- Você ficou com a Júlia hoje, Ana Clara? – perguntou Isa.

- Por que está me perguntando isso?

- Responde, por favor

- Sim – respondi

Ela abriu um pequeno sorriso, continuou olhando pra mim.

- Ela é uma mulher incrível, vocês têm tudo a ver. – disse com um sorriso de lado

Eu tirei minhas mãos dos rosto dela, senti um frio na barriga e uma sensação péssima.

- Eu preciso ir, amanhã tenho compromisso

- Tá – respondi – Muito obrigada por hoje

- Conta comigo sempre

Isabela se retirou do apartamento e eu tratei de beber todas. A verdade é que eu não fazia ideia de como lidar com os meus sentimentos e me sentia perdida. Acordei na manhã seguinte me sentindo um lixo com muita ressaca e uma mensagem de “bom dia” da Júlia. Pensei em ir a praia tomar um banho mas a preguiça e a fossa me obrigaram a ficar em casa.

O dia foi passando repleto de séries e vários nadas até que recebi uma ligação

- Oi, Jorge – atendi - Olá queridinha, como está sendo seu dia?

- Nada emocionante, apenas eu, minha cama e Netflix – falei sem ânimo

- Credo bicha, que morte horrível. O dia está lindíssimo para você mostrar sua beleza por aí, e você jogada as traças

- Pra você ver, minha noite ontem foi um pouco conturbada

- Ontem você não esteve com a dançarina?!

- Sim, a Júlia – respondi

- E por que foi conturbado?

Eu respirei fundo

- AAAAAAAA eu até imagino o que seja – falou

- Pois é, tem nome e sobrenome

- Chefinha, tenho uma solução ótima pra essa morte lenta, e por isso te liguei

- Lá vem bomba – eu disse

- Não é bomba amada, é festa – respondeu – Hoje as 23h vai ter uma festinha na casa do amigo do boy. Vamos?

- Ai eu tô tão morta pra festa hoje – falei

- Fala sério, custa nada. É bom que você bebe e se distrai um pouco – disse ele

- Tá bom, tá bom. Eu vou!

- ARRASOU, sapatão. Passo aí 22:30 pra te buscar. Esteja linda e coloque sua melhor maquiagem.

Eu adorava a autoestima desse garoto. Nos despedimos e eu esperei a hora passar pra que eu pudesse me arrumar pra tal festa. Escolhi um vestido vermelho escuro curto e um salto preto pra ocasião, fiz uma maquiagem não muito pesada e fui até os meninos que já me esperavam na portaria do meu apartamento.

- Gente, tô pra ver homens mais cheirosos que vocês – falei

- Você além de cheirosa tá maravilhosa Ana, vai derrubar todas as "camionêra'' da festa - disse Pedro

Demos muita risada do comentário

- Fico lisonjeada com o elogio – respondi

Continuamos com nossas conversas aleatórias e chegamos na tal festa. O lugar era incrível, era uma casa gigante e o Pedro logo nos apresentou pro dono da festa. Era um ator de novela que eu não conhecia mas que era super simpático. Eu e Jorge começamos a beber todas como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. A bebida era boa e o som era excelente. Era óbvio que íamos acabar com o mundo aquela noite.

- Amiga tá cheio de mulher bonita aqui

- É verdade, mas sabe, eu não tô muito na vibe de ficar com ninguém hoje não – falei

- E se fosse a Isa? – perguntou ele dançando comigo

- Já te falei que não vou ficar com ela de novo

- Fala serio, um mulherão daquele – ele disse

- Ela é minha amiga – falei bebendo mais um pouco do meu destilado

- Amigas que trans*m

- Foi só uma vez

- Seu semblante muda quando você fala dela sabia?

- Fala sério, você tá zoando.

- Não tô não e eu posso provar. – disse – Olha ela chegando ali – falou olhando pra entrada

 Olhei pra ela e ela estava fodidamente maravilhosa.

- Cuidado pra não acabar babando – disse dando risada

- Aff – resmunguei voltando minha atenção pro meu amigo.

- Gente, e o Pedro hein que não para de falar com os outros? – reclamou

- Deve ser foda trabalhar com eventos – falei

- Sim, sempre que a gente sai é isso. Ainda bem que você tá aqui – disse ele aparentemente chateado

- Vamos beber que passa – falei animando-o

Nos dirigimos ao bar e pegamos mais drinks para voltarmos a dançar. Eu nem fazia questão de procurar a Isa com o olhar, ela não ia estragar minha festa porque provavelmente ela estava com alguém. Logo o Pedro se juntou a nós e dançamos os três juntos jogando conversa fora.

- Meninos, vou pegar mais bebida vocês querem alguma coisa?

- Sim, pra mim qualquer coisa – disse Jorge

- Eu tô de boa – falou Pedro

- Beleza, volto já

Segui para o bar pra pegar mais uma bebida, mas resolvi ir ao banheiro antes pra dar uma olhada na minha cara de bêbada. Decidi entrar na casa imensa e parei pra analisar a arquitetura do lugar. Eu era assim, não perdia a oportunidade de olhar os detalhes e decorações. Eu estava bêbada, e por consequência, muito mais sensitiva. Passei por alguns compartimentos da casa e cheguei na biblioteca admirando cada detalhe dos móveis. Até que levei um susto com um barulho atrás de mim com duas pessoas entrando e se pegando. Pra minha sorte, antes que roupas rolassem pelo ambiente eles perceberam minha existência.

- Ana?!

- Pois é, desculpa atrapalhar – disse começando a me retirar

- Pera aí, você não é a amiga do Jorginho? – perguntou o Ator

- Sim, sou a amiga dele

- O que você tá fazendo aqui? – perguntou Isabela rapidamente

- Olhando os livros – respondi seca – Desculpa entrar na sua casa assim, Caio né?! É que a sua casa é linda mas já estou de saída – falei me retirando

- Pera aí gata – disse ele segurando meu braço e me puxando - fica aqui com a gente. Vamos curtir nós três, aposto que a Isa vai gostar.

Me desvencilhei do toque invasivo dele.

- Se tem uma coisa que eu tenho ranço, é de homem que trata mulher como objeto. Dá licença.

Rapidamente me retirei sem nem olhar pra trás. Todos esses anos fui alvo de objetificação sexual por parte de muitos homens e eu sempre repudiei homens que tratassem mulheres como objetos para satisfazerem suas fantasias.

Logo alcancei os meninos e disse

- Gente eu preciso ir embora, meu pai me ligou e preciso resolver algo com ele – menti

- Agora amiga? Poxa, qualquer coisa se precisar estamos aqui – disse Jorge

- Eu sei gente, obrigada pelo convite mas eu realmente tenho que ir.

Me despedi dos meninos e chamei um Uber pra poder ir pra casa, sem nem olhar pra trás. Cada dia nessa cidade era uma emoção diferente. Confesso que acabou comigo ver a Isabela de pegação com outra pessoa, com aquele cara asqueroso, e principalmente saber que ela nem tinha notado minha presença na festa. Sei lá, pode ser loucura minha, mas no fundo eu queria que ela tivesse me procurado, conversado. Cheguei em casa e logo tratei de tirar os meus sapatos e avisar o Jorge que estava tudo bem. Tomei um banho, fiz um coque no cabelo e decidi ver algo para comer, no caminho para cozinha eu escutei a campainha tocar.

Era madrugada, ninguém havia interfonado então fiquei com um pouco de medo. Me aproximei da porta e abri

- Desculpa

- Como você conseguiu entrar?

- Sua vizinha, ela estava chegando e me deixou subir com ela. Me desculpa por aquela cena Ana, você não merecia passar por aquela situação. – disse Isa

- Relaxa, tá tranquilo – falei sorrindo e virando as costas pra ela

Ela entrou e eu ouvi a porta se fechar.

- Fala sério, Ana. Para de deboche, isso não combina com você

Respirei fundo, tentando mentalizar coisas boas mas era inevitável.

- Sabe o que não combina com você? – falei me aproximando – Ficar com aquele tipo de gente, que te trata como uma qualquer.

Ela se aproximou mais ainda.

- E o que combina comigo? – perguntou olhando nos meus olhos

Eu olhava nos olhos dela com a mesma intensidade sem conseguir falar absolutamente nada.

Isabela levou a mão até a minha nuca entrelaçando os dedos entre os meus cabelos fazendo com que o coque se desfizesse e meus cabelos caíssem pelas minhas costas. Levemente ela puxou meus cabelos, puxando para o lado aproximando os lábios dos meus ouvidos

- Responde – sussurrou baixinho

Eu soltei um gemido baixinho, sentindo um arrepio, coloquei minhas mãos no rosto dela e a puxei para um beijo intenso. Isabela rapidamente me encostou na parede e retribuiu o beijo que eu havia dado, entrelaçando nossas línguas enquanto puxava meus cabelos.

Sem pensar duas vezes eu comecei a guiá-la para o meu quarto enquanto nos beijávamos. Entramos no quarto aos beijos e ela falou no meu ouvido

- Você estava linda com esse vestido mas eu preciso tirar, preciso te sentir Ana

Ela começou a tirar o meu vestido e eu tirei o dela em instantes. Ela estava com uma lingerie azul e eu com uma preta. Voltamos a nos beijar até que ela me jogasse na cama e deitasse por cima de mim, beijando todo meu corpo e distribuindo ch*pões deixando sua marca em mim. A Isa era um furacão de mulher, que fazia minha intimidade escorrer apenas com o olhar. Ela me beijou, tirou meu sutiã e apertou meus seios acariciando-os de uma forma enlouquecedora. Senti seus lábios em meus seios, ch*pando o bico de cada um deles me fazendo gem*r enlouquecidamente. Em seguida, senti suas mãos tirarem minha calcinha em poucos segundos e seu toque em minha intimidade.

- Tão molhada – sussurrou

Seus dedos deslizavam em uma massagem deliciosa arrancando gemidos e palavrões da minha boca.

- Deixa eu te ch*par gostoso? – perguntou enquanto massageava meu clit*ris

- S-sim – eu disse entre gemidos

- Deixa eu colocar a minha língua aqui? – perguntou apertando meu clit*ris levemente e ch*pando meu seio

- Por favor, Isa. Ch*pa minha bucet* vai

Ela sorriu com uma cara de safada enquanto abaixava até minha intimidade e sem pudor abocanhou minha bucet* sugando-a com intensidade. Levei minhas mãos até seus cabelos negros fazendo com que o toque se intensificasse enquanto gemia alucinadamente.

- Você é tão gostosa – disse levando as mãos até meus seios – Que delícia de bucet*, Ana. Você me enlouquece - encaixou a língua em mim e eu senti o gozo se aproximar

- Eu vou goz*r – eu disse gem*ndo alto

Ela ch*pou dois dedos e os encaixou dentro de mim. Isa aproximou nossas bocas e me beijou deliciosamente enquanto socava gostoso seus dedos dentro de mim, fazendo com que eu gem*sse alto entre o nosso beijo.

- Fode vai, fode gostoso que eu vou goz*r – falei entre gemidos

- Goz* pra mim, goz* gostoso. Deixa eu te sentir goz*ndo pra mim. Vem! – chamou

Eu senti minha intimidade contrair e um gozo intenso implodir. Gemi, e gemi sentindo minhas pernas escorrerem em um gozo delicioso. Meu corpo tremia e minha respiração estava acelerada. Isabela me encarava com um olhar safado e pleno. Rapidamente ela tirou sua lingerie exibindo seu corpo delicioso pra mim e se encaixou entre minhas pernas e disse

- Deixa eu goz*r em você? – perguntou – Deixa eu me esfregar na sua bucet*? – perguntou sussurrando no meu ouvido

Eu senti um frio na barriga, arrepiada diante de uma mulher incansável. Meu Deus, que mulher era essa. Eu senti nossas intimidades de unirem e um movimento começar. Isabela rebol*va e unia nossas intimidades fazendo com que nossas excitações se misturassem. Ela começou a gem*r gostoso no meu ouvido enquanto rebol*va em mim. Eu estava muito excitada e goz*ria de novo a qualquer momento.

- Caralh*, você é muito gostosa – disse ela gem*ndo

Eu arranhava as costas dela e apertava seu bumbum enquanto distribuía ch*pões em seu pescoço. Nossos clit*ris se entregavam um no outro em uma dança alucinante, nos deixando cada vez mais entregues aquele momento único de prazer.

- Eu não aguento, eu vou goz*r de novo, caralh* -falei

- Goz* comigo, você me deixa louca – disse ela olhando nos meus olhos enquanto gemia e mordia os lábios.

 Soltamos um gemido juntas, anunciando nosso gozo e nos beijamos em um beijo único. Coloquei minhas mãos no rosto ela e senti uma lágrima cair pelo seu rosto. Aquele momento era único, era nosso. Nos entregamos ao prazer aquela noite, até o amanhecer e dormimos sem dizer nada, pois nada precisava ser dito naquele momento.

Fim do capítulo