Tempestade por Ana Pizani
Capítulo 17 - O Fim
“Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor”
Caetano Veloso
Aline estacionou e abriu a porta para que Débora descesse. Entraram no elevador vazio e meio minuto depois estavam na porta do apartamento.
Débora enfiou a chave na porta para destrancá-la quando sentiu a mão de Aline no seu rosto:
_ Você sabe que se eu entrar agora eu não vou sair até que tenhamos chegado no fim dessa história. Eu sem bem que eu amo você e só preciso acreditar que você também seja capaz de me amar e acima de tudo, me respeitar. Haverá milhares de mulheres atrás de você e é claro que também aparecerá alguma louca interessada em mim, o que não podemos é arriscar algo que vamos construir com amor por um momento tolo de prazer.
Débora conseguia enfim, sorrir. Aquilo parecia ser um sim, o sim que ela tanto esperou para escutar.
_ Você está me fazendo a mulher mais feliz do mundo ao dizer isso. _ Débora destrancou a porta e elas entraram. _ Espera só um minuto. _ Débora fez sinal para que Aline se sentasse e sumiu para dentro do quarto.
Segundos depois, ela voltou com uma pequena caixinha na mão e caiu de joelhos aos pés de Aline:
_ Sei que você preza muito por esses rituais e sinceramente eu não consigo pensar em outra coisa que não seja isso desde que você voltou. Sei que estamos pulando algumas etapas, mas cada relacionamento é único e nós perdemos muito tempo durante todos esses anos em que ficamos. Então, semana passada eu comprei algo e era para te dar em uma ocasião especial, só que não consigo pensar em momento melhor que este.
Aline ficou sem reação. Débora abriu a caixinha deixando à mostra um lindo anel.
_ Aline, você aceita se casar comigo? _ os olhos de Débora estavam tão alegres que nem parecia a mulher chorosa de minutos anteriores.
_ Claro que eu aceito. Eu amo você muito!
E se beijaram apaixonadamente.
Até o celular de Aline tocar:
_ Sua babaca, a Rosa me ligou aqui. Como você pôde fazer isso com ela? Sua idiota, ela está péssima e estou me arrumando para ir vê-la agora.
_ Luíza, você tem razão. Eu fui uma babaca e sei que nada que eu diga pode mudar o que eu fiz, mas saiba que eu me arrependi e que eu vou me casar.
Luíza estava terminando de se vestir e conversava pelo viva-voz. Parou naquele instante em que o verbo “casar” apareceu no meio da sentença.
_ Você vai casar? Amiga, você bebeu?
Aline riu alto, há tempos não dava uma boa gargalhada.
_ Sim, isso mesmo. Débora me pediu em casamento.
Luíza começou a xingar e ao mesmo tempo a rir ao telefone. Acabaram desligando e combinaram de se ver no dia seguinte. Enquanto isso, Débora e Aline aproveitavam o primeiro momento feliz de muitos...
Fim do capítulo
Eu quero agradecer a todas as pessoas que acreditaram nessa história e que tiveram paciência com os meus sumiços.
Cada comentário contribuiu para que essa história crescesse dentro de mim.
Obrigada do fundo do coração.
Beijos ;)
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dannivaladares
Em: 16/09/2019
Ana,
Muito grata por compartilhar esse romance meigo, simples, mas forte ao mesmo tempo.
Adorei.
Parabéns!
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