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Torta de Limão por antoniamendes

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Palavras: 3103
Acessos: 988   |  Postado em: 04/01/2020

Notas iniciais:

Boa noite, meninas! Primeiramente, gostaria de desejar um feliz ano novo a todas!

Bem, quero deixar claro que meu texto é tão somente uma obra de ficção e nada tem a ver com a realidade. Portanto, qualquer similaridade com a realidade é mera coincidência.

Um abraço! 

Capitulo 24

Autora

 

Definitivamente o pior cego é quem não quer enxergar. Uma frase tão simples, não é?! Ah, todo mundo sabe disso. Engraçado, apesar de ter consciência disso - e de muitas vezes conhecer a verdade - preferem se enganar.

 

É curioso como a maioria de nós aponta o dedo para o outro, mas é incapaz de assumir quem se é realmente. Vendamo-nos para a vida real, aceitando justificativas medíocres, porque as vezes a fantasia é mais agradável do que a vida cotidiana.

 

Do que eu estou falando? De você que finge acreditar que não passou na prova, por causa do professor, ou justifica o fato de seu jeans não entrar, porque acabou de sair da máquina de lavar ou por estar inchada da menstruação.

 

Essas negações - apesar de patéticas - são bobas, negamos coisas bem piores. Quer um exemplo? Quantas mulheres são vítimas de maridos violentos? "Ele me prometeu que vai mudar", "agora vai ser diferente". Não, não será. Outra situação bem comum: a sua namorada ou namorado traiu todos os parceiros anteriores, mas a você ela/e vai ser fiel? "Ah, mas o amor muda as pessoas!". Certo, mas quem disse que ela/e te ama?! Definitivamente, cada um acredita no que quer.

 

E pra não dizer que essa "falha" humana só se refere a relacionamentos vamos falar de uma situação bem clássica: quantos pais tem um filho mau-caráter e passam a “mão na cabeça”? Dizem que a culpa é do amigo, péssima influência pra sua prole. Esse tipo de cegueira seletiva é nojenta.

 

Quando o despertar ocorre, é doloroso, muitas vezes não há mais solução. As perdas são incontáveis. A dor da impotência e da injustiça atribuída ao outro que não merecia aqueles atos e palavras. A culpa que corrói e maltrata. É preciso saber a força do perdão, não para o outro, mas para si mesmo.

 

A semana de Íris estava abarrotada de trabalho. Sua intenção era terminar o quanto antes o inquérito de Marcos Muriel, achar seu assassino. A delegada sabia que o falecido era uma espécie de homem bem reprovável, porém sua profissão exigia que tratasse a todos com isonomia. Ela tentava, nem sempre conseguia, mas tentava.

 

O corpo do rapaz ficou quase irreconhecível, só pensou na família de Marcos, um pai ou mãe ter que ir ao departamento de polícia técnica já era dolorido quanto mais pra ver um corpo torturado e desfigurado. Analisou o laudo pericial, sentiu um leve embrulho no estômago, as fotos eram ainda mais estarrecedoras. A mulher fechou o inquérito e deu um longo suspiro, o dia não seria fácil. Já colhera parte dos testemunhos, porém ainda faltava a oitiva de testemunhas importantes para conclusão do caso.

 

1° depoimento - Bruna Vasquez.

 

A dançarina aparentemente acuada sentou-se à frente da delegada que a encarou com firmeza.

 

-              Senhora Bruna, a senhora sabe que está aqui para prestar seu depoimento sobre a morte de Marcos Muriel? - a bailarina sinalizou com a cabeça - eu preciso que você diga que sabe.

 

-              Sei sim. - sibilou.

 

-              Ótimo. Podemos começar?

 

-              Sim.

 

O depoimento foi longo, algumas perguntas de praxe, outras mais íntimas e até um tanto quanto constrangedoras.

 

-              A gente começou a namorar ainda na adolescência. Quer dizer namorar não, ele nunca quis manter uma relação estável - sorriu triste.

 

-              E ainda assim você aceitou essa situação?

 

-              Eu...bem, é que… - a dançarina apertava as mãos e observava as pequenas esculturas na mesa da delegada - eu achava que era fase, adolescência. Não quis atrapalhar essa parte da vida dele. Eu também segui outros rumos. - deu de ombros.

 

-              Certo, então ele reapareceu do nada? - bateu a caneta fina e prateada no papel a sua frente.

 

-              Não, ele nunca sumiu, na verdade. - respirou fundo - ele ficava um tempo longe, mas toda vez que eu parecia mais distante ou estava com outra pessoa o Marcos reaparecia.

 

A delegada analisou suas anotações. Vez ou outra, olhava para o escrivão que apesar do olhar aparentemente neutro trazia traços de tristeza por toda a situação que a bailarina se dispôs a passar.

 

-              Eu entendo que seja um assunto doloroso, mas eu preciso dessas informações, para saber como era sua relação com o Marcos antes do fato. - pegou um copo plástico e serviu água para a mulher a sua frente - por favor, me conte como foram os últimos dias e a relação com a Lívia.

 

-              Bem, o Marcos e a Lívia nunca se deram bem desde criança. Nós éramos melhores amigas, mas eu optei por esconder boa parte da minha relação com ele justamente porque eu sabia que ela era contra, e notoriamente com razão - completou triste - o Marcos estava mais possessivo, mais violento. Inicialmente, ele só me criticava, reclamava das minhas roupas...eu sou dançarina é normal que as pessoas me assediem, assim, não esse assédio ruim...mas falo de dar em cima, olhar e “tals”, só que era só isso. E ele não gostava, reclamava bastante, ameaçava até. Antes, dizia que não podia viver sem mim, que ia se matar, depois isso inverteu falava que se soubesse de algum romance ia me matar.

 

Os olhos da bailarina marejaram, algumas lágrimas tímidas desciam silenciosamente pelos longos fios de seus cílios. Íris entregou um pacote de lenços para que pudesse enxugar seu rosto.

 

-              O pior é que eu ainda achava que isso era amor! Pra mim a posse dele significava que no final das contas ele só me queria e isso era certo cuidado pra eu não me expor. Com o tempo eu perdi amigos, me afastei do trabalho, mudei a forma de me vestir. É tão desesperador pensar nisso hoje! - a delegada observava em silêncio. Aquilo era mais um desabafo do que um depoimento. Íris deixaria a mulher falar o quanto quisesse, as vezes era preciso ter empatia.

 

-              Pode dizer como foi o sequestro?

 

-              Eu não me recordo de muita coisa, só do meu desespero, do ódio que eu via nos olhos do Marcos e da tentativa de Lívia de me proteger. - ela sorriu com carinho - a Lívia é incrível! Ele levou a gente ao galpão e nos torturou com um pé de cabra e um negócio com fogo, não lembro o nome. Cheguei a desmaiar. Eu tinha a certeza que ia morrer e por um momento me senti livre. Chega uma hora que você só quer que acabe, não importa como.

 

-           E a criança? Ele sabia que você estava grávida?

 

-           Nem eu sabia direito. Mas quando eu descobri o acontecido no hospital...apesar de não ser planejado era um pedaço de mim, uma fonte de amor. O tiro que eu tomei não me marcou tanto quanto saber que eu perdi um filho – os soluços vieram apesar da tentativa frustrada de segurá-los.

 

A delegada já tinha amassado a caneta, em razão do ódio que sentiu do rapaz e da forma como fez a moça a sua frente se sentir. Por um momento, deu graças a Deus por aquele homem estar morto, ao menos não faria mal a outras mulheres.

 

-              Realmente não me recordo direito, mas ele chegou a atirar na gente, não me recordo os detalhes, já estava bem machucada. Se eu não me engano quem tomou um dos tiros foi a Nanda. Não faço ideia de como a loura chegou lá, sei que depois vieram uns homens e nos ajudaram. No hospital me informaram da morte do Marcos.

 

-              E depois, a Fernanda não disse como chegou lá?

 

-              Não, eu fiquei um tempo no interior, voltei agora. Tentar retomar minha vida. – passou as mãos no jeans da calça.

 

-              Eu espero que consiga! - Íris deu um sorriso gentil e tocou o braço de Bruna que retribuiu o sorriso timidamente.

 

-              Obrigada, doutora! - olhou longamente para os olhos castanhos claros da delegada - tenho a sensação que já te conheço. É como se...que estranho...deixa, deve ser impressão.

 

A delegada levantou uma das sobrancelhas, passou os dedos pelos cabelos ondulados e balançou a cabeça.

 

-              Bom, eu tenho algumas amigas que trabalham em um grupo de apoio para mulheres que sofreram violência doméstica. Se você tiver interesse - entregou um cartão de uma ONG.

 

-              Obrigada pela preocupação! - a dançarina abraçou a delegada e por alguns segundos fechou os olhos. A sensação de proteção, o carinho, o cuidado eram tão similares.

 

-              Você vai ficar bem! Queira ficar bem! - passou os dedos no rosto de Bruna que já saía da sala.

 

-              Doutora? - chamou antes que Íris fechasse a porta de vidro - vai me ver dançar qualquer dia no estúdio? - ficou um tanto quanto tímida.

 

-              Claro, vou sim.

 

2° depoimento - Oscar Muriel.

 

Oscar parecia muito abatido, bolsas profundas embaixo dos olhos, o corpo mais magro, a pele não tinha brilho. A camisa amarela um tanto quanto amarrotada e puída.

 

-              Oscar Muriel, eu sou o delegado Leôncio e vou tomar o seu depoimento a pedido da delegada Íris. - o senhor concordou. – certo, me relate livremente os fatos.

 

Oscar relatou os fatos conforme se recordava. Não estava presente quando ocorreram as agressões em si, apenas no primeiro momento.

 

-              A quantidade de sangue no quarto me assustou. Meu filho é um monstro, doutor! - falou fungando - mas isso é culpa minha, doutor. Eu devia ter sido mais firme, a mãe mimou muito e essa genética… - passou a mão nos poucos cabelos que tinha.

 

O delegado se ajeitou na cadeira, coçou a barba espessa, mirou o senhor abatido a sua frente.

 

-              Olhe, independentemente de qualquer coisa, a gente percebe que o senhor tentou educar seus filhos para o bem. Nós temos que ser o maior exemplo pra eles. Demorei a perceber que chega um momento na vida que esse discurso "faça o que eu falo, não faça o que eu faço" não funciona. - passou a mão pelos cabelos crespos - e te digo mais, nossos filhos crescem, se desenvolvem e são responsáveis pelos seus atos, sabem o que é certo e errado, é superproteção a gente pensar diferente.

 

-              Fui um homem ruim, doutor. - falou baixinho.

 

-              Então o senhor tem sua cota de culpa. Mas ele também tem a dele. Aceite isso. Quer um cigarro? - ofereceu o delegado.

 

3° depoimento - Lívia Muriel.

 

Lívia entrou na sala com uma expressão cansada. O trabalho lhe sugava boa parte das energias, e a outra parte ela buscava gastar nos treinos. O corpo parecia mais esguio e forte, entretanto havia resquícios de uma tristeza no olhar.

 

-              Oi, Íris. - deu um abraço na delegada. - gosto de te abraçar. - Olhou nos olhos da outra e sorriu. Por um segundo a delegada se sentiu envergonhada, muito envergonhada, não por Lívia, mas por si.

 

-              Vamos conversar - passou os dedos nos fios dos próprios cabelo.

 

Lívia narrou os fatos da noite do crime. Era difícil para ela, no fim das contas o agressor era seu irmão. A relação era caótica desde sempre, porém existiam raros momentos bons. Um gol marcado por eles debaixo da chuva no sítio dos avós, o abraço em comemoração infantil. A vez que Marcos segurou sua mão para que ela não caísse de uma árvore. Lembranças tão raras no meio de tanto ódio.

 

-              É muito difícil sabe, Íris?! Eu fico tentando encontrar uma razão, um porquê pra tanta raiva, todo o desprezo e não encontro. - apoiou a cabeça nas mãos - é disso que me recordo.

 

-              Lívia, como a Fernanda apareceu lá? Os homens que apareceram estavam com ela? Quem eram esses homens?

 

-              Pra ser sincera, eu não sei. Aquele dia foi confuso e traumatizante. A Fernanda até tentou, no entanto, eu nunca quis conversar sobre isso. O que eu sei é que ela descobriu o galpão, parece que teve ajuda de algum amigo.

 

-              Amigo?

 

-              A Fernanda teve uma vida bem badalada quando era mais nova - deu de ombros - ela conhece muita gente. Mas não sei os detalhes.

 

-           Pensa Lívia, você não ouviu nada, um nome? Algo diferente? – estreitou os olhos para a engenheira a sua frente.

 

-           Tem um nome que eu ouvi o Marcos falar, não me recordo com muita clareza, mas tem o nome parecido com o de um bombom fino, Rocher, Rochelo, algo assim...

 

-           Não seria Rochedo? – indagou com as sobrancelhas levantadas.

 

-           Sim, acho que era esse mesmo.

 

-           Um dos maiores bandidos do país.

 

-           Traficante? O Marcos foi preso uma época.

 

-           Entre outras coisas, mas fique tranquila.

 

-           Vou ficar supertranquila sabendo que eu tô depondo contra um dos maiores bandidos do país.

 

A delegada riu da cara que Lívia fez.

 

-           O Rochedo e outros comparsas foram encontrados mortos na beira de uma estrada. Mas enfim, não cabe te dar esses detalhes, só falei pra que fique tranquila.

 

Lívia saiu da sala. Peixoto - o policial que acompanhava o caso - olhou para a delegada e balançou a cabeça negativamente.

 

-           Agora a gente pode dizer que a morte de Rochedo foi definitivamente queima de arquivo.

 

-           É, mas legalmente o pessoal lá de cima entendeu como confronto entre facções rivais, sem prova de autoria e, portanto, arquivado.

 

-           Você acha que vai ocorrer o mesmo com esse inquérito?

 

-           Olha... – sentou na cadeira e bebeu uma longa golada de sua água com gás.

 

Coincidentemente, quando Lívia saiu da sala de Íris se encontrou com o pai que a olhou triste.

 

-           Minha filha...

 

-           Não me chama de filha, você é um marginal, um lixo, a escória da sociedade! O Marcos é asqueroso como você! – gritou irritada e com os sentimentos ainda a flor da pele.

 

-           Eu me arrependi tanto...eu tentei compensar...eu não...- os olhos marejados, a mão na boca para segurar os soluços.

 

-           De que adianta o seu arrependimento? Pra que me serve isso? Vai reconstruir a dignidade da minha mãe? Vai me trazer de volta a mãe que eu nunca tive por sua culpa? – segurou o pai pelo colarinho e o levantou do chão – hein? Me responde! Diz! – os gritos de Lívia eram ouvidos por toda a delegacia.

 

O homem tentava balbuciar as palavras, mas nenhum som escoava de seus lábios. A veia de Lívia saltava no pescoço, parecia pulsar ainda mais rápido, a respiração entrecortada, o coração acelerado. Por um momento ela até pensou em fazer uma besteira, mas aí ela se lembrou das agressões a Fernanda, da promessa que fez a si, da disciplina que buscava no esporte e principalmente da vontade que tinha de ser alguém melhor.

 

-           Não vale a pena, eu quero ser melhor! Vou ser melhor que você e que o Marcos! Eu não quero mais agredir ninguém, não aguento mais sentir ódio de você, dele, de minha mãe, da vida, eu estou tão cansada, pai! – sentiu algumas lágrimas descer pelo rosto, era a dor, a angústia e o medo. A raiva muitas vezes funciona como uma válvula de escape para encobrir o sofrimento, uma tentativa de não sentir a dor de uma perda.

 

Lívia escorregou pela parede da delegacia aos soluços, o sofrimento naquele ambiente era nato. Mães, filhos pequenos, esposas aos choros por uma notícia ruim fosse por uma prisão ou até pela morte de um ente querido. Ainda assim, a cena despertou curiosidade em outras pessoas, inclusive na própria delegada que delicadamente esperou a situação se resolver.

 

Íris não era a única interessada na cena, Fernanda, que também prestaria depoimento naquele dia, observava intrigada o deslinde da situação. A dançarina sentiu o coração amolecer por completo ao ver a engenheira sentada no chão aos prantos. Ela sabia da dificuldade da engenheira em lidar com a própria ira, entretanto, soube recentemente por bochichos dentro da academia que a amada buscou tratamento, frequentava a clínica de um psiquiatra ou psicólogo – não sabia ao certo – na região. Aparentemente boa vontade não faltava.

 

A loura se encaminhou para perto da engenheira, com dificuldade por conta da barriga já proeminente, se abaixou e limpou com um lencinho as lágrimas da morena que a olhou surpresa.

 

-           Vai ficar tudo bem! - disse baixinho.

 

-           Obrigada! Você nem precisava ser gentil comigo, eu não mereço. – baixou os olhos.

 

-           Você realmente é melhor do que isso! Você sempre esteve ao meu lado, talvez esteja na hora d’eu te ajudar.

 

-           Por que? – sussurrou ainda trêmula.

 

-           Porque você sempre me amou, soube me entender e me perdoar. Você me ensinou a amar alguém diferente de mim, com ideias diversas e gostos estranhos – sorriu – seu amor me transformou em alguém melhor. Você é um pedaço da minha vida!

 

Fernanda delicadamente se sentou nas pernas da engenheira e tocou seus ombros, desenhando círculos imaginários, em um carinho leve, doce.

 

-           Fui eu quem te machucou da última vez, e ainda assim você olha para mim com olhos de culpa. Quando a gente ama alguém o sofrimento da pessoa também nos machuca e eu não aguento mais ver você assim – segurou o rosto da morena – não é do meu perdão que você precisa. É do seu próprio perdão! Aprenda a perdoar os seus próprios erros, não carregue o peso do mundo nas costas, é oneroso demais.

 

Lívia abraçou calorosamente a loura que se permitiu ficar ali, sentir um pouco o cheiro da engenheira sempre fazia bem, deu um sorriso leve. As pessoas olhavam comovidas a cena, uma ou outra de maior sensibilidade já segurava o lencinho para limpar o canto dos olhos. Até Peixoto estava com o olhar marejado, Íris deu um empurrão no policial e revirou os olhos.

 

-           O que foi? Vai manter essa raiva até agora? Você também precisa superar esse ódio que possui dela.

 

A delegada engoliu em seco. Ia responder, mas sentiu o chão tremer, as paredes começaram a ruir, uma gritaria se instaurou e do nada apenas se escutou o silencio e a escuridão se fez presente.

Fim do capítulo


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Comentários para 24 - Capitulo 24:
jake
jake

Em: 09/01/2020

Nossa autora  será  que  a delegada e apaixonada  pela  Lívia  pelo visto estudaram no msm colégio, ficou constatado que ela não gosta da Nanda desde o primeiro dia q a viu no hospital. Mais autora  naum separa  elas  não  são tão lindas juntas...obrigado e parabéns pela história. 

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josi08
josi08

Em: 04/01/2020

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