Ágata estava andando com Nebulosa, sua égua preferida, gostava de fazer isso quando precisava de um tempo para si. E ultimamente sua vida era só para resolver problemas. Deixara Safira ir trabalhar com Otávia, mais algo lhe dizia que ia dar merd*. Leandra outro dia na cidade tornara a ser grossa com ela e quando voltara para caminhonete outro pneu estava furado, esta começando a perder a paciência com a garota. Sabia que tinha sido ela. Não queria que Safira e ela se tornassem amigas, pois tinha medo do jeito inocente da irmã. Leandra podia tentar alguma coisa contra ela para lhe atingir e se fizesse ai à coisa ia ficar feia. Rubi lhe falara sobre a abertura do estúdio, claro que concordara, não queria que as irmãs se sentissem infeliz na fazenda, olhara com Jose, mais para elas começarem a usar a parte delas na herança teriam que esperar pelo menos mais três meses, ai o dinheiro começaria a ser liberado aos poucos. Então disponibilizara uma quantia para Rubi providenciar a reforma e comprar tudo o que um estúdio de tatuagem precisava. Ficara surpresa quando essa lhe dera o endereço. O prédio de Paloma sabia que a ruiva tinha se encantado com a morena, mais tinha medo que Rubi fizesse algo que se arrependesse, Paloma queria um relacionamento e a ruiva pelo visto gostava era de farra. Isso ainda ia dar pano para manga. Agora quanto à chinesa notara que ela estava começando a ficar entediada na fazenda, as irmãs tinham arrumado algo para fazer e ela sobrara, pois Amélia bem dizer adotara Túlio. Vai gostar do garoto lá longe. A amiga dela Helena acompanhava Rubi às vezes, mais ainda não conseguira entende - lá. Outro dia pegara ela conversando com Jade sobre morarem no apartamento acima da garagem e entendeu que era ela quem queria sair da casa principal e não a irmã. Agora estava decidida a entender porque, mais nunca a pegava sozinha para conversarem. A mulher corria dela sempre que aparecia. E ainda tinha esse lance entre Val e Jade, pelo que conhecia da amiga isso não terminaria bem, mais estava tentando ao máximo não brigar mais com ela por causa das irmãs. Sentiu o celular vibrar anunciando uma mensagem, olhou e suspirou, Brenda, essa Ágata já se decidira, marcaria um encontro com ela para terminarem esse lance, a mulher a estava procurando demais ultimamente isso era indicio de apego. Então seria melhor cortar o mal pela raiz. Já tinha problemas demais para ter que se preocupar com os sentimentos de Brenda. Instigou Nebulosa num trote e depois numa corrida acelerada, adorava isso, adorava aquela fazenda, os animais. Os roubos tinham dado uma pausa mais sabia que voltariam. Conversara com o delegado sobre Leandra, sem levantar uma acusação completa e ele dissera que colocaria alguém para ficar de olho nela. Se caso fosse comprovado que a garota estava no meio desses roubos a colocaria contra a parede. Não aceitaria de jeito nenhum e falaria com Otávia sobre uma possível denuncia contra a filha dela. Passando algum tempo tanto Ágata quanto Nebulosa estavam molhadas de suor, levou a égua em direção ao estábulo dela deixando-a aos cuidados de um peão e seguiu rumo à caminhonete para voltar à casa principal precisava de um banho. O calor ultimamente não estava ajudando. Assim que chegou tirou a camisa que usava, ficando só de toper o suor estava grudando, passou as mãos pelos cabelos curtos e molhados e subiu as escadas para entrar na casa. -Puta que pariu Ágata, ta gostosa pra caralh* meu... A grandona estacou e olhou para o canto da varanda onde estavam Rubi e Helena. -Oi para vocês, fui dar uma volta em Nebulosa, o calor esta infernal, achei que estariam na cidade. -Hoje não, a parte da reforma foi finalizada ontem, estou aqui, pois minha mãe falou que minhas coisas chegariam pela transportadora ainda na parte da manha, mais nada ainda. Ágata fazia uma tentativa em vão de colocar a camisa, mais essa estava molhada de suor e o corpo dela também. -Não se preocupe por nós grandona, eu não ligo para nudez e minha amiga aqui parece que esta apreciando o pacote. –Rubi falou apontando para Helena, que tentava disfarçar mais não conseguia parar de olhar o corpo da morena. Ágata olhou para Helena e entrou na provocação de Rubi. -Se ela quiser pode fazer bem mais que olhar. –falou provocante. Deixando de tentar colocar a camisa. -Nem nós seus sonhos mais loucos. –Helena negou balançando a cabeça e entrando. Rubi caiu na gargalhada e Ágata balançou a cabeça. -Você não presta. -Quem sabe isso seja uma característica dos Alcântara. –falou debochada. -Vou tomar um banho. –falou entrando também. Acelerou o passo e viu Helena subindo para o andar de cima, foi atrás dela e conseguiu segura-la antes que entrasse no aguardo. –Preciso conversar com você. -Solta meu braço, por favor. –Helena pediu tentando se afastar da maior. -Não se preocupe pegar mulheres a força não faz meu estilo, gosto delas mansinhas na minha cama sabe. –Falou safada. -Era só o que me faltava mesmo. –tentou entrar no quarto mais foi novamente barrada. -Já disse quero conversar com você. –Ágata disse firme. –Vou só tomar um banho rápido e conversamos no escritório pode ser? -O que você quer comigo hem? -Quero saber o porquê de você esta querendo tirar Jade e Túlio daqui de casa. Helena ficou sem resposta, pois foi pega de surpresa, não sabia que a amiga tinha contado para irmã sobre o pedido dela. Como se lesse seus pensamentos Ágata falou. -Não se preocupe Jade não disse que foi ideia sua, ela é muito leal a você, escutei uma conversa sem querer de vocês. -É feio escutar conversa dos outros sabia? -Já disse não foi intencional, vou tomar um banho me de vinte minutos e vá ao escritório, por favor. –Ágata pediu e se virou indo em direção ao próprio quarto. Helena ficou tentada a não ir mais estava na casa dela morando de favor, então fazer o que ne. Desceu na cozinha tomou um copo de água para se acalmar fez uma horinha e assim que os vinte minutos se passaram foi em direção ao escritório. Ágata já estava lá o cheiro dela tomava conta do lugar, era uma mistura que Helena não sabia explicar, mais era muito bom. Agora com uma pólo preta, jeans na mesma cor e botas, a grandona encarava a menor, o cabelo molhado lhe dava certo charme pensou Helena, vamos ver onde aquela conversa levaria. -Pode se sentar Helena. –Ágata convidou mais Helena recusou. Escutaria o que ela tinha para falar e daria o fora dali. –Bem como eu disse ouvi uma conversa sua com Jade, me explique o motivo para não ficarem aqui na casa principal? -Não gosto de ficar forçando minha presença, Jade é sua irmã eu não sou nada, então não tem razão para eu ficar morando aqui um ano, pensei em ir embora mais prometi que ficaria sempre com Jade, então pensei em ocuparmos o apartamento da garagem para ficar um pouco independente, pretendo trabalhar com Rubi no estúdio dela, fazendo agenda, limpeza, essas coisas para ganhar um dinheiro. Não vou ficar aqui à custa de Jade. –falou firme e ate um pouco grossa. -Alguém reclamou de sua presença aqui? –Ágata quis saber. -Não que eu saiba. –Helena deu de ombros. -Então a única a se preocupar com isso é você mesma, pelo que vejo. -Ágata sempre me virei como pude, não vou ficar aqui morando e comendo de favor enquanto tenho duas pernas e dois braços para trabalhar. -Isso concordo com você, desde que faça para ter algo durante o dia para se ocupar e não com medo de que eu ou uma das meninas esteja pensando mal de você. Jade me contou um pouco da historia de vocês e sei que é como uma irmã para ela e de jeito nenhum quero que não se sinta bem vinda aqui. Helena deu uma risadinha sarcástica para Ágata e falou. -Jade fantasiou nossa historia para vocês Ágata, contou o que se espera ouvir de alguém que veio do morro. -Como assim, está dizendo que minha irmã mentiu para nós. -Mentir não é bem a palavra, omitir seria a melhor. -Não estou entendendo aonde quer chegar. –Ágata já estava perdendo a paciência. Helena olhou mais pouco a grandona e decidiu despejar toda a verdade para ela, quem sabe assim ela tivesse um pouco de nojo dela e parava com esses olhares lascivos. -Jade e eu firmamos amizade mesmo já adolescentes, mais conhecíamos a vida uma da outra em encontros pela favela, a mãe dela era uma filha da puta drogada que usava ela para vender coisas na rua para conseguir um dinheiro para a próxima viagem. Quando essa chegava sem dinheiro não lhe era permitido comer, pois não tinha ganhado para isso, ela já chegou há ficar quatro dias só bebendo água. –Ágata fechou a cara e cerrou os dentes tensos. – Mais quando conseguia o dinheiro ganhava a única refeição do dia. Muitas vezes levava surras, pois as viagens da mãe dela eram muito loucas e Jade era o boneco de bancada. Era um entra e sai de homem, com quem a mãe dela trans*va para conseguir mais dinheiro. Mais nessa época acho que o pai de vocês não a visitava mais. Um dia um deles deu uma ideia para a mãe dela, sobre colocar Jade na rodada, ganharia mais dinheiro com ela. Mais por incrível que pareça a filha da puta não estava disposta a vender a filha a troco de drogas. Nisso ela ganhou um ponto comigo, pois a minha não teve tanto zelo por mim. Ágata se levantou da poltrona sem acreditar. -Esta me dizendo que você... -Desde os treze anos, um dia minha querida mãe virou para mim e falou você já esta grande o bastante para começar a ganhar um dinheiro pra casa, simplesmente me segurou pelas mãos e me colocou num quarto com um homem que tinha idade para ser meu pai. Ágata andava de um lado para o outro nervosa. -Levei uma baita surra aquele dia. –riu com tristeza. –lutei mais era impossível e minha mãe teve o dinheiro que ela queria depois disso veio outros, outras... -Mulheres... -Ágata tem muita gente suja por ai, tanto homem quanto mulher, mais elas eram mais carinhosas e me davam presentes. –falou sarcástica. –Isso aconteceu ate eu fazer quinze anos, um dia minha mãe me mandou juntar minhas coisas, pois devia um dinheiro para mãe de Jade e não tinha como pagar, eu ia trabalhar para ela por um tempo. Achei que era o mesmo tipo de serviço da minha mãe mais com ela foi mais tranqüilo, tínhamos que vender as balas e trecos na rodovia e levar dinheiro, quando não acontecia era uma surra e estomago vazio. Mais não reclamei hora nenhuma e Jade depois de me conhecer melhor também parou de reclamar. Entendeu que tinha dado era sorte com a mãe drogada dela. Ágata foi ate a mesa onde estavam às bebidas e se serviu de uísque, ofereceu um para Helena que recusou. -Por que me contou isso? –perguntou tensa. -Eu e Jade sempre nos viramos trabalhando aqui e ali para ganhar um dinheiro, os pedidos de esmola acabaram quando a mãe dela morreu, a minha morreu numa guerra entre gangues rivais do morro, sinceramente nem liguei. Prometemos que ficaríamos sempre juntas e nos viraríamos com trabalho honesto. E conseguimos ate a sua carta chegar, Jade estava de licença do supermercado onde trabalhava, eu juntei minhas economias e meu acerto para podemos ficar livres para poder vir. Pedi pra ela vir sozinha mais ela me disse que se eu não fosse ela também não viria. Semana passada tentei conversar sobre procurar serviço e um lugar para morar na cidade mais ela não aceitou e disse se eu sair daqui ela vai atrás. Não posso permitir que perca algo por minha causa então estou ficando. Mais não vou ficar morando de favor aqui, de jeito nenhum, por isso a ideia do apartamento da garagem. Ágata balançou a cabeça entendendo a necessidade dela de ter um lugar e de não ser sustentada e um pensamento veio em sua cabeça. -Por acaso esta pensando que para ficar aqui tem que ter algo comigo? –Falou arregalando os olhos. -Desde quando cheguei você não para com esses olhares safados para cima de mim e essas insinuações, quer eu pense o que, suas irmãs estão aqui por direito delas, eu estou aqui de penetra. –Helena chegou ao x da questão. -Mais que merd* Helena nunca precisei barganhar para ter sex* na minha vida. –falou brava, uma veia se agitava em seu pescoço. -Mais eu já precisei para ter onde comer e dormir. –Falou seria. -Não precisa se preocupar que vou parar com isso, sem olhares e insinuações pro seu lado. –disse ficando de costas para ela passando as mãos no rosto. -Isso eu já espera depois de saber minha historia. –Helena disse amarga. Ágata se virou e avançou sobre Helena a segurando pelos braços. -Não pense que disse isso por causa do que me contou, você é gostosa e desejável pra caralh*, só não vou chegar mais perto de você por você achar que me deve algo por morar e comer aqui. O apartamento em cima da garagem é seu, esta uma bagunça por lá vou pedir para limparem e você vê e me fala o que falta para tornar o lugar habitável. Olhe com Jade se ela quiser ir tudo bem senão pode usar o lugar sozinha. Olhou mais um pouco para Helena e a soltou. -Pode ir agora Helena. –Ágata falou pegando o copo de uísque, assim que a porta se fechou, ela o lançou na parede revoltada e irada. Nunca sentira tanto ódio na vida. Já passava das três da manha quando os gritos começaram e junto o choro de bebe. Ágata deu um pulo da cama acordando assustada, saiu correndo porta a fora e topou com Safira e Rubi com os olhos arregalados, e mais gritos vieram. -É do quarto de Jade. –Safira falou assustada. Correram para lá e abriram a porta topando com uma Jade abraçando Helena que estava encolhida num canto do quarto. -Não, não de novo não... -Helena só gritava, Quando viu as irmãs na porta Jade pediu. -Safira pegue Túlio e o tire daqui, por favor. –Falou chorando e Helena com os olhos abertos e vidrados continuava a gritar... -Não, não, por favor, mãe... Safira fez o que a irmã pediu, pois os gritos assustados de Túlio cortaram seu coração. Saiu logo que o pegou. -Mais que porr* é essa. –Rubi perguntou com os olhos arregalados sem saber como agir. -Vá ajudar Safira com o menino. –Ágata pediu a Rubi. A sena lhe cortou o coração, ver Helena daquele jeito, não sabia como agir. Jade tentava acordá-la do pesadelo dando leves tapinhas em seu rosto. Chegou perto da irmã. –Me deixa eu tentar, desce na cozinha e trás uma água para ela. Assim que Jade a soltou Ágata tomou seu lugar, deu umas sacudidas em Helena a chamando. -Acorde Helena, você esta segura, esta tudo bem, acorde. Foi a chamando de forma doce e gentil ate a outra parar de chorar e piscar os olhos finalmente acordando. Assim que conseguiu se localizar olhou para Ágata e voltou a chorar. -Que inferno... –chorou sentida. Ágata a abraçou tirando ela do chão com muita facilidade e a levando para cama se sentando a seu lado. –Onde está Jade? -Foi buscar uma água pra você. -Assustei todo mundo ne? Coitado do Túlio. –voltou a chorar em silencio. –Esses pesados são um inferno. Ágata apenas lhe segurava as mãos fazendo leves caricias. -Acontecem sempre? -Já tinha um bom tempo que não acontecia, mais nunca vão embora, nunca me deixam esquecer o nojo que sou. –falou com amargura. -Você não é isso, sua mãe que era não se culpe pelos erros de alguém que tinha era que cuidar de você. –Ágata disse firme. -Eu não valho nada. –Helena falou baixinho. –Já me disseram isso sabia? -São pessoas da mesma laia daquela mulher... Não é qualquer pessoa que sai disso e tenta levar uma vida melhor, muitas se entregam, você é forte Helena foca nisso. -É isso que sempre falo pra ela. –Jade falou entrando com um copo d’água e dando pra amiga. -Jade me perdoa pelo Túlio. –pediu com os olhos enchendo de lagrimas novamente. -Não se preocupe fui lá ver ele, esta calmo, com Safira e Rubi. -Elas devem achar que sou louca. -Ficaram assustadas mais expliquei que você tinha fortes pesadelos com o passado. Helena riu amarga. -É o inferno isso sim. Sem notar Helena continuava segurando as mãos de Ágata e esta lhe fazia carinho. Jade percebeu e falou. -Vou lá ver Túlio, tome a água devagar e respire fundo, vou abrir a janela pra correr um ar no quarto. Depois que ficaram sozinhas novamente Ágata perguntou. -Já procurou um tratamento Helena? Psicólogos podem lhe ajudar com esses pesadelos e outras coisas. -Psicólogo de pobre é trabalho Ágata, onde já se viu, custávamos a juntar para comer imagina para essas consultas caras. –Helena falou soltando apenas uma mão para tomar a água. -Conheço um profissional da área, vou ligar amanha marcando uma consulta. –falou decidida. -De jeito nenhum. –recusou à menor. -Tudo bem então passo o numero para Jade e ela agenda um horário, quero ver negar pra ela. –Ágata falou dando de ombros. Helena ficou calada. E percebeu que segurava ainda a mão da grandona, a soltou sem graça e observou melhor Ágata, calça moletom e toper, o cabelo estava todo bagunçado. Pelo visto a acordara com os gritos. Sua vida era uma bosta mesmo, morando de favor e ainda acordando aos berros os donos da casa. -Acho melhor voltamos a dormir Ágata, obrigado e desculpa a gritaria. -Você pede desculpas demais Helena. –falou se levantando da cama chamando a atenção de Helena para seu corpo. –Conversou com Jade sobre o apartamento? -Ainda não. –falou desviando os olhos do corpo para os olhos de Ágata. Notou um sorriso de lado da maior que percebera a encarada em seu corpo. Pelo visto Helena não lhe era tão indiferente assim. -Certo amanha conversamos sobre isso, vou falar para as meninas que elas podem voltar para seus quartos. Olhou mais um tempo Helena e saiu do quarto indo para cozinha onde as outras estavam. -Ok pessoal vamos voltar a dormir. –falou se deparando com Rubi comendo um pedaço de bolo de chocolate feito por Amélia, Jade dando mamadeira para Túlio e Safira tomando um leite. -Estou ate agora sem entender. –Rubi questionou entre uma garfada e outra. -Não é da nossa conta Rubi. –Safira falou pra irmã. Ágata olhou para Jade que não fez menção de explicar alguma coisa para elas, então também ficaria calada, era um assunto de Helena, ela falaria quando achasse que fosse a hora. -Eu vou voltar pro quarto meninas, boa noite. As outras lhe desejaram boa noite e depois de um tempo cada uma foi para seu quarto. Assim que Jade entrou Helena se levantou indo ver como Túlio estava, mais esse adormecera logo após a mamada. -Me desculpe Jade, o assustei. –falou com pesar. -Ele se acalmou rápido Helena, já passou, tinha muito tempo que os pesadelos tinham parado o que aconteceu? -Contei pra Ágata minha merd* de vida. Jade ficou surpresa. -Por quê? -Ela me questionou o motivo de estar querendo que a gente se mude pro apartamento. -E qual é o motivo alem de termos nosso próprio canto? -Eu não morar de favor na casa da sua irmã? Não ficar devendo nada pra ela? Ela não sentir que pode ficar me olhando e jogando indiretas porque estou aqui de favor? Jade arregalou os olhos. -Disse isso a ela? -Sim e ela falou que eu não devo nada e que posso morar lá no apartamento caso você não queira ir. Jade suspirou colocando o filho no berço que tinham comprado. Foi ate à amiga se sentou ao lado dela e a abraçou. -Ela não é assim Lena, se te olha e da em cima é porque você a atrai. -Eu tento falar isso pra mim mesma Jade, mais depois me lembro de quem sou e me pergunto se alguém se interessa mesmo por mim sabe como pessoa e não apenas pelo corpo. -Bem acho que Ágata prefere uma mulher com cérebro e corpo do que apenas um copo. Por mais que ela diga que leva a vida sem procurar compromisso, acho que ela ainda não conheceu alguém que trouxesse esse interesse, entendi? -Não e nem quero entender Jade, não vou me relacionar com ela e ponto. –falou decidida arrancando uma risadinha da amiga. –o que foi? -Parece que esta falando isso pra você mesma não esquecer amiga. -Há era só o que me faltava anda vai dormir que já esta tarde. –Helena falou meio brava. -Vou ficar aqui com você hoje, vem deita aqui vamos lembra quando dividíamos uma cama só. -Quer se lembrar de como é dormir apertada? –brincou Lena -Não, quero lembrar como é ter por perto minha amiga irmã. –Jade falou dando um beijo na testa de Helena. Ficaram um tempo deitadas abraçadas ate que sentindo a segurança dos braços da amiga Helena voltou a dormir, só depois que Jade se permitiu dormir.

Fim do capítulo