Capítulo escrito por Thaís Lenzi
Capitulo 17
Os cabelos avermelhados constratavam com a luz do sol que refletia por entre as frestas da cortina mal fechada. Depois de quase um dia em prantos, Amanda havia finalmente pegado no sono. Sentia a culpa dilacerar seu peito, suas lágrimas pareciam não ter fim, e a dor apenas contribuía para que o sofrimento fosse ainda maior. Sentia-se terrivelmente culpada pela morte de seu pai.
Cláudia, a viúva, sentia-se sem chão. O homem por quem havia se apaixonado, se entregado, formado uma família, já não estava mais ali. Sua dor era tão grande, que pensava por vezes, que aquilo nunca teria fim. As roupas de seu falecido marido estavam jogadas por todo o quarto, por um ato de desespero da mulher, que havia em um surto tentado fazer com que aquilo fosse apenas um pesadelo. Mas não era.
Levantou-se apenas para olhar suas filhas, sentia a necessidade de cuidar de suas meninas, era apenas o que tinha agora. Pôde ver Amanda dormir em seu quarto, encolhida como um bebê, com o rosto avermelhado, assim como seus fios de cabelo. Se aproximou com calma, para não acordar a garota, deixou um beijo em seus cabelos, contendo duas lágrimas teimosas que insistiam em descer por sua face.
Deixou o quarto indo em direção a cozinha, encontrando sua primogênita, sentada sobre a cadeira, observando o nada, apenas refletindo, com uma xícara de café em mãos.
- Filha? – Chamou em um sussurro.
Gisele olhou em direção a voz, apenas assentindo levemente com a cabeça, dando permissão para que sua mãe se aproximasse.
- Eu sei que é uma pergunta idiota, mas como a senhora se sente? – Perguntou.
- Vazia. - respondeu a mais velha. – É como se eu não soubesse o que fazer, entende filha? Seu pai era o pilar desta família, era ele quem decidia tudo, mas ele morreu, e Deus, eu estou tão perdida. – Desabafou, desta vez deixando as lágrimas descerem livremente.
- Mãe, estamos aqui, eu e Amanda, nós iremos ficar bem. – Disse Gisele, apenas para que de alguma forma pudesse confortar sua mãe. – Papai se foi, mas nós estamos aqui. Sempre estaremos por você. Vamos ser felizes mamãe, confie em mim.
Cláudia se limitou em apenas assentir.
- Mas e você, como se sente?
- Triste, apenas triste. Mas eu estou bem, e eu preciso ser forte. – A garota de cabelos castanhos claros disse, como quem pensasse longe, sua mãe por outro lado analisava suas ações. – Amanda se sente culpada, mãe.
- Por Deus, a culpa não é dela! – Se exaltou a mais velha. – Por que ela pensa isso?
- Porque segundo ela, se ele não tivesse visto ela com Bruna naquele restaurante, ele não teria sofrido um infarto. – Explicou.
- Seu pai não morreu por culpa dela, o infarto foi uma consequência. – se exaltou a mais velha. – Se ele houvesse entendido sua irmã, talvez estivesse vivo! Se ele não tivesse forçado aquele relacionamento com o João, por ganância, ele talvez estivesse vivo! Se ele fosse um pouco menos preconceituoso, talvez ele estivesse vivo. – Cláudia não havia percebido, mas gritava, com toda força dentro de si. Estava colocando pra fora tudo que sempre teve que engolir, por medo. Por fim percebeu que toda sua frustração estava sendo liberada, e aquilo fazia bem, céus, fazia tão bem.
Cláudia parou por um breve momento, tendo noção do que falara. Estava enxergando além de seu marido. Se libertando de todas as amarras que o preconceito, e o relacionamento abusivo traziam consigo.
- Filha... E-eu – Sussurrou perdida.
- A senhora?
- Eu não sei, eu estou leve. Meu Deus, seu pai morreu, eu chorei, e eu gritei, e eu estou leve. Será que eu não amava seu pai? – Cláudia se encontrava terrivelmente confusa, o que não era para menos, estava enxergando além, e isso era novo para si.
- Não diga isso mamãe, você o amava, ainda ama, é claro. Mas pôs para fora algumas coisas ruins, e isso é bom para a senhora. – Sorriu doce.
- Não, eu não posso ficar feliz, seu pai acabou de ser enterrado!
- Mãe! Você não só pode, como deve. – Disse Gisele, depositando a xícara sobre a mesa, para poder ir até sua mãe. – Por favor, não diga isso, você pode ficar bem, pode sorrir. Papai morreu, é triste claro, amávamos ele, mas isso não significa que não podemos ficar bem.
Cláudia não entendia bem, mas as palavras de Gisele faziam algum sentido para ela, estava certa. Dentro de si, tinha uma dor cortante, sofria de uma forma inimaginável, mas ninguém precisava saber, iria se curar aos poucos, mas não iria esquecer de seu marido.
Haviam se passado uma semana, desde a morte inesperada de Arnaldo. Cláudia estava se saindo bem, havia entendido que não precisava chorar para que sua dor fosse sentida, que não precisava se massacrar com uma dor dilacerante para que se sentisse em paz, seu marido havia ido, mas ela ainda estava ali, e escolhera viver, enfim.
Gisele estava orgulhosa de sua mãe, como nunca antes.
Amanda, por um outro lado, havia passando uma semana inteira trancada dentro de seu quarto, não via ninguém, não falava com ninguém, não escutava ninguém. Sua mãe estava preocupada, sua irmã havia tentando de tudo, Bruna havia ido algumas vezes em vão, ao menos suas mensagens eram respondidas. “Estou bem” “Está tudo bem” “ Não se preocupe, estou bem” “Depois nos falamos, estou cansada”. Isso era o máximo que havia conseguido.
Estava triste, a dias não via aqueles cabelos desgrenhados de sua namorada, não olhava nos olhos castanhos que lhe tiravam de órbita. Precisava ver aquele lindo rosto, olhar nos olhos mais lindos que já pudera ter visto. Sentir o toque suave da pele macia na sua, sentir o cheiro doce que vinha de sua namorada. Sentia-se em abstinência.
Tocou a companhia depois de quatro dias, desde a última tentativa. Gisele havia atendido naquele dia, com um sorriso triste, sabia que sua irmã não iria falar com ninguém, mais uma vez. Deixou que Bruna subisse até o quarto de sua irmã.
Em frente a porta branca, Bruna pensava em maneiras de fazer sua namorada atendê-la, estava muito difícil pensar em algo. Deu três toques, sem sucesso. Deixou mais três toques em seguida, ouvindo um leve “Não estou afim de conversar”.
- Amor... Deixe-me entrar, por favor. – Disse contra a porta, com o rosto apoiado na mesma.
Amanda sentiu suas lágrimas desceram com força por seu rosto. Ninguém entendia o que ela sentia, ninguém podia imaginar o tamanho de sua dor, de sua culpa. Ela pensava ter causado a morte de seu pai. Pensava ser por sua culpa que ele não estava mais ali. Mas isso não era tudo, o pior era, teria coragem de olhar nos olhos que tanto amava mais uma vez? Sentiria suas pernas fracas como sempre sentia, ao olhar o rosto perfeitamente desenhado de Bruna? Ou perderia por segundos, os sentidos ao sentir o cheiro de sua namorada? Sentia tanto medo. Queria poder abrir aquela porta, e abraçar sua namorada para nunca mais soltar. Mas tinha tanto medo. Ouviu por fim a voz doce e chorosa mais uma vez.
“Babe, eu não sei se consigo suportar mais um dia sem te sentir, estou com tanta saudade, me deixe entrar.”
Seu coração pulsava freneticamente apenas por reconhecer aquela voz, aquele tom levemente rouco, e choroso. Havia sido tão difícil evitar aquela voz durante os dias que ela estava ali, a poucos passos, mas o medo era tão mais forte, e lhe fazia uma completa covarde.
“Eu só preciso ver você, não precisa dizer nada, só abra a porta pra mim, me deixe ter ver, por favor...”
“Eu te amo tanto, e você nem imagina o quanto.”
Foi o estopim. Seu corpo não obedecia mais sua mente, estava movido por aquele sentimento de falta que lhe consumia, precisava tanto daquela mulher consigo.
Em um solavanco, abriu a porta depois de destrancar rapidamente. Seu coração pulsou tão forte, errando uma batida, ao se deparar com sua namorada bem a sua frente, com o rosto molhado, os olhos vermelhos, e um sorriso triste.
Se jogou contra os braços de sua namorada, abraçando com toda força presente em si. Bruna tocou os cabelos avermelhados sentindo a fragrância que tanto amava, abraçou sua namorada, andou com cautela até estarem totalmente dentro do quarto, precisava de um momento a sós com sua garota. Bruna então sentou-se sobre a cama de casal presente ali, tendo Amanda em seus braços, agarrada a si como se sua vida dependesse daquilo. Não ousaram falar, não eram necessárias palavras, estavam no lugar mais seguro que poderiam estar, nos braços uma da outra. Bruna beijava os cabelos de Amanda, enquanto Amanda apenas chorava em seu peito. Queria poder tirar toda a dor que consumia a garota de olhos castanhos, mas não havia nada que pudesse fazer.
- Me perdoe... Eu tive tanto medo amor, medo de que – Bruna a cortou.
- Shii, está tudo bem, não fale. – Pediu acalentando a garota em seus braços. – Eu estou aqui com você, sempre. Está tudo bem.
Haviam tantas palavras a serem ditas, tantas emoções gritantes dentro da garota loira, mas não era hora, talvez nunca fosse, levando em conta a falta de coragem que ela possuía.
Estava melhor, tinha Amanda em seus braços, poderia enfim sentir o toque viciante em sua pele, poderia ouvir a voz doce da garota, poderia estar em paz, mesmo que por dentro estivesse quebrada. Tinha pouco tempo, precisava dizer pra sua garota, mas como? Não havia chances dela fazer aquilo com o amor da sua vida, era impossível para si, havia jurado a si mesma, nunca causaria dor aquela garota, mesmo que lhe custasse a felicidade.
Quatro meses depois.
- Bruna! Me solta, por favor! – Implorava Amanda, enquanto tentava a todo custo se soltar dos braços de sua amada, não aguentaria tantas cócegas. – Amooor! Socorro! – Gritava em meio aos sorrisos.
- Diga bebê, é só você dizer. – Sorriu Bruna, sentada sobre a cintura de sua namorada, em seu quarto, enquanto com as pernas segurava os braços de Amanda, deixando-a imóvel.
- Tá b-bom, e-espera, eu preciso respirar! – Implorou. Bruna parou por segundos, aproximando o rosto até o de sua namorada completamente suada e vermelha por conta dos risos. – Bruna, você é o máximo, a mulher mais linda, incrível e maravilhosa da face da terra, eu tenho sorte em ter você. – Disse por fim, o que sua namorada havia a forçado falar. – Satisfeita?
Bruna sorriu, negando logo em seguida.
- Nah.
- Não? O que mais você quer, garota? – Perguntou Amanda, divertida. Olhava firmemente os olhos azuis, tão impactantes, indecifráveis, da mulher que tanto amava.
- Sua boca. – Sussurrou.
- É toda sua. – Devolveu Amanda, sem pudor algum. – Sempre foi.
Bruna sorriu, selando os lábios aos de sua namorada, sentindo todas as emoções tão desesperadoras que sentia, em todas as vezes. O coração batia tão forte, que poderia ser ouvido por Amanda facilmente. As pernas fracas, os pelos de seu corpo arrepiados, as borboletas que pareciam dar uma festa em seu estômago.
O beijo que começou lento, mas tinham uma necessidade urgente, precisavam sentir tudo de si. Amanda pediu passagem com a língua, tendo em seguida. Sua língua explorava toda a boca de Bruna, ora mordia o lábio inferior, ora ch*pava a língua quente, causando leves gemidos na garota de olhos azuis. As mãos desesperadas por toque, os corpos quentes, suados.
Amanda se pôs por cima de sua namorada, tendo total controle da situação, o que deixou Bruna perplexa, porém excitada o suficiente para não protestar.
- Você é um tanto esperta demais, babe. – Sussurrou Bruna, logo após deixar um beijo molhado sobre os lábios de Amanda.
- E você é um tanto gostosa demais, amor. – Devolveu a ruiva, enquanto descia os beijos pelo pescoço de Bruna.
Bruna arfou com o contato, enquanto sentia seu corpo reagir a todos os toques de sua namorada.
Amanda desceu a mão direita sobre o corpo de Bruna, sua boca fazia um ótimo trabalho descendo até os seios medianos, Bruna gem*u em resposta, enquanto sentia a língua quente envolver seu mamilo esquerdo, com tanto desejo, o seio direto era levemente acariciado por Amanda, que parecia ter total controle sobre aquilo. Amanda retirava com calma a única peça que cobria a parte superior do corpo de Bruna naquela manhã, uma blusa de dormir.
Amanda descia seus lábios molhados por todo abdômen de Bruna, que tinha os dedos agarrados aqueles fios vermelhos, enquanto gemia em deleite. Sentiu seu short ser rapidamente retirado de seu corpo, juntamente com a calcinha de cor preta, ficando totalmente exposta para sua namorada. Sorriu descaradamente, enquanto abria as pernas, para ficar exposta ao máximo para sua garota. Amanda sorriu perversa, enquanto se livrou de suas roupas, ficando nua sobre sua namorada, que estava da mesma forma.
- Oh querida, você realmente não deveria ter feito isso... – Balbuciou Amanda, sentindo sua entrada latejar com a visão que lhe era oferecida.
- Por que, amor? – Perguntou Bruna, em um tom fingidamente inocente. – Fiz algo de errado?
- Ao contrário, está tudo completamente certo... – Sussurrou Amanda, passando levemente a língua pelo clit*ris inchado de Bruna, que gemia baixinho, em busca de aliviar a pressão dentro de si.
Amanda passava dois de seus dedos pela carne molhada, deixando-os na entrada de Bruna, que se contorcia em busca de mais contato. A ruiva desceu os lábios mais uma vez, ch*pando devagar, enquanto introduzida os dedos ao fundo da bocet* de Bruna, que em um ato involuntário afundou o rosto de sua namorada em seu sex*, rebol*va lentamente, enquanto gemia ofegante, sentia escorrer entre suas pernas, estava fodidamente excitada. Com as costas levemente arqueadas, Bruna rebol*va na boca de Amanda, que ch*pava com avidez, sentindo o gosto agridoce de sua namorada. Os dedos entravam e saiam, enquanto a língua ch*pava o clit*ris, Bruna queria poder gritar, enquanto era fodida com tanta força por sua namorada.
- Caralh*... Me fode com força, amor. – Gem*u resposta as investidas lentas de Amanda. – Rápido e forte, amor. – Ordenou, sendo prontamente atendida.
Amanda estocava os dedos ao fundo de Bruna, que não segurava mais os gemidos roucos, sentia a língua de Bruna lhe ch*par com uma maestria enlouquecedora, enquanto os dedos a fodia tão forte e rápido, como havia mandado. Sentiu as paredes de sua bocet* apertarem os dedos ágeis de Amanda, suas unhas deixavam as marcas no pescoço de Amanda, seu orgasmo se aproximando rápido, enquanto rebol*va e gemia alto, sentiu sua garganta secar, liberando todo o orgasmo dentro de si, deixando Amanda extasiada, adorava ch*par Bruna. Amanda retirou os dedos de dentro de Bruna, e logo se pôs a lamber todo o líquido da garota, que gemia baixinho por estar sensível. A ruiva subiu os beijos por todo o abdômen e seios da loira, deixando um beijo quente nos lábios da mesma, que sorria em resposta, passando as mãos pelas costas de Amanda, deixando leves arranhões.
Bruna apoiou as mãos na cintura de Amanda, puxando-a levemente para cima de si, em um sinal claro do que queria, o que causou um sorriso perverso na ruiva, que prontamente atendeu o pedido mudo de sua namorada. Com uma perna de cada lado do rosto da loira, Amanda se abaixou, aproximando seu sex* da boca da mulher.
Bruna podia ver e sentir toda a excitação de sua mulher, estava maravilhada com a cena, sempre ficava. Era irresistível o quão molhada Amanda ficava, escorria por suas pernas.
Aproximou os lábios, sem cerimônia, não aguentaria tantos rodeios, queria sentir o gosto de sua namorada logo, ansiava por aquilo. Passou a língua por dentro da bocet* de Amanda, que segurou firmemente na cabeceira da cama, gem*ndo alto.
- Oh porr*!
Bruna segurava as nádegas de Amanda, enquanto desferiu um tapa, fazendo a ruiva gem*r e rebol*r sobre seus lábios, sentiu a mão de Amanda segurar-lhe os cabelos, puxando com força, podia sentir sua própria bocet* molhar apenas em ch*par sua namorada. Amanda sentiu seu ventre contrair, sabendo que goz*ria em segundos.
- Isso... Me ch*pa gostoso. – Disse, rebol*ndo na boca de Bruna, enquanto se desmanchava em um orgasmo forte e intenso. – Oh caralh*!
Bruna ch*pava e lambia tudo que lhe era oferecido, sentindo Amanda tremer em sua boca.
A ruiva desceu pelo corpo de sua mulher, parando em sua boca, beijando avidamente, com urgência. Sentia seu peito bater descompassado, nunca se cansaria de dar e receber prazer aquela mulher.
Bruna sorria, olhava os castanhos com tanta paixão, que poderia ser visto ao longe, não havia quem ficasse por meros segundos perto das garotas, e não soubessem, e vissem, o quanto o amor ali era visível.
- Eu amo você. – Disse Bruna, enquanto afagava os cabelos ruivos. – Mais do que a mim mesma.
Amanda sorriu, sabia, podia sentir isso. Mas ainda assim, era maravilhoso ouvir sua voz favorita no mundo, dizer tais palavras.
- Eu te amo muito mais. – Respondeu, deixando um selinho breve nos lábios avermelhados de Bruna.
- Confia em mim? – Perguntou a loira.
Não precisava pensar, não precisava ter certeza disso, já tinha, a muito tempo.
- Com toda a minha vida. – Respondeu, tendo um sorriso em resposta.
Não eram precisas palavras para aquele momento, em que os castanhos encontravam os azuis, tão impactantes, indecifráveis aos outros olhos, não para si, pois tudo que podia conter naqueles olhos, era amor, amor por ela, apenas por ela.
Que os Deuses lhe perdoassem, mas aquela garota de cabelos dourados como o ouro, olhos incrivelmente azuis, e o cheiro mais doce que já pudera sentir, era a própria definição de perfeição.
Ouviram batidas insistentes na porta, se vestiram rapidamente, pois sabiam bem que o pequeno furacão não desistiria até ser atendido.
- Bruna! Eu quero falar com a Amanda, é um assunto muito sério! – Exclamou a criança afobada.
Bruna revirou os olhos, ainda assim seguindo até a porta, dando passagem para seu irmão entrar.
O garoto correu em direção a Amanda, pulando em seu colo em seguida.
- Bom dia, pequeno humano. – Disse, deixando um beijo no rosto do menino. – O que é tão urgente assim?
- A brubis não pode ouvir, ela é minha irmã! – Protestou – É um segredo.
- Oh pirralho, a namorada é minha, e você não tem direito nenhum, entendeu? – Implicou Bruna, fazendo a criança soltar os ombros em resposta.
- Ela não vai falar para ninguém, carinha. Não é brubis? – Perguntou Amanda, em tom irônico, usando do apelido que sua namorada não gostava, apenas Pedro a chamava assim, e quando proferido por outra pessoa, principalmente sua namorada, era horrível, segundo ela.
- Pode ser. Diz pirralho, qual é?
Pedro parecia envergonhado, suas bochechas logo tomavam uma proporção avermelhada, ele estava corando.
- Tem uma garota... O nome dela é Alice, e ela é a menina mais linda do mundo, e ela sorriu pra mim ontem, na hora que eu estava vindo pra casa, depois de jogar bola com os meninos. Eu acho que eu gosto dela. – Sussurrou, alto o suficiente para Amanda entender.
A ruiva sente seu coração aquecer, Pedro estava tendo sua prima paixãozinha, era tão fofo.
- Hum, e o que você acha disso? – Perguntou Amanda. Bruna estava perplexa demais, quando seu irmão havia crescido tanto?
- Eu não sei, eu quero ser amigo dela. – Confessou.
- Isso é fofo, e você pode ser amigo, dela, que tal dar uma flor pra ela? Assim ela poderá ver que você é um bom menino, seja gentil, e ela irá querer ser sua amiga, certo? – Os olhos do menino brilharam, e ele abraçou Amanda mais forte ainda.
- Obrigado! Você é a melhor de todas. – Balbuciou, enquanto pulou pra fora do quarto.
- O que foi isso? – Perguntou Bruna.
- Isso o que, meu amor?
- Amor, ele só tem dez anos, ele não pode gostar de meninas ainda. – Disse Bruna. – Ele é quase um bebê!
Amanda gargalhou, Bruna estava com ciúmes de seu irmão.
- Vem cá bebê, eu sei uma coisa ótima para ciúmes. – Brincou, abraçando sua namorada novamente, se jogando na cama.
- O que é?
- Beijos, muitos beijos. – Respondeu sugestiva, o que resultou no sorriso mais lindo de sua vida, o da sua garota. Tinha certeza, faria qualquer coisa para poder ver o seu ser humano favorito da face da terra sorrir.
Fim do capítulo
Bom, vou confessar que foi um desafio gigante escrever este capítulo, porém uma experiência sem igual. No começo, achei que seria bem fácil, mas na prática, não é nem um pouco fácil, mas é gratificante. Espero que gostem e boa sorte para a próxima!
Thaís Lenzi
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amandanasnuvens
Em: 19/11/2019
Que bom que a Amanda deixou os medos de lado
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