• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • CONVIDE-0 (CONVIDE ZERO)
  • ANTES

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Alem do olhar
    Alem do olhar
    Por CameliaA
  • Cleaning your heart.
    Cleaning your heart.
    Por Lena

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

CONVIDE-0 (CONVIDE ZERO) por Solitudine

Ver comentários: 19

Ver lista de capítulos

Palavras: 11625
Acessos: 17287   |  Postado em: 01/04/2020

ANTES

 

 

AC0 – ANTES DO CONVIDE-0

 

Quase 3 anos depois...

 

BRASIL. 13/03/2018. HOSPITAL BY MOTHER. BELO HORIZONTE. 14h20.

 

--Nossa empresa atua com soluções de engenharia da computação voltadas às necessidades do setor de saúde. – Mariah apresentava para um grupo de médicos e sócios de um hospital conceituado -- Um exemplo de sucesso que tem sido empregado em vários hospitais brasileiros é este equipamento portável que permite ao médico realizar um teste capaz de identificar cardiopatias em seus pacientes. – apresentou um vídeo breve sobre o dispositivo – Atualmente estamos em negociação para vender algumas unidades para o governo da Argentina.

 

--Interessante. – um dos médicos comentou admirado

 

--Também saliento o algoritmo que desenvolvemos para pesquisar publicações científicas, determinar estudos relevantes e correlacioná-los a sintomas ou doenças ora sob análise da equipe médica. – apresentou outro slide – Com isso, o tempo dos profissionais de saúde pode ser otimizado em cerca de 90% contando com um diagnóstico obtido com 98% de índice de acerto.

 

Os participantes cochichavam entre si admirados com o que ouviam.

 

--Por fim, gostaria de lhes mostrar a plataforma que desenvolvemos para o monitoramento de atletas de alto desempenho. É um nicho que estamos começando a explorar. – mostrou mais imagens – A solução é voltada para montanhistas e consiste num medidor de oxigênio tipo relógio capaz de medir os sinais vitais, os quais podem ser monitorados à distância pelo fisioterapeuta ou médico esportivo. – olhou para os demais – Entendo que essa plataforma poderia ser igualmente utilizada para monitorar pacientes que necessitem de um acompanhamento mais cuidadoso. – considerou – Também é perfeitamente viável montar um banco de dados e realizar análises sobre o histórico do paciente.

 

--Eu estou impressionado! – o diretor do hospital balançava a cabeça positivamente – Nós vamos estudar cautelosamente o material que a senhora nos entregou e solicitar orçamentos dentro em breve. – olhou para os colegas, que concordaram

 

--Estaremos à disposição para atendê-los da melhor forma possível! – garantiu – E também desenvolvemos soluções customizadas.

 

Após mais algumas discussões técnicas e rápidas negociações, Mariah despediu-se dos demais e se preparou para partir. Quase na saída do hospital foi abordada por uma médica que havia assistido sua apresentação.

 

--Pensei que não daria tempo! – a mulher estendeu um cartão de visitas – Não queria que voltasse pra São Paulo antes que pudéssemos nos conhecer melhor. – sorria

 

A engenheira recebeu o cartão ciente de que se tratava de uma cantada. – Meu voo é só amanhã à tarde. – respondeu sorrindo – Entro em contato. – guardou-o na bolsa, fez um gesto com a cabeça e seguiu seu caminho

 

--Você não sai de BH sem cair na minha cama essa noite, garota. – falou para si mesma antes de voltar ao trabalho

 

***

 

--Então eu comecei na DeepPy logo depois de concluir o mestrado. – falava de si – Um dos sócios fundadores assistiu minha defesa e me convidou pra uma entrevista. – pausou brevemente -- E em janeiro fez dois anos que trabalho lá. – comeu um bolinho

 

--E o que levou uma jovem e interessante engenheira a se embrenhar nesse mundo da medicina? – perguntou cheia de charme – Seus colegas da engenharia biomédica têm interface conosco mas me parece que o pessoal da computação foca mais em empresas, não é isso?

 

--De certa forma, sim. – concordou – Mas tive por cinco anos uma pessoa que interage fortemente com a área médica e ela me influenciou muito. – bebeu um gole de cerveja – Em tudo. – pensava na ex

 

--Uma... ex namorada, talvez? – arriscou

 

--Sim, minha ex. – não se sentia confortável para tocar no assunto com uma desconhecida – Mas já é ex há quase três anos. A última vez que a vi foi justamente na minha defesa de mestrado. – pegou outro bolinho – Você tinha razão quando disse que os petiscos desse bar eram maravilhosos! – tentava mudar de assunto

 

--Fazendo jus a sua companhia te convidei pra um lugar à altura. – pegou um bolinho também – E não pretendo aborrecê-la insistindo em qualquer coisa que a desagrade. Quem dá as ordens é você. – piscou para a outra antes de comer o salgado

 

Mariah reparou na médica com mais atenção. Joana era uma mulher que regulava sua idade, magra, alta, cabelos curtos bem negros e lindos olhos azuis. Gentil e sedutora, esforçava-se para agradá-la ao máximo.

 

--Você mora por aqui perto, Joana? – debruçou-se sobre a mesa – Esse bairro Savassi é tão agradável.

 

--Moro. – limpou os lábios com guardanapo – E sozinha. – debruçou-se sobre a mesa também – Gostaria de conhecer meu apartamento? – convidou – Moro na cobertura e de dia a vista é linda! – olhava bem nos olhos das outra – À noite, além de oferecer um belo céu estrelado, a privacidade é total! -- sorriu

 

A engenheira bebeu o último gole da cerveja, afastou-se da mesa e cruzou as pernas sensualmente. – Quando quiser.

 

***

Entraram aos beijos no apartamento da médica. Tiraram os sapatos de qualquer jeito sem parar de se beijar.

 

--Eu passei... o resto do dia... desconcentrada... – falava entre beijos – desde que você... – buscava despir a parceira – foi embora!

 

--Nunca poderia imaginar. – abria os botões da blusa da outra – Você mal falou comigo na reunião. – beijaram-se

 

--Tava no trabalho, amor! – ajoelhou-se para tirar as calças da outra – Lá eu sou a mais hétero das mulheres! – mordeu a coxa da engenheira

 

--Mas aqui... – afastou-se rapidamente – não tem porque disfarçar, tem? – começou a rebol*r sensualmente no meio da sala – Tira essa roupa e vem! – segurou os cabelos como se fosse prendê-los – Vem! – chamava se requebrando

 

Joana terminou de se despir com pressa e avançou em direção da outra imprensando-a contra o balcão do bar. – Quero você, vadia! – beijou-a com desejo e fez com que se sentasse no balcão

 

--Ah!! – gemia excitada – Vem! – fechou os olhos quando a parceira mergulhou ferozmente entre suas pernas

 

Joana mordiscava e sugava o sex* da outra como se quisesse ansiosamente bebê-la, mas não parecia se importar em perceber as reações dela. Mariah não conseguia sentir satisfação e rapidamente sentiu-se desestimular.

 

--Amor, espera. – pediu com jeito – Assim não... – olhava para médica

 

--Eu tenho o que você tá precisando. – levantou a cabeça excitada – Deita na poltrona. – deu-lhe um tapa na coxa com força e seguiu pelo corredor

 

“O que eu tô fazendo aqui?” – questionou-se ao descer do balcão – “Que merd*, Mariah!” – catou suas roupas no chão e começou a se vestir

 

--Vou te fuder muito com isso! – Joana voltou usando um p*nis de borracha preso ao corpo – Uai, que porr* é essa? – fez cara feia – Tá se vestindo?

 

--Desculpa, Joana, mas não dá. – olhou para ela – Desculpa. – havia acabado de vestir as calças

 

-- Não gastei dinheiro contigo pra ficar ch*pando dedo! – segurou-a pelo braço – Tira essa roupa agora! – falava com agressividade

 

Mariah ficou abismada com aquele comportamento. – Tire suas mãos de mim! – desvencilhou-se com um safanão e vestiu a blusa com pressa – Eu vou embora agora e se você tentar me impedir faço um escândalo! – catou os sapatos no chão, o sutiã e a bolsa – Posso até apanhar mas sei bater muito bem!

 

--Piranha! – falou com desdém – Pega tuas coisas e desaparece, sua puta! – gesticulou com raiva

 

--Vai se ferrar, maldita! – abriu a porta e saiu furiosamente

 

***

Mariah esperava o avião decolar com os olhos voltados para o exterior, sem ver o que se passava no aeroporto. Percebia apenas as gotas de chuva molhando a pequena janela diante de si, como se a natureza chorasse junto com que ela, que não deixava as lágrimas fluírem.

 

“Por que mesmo depois de tanto tempo ela não sai da minha cabeça e do meu coração?” – perguntava-se – “Por que?” – suspirou

 

Lembranças visitavam sua mente.

 

“--Por que só eu não tenho acompanhante? – perguntou entristecida para a enfermeira

 

--Você é muito nova. Não precisa. – respondeu secamente antes de sair

 

Minutos depois, um falatório do lado de fora se fez ouvir e chamou a atenção de Mariah, mas não pôde entender o que se passava. Sem que menos esperasse a porta se abriu e Yasirah entrava vestida com roupa de ginástica e mochila de caminhada nas costas.

 

--Yasí!! – exclamou emocionada

 

--Serei sua acompanhante! – afirmou decidida ao tirar a mochila das costas – E ai de quem venha se meter! – gesticulou – Trouxe saco de dormir, mudas de roupa, chinelo, notebook, celular e os trem tudo que preciso. – reparava no quarto – Vou dormir ali. – apontou para um canto

 

--Então a confusão lá fora era você? – perguntou surpreendida – Yasirah Faez fazendo barraco em hospital por minha causa? – brincou. Estava muito feliz

 

–Eu não ia deixar você sozinha aqui de jeito maneira! -- aproximou-se da outra – Mas me diz, minha linda? Como tá? – beijou-a nos lábios – Tá com medo, meu bem? – perguntou carinhosa

 

--Estava, mas depois que você chegou... – segurou uma das mãos dela – Passou!

 

--Eu fico aqui contigo até sua alta e depois você vai lá pra casa. – decidiu – Vai dar tudo certo. – acariciava o rosto dela – Cuido de você, meu amor.

 

--Que final de ano sem graça pra você, né? – perguntou constrangida

 

--Do seu lado, tudo tem graça. – olhou para a porta rapidamente – E o bom desse hospital é que dá até pra dar uns beijinhos às escondidas. – sorriu e a beijou”

 

“Ela sempre foi tão cuidadosa comigo... Por que ao mesmo tempo sempre me excluiu da vida dela?” – questionava-se

 

“--Que é essa carta, Yasí? – reparou numa correspondência sobre um cômodo da sala da professora – Convite de que? – olhava curiosa

 

--Batizado da filha de uma amiga minha. – respondeu enquanto preparava tapiocas para as duas – Pelo que ela me disse, vai ser uma senhora festança! – pausou brevemente – Essa goma que você trouxe do Rio tá ótima! – comentou

 

--Vai ser no sábado. – bisbilhotava o convite – Posso ir com você? – deixou a carta de volta no cômodo e foi para a cozinha

 

A professora ficou nitidamente sem graça. – Linda, eu... – mantinha-se de olho nas frigideiras – Eu vou dizer o que? A mulher me convidou, eu não falei que levaria ninguém comigo e de repente apareço lá com outra pessoa? – dobrou uma tapioca, apertou e entornou no prato – Fica um trem sem base, né? – deu atenção à segunda tapioca – A sua já tá pronta. Tira o suco da geladeira, por favor?

 

--Tudo bem, você nunca me leva a nenhum evento das pessoas da sua vida mesmo. – abriu a geladeira e pegou o suco – “E eu nunca aprendo!” – pensou chateada”

 

O avião finalmente percorreu a pista para decolar e Mariah fechou os olhos derramando uma lágrima. “Como pode a pessoa que me fez viver as experiências mais marcantes da vida ter sempre me deixado tão à margem da vida dela no mínimo que fosse?”

 

“-- Nossa, que visual lindo! – admirava as montanhas ao fundo – Essa cidade de Mendoza é encantadora!

 

--Mais ainda quando se hospeda dentro de uma vinícola. – abraçou a namorada por trás e deslizou as mãos para dentro do roupão da jovem – Lembra que o deus do vinho é também o deus da lascívia? – sussurrou no ouvido antes de morder-lhe a orelha

 

--Ai, você... – mãos abusadas provocavam seu sex* e um dos seios sem a menor cerimônia – Ai... -- sentiu uma coisa roçando em suas nádegas – Tá usando a cinta? – referia-se ao acessório que portava um p*nis – Já acorda assim? -- sorria deleitando-se com as sensações

 

– Sabe outra coisa boa daqui? – voltou a sussurrar no ouvido da parceira -- Os quartos têm tanta privacidade, -- virou-a de frente para si – que eu posso ter você assim de frente pra essa porta de vidro, -- segurou-a pelas coxas e a ergueu do chão pressionando-a contra a vidraça – que ninguém vê. – beijou-a com desejo

 

--Ai, amor... – puxou a cordinha e abriu o próprio roupão – Adoro quando me pega assim... – sentia lábios famintos devorando seu pescoço. A namorada já estava nua – Vem! – abraçou-a com força

 

Yasirah terminou de despir a jovem e penetrou na parceira com vigor e cuidado, fazendo movimentos suavemente circulares, alternando-se entre um ritmo mais lento e outro rápido. Beijou-lhe os lábios com intensidade

 

--AH!! – gem*u alto quando interromperam o beijo – Ai, amor, me come, me come!! – pedia em voz bem alta.

 

--Você é a mulher que eu quero até o fim da vida... – sussurrava no ouvido – Eu te amo! – continuava devorando a parceira – Goz* bem gostoso pra mim, vem! – beijou-a novamente – Vem!

 

--Ai, ai, ai, ah!! – arranhava as costas da outra – Ai, amor, ah! – gemia alto

 

--Eu quero goz*r junto com você. – desacelerou o ritmo – Vem! – penetrava bem devagar – Gostosa, linda... – segurava-lhe as coxas com força

 

--Ai, você sabe que é assim que eu fico louca! – fechou os olhos e abraçou a morena com força – Me come mais forte, vem, amor! – pediu excitada – Ai!

 

--É assim que você quer? – acelerava o ritmo – Assim? – remexia-se cada vez mais rápido

 

--Ah, ah, ah, ah!!! – gemia alto e respirava com sofreguidão

 

As duas goz*ram juntas ao som de seus gemidos de prazer sem quaisquer pudores.

 

--Ai, Yasí... – abriu os olhos e vislumbrou a amante – Te amo tanto... – sorriu embevecida

 

--Também te amo. – beijou-a longamente enquanto retirava o p*nis com cuidado – Vem pra cama comigo. – continuava segurando firme pelas coxas quando num giro de corpo caminhou brevemente até deitar as duas na cama – Delícia! – arrancou a cinta do corpo e deitou-se por cima da outra – Linda! – beijou-a e curtiram-se em um gostoso amasso

 

Após alguns poucos segundos depois o som de leves batidas na porta chamou-lhes atenção.

 

– Uai? – Yasirah levantou a cabeça espantada  -- Quem será? – a pessoa insistia

 

--Ai, amor, será que eu gemi muito alto e deram queixa? – perguntou receosa – A porta de vidro tava entreaberta...

 

--Não acredito. Deixa eu ver o que é. – levantou-se com jeito e cobriu o corpo da outra com o lençol – Vou pegar teu roupão. – recolheu a peça no chão, vestiu-se e foi até a porta. Pelo olho mágico viu uma jovem uniformizada do hotel. – Uai? – abriu a porta – Buenos días. – cumprimentou desconfiada

 

--Bom dia. Sou brasileira também. – respondeu sorridente – Vim apenas trazer um recado da senhora Luiza Dias, que acaba de se hospedar no hotel. – entregou-lhe um bilhete – Ela viu seu nome na lista do café da manhã. – preparou-se para partir – Tenha um bom dia! – foi embora

 

A morena fechou a porta visivelmente abalada. Abriu o bilhete e leu nervosamente.

 

--Quem é essa tal de Luiza? – perguntou desconfiada ao se deitar de barriga para baixo – Que diz aí nesse bilhete?

 

--Ela quer jantar comigo e com meu acompanhante! – respondeu mais para si do que para a outra – “Mas que praga que tinha que se hospedar justo aqui!” – pensou desesperada

 

--E quem é essa? – insistiu

 

--Amiga dos tempos de faculdade. – amassou o bilhete e jogou no lixo – De hoje em diante a gente vai tomar café mais cedo pra não ter risco de esbarrar com ela. – andava nervosamente de um lado a outro do quarto – Diacho, agora eu tenho que pensar como vai ser pra fugir dela no jantar! – passou a mão nos cabelos agoniada – De repente reservo naquele hotel a 6 km daqui e a gente volta de lá sempre tarde. – falava descompensadamente – Qualquer coisa finjo que não recebi o bilhete, invento que tô doente, faço alguma coisa... – nem olhava para a namorada. Parecia que estava sozinha no quarto

 

Mariah ficou triste com aquela reação e se levantou para tomar banho e chorar escondido no chuveiro.”

 

“Será que depois destes quase três anos ela continua desse mesmo jeito?” – questionava-se

 

 

BRASIL. 03/04/2018. UNIVERSIDADE PÚBLICA E DE QUALIDADE. SÃO PAULO. 16h23.

 

--Eu não tô conseguindo ver aonde que ele errou! – Yasirah analisava o trabalho de um orientado – Mas concordo que o caminho é esse mesmo. – falava sem tirar os olhos do computador

 

--Herman disse que teria sido melhor se ele não tivesse trabalhado com lógica fuzzy. Mas, sinceramente, disso não entendo. – Rute assumiu com humildade

 

--Herman fala do que não sabe! – retrucou impaciente – Vocês recebem muitos dados imprecisos pela deficiência de coleta de informações por esse país afora. A abordagem híbrida fuzzy-bayesiana pode modelar incertezas de forma muito melhor que somente a abordagem bayesiana. – explicava – Mas os erros de classificação ainda tão muito altos e não é por escolha da abordagem equivocada e sim das premissas.  – balançou a cabeça negativamente -- Talvez na escolha de alguma das funções de pertinência, não sei ainda. – pausou brevemente – Ah, eu nem sei do que tô falando! – esfregou as mãos no rosto

 

Rute desligou o computador e se sentou ao lado da amiga. – O que aconteceu, querida? – perguntou com carinho – Você não tá no seu normal. – olhava para ela – Nem precisava ter se abalado até aqui, podia ter acessado tudo pela rede, mas você fez questão de vir. Precisa de ajuda? -- ofereceu

 

--Seu orientado não salvou os dados na rede mas nesse desktop. – continuava olhando para o computador – E fez o favor de sumir e abandonar a tese mesmo sabendo da importância desse trabalho! -- criticou

 

--Nosso orientado. – corrigiu calmamente -- Se não quiser desabafar, tudo bem, mas não minta pra mim que é feio. – sorriu

 

Respirou fundo e olhou para a amiga. – Tive uma reunião hoje mais cedo com alguns engenheiros de uma start up chamada DeepPy. – cruzou os braços – Adivinha quem faz parte da equipe?

 

--Mariah. – deduziu de imediato – E o que aconteceu?

 

--Nada de mais, foi só uma reunião. Eles queriam tirar umas dúvidas porque tavam penando com um trabalho que pegaram com uma empresa lá do Rio. – explicou -- Mariah achou que o problema era a forma como tava sendo feita a avaliação de hipóteses e daí disse pros colegas que eu poderia ajudar.

 

--E revê-la depois de quase três anos mexeu com você?

 

--Foi estranho, sabe? – levantou-se da cadeira – Mais estranho que quando fui assistir a defesa de mestrado dela. – parou perto da janela e cruzou os braços – Por um lado fiquei super orgulhosa de vê-la tão profissional, falando com propriedade, nitidamente guiando os colegas de trabalho e ao mesmo tempo mais gata e gostosa do que nunca! – suspirou – Ave Maria!

 

Rute achou graça. – Essa história de vocês... Por que não vai conversar com ela, então? – cruzou as pernas – O relacionamento terminou de um jeito tão chato, mas talvez agora depois desse tempo vocês consigam conversar com mais racionalidade.

 

--Não sei se ela seria receptiva pra conversar sobre nós. – passou a mão nos cabelos – Tem muitas mágoas de mim e eu não tiro sua razão, embora ache que houve vezes em que reagiu exageradamente. – pausou brevemente – Ela esboçou nada na reunião. Parecia que mal nos conhecíamos. – balançou a cabeça negativamente – E isso doeu. -- confessou

 

Pensou um pouco e convidou. – Hoje às oito tem reunião no centro. Vamos estudar sobre fisiologia da alma e isso vai durar por quatro meses. – observava a morena – Não quer participar? Pode lhe fazer bem.

 

--Obrigada, Rute, mas não tenho tempo pra estudar mais isso. – descartou de imediato – E quanto a meus compromissos com Deus, ando bem em dia com minhas obrigações de caridade. – referia-se às contribuições financeiras que fazia às atividades do centro

 

--Não se faz barganha com Deus, minha querida. – respondeu gentilmente – Você contribui em diversas campanhas mas quase nunca olha pro lado, não cuida dos outros, não cuida nem de si. Das coisas da alma, do coração. – tentava chamar-lhe atenção para o mais importante – Certamente seu trabalho beneficia a muitas vidas, mas às vezes me parece que você pensa mais no Nobel que pretende ganhar do que nas vidas que acaba por ajudar.

 

--Ah, para, já basta eu ter ouvido isso de Mariah por tantas vezes! – respondeu contrariada

 

--Você conhece do mundo da infectologia, mas vai pra cama com quem cisma e nem pensa nos riscos que corre. – continuava alertando – E quando o amor bate a sua porta, parece não saber o que fazer.

 

Voltou para o computador e o desligou. – Amanhã eu peço pra Elisa vir aqui ficar o dia todo vendo esse algoritmo. – mudou bruscamente de assunto – Antes vou orientá-la no que pude perceber até então. – pegou a mochila e olhou para a médica – Boa noite amiga e bom curso no centro. – preparou-se para sair

 

--Talvez um dia você deseje ardentemente tudo que tem negligenciado agora, Yasirah.

 

--Talvez. – caminhou até a porta – Tudo são probabilidades. – deu tchauzinho e partiu

 

Rute deu um suspiro profundo e se ajeitou para ir embora também.

 

***

Canta, dança, sem parar,

Sobe, desce, como quiser,

Sonha, vive, como eu,

Pula, grita, ô ô ô ô ô ô...

 

--Só você pra me fazer vir numa festa dessas a essa fundura do campeonato! – Yasirah falava alto perto do ouvido da amiga – Negócio de Ploc, bobeira! – reclamou

 

--Ai, deixa de ser tão cult! É muito legal isso, tá? – respondeu alto também – Além do mais, nós duas, no auge dos 44 aninhos fomos marcadas por aquela época! – dançava – Essas músicas têm história na vida da gente!

 

Faça o que mandar o coração,

Por isso,

canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô...

 

--Humpf! – fez um bico – Fale por você... – resmungou para si mesma – Graças a Deus que na roça não tocava esse trem de Menudo!

 

Paula, personal trainer de Yasirah, havia ganho o sorteio de dois convites para uma Festa Ploc. Uma vez que o marido não gostava de sair à noite e preferiu ficar com a filha do casal, convidou sua única amiga solteira.

 

--Amiga se solta e dançaaaa! – repetia os passinhos do Menudo de forma desengonçada – Não se reprima, não se reprima, não se reprima!! – cantava

 

Canta, dança, sem parar,

Sobe, desce, como quiser,

Sonha, vive, como eu,

Pula, grita...

 

--Dever favor é uma titica... – revirou os olhos – Escuta, Paula: -- voltou a falar alto perto dela – Vou no bar pegar uma bebida, tá? Quer alguma coisa?

 

--O tempo corre, nada vai te esperar... – fez sinal negativo com as mãos sem deixar de cantar e dançar -- entra de cabeça nos seus sonhos, só assim você vai ser feliiiiz!!

 

Por isso canta, dança, grita...

Menudo - Não Se Reprima  [1]

 

A professora seguiu para o bar e pediu uma garrafa de água com gás. Ficou aliviada pois ali o som da música era bem mais baixo.

 

--Graças a Deus! Não aguentava mais essa tranqueira de Menudo gritando na minha cabeça! – acabou rindo sozinha

 

https://www.youtube.com/watch?v=sswvzk7H1DU

 

Mal acaba de pagar, teve sua atenção desperta por um grupo de jovens que riam alto sentados em uma mesa ali perto. Simultaneamente uma das mulheres encontra os olhos de Yasirah.

 

Nada ultrapassa,

A velocidade do amor...

 

Sentiu o coração disparar. “Yasí?” – pensou

 

Venha de onde vier,

Seja como for...

 

A morena abriu a garrafa e a ergueu na direção da ex como se brindasse. Em seguida bebeu um gole sem deixar de olhar para ela.

 

Subitamente o tempo,

Parece parar...

 

--Gente, licencinha. – olhou para os demais – Vou cumprimentar uma amiga. – pegou seu copo e se levantou. Os demais não pareceram se importar muito

 

Nada acontece distante,

Do teu olhar...

 

A professora se afastou do burburinho do bar para se encontrar com Mariah em um ponto mais tranquilo. Mantinham-se presas ao olhar uma da outra.

 

E eu aqui sozinha,

Esperando você chegar...

 

--Nunca imaginei de te encontrar numa festa dessas. – Mariah comentou divertida

 

Enquanto o digital do relógio,

Parece avisar...

 

--Coisas de Paula. – sorriu – Mas eu tampouco esperava te ver aqui. – bebeu um gole da água

 

Que no balanço das horas,

Tudo pode mudar...

 

--Coisas de empresa. – apontou discretamente para um casal – Pra bajular um cliente. – bebeu um gole do drinque 

 

Que no balanço das horas,

Tudo pode mudar...

 

Gastou uns segundos calada olhando fixamente para a outra. – Eu não tirei você da cabeça desde terça, naquela reunião. – afirmou subitamente – Fiz um esforço danado pra deixar você ir, mas bastaram algumas horas com você por perto pra voltar tudo de novo dentro de mim! -- confessou

 

Eu acho que ele não vem

(Não! Não! Não! Não!)

 

Desviou os olhos e passou a mão nos cabelos. – Você nunca foi me procurar. – olhou para a outra de novo – E eu não provoquei aquela reunião pensando num retorno.

 

Ele não vem não!

(Não! Não! Não! Não!)

 

--Você disse que não me queria mais e que não voltaria se eu pedisse. – lembrou – Por que eu te procuraria? Só pra te ouvir me dizendo não?

 

Ou será que virá?

Ah! Ah! Ah!...

 

--Eu só queria te cumprimentar. – Mariah não sabia o que dizer – Tenho que voltar praquela mesa. – sentia-se desnorteada

 

Volto para casa,

Fazendo trapaças pra dor...

 

--E eu tenho que voltar pra perto de Paula. – não deixou de olhar para a ex em momento algum – Mas o que eu queria mesmo, era voltar pra você. – novamente fez um gesto de brinde com a garrafa – Boa noite, minha linda. – afastou-se da outra

 

Seja o que Deus quiser,

Seja o que for...

Metrô - Tudo Pode Mudar [2]

 

Mariah ficou acompanhando a outra com o olhar sentindo-se balançada. Respirou fundo e seguiu para junto da mesa.

 

***

Yasirah saía do banho pensativa. Havia deixado Paula em casa e seguiu para a sua com o coração apertado. A atitude de Mariah na reunião e a forma como se evadiu na festa a fez pensar que realmente não havia mais chances.

 

De repente ouve o interfone tocar. – Hein? – olhou para o relógio; eram duas da manhã. Foi atender preocupada – Alô?

 

--Dona Zira? – o novo porteiro nunca acertava seu nome – Tem uma moça aqui querendo subir. Só interfonei porque ela insistiu e a senhora não chegou há muito tempo. – falava quase aos sussurros – O nome dela é Maria. -- olhava desconfiado para a mulher

 

Sentiu o coração disparar. “Como soube que moro aqui atualmente?” – perguntou-se intrigada -- Mariah. – corrigiu educadamente – Deixa subir.

 

Dentro de poucos instantes a jovem estava parada diante do apartamento da outra. – Oi... – cumprimentou timidamente quando a porta se abriu

 

--Entre, por favor! – convidou sorridente

 

Mariah entrou rapidamente e Yasirah fechou a porta. Não conseguia deixar de sorrir.

 

--Eu também nunca deixei de pensar em você. – foi logo dizendo – E simplesmente adorei que tenha surgido uma necessidade real pra te procurar naquela terça. – sentia-se nervosa – Tento me forçar a te achar sem graça, chata, metida, velha, feia, mas eu não consigo... – olhava para a ex com olhos súplices – Não consigo me desvencilhar de você.

 

--Então fica comigo e fim! – puxou-a pela cintura para junto de si com decisão – Eu posso não ser a namorada que você queria que eu fosse, mas aprendo a ser. – olhava nos olhos – Eu te amo, Mariah!

 

“Não adianta, eu sempre digo sim...” – pensou ao ser beijada com paixão – Ah!! – gem*u

 

--Faz amor comigo... – fez com que a jovem enroscasse as pernas em sua cintura – Eu quero você agora... hoje e...– falava entre beijos -- Sempre... – seguia para o quarto

 

--Eu quero... – segurou o rosto da morena com as duas mãos – só você... – beijou-a

 

Yasirah caminhava pelo corredor vez por outra imprensando a ex contra a parede e tentando despi-la.

 

--A gente vai... acabar... caindo... – Mariah dizia entre beijos – Ai... -- gem*u

 

--Eu nunca te derrubei! – apertou as nádegas da parceira com força

 

A professora chegou no quarto e se ajoelhou na cama sem deixar de beijar e deslizar as mãos pelo corpo da parceira. Mariah desenroscou as pernas e se deixou cair de costas. – Tira minha roupa? – pediu dengosamente. Ainda usava jeans

 

--Agora! – tirou a própria camisola com pressa e tratou de desabotoar as calças da outra

 

--Dormindo de camisola sem roupa íntima, Yasí? – reparava no corpo da ex – Esperava alguém? – riu com as cócegas que a professora lhe fez ao remover suas calças

 

--Você! – mergulhou entre as pernas dela com empolgação

 

--AH!! – gem*u alto – Ah!! – sorriu ao sentir as mãos que tomavam seus seios – Ai! – abriu mais as pernas

 

Yasirah explorava o sex* da amante exatamente do jeito como sabia que ela gostava. Provoca-lhe os seios com força e cuidado.

 

--Ai, só você faz do jeito que eu gosto, amor... – falava sem pensar – Só você sabe me amar... Ah!!

 

Seguiu lambendo o abdômen da jovem até o pescoço, mordendo-lhe o queixo. – Eu sei como você gosta... – tomou um seio com os lábios e sugou longamente

 

--Sabe... Ai! – segurava os cabelos da outra

 

Fez uma trilha de beijos de um seio a outro e rapidamente virou a amante de lado, deitando atrás dela, encaixando os corpos. – E você sabe como eu gosto... – sussurrou no ouvido – Inclusive... – começou a penetrá-la com os dedos – Sabe como eu gosto de ouvir você gem*r de prazer. – mordeu-lhe a orelha

 

--Ai, ai, ai, amor, faz assim... – pediu

 

--Sabe como eu gosto... – com a outra mão estimulava um seio – De sentir você assim... – continuava mordendo a orelha dela – Totalmente entregue pra mim... – sussurrava

 

--Ah, ah, ai!! – gemia alto – Me faz goz*r, amor... – pedia

 

Esfregava o corpo contra o da jovem sem deixar de penetrá-la e excitá-la. – Fazer você goz*r é meu objetivo sempre... – exalou ar quente no pescoço dela – Te amo, linda. – sussurrava – Você é a mulher que eu quero e só você...

 

Mariah estava adorando sentir e ouvir tudo aquilo e gozou com intensidade. – AHAHAH!!!!!! – gritou

 

--Isso, meu bem, goz* pra mim que você me deixa doida! – sentia-se satisfazer com o contato dos corpos – AH!! – gem*u alto

 

Quando se acalmaram um pouco mais, a professora abraçou a jovem com força e a beijou repetidamente no pescoço e nas costas. – Te amo! – novamente falou

 

--Eu também te amo muito! -- a jovem sorriu e movimentou-se para virar-se de frente para a outra. – Quero te satisfazer ainda mais. – beijou-a

 

--Faz o que você quiser. – beijou-a mordendo-lhe o lábio inferior

 

Mariah virou a amante de barriga para cima e sentou-se sobre ela. – Você ficou mais atlética ou é impressão minha? – mordeu-lhe o queixo – Acho que ficou... – acariciava um seio da outra

 

--Quase três anos me afogando de trabalho e maromba. – respondeu com os olhos semi cerrados – Hum... – sentia a amante arranhá-la de leve – Ah... -- sorriu

 

Mariah explorava o corpo da morena com mãos e lábios. Beijava, lambia, mordia e dava suaves beliscões em determinadas partes – Olha como tá molhada, gente... – mordeu de leve

 

Sentiu o corpo estremecer. – Eu adoro quando você faz isso... – abriu as pernas

 

--Eu sei como você gosta, amor. – sorriu insinuante antes de provar a parceira

 

--Isso, linda... – pegou os cabelos dela como se fosse fazer um rabo de cavalo – Assim... --  manteve os cabelos da outra seguros com uma das mãos

 

A engenheira estimulava Yasirah com os dedos ao mesmo tempo que lambia e sugava o sex* da parceira.

 

--Ah!! – gemia – Ah!!

 

Mariah mantinha seus movimentos suaves e fortes de forma alternada, levando a professora ao orgasmo rapidamente.

 

--Ah!!!!! – soltou os cabelos da parceira e sentiu o corpo tremer quando atingiu o clímax.

 

***

Yasirah e Mariah estavam sentadas uma de frente para a outra, com a mulher menor em seu colo, pernas envolvendo a cintura da professora.

 

--Que horas são? Cinco, seis? – arriscou sorridente

 

--Cinco e quinze. – respondeu depois de olhar no relógio – Eu vou até às dez, topa? – propôs antes de beijá-la

 

--Hum, eu não tenho seu pique, Yasí... – envolveu o pescoço dela com os braços – Tô morta! – sorria

 

--Eu sou a mais velha aqui. – lembrou – Cabia a mim pedir arrego! – deslizava as mãos pelas costas e nádegas da outra – Como pode isso? – beijou-a

 

--Porque você... é mais velha... mais safada... e mais marombada... – respondeu entre beijos – É isso! – sorria

 

Ficou olhando para o rosto da parceira. – Senti muito a sua falta. – afirmou com carinho – E não vou dar rata pra te perder de novo. Não vou repetir os mesmos erros! -- prometeu

 

--É sua última chance comigo, Yasí. – deslizou um dedo pela sobrancelha dela – Você já cansou de me fazer promessas que não cumpriu. Eu nem consigo acreditar, mas preciso tentar de novo pra me convencer de que devo realmente ficar contigo ou te deixar pra sempre! – falava com delicadeza mas seriedade – Não foi simples pra mim decidir correr pra sua casa em plena madrugada. Só o sofrimento de três longos anos sem você pra me fazer esquecer porque terminei contigo no retorno da viagem da África do Sul. – desabafou – Pra me fazer esquecer de tudo que me fez chorar por tantas vezes.

 

--E eu não vou desonrar isso! – olhava nos olhos – Eu nunca mais consegui me sentir completa desde que você saiu da minha vida! – estava sendo sincera – Eu te amo, pode acreditar!

 

Abraçaram-se com força.

 

--Prometo que vou até cantar música de Menudo pra você depois dessa tal de Ploc que a gente foi! – brincou para disfarçar a emoção que sentia

 

Riu brevemente e rompeu o abraço. – Nem ouse! – beijou-a – E nem é coisa do meu tempo... – provocou

 

--Eu tenho que ouvir isso, né? – beijou-a e lembrou-se de uma coisa – Ei, como descobriu que eu moro aqui nos dias de hoje? – queria saber – Você nunca tinha vindo aqui, uai.

 

--Ah... assim... – abaixou os olhos e ficou brincando com uma pequena mecha de cabelo da outra – Naquele dia, na reunião na sua sala tinha uma conta de telefone em cima daquela mesinha mais distante da onde você se senta... – respondia envergonhada – O endereço tava lá e... tirei foto. – pausou brevemente – Você não viu porque tava explicando uma coisa pro meu colega Ronaldo.

 

Achou graça. – Ah, então você já tava na maldade pra me seduzir! – brincou antes de beijá-la longamente

 

--Ai... – gem*u ao interromperem o beijo – Para, não foi nada disso... – respondeu dengosa

 

--E então porque queria saber do meu endereço novo? – beijou-a – Hein?

 

--Ah, se eu precisasse de você pra alguma coisa... – não encarava a morena – Já saberia onde procurar.

 

--Sabe que eu adoro esse seu eterno jeitinho de menina? – beijou-a carinhosamente – Que bom que fotografou meus trem... – beijou-a de novo

 

--Falando em seduzir... – lembrou-se de uma coisa e interrompeu o beijo -- Com quantas esteve por esse tempo? – Mariah perguntou interessada – Aposto que aquela tal de Natally fez a festa nessa cama... – fez um bico

 

--Eu não vou te falar sobre isso e nem quero ouvir sobre quem foi pra cama com você. – acariciava as costas de Mariah – Então vamos mudar de assunto. – propôs – E se quer saber, essa cama é nova. Estrelando Mariah Montenegro... – sorriu e se beijaram -- Minhas mãos tão te incomodando? – perguntou preocupada – Elas não deixaram de ser ásperas. Ficaram até um pouco piores porque andei muito pelas bikes da vida.

 

Achou graça. -- Amor, eu já falei mil vezes! – beijou-a – Gosto dessas mãos ásperas e amo sentir seu peso sobre mim. Então não precisa sempre se preocupar com isso e me perguntar se me incomodo. – abraçou-a – Adoro esse carinho que você sempre teve comigo. – sorriu – Meu amor... quero muito que dê certo.

 

--Vamos ter mais paciência com nossas limitações. – desvencilhou-se do abraço e segurou-a pelo rosto com as duas mãos – Eu também quero muito que dê certo! – falava com sinceridade – Pra sempre! – olhava nos olhos

 

--Pra sempre! – beijou-a

 

 

BRASIL. 14/04/2018. PARQUE DO IBIRAPUERA. SÃO PAULO. 07h37.

 

--Tá vendo? Falou, reclamou, desconjurou mas graças àquela Festa Ploc a tua vida voltou a ser um espetáculo! – Paula falava bem humorada enquanto caminhavam – E eu dancei muito os sucessos que marcaram meu passado! – sorriu

 

--Eu não suporto esse trem de Ploc mas reconheço que te devo essa. – olhou para a outra rapidamente e piscou

 

--Agora vê se toma vergonha e leva esse relacionamento como deve ser!  -- aconselhou – Você ficou muito mal depois que tudo terminou, então vê se aprende com os erros. – pausou brevemente – As duas devem aprender, aliás.

 

--Eu não vou dar rata de novo. E também acho que Mariah amadureceu bastante nesse meio tempo. Ela tá diferente. – considerou

 

--Mas e aí? Vai casar com ela? – perguntou diretamente – Não precisa fazer festa, esse escândalo todo, mas podiam morar juntas, né?

 

--Paula, uma coisa de cada vez, tá? – não gostou da cobrança – A gente acabou de voltar. Devagar com o andor! – olhou para a outra rapidamente – Simbora correr? – propôs repentinamente – Simbora! – começou a correr

 

Achou graça. – Falou em casamento ela corre literalmente! – começou a correr também – Calma aí, ô! – gritou divertida – Saiu na frente é trapaça!

 

 

BRASIL. 20/04/2018. UNIVERSIDADE PÚBLICA E DE QUALIDADE.SÃO PAULO. 12h11.

 

--Que bom que amanhã é feriado! – Yasirah comentou animada enquanto almoçavam – E o tempo tá bom, tá gostoso. Bom por demais da conta! – pensava na viagem que faria com Mariah

 

--Hum, mas ela tá numa empolgação por causa do feriado! – Rute reparava sorridente – Acho que alguma coisa aconteceu e a doutora Faez ainda não me deixou saber. – afirmou em tom brincalhão

 

--É que a gente ainda não tinha se encontrado pessoalmente desde que aconteceu. – limpou os lábios com guardanapo – Mariah e eu voltamos! – anunciou sorridente

 

--Ah é? – achou graça – Nossa, e como foi isso?

 

--Ah, eu fui numa festa ruim que Paula me chamou, ela tava lá, a gente se encontrou, conversou um pouco e depois, quando eu tava pronta pra dormir, no meio da madrugada, Mariah corre pro meu apartamento e... – resumia – aconteceu! – olhou para ver se alguém prestava atenção – A gente fez amor por horas e se reconciliou! – falou um pouco mais baixo – E ela tá mais gostosa do que nunca, meu Pai amado... Ave Maria!

 

Gastou uns segundos antes de comentar: -- Mas... foi assim? Simples assim? – limpou os lábios também

 

--Não foi simples, Rute, foi... intenso, explosivo, quente! Assim somos nós! – gesticulava

 

Achou graça. – Ai, ai... – suspirou -- E como que ela sabia onde você mora? Você não sossega em um lugar!

 

--No dia da reunião, aquela que te contei, ela viu uma conta minha dando sopa e tirou foto. – repetiu o que a namorada lhe falou – Foi isso.

 

--Vocês duas são uma parada! – achou graça novamente – Quase três anos separadas e sofrendo, nem se viam, mas aí um reencontro numa festa ruim detona um recomeço explosivo! – cruzou os braços – Isso é pra valer, criatura?

 

--Lógico, uai! – respondeu de pronto – A gente conversou, fez promessas uma pra outra e agora vai! – garantiu

 

--E o que mudou pra que vocês possam entender que agora vai, Yasirah? – perguntou com carinho – Ela continua querendo de você as mesmas coisas, muito provavelmente. E você continua com os mesmos receios e limites.

 

A morena respirou fundo e se incomodou com o que ouviu. – Olha, Rute, a gente pode não ter mudado radicalmente mas esses quase três anos de sofrimento ensinaram muito a nós duas! Não vai ser como era antes! – garantiu

 

--Assim espero, querida. Torço de verdade por vocês. – estava sendo sincera

 

--Você vai ver! A gente nunca mais vai terminar! – ficou uns segundos calada pensando na jovem – Bem, -- olhou para o relógio – vamos que o tempo urge e aquele teu aluno me deve um monte de informações. – ajeitou-se para se levantar

 

--Vamos. – preparou-se para se levantar também

 

***

--Ai, Mariah, pelo amor... de novo? – Aurora perguntava ao revirar os olhos

 

--Não é de novo, Aurora, a gente se entendeu de verdade e agora vai dar certo! – retrucou – Nunca mais vamos nos separar de novo, se Deus quiser!

 

--Nunca mais? – perguntou incrédula ao se levantar do sofá – Tá bom! Humpf! – fez um bico

 

--Por que você não dá força pra gente, hein? – reclamou ao se levantar também

 

Estavam no apartamento em que Aurora vivia com o namorado.

 

--Criatura, não é que eu não dê força! – parou no meio da sala – Eu até queria muito que desse certo, mas o que mudou, o que te leva a crer que vai ser diferente? Simplesmente porque ficaram quase três anos separadas e de repente rolou uma trans* louca pela madrugada? – achou graça – Você não vive a realidade, meu bem, você quer acreditar que a realidade segue seus desejos!

 

--Não é nada disso! – retrocou dengosa – A gente sofreu muito e aprendeu com o sofrimento!

 

--Ah, é? – cruzou os braços – Então diz aí: Yasirah vai te apresentar pra família dela, pros amigos dela, vai deixar de se esconder a sete chaves, vai deixar de ser tão workaholic? – olhava nos olhos – E você vai deixar de desejar isso, vai deixar de ser ciumenta, vai deixar de ficar vigiando ela?

 

Mariah não soube o que responder.

 

Balançou a cabeça negativamente e continuou a falar: -- Eu não vou jogar água no teu chope. Vai curtindo, vai aproveitando, vai tendo suas trans*s quentes e quando ela vacilar nos mesmos erros de sempre, você pensa se vai rodar baiana e terminar de novo ou se vai engolir pra ver se a coisa engata! – passou a mão nos cabelos – Deixa eu lavar a louça que hoje é meu dia de fazer isso e daqui a pouco Rubinho taí. – foi para a cozinha

 

A engenheira ficou parada no mesmo lugar sem saber o que fazer. “Eu não vou ficar pensando nisso, não vou ficar mentalizando no pior!” – pensou chateada

 

 

BRASIL. 01/05/2018. FAZENDA SAHHA.GOIÁS. 16h10.

 

Safira voltava com o filho depois de terem passado o dia se divertindo à beira do rio com outras pessoas da família. Seu marido voltou mais cedo e dormia na rede.

 

--Amanhã vamos brincar no rio de novo, mãe? – o menino perguntou animado

 

--Amanhã é dia de aula, menino! – respondeu com carinho – Domingo nós vai. – prometeu – Mas só se num tiver lição de casa nas tuas pendênça.

 

--Eu sempre faço, mãe! E vô fazer! – prometeu

 

--É bão! – beijou a cabeça dele – Agora vá tomar banho e se preparar pro lanche da tarde. Tua tia vó disse que tem mio pra todo mundo!

 

--Oba! – foi indo se preparar para o banho

 

A mulher parou na entrada de casa e viu o marido gostosamente dormindo na rede. – Coitado de Armiro! Só vive rodando pur lá e cá nessa labuta e quando tem chance de um descanso dorme cum fé. – olhava para ele com carinho – Depois acordo ele. – foi andando para os fundos da casa – Botar essas toaia pra estender. Amanhã lavo tudo. – falava sozinha

 

--Isso num é comportamento de mãe de famia! – uma voz conhecida repreendia

 

--Cruzes, muié, parece inté uma assombração! – reclamou de cara feia ao virar para trás – Mania de chegar sorrateira!

 

--Ocê é mãe de famia! Num devia de ficar o dia todo de bagunça em beira de rio e usando esses traje de banho indecente! – reparava – Onde já se viu, muié que se diz cristã? Ave Maria! – benzeu-se

 

--Santinha, num é purque ocê só vive cum essas roupa inté o gogó e os pulso e saia longa que eu tenho que viver também! – voltou a estender as toalhas – Sou cristã e faço coisa que num tem nada demais. Tomar banho de rio nunca foi pecado! – não olhava para a outra

 

--Eu que num visto essas roupa de perdição! – falava da roupa de banho

 

--Humpf! – fez um bico – Vai rezar pelos teus canto e me deixe quieta, viu? – olhou rapidamente para a outra antes de entrar em casa – Tenho mais o que fazer e ocê num é uma visita que eu goste muito! – caminhou até a porta e a abriu – Inté! – entrou

 

Santinha ficou olhando ainda uns segundos para a porta antes de ir embora.

 

 

BRASIL. 31/05/2018. HOTEL VALE DA SERRA. CANELA. 20h38.

 

Yasirah e Mariah se curtiam deitadas sob um edredom macio numa cama quentinha de hotel.

 

--Eu tô adorando isso de não te ver mais trabalhando nos feriados... – deslizava o indicador pela clavícula da namorada – Você anda tão romântica, professora... – beijou-a carinhosamente

 

--Prometi que seria diferente, não é? Tô fazendo um esforço. – deslizava uma das mãos pela coxa da outra – Só vou ficar entocada trabalhando quando for estritamente necessário. E se quiser ficar junto comigo nessas horas ainda assim, as portas de casa tão abertas! – beijou-a

 

Estavam nuas e deitadas uma de frente para a outra.

 

--Só ainda acho que você gasta demais... – falou com jeito – Aquela viagem no feriadão de Tiradentes e agora essa. – considerou – Deixa eu ajudar a pagar, amor, agora eu trabalho. – acariciava o rosto da morena

 

--Vamos fazer assim: a próxima viagem fica por sua conta. – beijou-a

 

--Aceito! – sorriu – Mas não reclame da minha falta de tato, porque não tenho a classe toda que você tem pra escolher sempre as coisas mais chiques e estilosas. – beijou-a mordendo-lhe o lábio inferior

 

--Se você compensar isso de outras formas eu não vou reclamar... – deslizava a mão pelas costas da outra – E você sabe muito bem como compensar. – beijou-a mais uma vez

 

Achou graça. – Você é tão safadinha, Yasí... – sorriu -- Ainda bem que você é mais velha que eu porque se fosse o contrário, seria o meu fim! – segurou o rosto da professora e beijou-lhe os lábios repetidas vezes

 

--Como assim? – não entendeu

 

--Eu não teria pique pra aguentar o seu fogo! Já não tenho quase, imagine! – beijou-a

 

Achou graça. – Ah! – riu brevemente – Então quer dizer que a senhora já tá contando com minha terceira idade pra me ter sob controle? – beijou-a rapidamente – Hein?

 

--Na verdade eu quis dizer que se minha terceira idade chegasse antes da sua eu estaria ferrada! – beijou-a – Não teria o menor pique pra te acompanhar... – sorriu

 

--Eu serei uma velhinha fofa e bem comportada, pode deixar! – prometeu fazendo graça

 

--Ah, é. – respondeu descrente – Fofa eu até concordo, mas comportada é tudo que você não é!

 

--Pensei que você gostasse disso. – acariciou o rosto da jovem

 

--Amo! – beijou-a demoradamente – Hum, amor, já que estamos aqui só nos curtindo vamos jogar um jogo de perguntas e respostas? – propôs

 

--Como assim? – não entendeu

 

--Uma faz uma pergunta pra outra e tem que responder com a verdade e detalhadamente! Cada uma tem direito a dois coringas, ou seja, se a pergunta não agradar chama o coringa e aí outra pergunta diferente vai substituir. – explicava as regras do jogo – Como são só dois coringas tem que usar com muito critério!

 

--E como acaba esse jogo aí? – perguntou desconfiada – “Sinto que esse trem não vai acabar muito bem...” – pensou

 

--Acaba... – não sabia a resposta – quando o sono vencer a gente! – sorriu e beijou a namorada – E então? Simbora? – arremedou o jeito da outra

 

--Tem opção de dizer não? – perguntou bem humorada

 

--Não! – respondeu achando graça – Ah, amor, aceita? – pediu fazendo dengo

 

--Ô, Pai santo, me defenda... – fingiu que clamava aos céus – Tudo bem, linda, mas eu só jogo com uma condição: uma pergunta rejeitada não pode voltar de outra forma e nem pode ser usado um subterfúgio pra dar jeito da mesma resposta que não foi dada aparecer. – olhava para a engenheira – Se aceitar isso, pode perguntar.

 

--Hum... – analisou a oferta – Tudo bem, eu aceito. – beijou-lhe o queixo

 

Yasirah ajeitou-se na cama se tremendo toda. – Tô me preparando pro pior! – brincava – Manda ver!

 

--Boba! – segurou o rosto dela com as duas mãos e a beijou – Vamos lá: com quantas mulheres já esteve?

 

“Sabia!” – pensou – Coringa! Coringa! – respondeu brincalhona – Quero meu coringa!

 

--Mas já?? – deu um tapinha no ombro da outra – Yasí... você nunca responde isso quando eu pergunto! – reclamou dengosa

 

--Linda, agora sou eu quem digo: te conheço! Se eu responder isso aí você vai passar a vida se comparando com minhas ex e me perguntando um monte de coisas a respeito delas. – fez sinal negativo com o indicador – Aí, não!

 

“Pior que ela tem razão...” – considerou – Tá bom. Mas tenha em mente que um coringa já foi.

 

--Ciente!

 

--Então vamos ver... hum... – olhava para a amante – Com quem foi a primeira experiência lés da sua vida?

 

--Prima Safi. – respondeu de pronto

 

--Oi?? Aquela que você me disse que é mulher de religião, casada e mãe? – surpreendeu-se

 

--Naquela época ela não era nem uma coisa nem outra, uai.

 

--Sim, mas vamos às regras! Cadê a resposta detalhada? – cobrou ao beijá-la – Quero ouvir!

 

--Uai... – pensava em como começar – Safi, Santinha e eu temos a mesma idade, praticamente. Safi é filha de tio Zayn, irmão de baba, com tia Rosana. Sempre fomos carne e unha, passávamos horas cavalgando pelos campos, fazendo caminhadas, nadando no rio e pulando de cima das mais altas pedras, além de trepar em todas as árvores da fazenda. – lembrava com carinho – Também estudávamos juntas e fazíamos a labuta que nos era devida. – contava – A gente aprontava todas as traquinagens, mas nada de mau, e depois ríamos por demais da conta com nossas próprias bestagens! – sorriu – E prima Santinha nunca participava de nada mas sempre dedurava pra gente apanhar! – revirou os olhos – O tempo foi passando, entrei no segundo grau e fui estudar na cidade e aí, um dia, quando voltei pra passar as férias... – sua mente viajou pelo tempo

 

“--Não adianta correr que eu te pego! – Yasirah corria acelerada em direção à prima – Devolve minha pulseira! – pediu

 

--Duvido ocê pegar ela de volta! – corria na frente da outra

 

Chegando perto do rio Safira quis fugir à nado e entrou na água.

 

Quando a água estava na altura dos joelhos, Yasirah saltou e pegou a prima pela cintura. --Ah! – caíram as duas na água

 

O solo de areia fofa amorteceu a queda.

 

--Ocê sempre me pega, que praga! – reclamou tentando fugir engatinhando

 

--Volta aqui, muié! – segurava-a pela cintura do vestido

 

--Solta! – virou-se de barriga para cima e se sentou– Ai! – segurou a outra pelos ombros

 

--Devolve! – olhava para os braços de Safira – Cadê?

 

--Escondi pur dentro da roupa! – tentava se desvencilhar

 

--Eu acho! – começou a apalpar o corpo da prima procurando

 

--Para, Yasah! – sentia-se excitada com aquele contato

 

--Eu nunca desisto do que quero! – continuava apalpando

 

Tentando novamente fugir, Safira se esgueirou rapidamente conseguindo se levantar e buscando correr para fora da água. Yasirah segurou-a pela barra do vestido fazendo-a se desequilibrar e cair. Deitou-se por cima dela, que lutava para se desvencilhar até que se viram em uma posição em que Safira estava deitada de barriga para cima com a prima deitada sobre ela, estranhamente encaixada entre suas pernas. Rostos muito próximos, respiravam com sofreguidão.

 

--Eu num tô cum tua pulseira. – respondeu olhando para a outra – Escundi debaixo do meu travesseiro. – falava a verdade – Tava só te provocando... – não conseguia se desvencilhar daqueles olhos

 

--E não é de hoje que me provoca... – também sentia-se presa ao olhar

 

--E o que ocê vai querer agora, Yasah? – perguntou sentindo o coração acelerar

 

--Você! – beijou-a sem pensar no que estava fazendo

 

Safira retribuiu o beijo com intensidade, segurando a morena pelos cabelos. Línguas se encontravam com ansiedade e desejo. Sentia que uma das mãos da outra deslizava em sua coxa até chegar nas nádegas e apertá-las com força. – Ah... -- gem*u – Ocê sabe como fazer? – lábios percorriam seu pescoço sem qualquer pudor. – Hã? – fechou os olhos

 

--A gente... – desabotoava os laços do vestido da outra -- Pode aprender juntas... – beijava-lhe o colo -- Como já aprendeu juntas... – tocou um dos seios dela -- uma série de coisas... – lambeu e beijou-lhe o mamilo

 

--Ah... – gem*u – E se vier alguém...? – novamente segurou a prima pelos cabelos – Ai... – olhou ao redor – Ah... – Yasirah puxava seu vestido para baixo

 

--Ninguém vem... – afastou-se um pouco e ficou de joelhos para puxar o vestido da outra e deixa-la livre dele – Ninguém... – admirava o corpo dela – Te quero, Safi! – sentia-se louca de desejo e ansiedade

 

Safira se sentou e tirou a blusa da morena e o sutiã. Abria-lhe o botão do short com mãos trêmulas.

 

--Você me quer? – perguntou receosa diante do nervosismo da prima

 

--Num sabe como! – puxou short e calcinha para baixo ao mesmo tempo

 

Yasirah jogou-se contra a prima e a beijou com muito carinho e desejo. Deitou-se sobre ela, removendo sua própria roupa do jeito que pôde para logo depois tirar-lhe a calcinha.

 

Esfregavam-se uma contra a outra com pressa e beijavam-se furiosamente. As mãos de ambas não tinham destino certo, até que Yasirah introduziu dois dedos no sex* da outra com insegurança.

 

--Ah! – gem*u surpreendida – Continua, Yasah, num para. – pediu com olhos fechados

 

As duas exploraram-se com fome uma da outra e permaneceram se amando até que o sol se despedisse com seus últimos raios e as muriçocas as incomodassem.”

 

 --A gente voltou pra casa debaixo de escuridão, cheia de picada de muriçoca, eu com os braços e costas arranhadas e ela com alguns ch*pões no pescoço. – lembrava – Santinha fez o maior fuzuê falando um monte, maama disse que a gente nunca deixava de ser moleca e baba me deu uma surra de varinha! – acabou rindo – Tio Zayn também deu umas varinhadas na filha.

 

--E vocês alegaram o que? – estava curiosa

 

--Ah, nós dissemos que Safira me fez troça dizendo que pegou minha pulseira e daí a gente correu uma atrás da outra que nem duas loucas e acabou se perdendo perto das terras de nhô Hipólito. O mato me arranhou e os galhos de algumas árvores pegaram no pescoço de Safi e deixaram um roxo. – olhava para a namorada – Metade mentira, metade verdade. Não tínhamos coragem de assumir o que fizemos. Não foi planejando e nem uma sacanagem qualquer. Foi intenso, quente, bonito e uma descoberta de nós mesmas muito bem vinda. – justificava-se – Safi era, como ainda é, muito especial pra mim. Só que a forma como nos vemos mudou com os anos, logicamente.

 

--E eles acreditaram nisso? – Mariah perguntou surpreendida – Não acharam uma historinha esfarrapada?

 

--Acreditaram. – acariciava as costas da jovem – Na cabeça deles uma lésbica é praticamente um homem trans. E nós éramos femininas o suficiente pra não despertar suspeitas. Apenas molecas demais.

 

--Hum. – deslizou o indicador nos lábios da morena – Prometo que não vou sentir ciúmes da prima Safi. – beijou-a

 

--Nem é pra ter, né, linda? – retrucou de pronto – Nossas vidas mudaram e cada uma seguiu um caminho bem diferente.

 

--Por que Santinha nunca participava das molecagens de vocês? – perguntou curiosa – Ela é filha de quem mesmo?

 

--Uai, mas nesse jogo eu nunca faço pergunta, só respondo? – reclamou divertida

 

--Acabou de fazer uma. – retrucou marotamente – E é a sua prenda por ter usado um coringa logo de primeira! – beijou-a

 

--Isso não tava nas regras! – beijou-a também

 

--Não me enrola, responde! – deslizou a mão pelo braço da morena – Fala.

 

--Santinha é filha de tio Malik, outro irmão de baba, com tia Nadya. Ficou órfã muito cedo, daí foi praticamente criada lá em casa por ser afilhada de baba. – contava – Sempre foi uma pessoa estranha, muito calada, muito quieta e sei lá... a gente não tinha proximidade com ela, nunca conseguiu ter, e logo veio aquela coisa de dizer que viveria pela santidade, pela igreja e tal... – lembrava – Ela reparava tudo, achava que tudo era pecado, tudo era feio... E sempre marcou muito em cima de nós.

 

--Eu hein. Talvez no fundo seja uma pessoa boa, só que muito presa em si mesma. – considerou

 

--Não disse que ela é ruim. Só é chata! – puxou a jovem mais para perto de si – Quero fazer minha pergunta agora! – fez cócegas na cintura – Hein? Tá na minha vez! – beijou-a

 

--Para. – deu-lhe um tapinha nas mãos – Pergunta, mas para com isso. – pediu dengosamente

 

--Conta a lembrança mais bonita que você tem da infância. – beijou-a

 

Não esperava uma pergunta daquele tipo, mas gostou. – Quando eu tava com seis anos meu avô paterno ficou muito doente e os médicos mandaram a família ir visitá-lo pra se despedir. – lembrava – Eu o vi tão magro e abatido na cama do hospital, cheio de soro, sondas e aquelas coisas todas, que tudo aquilo me deu uma tristeza imensa! – lembrava – Foi a primeira vez na minha vida que a morte se mostrava real pra mim. – pausou brevemente – Aí ele morreu e naquela noite eu acordei sobressaltada por um pesadelo e chorei muito. Nem lembro do sonho, mas o choro era de tristeza por saber que meu avô ficou daquele jeito e por isso se foi. – brincava com o pingente do cordão da outra – Aurora dormia como pedra, mas meus pais acordaram, naquela época a gente ainda morava no Rio, e me chamaram pra subir até o último andar do prédio, onde tinha uma escadinha e uma porta que comunicava com o telhado. Então lá fomos nós, todo mundo de roupa de dormir. – sorriu – Eu nunca tinha estado lá, mas meus pais certamente sim. – riu brevemente – Então papai me colocou sentada sobre os ombros dele e me pediu pra olhar pro céu.

 

“--Tá vendo que lua cheia linda, bebê? -- Érico mostrava inebriado – E todas aquelas estrelas brilhando nesse céu imenso? – apontava – Cada estrela dessas ilumina um lugar que nem esse que a gente vive e cada um desses mundinhos tem uma função.

 

--Quando a gente morre, meu bem, é porque o corpo ficou cansado, ferido, machucado e já não aguenta mais segurar nossa alma dentro dele. – Flora explicava para a pequena – Então a alma voa pro céu, sem ninguém ver, sem ninguém saber, e vai morar em um desses mundos infinitos que têm por aí. Um mundo mais leve que esse, onde não se precise de corpo.

 

--Foi o que aconteceu com seu avô, pequena. – o pai dizia – Olha quantos mundos ele tem pra onde escolher ir!

 

--E por que não podia ficar aqui? – tentava entender aquilo

 

--Porque pra viver aqui precisa de um corpo como esse que a gente tem. E o dele ficou dodói. Não dava mais, amorzinho. – a mãe explicou com brandura

 

--Mas isso não quer dizer que ele some das nossas vidas. – Érico fez questão de esclarecer – Podemos não vê-lo, mas ele estará aqui sempre!

 

--No seu coração, bebê! – Flora beijou a perna da menina – E nos nossos também.

 

--Isso acontece com todo mundo? – continuava olhando para o céu – De sair do corpo e ir morar em outro lugar lá em cima?

 

--Sim, meu bem! E olhe, -- Flora pediu e ela olhou – todo mundo se reencontra um dia!

 

--É mesmo? – perguntou empolgada

 

--Sim, garotinha! – o homem a colocou de volta no chão – E quando acontece rola uma festa de responsa!

 

--E a festa dura dias e dias sem parar! – Flora concordou

 

--Então um dia a gente vai ver ele de novo? – ficou feliz em saber

 

--Claro que vai! – a mulher se ajoelhou perto da filha – Mas antes disso, vamos vivendo por aqui, felizes, juntinhos e toda vez que a saudade apertar, olhe para o céu!

 

--O importante é guardar tudo bem seguro aqui. -- o homem se ajoelhou também e apontou para o coração da criança – E aqui. – apontou para a cabeça dela

 

--Amo vocês! – a pequena Mariah declarou sentindo-se confortada

 

--Own, nós também, bebê! – os dois a abraçaram carinhosamente”

 

--É sem dúvida uma lembrança muito bonita. – concordou com a namorada – Gostei muito de ouvir. – beijou-a carinhosamente

 

--Hum... – olhava para a professora – Agora responda sem pensar: qual o seu maior medo, Yasí? – perguntou à queima roupa

 

--Perder tudo que construí em todos esses anos. – falou o que primeiro lhe veio à mente

 

A engenheira gastou uns segundos antes de retrucar: -- Ou seja, sua reputação, sua imagem de mulher admirável e o sucesso na carreira. – concluiu magoada – Eu já sabia, não sei porque perguntei. – movimentou-se para se levantar

 

“Eu sabia que esse trem ia desandar!” – pensou contrariada – Nossa relação também é uma construção, minha linda! – argumentou ao se sentar – Não vamos brigar por causa disso, desse jogo que você inventou!

 

--Você não pensava na nossa relação quando deu essa resposta! – levantou-se e rapidamente foi puxada para sentar-se no colo da morena – Me solta, Yasí! – foi abraçada com força e impedida de se levantar

 

--Fica aqui, por favor. – pediu delicadamente – Fica comigo, Mariah.

 

Não fez força para se levantar.

 

--Eu vivo num dilema! – falava no ouvido da outra – Te amo, sou lésbica, mas eu não tenho coragem... Eu não tenho coragem... – soltou a jovem – Eu... – não sabia como dizer – Eu não tenho hábito de pensar no futuro, não faço planos, vivo um dia de cada vez, não penso em nada. – confessou – A única coisa que me força a ver a longo prazo é o trabalho e nada mais. – passou a mão nos cabelos – Eu não sou aquele tipo de pessoa profunda como Rute que reflete sobre o sentido da vida. Não sou como você que se planeja e pensa em como vai ser até na velhice, não sou como maama e baba que não alimentam ambições, não sou como Paula que deseja apenas felicidades simples... – pausou brevemente – Às vezes eu me pergunto quem sou e não sei responder...

 

Mariah mudou de posição e sentou-se de frente para a namorada, enroscando as pernas em sua cintura. Percebeu que os olhos da outra estavam marejados. – Eu te deixo confusa com minhas cobranças? – perguntou com carinho

 

--Você me deixa encurralada. – admitiu – Há vezes em que me sinto a pior das mulheres depois que brigamos. – derramou uma lágrima

 

Pela primeira vez sentiu fragilidade em Yasirah. – Às vezes te acho uma pessoa estranha e me sinto insegura... – justificou-se

 

--Sou estranha mesmo. – concordou – Mas é o que eu sou.

 

--Aurora diz que somente uma coisa muito forte pode te fazer mudar e finalmente me dar o que sempre te pedi. – revelou também emocionada

 

--A gente é o que é, minha linda. Não existe isso de coisa forte que nos faça mudar. – secou os olhos com as mãos – Eu tô tentando não repetir os mesmos erros. Tô tentando não te magoar e conciliar o que nós duas queremos com nossas limitações. – olhava para a outra – Tenhamos paciência! – pediu humildemente – Não existem milagres, Mariah! Só nos filmes e nos tempos da bíblia!

 

--Tudo bem, amor. – segurou o rosto dela com as duas mãos – Tudo bem! – encostou a testa na testa da morena

 

 

BRASIL. 11/10/2018. FAZENDA SAHHA.GOIÁS. 03h30.

 

--Ô menina, e tem precisão de sair daqui tão cedo? – Kalila perguntava preocupada – Pur que ocê num vai junto cum a caravana de padre Afonso?

 

--Quero chegar o mais cedo possível na capital mode fazer minha penitênça na igreja e só assim encontrar cum a caravana de Aparecida. – explicava à tia enquanto fechava sua malinha – E esse povo nem parece que vai na Basílica Santa, fica tudo nus ônibus falando que nem mascate!

 

--Pelo amor de Deus, menina, se cuida! E chegando lá me liga mode saber que deu tudo certo.

 

--Num carece de medo! A Virgi segue comigo.

 

--Santinha! – Aziz chegava na porta do quarto – A carroça já chegou! – anunciou

 

--Vou indo! – olhou para a tia – A bença! – abaixou a cabeça

 

--Deus te abençoe. – respondeu com carinho

 

Aproximou-se do padrinho e pediu a benção da mesma forma. – Deus te abençoe, menina. – ele respondeu

 

Benzeu-se e saiu rapidamente.

 

--Essa menina bem que podia ir cum todo mundo! – Kalila reclamou – Pelas madrugada indo sozinha pra capital! – balançou a cabeça contrariada

 

--Ocê ouviu o que ela disse. E o povo num fecha a matraca mesmo, atrapaia as concentração de quem quer rezar! – Aziz defendeu a afilhada – É uma menina santa... – suspirou orgulhoso

 

Santinha seguia sentada na carroça e olhando para o céu. Sentia-se muito feliz e ansiosa para chegar em Goiânia.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Músicas:

[1] Não Se Reprima. Intérprete: Menudo. Compositores: Alejandro Monroy Fernandez / Carlos Colla / Carlos Villa de la Torre / Edgard Diaz. In: Não Se Reprima. Intérprete: Menudo. RCA. 1983. 1 disco vinil, lado A, faixa 1 (3min03).

[2] Tudo Pode Mudar. Intérprete: Metrô. Compositores: Joe / Ronaldo Santhos. In: Olhar. Intérprete: Metrô.CBS Records. 1985. 1 disco vinil, lado B, faixa 7 (3min30).


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 2 - ANTES:
Samirao
Samirao

Em: 07/01/2025

Just rounding huahuahua


Solitudine

Solitudine Em: 07/01/2025 Autora da história
Ô mulher... kkkk


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 05/01/2025

Universidade Pública de Qualidade rs (precisamos)

Eu já estava retirando o "uai" das minhas conversas, que eu adquiri lá, de Em busca do Tao...mas acho que vai voltar com força.

Yasirah tá vivendo o tempo de Baco, é isso? Pelo que eu entendi, ele é o Deus dos excessos.

Yasirah ainda não está preparada para cumprir com as promessas que ela fez pra Mariah. Promessas vazias, para quem acredita nelas, quando tem sentimento envolvido, podem ser devastadoras.

Curiosa pra saber o rumo de Santinha nesta história! Até agora só consigo imaginá-la como enviada da Inquisição.

 


Solitudine

Solitudine Em: 05/01/2025 Autora da história
Universidade Pública de Qualidade: sempre lutando por ela e muito mais!! rs

Uai tem tudo a ver com tudo! Permita-se "uaizar"!

Yasirah é o tudo ou nada de um ego meio grande. Vamos ver como se sairá.

Santinha... você me dirá o que descobrir. ;P

Beijos,
Sol


Responder

[Faça o login para poder comentar]

PaudaFome
PaudaFome

Em: 15/05/2024

Amei a outra história e todo aquele romantismo espiritualizado essa aqui tem uma pega nua e crua e eu também tô achando foda! Yasih e Mariah prendem a gente e essa Santinha esconde algumas coisa


Solitudine

Solitudine Em: 20/05/2024 Autora da história
A outra história deduzo que seja Maya. É que eu vim primeiro responder aqui, perdoe. Mas vou lá também, pode deixar.

Sim, CONVIDE-0 é mais "nua e crua" ao contrário de Maya que foi a conjunção de todo romantismo caipiresco num conto só. rs

Fico feliz que esteja envolvida!
Beijos,
Sol


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 24/03/2024

Depois quase 4 anos um conto de 6 CAPS vai bater 100 mil leituras!


Solitudine

Solitudine Em: 02/04/2024 Autora da história
Olá querida!

E bateu!!!!!!!!!! Eu realmente nunca pensei!!!

Beijos,
Sol


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 23/03/2023

Chegando lá!


Solitudine

Solitudine Em: 26/03/2023 Autora da história
Estou vendo!


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Femines666
Femines666

Em: 20/03/2023

E a internet me sacaneando e eu presa na história! Cara, muito vida real! Elas se embolando nas mesquinharias da falta de comunicação e de ceder no relacionamento enquanto a doença tava pra chegar e mudar a vida de todo mundo! Que meda!

Rute é a Olga da ciência! Amo!


Solitudine

Solitudine Em: 26/03/2023 Autora da história
Olá querida!
Eu havia respondido este comentário mas o site apagou a resposta. Deve ter sido algum bug, não sei.
Você captou o objetivo do conto!! Dava medo mesmo; mas ainda não acabou. Já diria o mestre: Orai e Vigiai!
Não pensei em Rute como Olga da ciência mas adorei a comparação! rs
Beijos,
Sol


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Alexape
Alexape

Em: 14/12/2022

Estou envolvidíssima com Yasirah e Mariah! As duas erram demais e acertam um pouco menos porque falta alinhar as expectativas. Mal comparando é o que diz minha chefe, "expectativas desalinhadas geram clientes insatisfeitos e equipe desmotivada". Acho que dá pra me entender. 

Sou super desconfiada com a Santinha! 


Resposta do autor:

Olá querida!

Concordo plenamente e entendo a menção à fala da sua chefe!

Santinha? Vejamos.

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 12/10/2022

Não, 111 é um número péssimo! Vamos arredondar. 

Laila comenta no conto novo, please? E como vc é uma grande promoter do Lettera chama Ney Kercys Mtereza Endless Sonhadora... essa mulherada some na moita! Huahuahua 


Resposta do autor:

Criatura, não acredito!!!

Só rindo mesmo! kkkk

Beijos, sua doidinha!

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Seyyed
Seyyed

Em: 03/10/2022

Yasa super orientou a vida da Mariah isso é vero mas ela também dava uns vacilos que barbaridade! E Mariah também dava umas criancice... aquela mulher de BH muito babaca... mas tadinha Mariah quer a professora pegadora hehe Graças a festinha anos 80 as duas se re reencontraram e... Hot Hot Hot C-0 é cheia de hots amando!! Mas como tu é da base espiritual tem uma Rute pra deixar a coisa zen hehe Guria tô comendo tua história com farofa no churrasco! Hehe


Resposta do autor:

É verdade, Yasirah, por conta de seus medos e vaidades, cometeu muitos erros que feriram o coração da Mariah, que por sua vez tinha muitas inseguranças que enlouqueciam a professora! rs

Eu morro de rir com seus comentários espirituosos! 

Se você gosta de churrasco, então, o conto está caindo bem! rs

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 22/09/2022

Já ia esquecendo de consertar aqui


Resposta do autor:

E tome de duplicata! rs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 22/09/2022

Já ia esquecendo de consertar aqui


Resposta do autor:

Eita, que ela esteve por toda parte! kkkk

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samirao
Samirao

Em: 01/05/2022

Amoreee olha que must os coments aparecendo! Eu disse que ia dar uma sacudida nisso aqui não foi? Senta e observa. E responde os coments of course! Huahuahua bjuss


Resposta do autor:

kkkkkkkkkkk

Ai, ai, dona Samira Samirão! rs

Responder os comentários eu sempre respondo, quanto a isso não se preocupe. No que diz respeito a essa tal "sacudida", aí já não sei se posso ficar tranquila... rs

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Atrevida
Atrevida

Em: 24/04/2022

Tá muito foda

 Tô lendo.


Resposta do autor:

Olha ela aqui novamente! rs

Eu deduzo que o "tô lendo" ao final quer dizer que você está gostando, é isso? rs

Obrigada por ler e comentar!

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zaha
Zaha

Em: 01/04/2020

Sadikii!!

 

Primeiro gostaria de agradecer seus elogios, sempre tao gentil e com palavras bonitas, sempre me emociona! Gracias,Sadikii!!

 

Segundo, nao tenho capacidade pra resumir,de ser concisa, suncita, precisa ou o que for, minha cabeca é uma loucura total, já sabe,mas tenho que repetir pq me sinto mal escrevendo tanto e me sinto melhor te informando sempre..rs

 

Sobre hoje, amiga, você quer me matar, ontem um, hoje outro. kkkkk. Mas amei!! Eu gosto que seja assim porque quando publica tudo de vez nao tem graca comentar, gosto e nao saber o que rola no próximo, fica mais divertido e interativo!! E amei mais ainda pq com essa estória você recoquistará suas antigas leitoras e conquistará novas, adoroooo!!!!!!!

 

Enquanto lia, foi passando muitas coisas na minha cabeca sobre essas duas mulheres e acabou e tô mais perdida que turco na neve pq tenho que resumir e n sei como,Jésus!!

 

Mariah cresceu, isso é certo, mais madura, menos impulsiva, ainda que muito impaciente, nao podemos fazer o outro feliz se vamos ficar insatisfeito ou mudar pelo outro, mudamos pq sabemos que essa atitude nao tá fazendo bem, mas devemos tratar de aceitar que existem coisas que n se podem mudar ou que podem levar anos pq depende do natureza evolutiva de cada um, no que um pode lidar sem adoecer pq n tá infeliz!

 

Elas voltaram, finalmente, gostei muito pq acredito mt no amor e que se pode conviver bem ainda que o outro n seja quem idealizamos, o outro é quem necessitamos pra nos transformar, o sofrimento nos faz repensar nossas acoes, quem somos e quem podemos ser e n quem gostaríamos de ser, nos aceitar, respeitar nossos limites, mas sem ficar na zona de conforto e sim trabalhar nossos medos. Todos nós temos perder de perder algo, medo do que pode acontecer, com o novo. Yasi foi no ponto certo: Medo de perder o que tenho a pergunta é Porquê?O que passaria com essa perda, como lidaria, o que é mais importante? Yasin tem muito o que pensar e trabalhar e acho que veremos nessa estória as mudancas dela até ser livre, eu quero muito que ela seja, sempre perdemos algo com as mudancas, essa é a verdade e o novo dá medo pq n sabemos lidar com o que desconhecemos e nos assusta. Nao sei se ela vai mudar nessa volta da relacao, mas certamente ela já comecou a pensar sobre o que é um grande passo, mas n sei o que será preciso pra tocar fundo nela e ela decidir o que realmente mais importante pra ela.

 

Confesso que as duas andam muito complicadas, eu n sei o que é pior, Yasi poder deixar Mariah participar mais da sua vida ou a mesma controlar os ciúmes, o tb é um medo de perder aquilo q essa pessoa nos faz sentir, pq elas se amam por issa razao n se esqueceram, n houve mais ninguém que pudesse fazer elas se sentirem como sentem estando juntas.

 

 

Vou dizer algo, povo gosta de opinar nas relacoes do outro sem se importar em como se sentem, qual é?!Que pessimismo, tentar tentar e tentar n vai matar ninguém, algumas pessoas demoram mais q outras e Yasi deixou de trabalhar tanto, tá dando mais atencao, Mariah tá ciumenta ainda, apenas mudou a estratégia c esse jogo de verdades kkkkkkkk.

 

Yasi se pergunta quem é? Para mim nao somos algo definido, somos um conjunto de experiências que mudam todo o tempo, logo acho que somos o que vivemos, somos nossa cultura, somos o que nossos pais nos ensinou, somos o ambiente que nos rodea, somos a sociedade que vivemos, o contexto social em que crescemos, somos uma combinacao de fatores! Estamos em contante evolucao e somos influenciados por essas coisas! O corona veio pra mudar mt gente, pra que a gente pudesse ver nossas sombras, quem somos de verdade.Acho que todos temos essa dúvida, n sabemos é nada!!

 

Sinto problemas vindo de Santinha na cidade....ou vai descobrir sobre elas ou ela ta escondendo algo...

 

Agora os agradecimentos,

 

 

Laila: Olá Samira, tudo bem contigo? Escrevendo pra agradecer por sempre ajudar e incentivar e estimular Jasin com as estórias! Por sinal, boa estratégia com as publicacoes dos capítulos!

Cuide-se, um abraco do bem!

 

Mostra pra ela..ia fazer um diálogo, mas n a analisei tao bem pra imitar a fala dela.Só um catito!!;)Depois agradeco nossa outra amiga por Zap! ;)

 

Pensei aqui,que na verdade nao tá fria, é uma estória diferente e com um objetivo diferente e vc tb mudou, logo é natural que eu tenha estranhado a escrita.Você é dessas que tem uma forma de escrever registrada,se vê ainda vc aí!:)

 

Obrigada pelo beijo no chakra frontal, tava precisando, tá desregulado, girando pro lado contrário rs, e ainda ganhei 2x1, beijo tá testa! Hauhauhau

Um beijo super gigante nesse seu coracao tao gentil e abracos de luz!Fique muito bem!!

 

PS: To no note e n tenho alguns acentos e digitando rápido, apertei algo e sumiu outros e tb n corrigi foi nada, posso ter comido algo e etc. E tenho dificuldades com as vírgulas e tantas coisas rs..pra seu olho n arder..rs.

 

Fico ansiosa e nervosa até pra apertar o botao enviar kkkkkkk. Seja o que Deus quiser...

 


Resposta do autor:

Olá Lailinha!

Como sempre seus comentários para dourar minhas histórias! Obrigada.

Pelo que vejo me parece que agora você está fazendo amizade com as personagens. Yasirah e Mariah trabalham em si questões complexas que afligem muitas de nós e eu gosto de através disso despertar a reflexão e a crítica. Estou gostando muito de suas análises e quero ver o que você vai achar com o progresso da narrativa.

Vou pedir para Samira ler o que escreveu. Agradeço por isso.

E agradeço pelo carinho que sempre teve comigo.

Sabe, sinto falta de nossa Cris Laninha.

 

Beijos e tudo de bom.

Sol

 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

mtereza
mtereza

Em: 08/04/2020

Estou amando mais pressinto que essa volta vai ser realmente temporária enquanto Yasi ñ resolver as suas questões e decidir o que é importante na vida dela .


Resposta do autor:

Olá querida!

Que bom que voltou! Pensei que tivesse desistido deste conto.

Continue lendo e você verá o que aconteceu. Mas deixe-me saber o que achou! rs

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Gabi2020
Gabi2020

Em: 01/04/2020

Yasirah e seus dilemas, sera que agora vai? Mariah finalmente vai coneguir o  que tanto deseja?

Tá bom demais da conta!

 

Beijosss


Resposta do autor:

Hoje tem capítulo novo! Não perca!

E comente.

 

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 01/04/2020

Sadikii!!

 

Primeiro gostaria de agradecer seus elogios, sempre tao gentil e com palavras bonitas, sempre me emociona! Gracias,Sadikii!!

 

Segundo, nao tenho capacidade pra resumir,de ser concisa, suncita, precisa ou o que for, minha cabeca é uma loucura total, já sabe,mas tenho que repetir pq me sinto mal escrevendo tanto e me sinto melhor te informando sempre..rs

 

Sobre hoje, amiga, você quer me matar, ontem um, hoje outro. kkkkk. Mas amei!! Eu gosto que seja assim porque quando publica tudo de vez nao tem graca comentar, gosto e nao saber o que rola no próximo, fica mais divertido e interativo!! E amei mais ainda pq com essa estória você recoquistará suas antigas leitoras e conquistará novas, adoroooo!!!!!!!

 

Enquanto lia, foi passando muitas coisas na minha cabeca sobre essas duas mulheres e acabou e tô mais perdida que turco na neve pq tenho que resumir e n sei como,Jésus!!

 

Mariah cresceu, isso é certo, mais madura, menos impulsiva, ainda que muito impaciente, nao podemos fazer o outro feliz se vamos ficar insatisfeito ou mudar pelo outro, mudamos pq sabemos que essa atitude nao tá fazendo bem, mas devemos tratar de aceitar que existem coisas que n se podem mudar ou que podem levar anos pq depende do natureza evolutiva de cada um, no que um pode lidar sem adoecer pq n tá infeliz!

 

Elas voltaram, finalmente, gostei muito pq acredito mt no amor e que se pode conviver bem ainda que o outro n seja quem idealizamos, o outro é quem necessitamos pra nos transformar, o sofrimento nos faz repensar nossas acoes, quem somos e quem podemos ser e n quem gostaríamos de ser, nos aceitar, respeitar nossos limites, mas sem ficar na zona de conforto e sim trabalhar nossos medos. Todos nós temos perder de perder algo, medo do que pode acontecer, com o novo. Yasi foi no ponto certo: Medo de perder o que tenho a pergunta é Porquê?O que passaria com essa perda, como lidaria, o que é mais importante? Yasin tem muito o que pensar e trabalhar e acho que veremos nessa estória as mudancas dela até ser livre, eu quero muito que ela seja, sempre perdemos algo com as mudancas, essa é a verdade e o novo dá medo pq n sabemos lidar com o que desconhecemos e nos assusta. Nao sei se ela vai mudar nessa volta da relacao, mas certamente ela já comecou a pensar sobre o que é um grande passo, mas n sei o que será preciso pra tocar fundo nela e ela decidir o que realmente mais importante pra ela.

 

Confesso que as duas andam muito complicadas, eu n sei o que é pior, Yasi poder deixar Mariah participar mais da sua vida ou a mesma controlar os ciúmes, o tb é um medo de perder aquilo q essa pessoa nos faz sentir, pq elas se amam por issa razao n se esqueceram, n houve mais ninguém que pudesse fazer elas se sentirem como sentem estando juntas.

 

 

Vou dizer algo, povo gosta de opinar nas relacoes do outro sem se importar em como se sentem, qual é?!Que pessimismo, tentar tentar e tentar n vai matar ninguém, algumas pessoas demoram mais q outras e Yasi deixou de trabalhar tanto, tá dando mais atencao, Mariah tá ciumenta ainda, apenas mudou a estratégia c esse jogo de verdades kkkkkkkk.

 

Yasi se pergunta quem é? Para mim nao somos algo definido, somos um conjunto de experiências que mudam todo o tempo, logo acho que somos o que vivemos, somos nossa cultura, somos o que nossos pais nos ensinou, somos o ambiente que nos rodea, somos a sociedade que vivemos, o contexto social em que crescemos, somos uma combinacao de fatores! Estamos em contante evolucao e somos influenciados por essas coisas! O corona veio pra mudar mt gente, pra que a gente pudesse ver nossas sombras, quem somos de verdade.Acho que todos temos essa dúvida, n sabemos é nada!!

 

Sinto problemas vindo de Santinha na cidade....ou vai descobrir sobre elas ou ela ta escondendo algo...

 

Agora os agradecimentos,

 

 

Laila: Olá Samira, tudo bem contigo? Escrevendo pra agradecer por sempre ajudar e incentivar e estimular Jasin com as estórias! Por sinal, boa estratégia com as publicacoes dos capítulos!

Cuide-se, um abraco do bem!

 

Mostra pra ela..ia fazer um diálogo, mas n a analisei tao bem pra imitar a fala dela.Só um catito!!;)Depois agradeco nossa outra amiga por Zap! ;)

 

Pensei aqui,que na verdade nao tá fria, é uma estória diferente e com um objetivo diferente e vc tb mudou, logo é natural que eu tenha estranhado a escrita.Você é dessas que tem uma forma de escrever registrada,se vê ainda vc aí!:)

 

Obrigada pelo beijo no chakra frontal, tava precisando, tá desregulado, girando pro lado contrário rs, e ainda ganhei 2x1, beijo tá testa! Hauhauhau

Um beijo super gigante nesse seu coracao tao gentil e abracos de luz!Fique muito bem!!

 

PS: To no note e n tenho alguns acentos e digitando rápido, apertei algo e sumiu outros e tb n corrigi foi nada, posso ter comido algo e etc. E tenho dificuldades com as vírgulas e tantas coisas rs..pra seu olho n arder..rs.

 

Fico ansiosa e nervosa até pra apertar o botao enviar kkkkkkk. Seja o que Deus quiser...

 


Resposta do autor:

Olá Lailinha!

Como sempre seus comentários para dourar minhas histórias! Obrigada.

Pelo que vejo me parece que agora você está fazendo amizade com as personagens. Yasirah e Mariah trabalham em si questões complexas que afligem muitas de nós e eu gosto de através disso despertar a reflexão e a crítica. Estou gostando muito de suas análises e quero ver o que você vai achar com o progresso da narrativa.

Vou pedir para Samira ler o que escreveu. Agradeço por isso.

E agradeço pelo carinho que sempre teve comigo.

Sabe, sinto falta de nossa Cris Laninha.

 

Beijos e tudo de bom.

Sol

 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Cristina
Cristina

Em: 01/04/2020

Olá!!

Capítulo novo!!!! Estou adorando este casal! Penso que uma completa a outra e que a rotina não fará parte de suas vidas!

Viver com Mariah deve ser como estar à sombra de um vulcão!! Nunca se sabe quando ele vai explodir!kkkkk

Yasirah sabe lidar com isto muito bem!

Esta Santinha está me parecendo que não tem nada de santa! Aguardemos.

Estou gostando muito desta história!! Bjs.

 

 


Resposta do autor:

Bom dia!

E você conhece bem a Mariah, sabe que o vulcão não é fácil! kkk Mas eu adoro!

Vamos ver o que Santinha tem a nos mostrar.

 

Obrigada por tudo, amiga!

Beijos,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Samira Haddad
Samira Haddad

Em: 01/04/2020

Tô gostando de ver habibi! Obediente e postando o conto bem rapidinha. Acho que se você não demorar muito vai ser melhor, porque tá tudo escrito mesmo.

Posta um novo amanhã, vai?

Beijos amore!!!!!!!!!!


Resposta do autor:

Bom dia, querida. Tudo bem, a senhora manda.

Com amor,

Sol

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web