Capitulo 17
Ao chegar a sala de treinamento, Alexia tirou a máscara que sempre usava e deixou à mostra o seu rosto angelical que ela tanto odiava... Ela estava irritada.
—Está irritadinha assim por qual motivo? — Raquel indagou ao notar que Alexia estava muito nervosa no momento.
—Me deixe! — Alexia foi até alguns pesos e começou a levantá-los.
—Pra que tudo isso, Alexia? — Raquel inquiriu ao perceber que a morena estava exagerando.
—Sabe quando você não está em um bom dia e fica afim de matar alguém, pois bem, eu estou assim— Falou enquanto levantava os pesos com dificuldade.
Raquel já tendo noção do que poderia estar acontecendo, colocou uma cadeira perto da Justiceira e se sentou a encarando— Mas acredito que quando estamos nervosas não pensamos direito e podemos acabar matando alguém que é inocente— Disse.
Alexia parou por um instante o que estava fazendo e passou a pensar em Janaína. Será que a delegada tinha coragem de passar a noite com Marcelo?
_*_
Após ter tido aquela conversa com Marcelo, Janaína saiu do quarto para a sala de seu pai. Ao chegar em frente a porta, ela deu duas batidas e Alfredo autorizou a sua entrada.
—Queria lhe informar que agora vou ir para o meu trabalho e eu não voltarei à noite— Janaína disse após abrir a porta.
Alfredo encarou a filha por alguns instantes.
— Aconteceu algo? — Indagou com um tom calmo.
—Mesmo não sendo de sua conta, eu irei me encontrar com meu noivo— Janaína disse com um tom sério e seu pai percebeu que ainda não havia sido perdoado.
Alfredo passou a sua mão sobre seus cabelos e depois respirou fundo.
— Vejo que ainda não me perdoou.
—No momento ainda não... Talvez algum dia, eu possa entender o porquê de você ter me abandonado e ter construído tudo isso— Abriu os seus braços— No entanto, no momento, não te perdoo e nem te odeio... Estou me sentindo indiferente a tudo isso que está acontecendo— Encarou o seu pai que estava sentado atrás da mesa.
Alfredo encarou a filha.
— Espero que, algum dia, você me entenda e seja capaz de me perdoar, pois tudo o que fiz foi por ter amado demais a sua mãe.
—Eu acredito no senhor, porém ainda é muito difícil para eu lidar com tudo isso— Confessou— Pois achava que meu pai havia morrido, no entanto, ele estava vivo, e não se importou nem um pouco de procurar a filha... para ao menos falar a ela que não seria mais necessário chorar todas as noites por saudade dele, pois ele não estava morto com ela sempre havia achado.
Continua...
Fim do capítulo
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