fernanda - a loira disse com a voz carregada de desejo.
- Você não sabe o que está fazendo menina, será que não mede as consequências e vê que isso não passa de um capricho?
- Não é um capricho, é desejo e eu não sou mulher de sufocar os meus - sussurrou a última parte com a boca grudada no pescoço moreno.
Fernanda sabia que era mais forte, sairia daquela posição facilmente e poderia se trancar em seu quarto, mas não era imune ao desejo. Deveria fugir dali, mas queria fugir dali?
- Eu sei que você me quer tanto quando eu te quero. Relaxa Fernanda, nada vai mudar, é só sex* - lambeu o pescoço.
Não. Definitivamente não queria fugir dali. Não queria fugir mais.
- Eu quero você - sussurrou o mais sexy possível dentro do ouvido da outra mulher, seguido de uma mordida molhada no lóbulo da orelha.
Aquilo foi demais, mais que qualquer ser humano poderia resistir. A investigadora empurrou a mulher mais fraca contra a outra parede com força, beijando sua boca com vontade e falando depois de alguns segundos.
- Mas vai ser do meu jeito! - disse com tanta propriedade que só restou a outra aceitar.
Fernanda voltou à beijar a loira segurando com força sua cintura com uns dos braços enquanto a outra mão se perdia nos cabelos platinados. A produtora por sua vez tinha suas mãos no rosto e pescoço da morena, era um beijo faminto e desesperado, com os corpos tão próximos que a respiração começa dar sinais de falha. Descansaram um pouco, respirando fundo com as testas encostadas sem abrir os olhos, quando voltaram a se beijar, a investigadora colocou as mãos por baixo da bunda da outra e puxou-a para cima forçando-a colocar as pernas em volta de seu quadril e se segurar ainda mais em seu pescoço, levou-a para o quarto assim, no colo.
O contado foi interrompido quando Lara foi jogada na cama, viu a mulher a sua frente tirar sua blusa de paetê com presa e arfar ao ver que estava sem sutiã por baixo, depois a morena tirou com certa dificuldade a calça apertada da produtora. A loira se preparava para reclamar em relação a diferença de quantidade de roupas quando a morena começou a se despir também, ficando apenas de calcinha e sutiã.
Fernanda ficou de joelhos em cima da loira com qual sempre sonhou, era muita mais do que ela imaginou, ficou admirando-a por um certo tempo.
- Você é linda Lara, a mais linda que eu já vi - disse ainda de joelho olhando nos olhos da outra.
As cortinas abertas deixavam a luz da lua e seu reflexo no mar entrar no cômodo, era claridade suficiente para a dona dos olhos azuis ver os olhos negros brilhando e entrando em sua alma. A morena abriu seu próprio sutiã e a loira sentiu sua calcinha molhar ainda mais enquanto sua boca encheu-se de água "Ai caralh*, um piercing" levantou a mão para tocar, mas foi impedida.
- Eu disse do meu jeito! - aproveitando-se de sua força física superior pegou os pulsos da mulher tatuada, levou para cima de sua cabeça e com uma só mão segurou com força, não sentiu resistência. Com a mão livre desceu livremente pelo corpo alvo, apertou o seio esquerdo, viu ficar vermelho instantemente e Lara gem*r baixinho, suspirou pesadamente, descobriu que deixar marcas naquela pele clara a excitava. Encostou a boca na orelha - Linda... e gostosa.
Fernanda saiu da posição que estava, de joelhos sentada sobre o quadril da loira, e se pôs entre as pernas da mesma. Gem*ram juntas quando sentiram seus íntimos se tocarem pela primeira vez, se beijaram com mais vontade e a morena voltou a apertar os seios alvos, parou o beijo e olhou para baixo, sua mão no seio da produtora, que gemia, certamente era uma bela cena "Perfeitos. Quero mais" seus pensamentos tornaram-se atos e a boca substituiu a mão, que por sua vez desceu para a cintura. Enquanto a morena ch*pa com vontade o mamilo direito, a loira só conseguia gem*r, mal se reconhecia naquele momento, não conseguia falar ou comandar, só gem*r. Logo ela que gostava de estar no comando, falando, provocando e exigindo, foi pega totalmente de surpresa e encontrava sem reação alguma, como uma menina virgem e perdida. Seus pensamentos fugiram e seus olhos arregalaram em desespero quando sentiu a mão que estava em sua cintura passar pela calcinha e pressionar levemente sua vagin*.
- Você está ensopada, Lara.
O corpo da produtora tremeu por inteiro, um toque e já dava sinais de pré gozo, foi derrota. Choramingou quando a mão foi retirada de lá, mas logo sentiu o corpo da morena movimentar-se, descer, dando mordidas e beijos molhados por onde passava, até chegar na barra da calcinha que foi retirada rapidamente e jogava em algum canto do quarto. A loira que curtia as mordidas de olhos fechados abriu quando não sentiu mais nem um toque, se apoio em seus cotovelos, olhou para baixo e viu a investigadora no meio de suas pernas olhando fixamente para seu sex*, deitada no resto da cama com aquela bunda gigante completamente empinada para cima coberta apenas por uma calcinha fio dental preta, uma imagem maravilhosa, mas o melhor estava por vir. A morena olhou para cima encontrando olhos transbordando desejo e luxuria.
- Abre mais as pernas pra mim.
Lara obedeceu, como retribuição viu e sentiu a língua grande passar por toda extensão da vagin* até chegar no clit*ris que foi devidamente ch*pado. Os cotovelos que a mantinha apoiada perderam a força e corpo foi de encontro ao colchão, uma mão foi levada aos próprios cabelos e outra aos cabelos negros. Lara sentiu-se envergonhada, não havia nem um minuto que Fernanda estava ali e seu gozo veio sem aviso, sentiu a morena rir contra seu sex*, lamber com vontade todo seu líquido e depois subir pelo seu corpo. A investigadora tirou sua calcinha e sentou na coxa da produtora passando a levemente se esfregar ali enquanto a outra se recuperava de um orgasmo sem aviso, quando sentiu a respiração da loira estabilizar passou a preciosa sua coxa na intimidade dela e minutos depois os dedos entraram em ação na intimidade alva. Lara tentou fazer o mesmo, mas foi impedida e novamente teve seus braços levados e presos acima da cabeça. A investigadora levantou o tronco de forma que conseguia ficar com uma mão prendendo os pulsos, se apoiando em cima dele, e a outra penetrando a loira, enquanto rebol*va em sua coxa no mesmo ritmo das estocadas.
Gemiam juntas e pela primeira vez Lara consegui falar, pediu por mais, ou melhor, gritou por mais, sendo prontamente atendida. A morena sentiu as paredes vagin*s começarem a se fechar, soltou os pulsos da loira que voaram de encontro a cintura e costas morena puxando-a para mais perto. Fernanda passou a enfiar os dedos com mais força escutava os barulhos altos gerados pelo contado deles com aquela área já tão preenchida pelo líquido da loira, escutava também os gemidos cada vez mais alto da mulher que lhe passara a fincar as unhas em suas costas sem dó, sentiu seus dedos serem esmagados e um grito fino, Lara tinha chegado ao ápice e Fernanda intensificou seus movimentos na coxa alva se permitiu finalmente goz*r também, jogou seu corpo para o lado respirando pesadamente e se colocou a observar a loira com o rosto corado e suado que tentava recuperar o fôlego e se manter acordada.
- O que você fez comigo? - disse Lara depois de alguns minutos, esboçando um fraco sorriso e sentindo seus olhos pesarem.
Fernanda riu, e se limitou a dizer de forma calma.
- Dorme! - vendo que a outra travava uma batalha contra o cansaço.
Lara obedeceu mas se arrependeu horas depois quando acordou, com a luz do sol batendo no rosto, sozinha na cama. Pensou até ter sido um sonho, mas ao sentar e se descobrir do lençol pode ver as marcas no seu corpo que não deixam mentir, foi real.
- Que mulher, que mulher - sorriu e se jogo para trás, se enrolou novamente e ficou mais algum tempo relembrando a noite anterior com um sorriso no rosto e satisfação no corpo.
Fim do capítulo
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Rafaela_Morais
Em: 04/04/2020
Pode deixar que acompanherei sim!! E realmente eu notei algumas diferanças!
Então vamos que vamos, haha
Beijos
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