- Entra.

- Assim que ver Mel dentro de casa Sam pergunta: - Por que não entrou a casa e sua também?

- Preferir assim nesse momento.

- Aceita uma água, suco, vinho ou café

- Vinho, por favor.

- Vou buscar sinta-se a vontade a casa e sua também.

- Mel se senta no sofá e pega o celular na bolsa e quando percebe que está descarregado, coloca novamente na bolsa e quando levanta Sam já tinha retornado da cozinha.

- Aqui está o vinho.

- Mel pega a taça e fala: - Obrigada.

- E como foi seu dia Mel?

- Bom e o seu ?

- Também. – O clima fica pesado no momento e para desvanecer Sam fala que conseguiu fechar o acordo com a nova empresa.

- Fico feliz por você.

- Tem falado com Diego Mel?

- Não, nesses últimos dias a última vez que o vir foi no hospital. – E você quando vai se consultar?

- Semana que vem já agendei.

- Gostaria de acompanhar se assim quisesse.

- Adoraria sua companhia.

- Ficamos conversando sobre coisas corriqueiras e percebe que Mel aparentava certo cansaço em seus olhos e resolve servir o jantar, Mel me ajudou a colocar os pratos sobre a mesa e assim que viu que fiz lasanha, notei um sorriso alegre em seus lábios.

- Espero que goste.

- Adoro sua lasanha.

- Que bom, comemos em silêncio e assim que terminamos sentir que era hora da nossa conversa, tentei de todas as formas fugir daquela conversa, assim que terminamos de comer Mel me ajudou com arrumação da cozinha e nossa conversa já estava na hora de acontecer, assim que vamos a sala Mel fala:

-O que você quer conversar comigo Sam.

- Mel não sei nem por onde começar.

- Seja sincera e as palavras certas vão surgir.

- Primeiramente quero pedir desculpas pelo que aconteceu hoje de madrugada, não queria em nenhum momento de fazer sofrer ou brincar com seus sentimentos.

- Compreendo o que deve está sentido Sam deve ser um emaranhado de pensamentos e sem respostas.

- É isso, mas novamente tenho que pedir desculpas, nunca foi minha intenção de magoar, por isso tomei essa decisão.

- Que decisão?

- Mel enquanto não recupero minhas lembranças, preciso de um momento sozinha para me reencontrar comigo mesma e descobrir as coisas que gosto sem pessoas dizendo para me.

- Então isso significa que estou te sufocando.

- Ei, nunca somente quero um momento sozinha para me encontrar e quem sabe recuperar minhas memórias e voltar cem por cento segura de meus sentimentos, por você.

-E para isso precisa se separar de me.

- Sam se aproxima de Mel e tocando e olhando em seus olhos fala:

- Entende por favor preciso desse momento, isso não é uma separação e um reencontro de mim mesma.

- Eu achei que estávamos indo tão bem tirando por ontem.

- Mel, realmente preciso desse momento será que pode compreender.

- Mel se afasta e fala com a voz embargada: - Posso até entender, mas não espere que aceite isso assim, preciso de tempo para absorver.

- Eu sempre te amei desde a nossa adolescência, sabe como foi difícil ver você se casando com o Diego e construindo uma família e eu vendo e sabendo que nunca ia ser correspondida por você, quando finalmente meu sonho se torna realidade e casamos e somos felizes essa felicidade dura tão pouco, pois você sofre o acidente e o resto já sabe.

- Mel ..

- Mel se afasta de Sam e se senta no sofá e começa a chorar, percebendo o estado dela, Sam se aproxima e toca nos cabelos de sua esposa e quando Mel levanta os olhos para se olharem o coração de Sam bate mais forte e a mesma ver através dos olhos dela a dor que estava infligindo a mesma e seu coração se quebra, mas precisava daquele momento, pois aquela mulher merecia tê-la por completo sem medos e amarras.

- Me perdoa , Mel.

- Não preciso te perdoa, entendo e vou respeitar sua decisão. – Mel se levanta do sofá e já em pé fala fica nessa casa, aqui é o seu lar e quando tiver certeza das suas escolhas me procure, há mesma já estava indo a porta, quando bruscamente e virada por Sam que a beija nos lábios um beijo terno e assim que se afasta fala para sua esposa: Eu sempre vou te amar Sam, até logo.

- Até logo. – Assim que se ver sozinha na casa Sam chora, pois não queria perder Mel, mas precisava daquele momento.

- Dentro do seu carro Mel não sentia diferente chorava sem parar e pedia forças necessárias para agüentar novamente a dor de ver seu amor ser jogado ao vento por aquela que amava, mesmo sentindo que Sam amava e precisava daquele tempo a tristeza estava grande demais e Mel liga o carro e sai em disparada.

- Mel chega em  seu apartamento sem forças e assim que entra se deixa cair sobre o sofá e chora sem controle algum de seus sentimentos, fica nessa posição chorando e de repente liga para alguém e a pessoa que atende informa que está indo ao seu encontro.

- Sam não estava muito diferente de Mel se sentia péssima, pois sabia que sua atitude estava destruindo a relação tão frágil que estava se formando entre as duas, Sam liga para Carol o telefone toca e já estava caindo na caixa postal, quando sua filha atende.

- Mãe.

- Preciso de você.

- O que aconteceu, mãe?

- Tem como você vir aqui agora.

- Estou a caminho mãe.

- Meu amor preciso ir ao encontro da minha mãe não sei o que aconteceu, mas a voz dela mostra que não está bem.

- Vai lá meu amor ajudar sua mãe.

- Obrigada, Carol dá um beijo rápido em sua namorada e sai correndo. – No caminho até a casa de sua mãe liga para sua tia e o somente dava caixa postal. – O que será que aconteceu. – Assim que chega à casa de sua mãe e a mesma abre a porta já vai abraçando-a e chorando desesperada.

- Mãe. O que aconteceu?

- Eu pedi um tempo a Mel.

-Como assim?

- Disse que precisava de um tempo sozinha para pensar na minha vida e nos meus sentimentos.

- E o que tia Mel falou?

- Ela aceitou e saiu daqui chorando preciso de um abraço seu.

- Mãe eu estou aqui, Carol fica fazendo cafuné dos cabelos de sua mãe que entre os soluços do choro falava que estava com medo de perder sua melhor amiga e ao mesmo tempo seu amor.

- Vai dá tudo certo tenho certeza que ambas vão se entender confia no amor de vocês duas sentem uma pela outra mesmo não lembrando agora a senhora vai lembrar.

- Queria tanto lembrar esse acidente está destruindo minha felicidade.

- Não diga isso mãe, tenho certeza que tia Mel prefere mil vezes que esteja viva mesmo sem memória do que morta.

-Acho que sofreria menos.

-Não diga isso mãe, tia Mel de ama muito e tenho certeza que ela trocaria de lugar com senhora.

 - Eu tenho medo que acabe a perdendo.

- Carol faz sua mãe olhar para ela e fala: - Ela te ama e acredite no amor que as une.

- Sam fala sorrindo : Eu tenho a melhor filha do mundo.

- Sou a única por enquanto.

- Como assim?

- Antes de você sofrer o acidente estava pensando em ter outro filho com a tia Mel.

- Sério?

- Sim.

- Está vendo  por isso preciso ter minhas lembranças de novo.

- Você vai ter mãe.

- Assim espero Carol...

 

- Mel.

- Se levanta do chão quando escuta a campanhia tocando quando abre a porta cai nos braços daquela que era sua melhor amiga.

- Mel, o que aconteceu contigo?

- Eu quero morrer Marina.

- Me conta o que aconteceu, por favor?

- Sam mim pediu um tempo.

- Marina leva Mel até o sofá e faz com que a mesma deite em seu colo e fala palavras de conforto como sempre fazia quando seu amor precisava.

- Ei, sempre estarei aqui contigo.

- Obrigada pelo apoio Marina.

- Não, precisa agradecer você faria o mesmo por mim, como já fez outras vezes. – Mas mim conta como isso aconteceu?

- Mel conta como tudo aconteceu e Marina se alegra, mas não deixa transparecer e mostra sua maior fisionomia de apoio.

-Marina fica cuidando de Mel até que a mesma dorme em seu colo e a mesma se curva e dá um beijo próximo a boca dela e pensa: - Agora é minha vez de agir. – Sai do sofá com cuidado e vai para a cozinha e liga para aquela que seria seu trunfo a ligação foi atendida no terceiro toque.

            - Oi, Marina.

            - Olá. – Preciso que aja Mel e Sam estão separadas.

- Como assim?

- Isso mesmo que ouviu, preciso que aja junto a Sam.

- Farei isso apartir de amanhã mesmo.

- Conto com sua ajuda. – Assim que desliga volta para sala e fica admirando Mel dormir e fala em sussurrando: - Eu te amo e não vou perdê-la novamente.

- Quando Mel acorda no outro dia encontra Marina dormindo no tapete ao lado do sofá e decide sair sem acordá-la precisava de um bom banho, quase uma hora depois Mel já estava pronta, pois apesar de suas dores a vida tinha que continuar e tinha novos lançamentos para serem lançados na editora que precisava de seu aval, decide chamar sua amiga que ainda dormia placidamente.

- Marina, Marina....

- Hum, deixa mais um pouco, por favor.

- Vamos ainda tenho uma reunião. – Quando Marina abre os olhos encontra já vestida com sua calça social e blusa de manga cumprida na cor salmon e óculos escuros e um batom nude e um colar discreto.

- Aonde vai tão linda?

- Tenho uma reunião sobre um novo lançamento de um livro e minha vida não pode parar por meus problemas pessoais.

- Então deixa somente lavar o rosto e escovar os dentes.

- Espero aqui e te acompanho ao hotel, quando Marina já estava de saída Mel a puxa e abraçando-a fala: _ Obrigada, minha amiga, por todos os anos de amizade.

- Como disse ontem: - Sempre estarei aqui para você.

- Deixa Marina ir ao banheiro quando liga seu telefone tem várias mensagens de Carol.

-- Tia Mel, como à senhora está? Mamãe está arrasada.

- Mel responde: - Estou bem, cuida dela, por favor.

- Carol responde imediatamente: - Cuidarei nós vemos na editora, te amo muito.

- Claro que sim, te amo muito também...

- Marina volta e encontra Mel sentada no sofá mexendo em seu celular.

-Estou pronta vamos.

- Sim.

- No caminho Marina observa que mesmo tentando apresentar calma e que estava bem à mesma percebia que não era isso que estava sentido e sua raiva aumentava mais de Sam por fazer Mel sofrer daquela forma e pensa com total convicção que Sam não merecia o amor daquela melhor e somente ela, poderia a fazer feliz. - Assim que Mel se aproxima do hotel onde Marina estava hospedada fala: - À noite jantamos juntas?

- Claro, estarei disponível as 19:00 hs;

- Se caso aconteça algo e não posso vir aviso.

- Vai dá tudo certo e estarei esperando, por você.

- Sam.

- Sam acorda com sua filha entrando em seu quarto com uma bandeja de café da manhã.

- Trouxe para a melhor mãe do mundo.

- Obrigada, minha princesa.

- Como à senhora está?

- Melhor que ontem, mas ainda sinto uma angustia horrível.

- Carol toca a mão de sua mãe e fala: Tudo vai se acertar entre vocês duas.

-Sam dá um sorriso que não alcança seus olhos e Carol fala: - Falei com a tia Mel pelo whatsapp e a mesma informou que está bem e que cuidasse de você.

- Sério isso ou está falando para mim agradar?

- Verdade.

- E promessa é divida vou cuidar da senhora com todo o prazer.

- Agradeço a Deus por tê-la em minha vida, filha, você sempre será minha melhor escolha.

- Que bom. – As duas ficam conversando e em determinado momento Carol informa que precisa ir, pois tinha assuntos a tratar na editora.

- Eu também preciso ir para empresa vai ser bom, pois o trabalho irá me distrair.

- Então espero a senhora se arrumar e vamos juntas.

- Ao deixar sua mãe na empresa Carol vai para editora, assim que Sam entra em seu escritório encontra Júlia em uma ligação dá um pequeno gesto de movimento e entra em sua sala e decide passar o dia lá, não estava com disposição de falar com ninguém no momento.

- Júlia foi em sua sala informando que iria almoçar e perguntou se queria algo da rua, informei que estava com fome e continuei com a leitura dos últimos contratos que a empresa tinha fechado estou tão concentrada que nem escuto batidas na porta, somente percebo que não estava só quando sinto alguém tocando em meu ombro.

- Me viro assustada.

- Desculpe, assustá-la estou chamando há quase dez minutos como não respondia decide entrar.

- Não precisa se desculpar Érika estava concentrada, mas ao que devo a honra de sua visita.

- Queria saber se aceita almoçar comigo.

- Estou sem fome, fica para próxima.

- Por favor, odeio comer sozinha se não quiser comer, pelo menos mim faz companhia..

- Realmente Érika estou sem cabeça e sem animo, seria uma péssima companhia.

- Tenho certeza que jamais seria uma péssima companhia.

- Érika insiste e mesmo sem querer Sam acaba saindo e ambas decidem comer em um restaurante a beira mar e a conversar de ambas fluía sem problemas e Sam acaba contando por alto do acidente e que precisava fazer uma nova consulta para ver como andava seu progresso e Érika já convida para acompanha-la, Sam informa que não precisava, mas como a outra insiste acaba deixando e sem perceber Sam sai do almoço, mas alegre e fala:

- Foi bom ter aceitado seu pedido me sinto, mas leve.

- E o que foi que tinha antes?

- Problemas que prefiro no momento não comentar.

- Érika toca na mão de Sam sobre a mesa e fala olhando em seus olhos: - Pode contar comigo, mesmo tendo nós conhecido a pouco tempo, tenho um sentimento de amizade por você enorme ,não falo isso por ser minha patroa, mas admiro sua pessoa além de linda e generosa.

- Assim me deixa constrangida.

- Não fique,.

- As duas ficam conversando ainda percebendo que seu horário de almoço já está no fim ambas retornam a empresa e apartir daquele dia sempre que podiam almoçava juntas e Sam sentia segurança com a presença de Érika, mesmo não contando do que acontecia em sua vida, as duas sempre tinham conversa.

- Erika.

-Mesmo sendo um plano para separar Sam de Mel, acabei gostando da companhia de Sam, ela era generosa, tinha um senso de humor peculiar e seus olhos transmitiam paz, não estava sentindo bem em ajudar a separar as duas,mesmo sem se abrir muito sobre sua vida pessoal, percebia que tinha um problema grande e por isso a mesma não contava. – Quando Sam falou sobre a conversa com o médico, vir ali a chance de me aproximar para o ambiente familiar.- No dia marcado da tal consulta estava a espera de Sam que se encontrava sempre olhando o celular.

- Esta nervosa?- Está tudo bem?

- Sim, estou esperando a ligação de minha esposa faz uma semana que não nós vimos e ela prometeu que viria comigo nessa consulta.

- É por isso que está olhando tanto para o celular?

- Sim. – Vejo Sam guardando o celular e ficar observando as paisagens, percebe que a mesma no momento não queria paz e a deixei em seus pensamentos.

- Mel.

- Fazia uma semana que tinha saído de casa e esse tempo não mandei mensagens com Sam em nenhum momento, mas precisei fazer quando lembrei que a mesma tinha médico agendado e tinha prometido que iria acompanhá-la ,decidir mandar uma mensagem e a mesma respondeu me informando o horário, promete que estaria no horário e no local combinado, mas tinha acontecido um problema na editora com a impressão de um dos livros que lançaria amanhã e acabei me atrasando e quando saio da editora correndo, percebo que tinha esquecido o celular e não tinha tempo para retornar, decido ir assim mesmo sem celular e a cena que encontro ao chegar no consultório médico me deixa confusa..

- Sam.

- Tinha falado com Mel logo cedo sobre a minha consulta e no horário da consulta a mesma não tinha chegado, meu coração se entristece e entro com Érika já que não gostava de entrar em consultório médico sozinha, o médico faz alguns exames e pergunta se tive algum progresso e informo que às vezes tinha flashes de memórias, mas que ainda não tinha retornado, ele disse que isso poderia ser algum trauma que estava retardando o surgimento de minhas memórias, pois estava tudo normal, ele informou que a qualquer momento elas viriam e passou um remédio para dor de cabeça que às vezes estava tendo.

- Assim que saímos do consultório do médico Érika pergunta se estava bem e respondo que não, nisso ela me abraça e abraço novamente e quando escuto a voz de minha esposa:

- Posso saber o que está acontecendo aqui?

- Erika e eu nós distanciamos rapidamente do abraço e observo Mel que tinha um olhar diferente.

 

Fim do capítulo