PRÓLOGO
PRÓLOGO
Engraçado como os meses passam, mas a sensação que nos deixa é que foram apenas semanas. Fazia três meses que a gaúcha trocou a fria cidade de Porto Alegre, pela cidade litorânea da capital pernambucana. A loira parecia distraída vendo o noticiário.
— Isa será que dar para atender esse celular — gritou Isabela. — Luiza! — ralhou novamente, dessa vez ganhando a atenção da loira. — Seu telefone está tocando — avisa, apontou para o aparelho no centro da sala.
— Desculpa. — A loira pegou o aparelho e olhou para o visor. Estranhou, pois, não reconhecerá o número. — Alô — disse. — Alô — fala mais uma vez, — finalmente uma voz feminina soou do outro lado da linha. Para sua surpresa, era uma mulher querendo contratar seus serviços.
— É engano — disse a gaúcha. Se perguntando como aquela mulher conseguira seu número.
— Vanessa, — diz a voz engenhosamente macia. — Estou interessada nos seus serviços, pago o dobro do que costuma cobrar — ofertou a suposta cliente.
— Você não sabe quanto costumo cobrar — replica a loira.
— Não importa — afirma ela. O tom incomoda a prostituta —, pago o triplo. Essa é minha última oferta.
— Não obrigada! — rejeita.
— Vanessa…
A mulher insiste e a prostituta parece pensativa. Na verdade, as cifras soaram em seus ouvidos. Luiza não tinha o hábito de fazer programa com mulheres. Até tentou uma vez, quando um cliente insistiu para atendesse ele e sua esposa. Mas a experiência não foi nada agradável, pois, a esposa do homem acabou sentindo ciúmes da prostituta e o programa acabou em confusão. Desde então, a mulher vetou qualquer oferta de casais ou mulheres. Contudo, fazia pouco tempo que estava na cidade, naquele mês só tinha feito cinco programas. Logo teria que aumentar sua carteira de cliente, afinal, os boletos a pagar chegam com rapidez. Depois de uma breve conjectura ela aceitou.
— O.k. — dispara a prostituta — táxi e o motel são por sua conta — informou.
— Certo, amanhã às 20h00min, enviarei uma mensagem com o endereço.
A gaúcha encerrou a ligação. Ficou alguns minutos a pensar. Depois levantou-se e foi até a cozinha.
— O que foi? — perguntou Isabela.
— Estranho era uma mulher querendo um encontro.
— E o que tem de estranho nisso?
— Porque para o trabalho continuando usando o mesmo número, ou seja, o de Porto Alegre. No entanto, essa mulher ligou para o número que você me deu assim que cheguei a cidade. — Contrapôs.
— Estranho mesmo, Isa. Mas você aceitou?
— Ela vai pagar o triplo, como poderia recusar?
Isabela apenas sorriu.
— Pensei que não fizesse programas com mulheres.
— Acabei de me mudar, não posso me fazer de rogada. E só aceitei morar com você, se pudesse ajudar nas despesas.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
silverquote
Em: 19/11/2019
Eu não tenho palavras pra dizer o quanto amo essa história Mica.
Reler ela vai ser maravilhoso e eu não tenho dúvidas, é uma história que me marcou muito e nas primeiras linhas que eu comecei a ler a nostalgia bateu forte.
Um grande abraço e não abandone a gente! haha
rhina
Em: 23/10/2019
Oi
Boa noite
Não tenho certeza. Mas acho aue esta história é uma que me foi recomendada no mes de Janeiro deste ano por uma amiga. No entanto deixei passar.......agora aqui estoy.
Já gostei.
Rhina
Resposta do autor:
Que bom vê as meninas saindo da moita rssss
Obrigada pelo registro.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]