Cara, eu escrevi esse capítulo morrendo de rir
Capitulo 2 - Mas o que há de errado com esse colégio???
-AI, MINHA DEUSA, eu não acredito no que estou vendo - ela disse com um sorriso enorme nos lábios.
-O que foi?! o que tá acontecendo???
-Finalmente eu te encontrei! Você é a minha alma gêmea!
-haha - ri de nervoso - você está maluca.
-Não! - ela disse alto e séria. - olha você tem a mesma cicatriz no dedo mindinho. A gente fez isso enquanto fugia do convento, você não lembra? - olhei pra minha mão e vi o machucado que realmente nem lembrava onde tinha conseguido, olhei pras mãos dela e ela também tinha uma um pouco parecida, puxei minhas mãos com medo.
-Que convento? - minha voz saiu tremida
-você realmente não se lembra-ela disse rindo e tirando uma mexa do meu cabelo do meu rosto- A gente prometeu fugir daquele convento, na escócia. eu não lembro muito o ano, mas eu lembro daquele livro proibido que nós encontramos, lembra?
-Acho que você é maluca.
-Pode ser - ela riu - você sempre me dizia isso, depois que eu te beijava. - fiquei muito vermelha e senti o coração bater forte,fiquei paralisada e não conseguia responder nada que fizesse o mínimo de sentido. Que porr* de sentimento bizarro era aquele?! Laura me olhou contente com o que tinha causado e sorriu mais uma vez - Ah, não se preocupe, eu não tenho pressa. Vou esperar você se lembrar de mim. - Então ela se aproximou de mim bem séria e falou bem perto do meu ouvido: “daí, podemos terminar aquilo que tínhamos começado” senti um choque estranho pelo meu corpo, Laura me olhou mais uma vez e deu um sorriso muito, mas muito psicopático que minha perna tremeu, ela deu meia volta e saiu do quarto saltitando e cantando uma musiquinha.
-Mas que diabos foi isso? - foi a única coisa que consegui externar. Passado alguns minutos, meu coração já estava mais calmo, pois percebi que Laura não iria voltar ao quarto, fiquei imaginando se eu poderia dormir em outro lugar, de repente a tal professora parecia um anjo perto de Laura. - Que inferno de lugar é esse?! - consegui organizar as minhas roupas e calçados no armário, segundo o folder informativo eu deveria comparecer a lavanderia para pegar três mudas de uniformes novos. - Tudo bem, Nath, vai dar tudo certo. você só precisa respirar, provar que é uma boa garota e voltar pra casa. Vai dar tudo certo. - respirei fundo e troquei de sandália, de acordo com o mapa, a lavanderia ficava do outro lado do colégio, e eu precisava cruzar o jardim central e passar por um coreto que ficava perto de um bosquezinho. - coragem hup hup - dei três pulinhos e me alonguei estalando os dedos bem alto. andei de fininho até a porta e abri dando uma bela espiadinha do lado de fora. ninguém em volta, ufa. Saí tranquila e até assobiando feliz, nada iria me abalar. andei alguns metros, cruzei o canteiro central pleníssima, já estava na beirada lateral do colégio, algumas meninas estavam sentadas na grama, lendo livros, fofocando, jogando uns jogos que eu não conhecia, todas de uniforme. blusa social branca, saias e shorts pretos e claro tinha aquela sandália ridícula, algumas usavam tênis, e outras uniforme para esportes.
-ugh, perfeito. - reclamei um pouco alto demais, e as meninas que até então estavam ignorando minha existência, viraram sua atenção para mim - merd* - sussurrei baixinho, algumas me olhavam com olhar de curiosidade, algumas sorriam de forma amistosa… uma menina mega loira, e super produzida mesmo naquele uniforme ridículo, estava em volta de duas meninas que com certeza eram suas sidekicks me olhou com uma cara de nojo e virou o rosto, as sidekicks me olharam e imitaram a loira “certo essa é a popular e riquinha, não se misturar” fiz a anotação mental. fingi que olhava o prédio e passei por elas tranquilamente, enquanto ouvia a garota murmurar sobre minhas roupas - ugh. - resolvi ignorar e logo a frente vi o coreto, aquela parte já estava meio vazia, atrás o verde do bosque contrastava com o branco do coreto, era uma paisagem linda, o cheiro das árvores já podia ser sentido dali, fui andando bem devagar, e vi que tinha uma pessoa no coreto, aparentemente era uma menina de cabelos bem curtos, ela estava virada de costas com uma dessas câmeras gravadoras mega antigas, tipo da bruxa de blair e com o olho vidrado na lente, ela parecia falar sozinha, “aqui só tem gente doida”.
Olhei em volta procurando o prédio anexo da lavanderia - droga - vi que tinha esquecido o folder com o mapa em cima da cama. Resolvi me aproximar e perguntar pra garota onde era a lavanderia, subi as escadas sem fazer barulho, foi quando pude ver o que a garota estava filmando. Era outra garota morena, que estava sentada num estrado de ioga bem perto do bosque, o corpo dela era perfeito, estava usando roupas de natação um maiô preto bem colado, seus cabelos eram longos e meio ondulados, ela estava fazendo a posição de lótus, e estava de costas para nós, logo percebi que ela estava filmando a garota de forma escondida, e fiquei paralisada, sem saber o que fazer.
-Isso Prih, faz a posição do gato pra mim, hummmm, - disse a garota de cabelos curtos enquanto a morena se movimentava numa nova posição - isso.
-ahem- limpei a garganta, ela se virou assustada e com olhos arregalados e fechou a telinha da câmera. - Oi tudo bom? licença, desculpa se te assustei - falei sorrindo e a garota tentando voltar ao normal começou a ficar vermelha.
-Oi, er… você me assustou um pouquinho mesmo.- ela riu amarelo.
-haha desculpa, é que estou perdida, não sei onde fica a lavanderia.
-ah sim - ela riu - você precisa entrar por aquela porta ali - falou apontando pra uma porta meio longe num prédio na lateral.
-Ah, obrigada, meu nome é Nathália, eu sou nova aqui.
-ah, pode me chamar de Deniz, prazer.
-prazer.- estreitei os olhos - você estava filmando aquela garota? - Deniz arregalou os olhos e voltou a ficar vermelha..
-Ah, não, não mesmo - começou a rir de nervoso - eu estava filmando o bosque, ele é assombrado, sabia? - dei uma risada interna e tentei disfarçar o prazer em vê-la naquela situação difícil, eu adoro deixar as pessoas em saias justas. que baita mentirosa, foi pega com a boca na botija, na verdade com os olhos…
-ah, sério? - falei tentando imitar surpresa.
-Ah sim, uma das professoras foi enterrada aqui, dizem que ela morreu de desgosto de amor.
-Que trágico! - fingi estar estarrecida. - então é melhor eu ficar longe dali.
-Sim eu aconselho, eu estou fazendo um filme sabe?
-Ah, é?
-Sim, eu vou ser uma diretora de filmes de terror melhor que o Estevan King. - franzi o cenho, será que ela se referia ao escritor Stephen King?
- E já tem o nome do seu filme?
-ainda estou pensando, eu quero fazer referência ao assassino da motosserra e Carrie, a entranha. - (“Oi????” pensei mentalmente não era assassino da serra elétrica e Carrie, a estranha? Que menina bizarra) - Ah os nomes são esses mesmo é que são filmes “B” mega secretos e amaldiçoados, o bagulho é tipo “O chamado” mesmo - ri sem graça - Seven days - ela continuou tentando ser engraçada e imitando a voz da Samara no telefone.
-Entendi - falei sorrindo, mesmo sem entender muita coisa do que ela falava - te vejo por ai, virei de costas pra ela e dei de cara na menina da Ioga.
- Oi gatinha, você é nova por aqui!.
-ãn..., sim - falei com um sorriso meio sem jeito.
-Prazer, sou a Priscila, mas você pode me chamar de Prih.
-Er.. prazer. Meu nome é Nathália.
-Hummm, que nome bonito, posso te chamar de Nath?
-Sim! - sorri amarelo. - A garota passou por mim e percebi que Deniz começou a tremer- Oi Denize. - ela disse num tom sexy e desnecessário, e puxou a bochecha da outra garota que corou imediatamente.
-O..i. Tu..tudo bom, Prih?
-Pra você sou Priscila, já te falei isso. - continuou a morena com a voz sexy.
-Desculpa - disse Deniz - por favor me chame de Deniz- a morena foi até as costas de Deniz e começou a massagear, eu já não estava entendendo nada daquele joguinho, Deniz fechou os olhos.
-Tudo bem... DENIZE, - a morena fincou as unhas nos ombros de Deniz - posso saber por que estava me gravando de novo? - Deniz engoliu em seco e se encolheu.
-Quê?!? - falou Deniz num grito - E..eu não estava te gravando, eu estava gravando o bosque maldito, saca?
-aham, sei - Priscila, tirou as mãos de Deniz e bateu um pó imaginário do alto do ombro dela - A próxima vez que eu te pegar fazendo isso, você sabe o que vai acontecer não é?! - disse em tom de ameaça.
-Sei, sim - Deniz falou olhando pro chão. - Eu juro que eu estava film…
-Xi xi xi, calma, bebê - Priscila colocou um dedo sobre os lábios de Deniz - tá tudo bem... Por enquanto - ela se virou e foi saindo.
-e você Nathyzinha, quer ir comigo à piscina? você pode passar protetor solar em mim? - ela deu uma piscadinha de olho.
-Ah, não. não, obrigada. eu preciso resolver umas coisas na lavanderia.
-Ah, que pena - disse ela em falso tom de tristeza e logo deu um sorriso meio torto - então te vejo por aí - ela beijou a mão, soprou o beijinho de volta pra mim e saiu. Quando ela se afastou Deniz deixou cair a postura.
-Ah, man!!! eu sou uma merd*.
-Posso te jurar que não entendi nada do que acabou de acontecer.
-hum- falou ela amuada - nem precisa entender, isso é mega complicado.
-Acho que posso entender. - incentivei ela falar, mas ela fez uma cara triste.
-talvez um outro momento, acho que vou pro meu quarto, foi um prazer te conhecer.
-prazer foi meu. - Deniz, pegou suas coisas e seguiu o mesmo caminho de Priscila, uma ventinho frio começou a bater e dei graças a Deus por estar usando o meu moletom amarelo da sorte. Segui até a lavanderia, cheguei lá bati na porta, como ninguém atendeu fui entrando. o local era mega abafado e quente, ao fundo tocava uma música antiga parecia saída de uma vitrola de vinil, que de fato era. uma mulher de costas e usando um uniforme azul bebê passava alguma peça de roupa com o ferro, ela estava cantarolando.
-Boa tarde - falei bem suave.
-AI, MINHA SANTA MAURA DE TROYES!!!, MENINA DO CÉU! Que susto - abaixou o volume da música.
-Desculpa, eu bati na porta mais ninguém me atendeu.
-Ah sim, é que eu estava distraída, não fala pra diretora - ela riu sem graça.
-Ah, não conto não - ri com ela.
-Você é a garota nova. - ela afirmou - suas coisas estão naquele plástico, espero que caia bem em você.
-Ah, obrigada.
-Ah pegue essas caixas também, são os seus sapatos. 36 certo?!
-Sim - fiquei surpresa, nem sabia que meu pai lembrava das minhas medidas, mas fiquei feliz por aquele ato pequeno dele. obrigada.
-De nada Gatinha, se não der certo vem aqui trocar.
-Ta bém. - peguei as coisas, eram muitas, três caixas de sapato e três cabides no plástico. foi difícil passar pela porta, tive que atravessar de lado, as caixas e os cabides grandes tampando quase todo meu campo de visão, quando finalmente consegui passar, eu bati em alguma coisa na minha frente, os cabides voaram pra um lado e cada caixa foi pra um lugar diferente, perdi o equilíbrio e meu corpo foi pendendo pra frente, e de repente foi tudo muito rápido… eu caí em algo macio e ouvi um gemido de dor abafado em baixo das roupas que estavam embaixo de mim…
-Ai, meu Deus… - tentei retirar rapidamente as roupas de cima da pessoa, quando finalmente consegui, me vi em cima daquela menina loira e riquinha de antes… MER..DA, ela estava com os olhos fechados e com uma expressão de dor na cara, e começou a gem*r baixinho com a mão na cabeça. Agora que eu estava vendo de perto, o rosto dela era perfeito, meu braço estava encostando na pele dela, e céus! como era macia!!! o que estava acontecendo??? ela abriu os olhos, senhor que olhos azuis eram aqueles! Ela parecia uma deusa, e quando me viu ela me olhou super séria no fundo dos meus olhos e o que eu não imaginava aconteceu: seus olhos desceram pra minha boca e ela mordeu os lábios de uma forma que eu nunca tinha visto… muito sexy. Mas o que há de errado comigo e com esse colégio?! As amigas dela viraram a esquina e viram a cena e vieram correndo.
-Carol! Carol - As duas gritavam.
-Sai de cima de mim! sua desastrada! - Disse a loira agora com expressão de raiva.
Fim do capítulo
Espero que gostem, por favor, comentem!!!
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