• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Chuva e lágrimas
  • Único

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O Destino de Vonü
    O Destino de Vonü
    Por Alex Mills
  • O
    O Amor Não Existe
    Por Endless

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Chuva e lágrimas por danin

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 1491
Acessos: 658   |  Postado em: 16/09/2019

Único

 

E cá estou eu, tomando meu chá, com o computador aberto em uma página em branco, escrevendo bobagens, numa tentativa desesperada de desatar esse maldito nó na minha garganta. Eu sei que isso não vai adiantar porr* nenhuma, mas estou nesse apartamento vazio me sentindo sufocada. Já não tenho mais lágrimas para chorar e gritar não adianta, porque não tem ninguém pra ouvir. Você não está aqui pra ouvir.

Pra piorar é dia de chuva. Eu nunca pensei que a chuva iria me fazer chorar. Lembro de como gostava da chuva. Era engraçado ver que quanto mais forte a chuva, com mais raios e trovões, mais animada você ficava. E ficava encarando a janela por horas, admirando as gotas caindo. Agora sou eu aqui, sentindo minha lágrima escorrer pelo meu rosto na mesma velocidade que uma gota de chuva escorre pela janela. 

Eu nunca entendi esse seu amor pela chuva, mas sempre achei incrível. Sua mãe disse que você sempre foi assim. Enquanto as outras crianças choravam com medo das tempestades, você ia pra janela. E se ela não ficasse de olho em você, você saia pra tomar banho de chuva. De todos os motivos que me fizeram amar você, esse era o principal. Era o principal porque era algo que te fazia única. Nunca ouvi falar de alguém que amasse tanto a chuva quanto você. Era incrível seu entusiasmo. Era incrível você sentir o cheiro da chuva se aproximando antes de todo mundo. E era ainda mais incrível ver seu sorriso quando as primeiras gotas de chuva caiam em seu rosto.

Hoje, quando a chuva começou a cair, ainda estava claro e eu não percebi. Não tenho seu dom de perceber a chuva antes mesmo dela começar. Quando reparei ela já estava caindo forte. Por quase um segundo eu achei que a chuva seria indiferente. Mas foi o contrário. Ao me dar conta da chuva lá fora fui inundada por uma mistura de amor e dor. Saudade e solidão. Carinho e medo. Quando eu percebi, estava aos prantos, jogada no chão. Como algo tão banal quanto a chuva, podia desencadear em mim esse furacão de sentimentos?

Mas com você sempre foi assim, né? Um furacão de sentimentos. Desde o primeiro dia que a gente se falou. Eu sempre te vi na sala de aula, de longe. Sempre admirei você. Te achava incrível, inteligente, dona de si... e linda. E distante. Até que um dia, de repente, você me chama pro seu grupo de estudos. A gente era da mesma sala, já tínhamos nos falado. Mas a gente não era próxima. E, do nada você me chama pra fazer parte do seu grupo. Lembro que nem gaguejei pra dizer “sim”.

Nosso grupo tinha cinco pessoas. Era um bom grupo. A gente se ajudava nas provas e nos trabalhos de faculdade. Nos tornamos cada vez mais próximos, mais amigos. Eu me tornei mais próxima de você. Cada vez mais. A gente estava sempre conversando. Tínhamos gostos parecidos. Liberdade pra falar de tudo. De repente eu percebi que eu ficava mais feliz ao seu lado. Percebi que eu queria estar sempre ao seu lado. Pensava em você o dia inteiro. Tudo que acontecia comigo eu queria contar pra você. Eu sabia que você iria comemorar comigo as coisas boas e me consolaria, se fossem coisas ruins. Assim como eu estava sempre pra você, em qualquer momento, pra qualquer coisa.

Você não foi a minha primeira mulher. Houve outras. Eu sempre soube que seria assim. Mas não estava preparada pra chegada desse dia. A gente estava vendo filme no sofá da sala. Parece até cena de filme da sessão da tarde. Você pegou na minha mão. Era pra ser só um gesto comum, mas eu senti um frio na barriga, um arrepio na nuca. Num ato involuntário apertei sua mão. Você apertou de volta. E depois só me lembro da gente se beijando.

Nunca me senti tão feliz e com tanto medo na vida.

Os relacionamentos que tive com outras mulheres foram apenas aventuras. Casos de uma noite ou poucos dias. Era uma coisa só minha. Nunca falei pra ninguém. Não que fosse segredo. Mas ninguém nunca perguntou e nunca tive vontade de falar. Só que você apareceu. E eu não fazia ideia de como seria depois.

Você sempre foi resolvida. Sabia quem era e qual seu lugar no mundo. Apesar disso, você teve paciência comigo. Me ajudou. Me deu a mão. Esteve ao meu lado durante minhas crises de adolescência depois de adulta. Me sentia ridícula por estar com medo de falar com meus pais mesmo tendo 25 e morando sozinha. Você, com toda sua calma, me pegava no colo, fazia carinho no meu cabelo, e dizia que ser quem somos é complicado, que não havia momento certo e que estaria ao meu lado, independente do que acontecesse.

E foi isso mesmo que você fez. Esteve ao meu lado durante os longos meses de brigas com meus pais. Me consolou, me apoiou e muitas vezes chorou comigo. Mas permanecemos juntas. Até que eles resolveram me aceitar como sou. E te aceitar como minha namorada. E finalmente tivemos paz.

Na sua casa não tivemos problemas. Desde o primeiro almoço na sua casa, me senti parte da família. Sua mãe me deu o colo e os conselhos que eu precisava enquanto estava brigada com meus pais. Ela me contou histórias da sua infância, me mostrou fotos e fez comidas deliciosas.

Com o apoio da sua mãe, nosso relacionamento foi ficando mais forte. Você passou a dormir no meu apartamento. Quando dei por mim, suas coisas já estavam aqui. Já estávamos morando juntas. E por mais difícil que tinha sido o dia, só de te ver a noite, minha energia se renovava. E me dei conta que eu já tinha tudo aquilo que sempre sonhei: minha faculdade, meu trabalho, meu apartamento e você. Nosso relacionamento sempre foi tranquilo. A gente sempre se apoiou em tudo. É claro que não era perfeito. A gente discutia. Mas depois que a gente acalmava, entravámos em um acordo.

Os fins de semana que chovia eram os melhores. A gente abria um bom vinho e ficava em frente a janela vendo a chuva escorrer. As vezes a gente conversava sobre a vida. Outras vezes a gente ficava calada ouvindo o barulho da chuva, sentindo o gosto do vinho e aproveitando o carinho da outra.

Hoje é sábado. E está chovendo. Era pra ser um desses “melhores dias”. Mas continuo aqui sozinha, em frente ao computador, escrevendo essas lembranças desnorteadas pra vê se alivia um pouco esse vazio que estou sentindo. Esqueci de beber o chá e ele já esfriou. A chuva ainda cai lá fora, agora mais leve. Mas ainda assim, cada vez que cai uma gota eu sinto que me rasga um pedaço.

Acho que seria melhor se a gente tivesse brigado e se xingado. E que tivesse sido tão feio ao ponto de você pegar suas coisas e ir embora. Ou que você tivesse se apaixonado por outra pessoa. Ou que você fosse estudar em outro país. Sei lá... Qualquer coisa! Talvez eu estaria aqui da mesma forma: em frente ao computador, escrevendo bobagens, com meu chá frio. Talvez a chuva iria me deixar aos pedaços da mesma forma. Talvez eu iria chorar todas as noites, gritando seu nome em meio aos xingamentos, te amando e te odiando ao mesmo tempo. Mas uma coisa eu teria certeza: teria sido uma escolha sua. Não estaria no desespero do vazio em meu peito das palavras não ditas.

Era quarta-feira. Ônibus cheio, pessoas esbarrando, telefones tocando, gente conversando, barulhos de teclas de computador, almoço esquentado no micro-ondas. Rotina. Cansaço. No fim do dia chego no apartamento e você não está. Estranho, já era pra ter chegado. Mas ok. Deve ter atrasado. Encontrou um conhecido e distraiu da hora. Era impressionante como você sempre tinha assunto.

O telefone tocou.

Quase não reconheci a voz em meio aos soluços. Mas era sua mãe. Entre os soluços e o barulho do outro lado da linha, eu ouvi sua mãe dizer. Sem rodeios e sem pausas. Ela se foi. Simples assim. Não ouvi mais nada. Não me lembro nem se desliguei a chamada. Me senti no meio de uma implosão. Nosso apartamento, nossas lembranças e nossos sonhos caindo sobre mim. Me senti caindo num buraco negro, escuro e sem fim. Uma solidão tão grande que me sufocava. Chorei tanto que acabei dormindo no chão da sala, onde a gente gostava de ficar.

Acordei com sua mãe me chamando. Seus olhos inchados e vermelhos tanto quanto os meus. E os dias passaram. Velório, enterro, pêsames, comida sem gosto, noites de luzes acesas, sensação de vazio no peito, aperto no estômago, lágrimas, saudade... Até que sábado chegou e começou a chover. Então eu fiz um chá, abri uma página em branco no computador, escrevi bobagens, numa tentativa desesperada de desatar esse maldito nó na minha garganta...

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]

Comentários para 1 - Único :
Rosa Maria
Rosa Maria

Em: 20/06/2020

Danin...

Belo conto triste e intenso ao mesmo tempo adorei...

Beijos

Rosa.

 

Aproveitando...Me aventurei a publicar uns contos no site também, se puder dar uma olhada agradeço

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Vanderly
Vanderly

Em: 09/10/2019

Que triste. Parece com minha vida.

A diferença é que ela foi embora e não quer falar comigo.

Boa noite.

Beijos.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web