Capítulo 22:O início do relacionamento: tudo é um mar de rosas...mas...
# Laura
Como combinado, assim que acordei, liguei para Ana para marcamos de sair, estava morrendo de vontade de revê-la. Peguei o jornal e sai lendo para vê se tinha algo de bom para fazer na cidade em pleno domingo a tarde. Procurei um programinha light.
-Oi amor...estou com saudades- falou com uma voz manhosa...
-Oi minha linda, lhe acordei?! também estou com saudades...
-De forma alguma, nos veremos hoje, né?!
-Claro, só depende de você- sórri
-Hum...você tem algo em mente?!
-Até tenho. Mas prefiro ouvir seus planos...
-Pensei em irmos ao cinema...o que achas?!
- Acho ótimo...o que você acha de antes do cinema, irmos na estação vê o pôr-do-sol?! esta fazendo um domingo lindo...
-Acho ótimo...que horas nos encontramos? e onde também?
-Hum...na estação pode ser? gostaria de ir buscá-la em casa, mas achei melhor não forçar a barra...tinha que respeitar o tempo dela...afinal como ela mesma havia falado, estava tudo muito novo em sua cabeça...
-Combinado...beijos
-Beijos minha linda...
Combinado local e horário para nos vermos, agora era rezar para as horas passarem rápido. Entretanto, o relógio estava de mal comigo ou era eu que olhava para ele de 5 em 5 segundos e o ponteiro parecia não se mover?! -pensei. Resolvi comer algo, liguei a tv e para variar nada de bom passando. Escolhi um cd e coloquei What can I do – the corrs e ao som deles deixei com que a música invadisse todo o ambiente. Para tudo ficar perfeito, só faltava Ana comigo. Acabei adormecendo, só despertei com o celular “avisando” que estava na hora de tomar um banho e ir encontrar Ana. Escolhi uma roupa que além de me deixar confortável, também me fizesse fugir das tradicionais roupas que era “obrigada” a vestir durante a semana no escritório. Escolhi uma calça jeans básica, uma blusa e para completar um tênis. Pelo menos nos fins de semana, me dava ao luxo de me vestir como gostava- pensei. Nada de maquiagem, irei ao natural mesmo-pensei. Peguei as chaves do carro e seguir rumo a Estação das Docas.
Como não enfrentei trânsito o percurso todo, rápido estava estacionando o carro, olhei no relógio e faltava pouco para o horário que havíamos combinado. Achei melhor ir esperá-la, só então me toquei que mesmo a estação não sendo tão grande não tínhamos combinado um local específico lá dentro. Liguei para o seu celular.
-Oi...já estou na estação lhe esperando...
-Eu sei que já está!- começou a rir
-Como você sabe ? virou vidente?- entrei na brincadeira
Neste momento percebi que alguém, tocou meu ombro. Ao virar, era ela falando comigo no celular e rindo ao mesmo tempo. Desligamos os aparelhos e ela me abraçou. Que abraço gostoso, falei ao pé do ouvido dela. Estávamos em local público, mas como não devo satisfações dos meus atos, por mim ficaria naquele abraço por horas, mas ela achou melhor nos afastamos. Decidimos caminhar. Sentamos, tomamos um gostoso sorvete de açaí em uma sorveteria muito tradicional na cidade, a Caíru. Ficamos a observar não apenas aquele lindo espetáculo da natureza que era o pôr-do-sol como também os casais de namorados que se encontravam naquele local, crianças que corriam, turistas que como nós estavam a contemplar aquela maravilhosa obra da natureza que nem mesmo o mais talentoso dos pintores poderia capturar tal perfeição.
O filme que combinamos de assistir era PS: te amo e já estava praticamente em cima da hora, seguimos em direção ao cinema. Acho que por ser um filme romântico, haviam poucas pessoas na sala de exibição. O que seria ótimo, pois assim assistimos todo o filme de mão dadas. Algumas vezes Ana me roubava um beijo, outras era eu. Acabou o filme, infelizmente, pois estava bom demais poder beijá-la no escurinho do cinema. Decidimos por fim lanchar, passear um pouco no shopping, já que foi lá onde fomos assistir ao filme. Descobri que ela adora jogar, de longe fiquei a observar ela dirigindo aqueles videogames de corrida. Quando “cansou” veio sentar-se ao meu lado, encostou a cabeça no meu ombro e baixinho falou que estava morrendo de saudades do meu beijo. Olhei para ela e sorri.
-Sabe o que eu queria agora?!- falou com uma cara de menina sapeca pronta para fazer uma travessura
-Hum...não faço idéia, diga?!
-Queria lhe beijar! -Aqui?!- falei olhando para ela
-Olha...não seria má idéia..Mas não gosto de dar show...e certamente seria o que aconteceria...a princípio estava séria, depois começou a rir...
-Hum...você me enche de idéia e depois me deixa na mão?!- fingir estar brava com ela
-Vamos sair daqui, que prometo colocar a minha idéia do beijo em prática e foi se levantando...fiz o mesmo...
Paguei o bilhete, do estacionamento e fomos para a garagem do shopping pegar meu carro. Nem bem entramos e ela foi logo me agarrando. Deixei ela me levar, sempre fui de ser a dona da situação, agora estava totalmente entregue nas mãos de uma menina, menina-mulher aos meus olhos. O beijo, que até então começou de uma forma tão urgente, aos poucos foi diminuindo a intensidade e ficou calmo, carinhoso, sem nenhuma pressa. Mas por descuido, minhas mão que até então estavam em sua cintura estavam escorrendo para suas pernas. Como ela estava de saia, fui subindo lentamente a saia que ela usava. Pareceu que dei um choque na menina ou coisa do tipo, porque da mesma forma que ela começou a me beijar de forma urgente ao adentrarmos no carro se afastou de mim se recompondo. Não entendi absolutamente nada, minha cabeça estava dando voltas.
-Desc...des...desculpa,Laura...estava visivelmente nervosa
-Fiz alguma coisa de errado?! estava preocupada...
-Você não fez nada de errado...falava, mas não me olhava nos olhos
-Se não fiz...menos mal...mas então porque se afastou tão bruscamente de mim?!
-Eu...tenho...uma coisa...para...dizer enquanto falava, parecia buscar coragem e ar no pulmão...
-Seja lá o que for, estou lhe ouvindo...e estava, se não tinha feito nada de errado, por que ela ficou daquele jeito?!
-Eu...eu...eu sou virgem!. pronto, falei...agora pode rir!
-Me dê um bom motivo para rir de você?! . falei e virei seu rosto para que ficássemos frente a frente…
-Você é uma mulher vivida...de certo nunca ficou com uma mulher virgem...pode me chamar de estranha!
-Olha, você não é estranha...estás falando do seu corpo...se não encontrou a pessoa certa...ou até mesmo o momento certo...é uma questão de escolha, sua e somente sua...se acha que não está preparada, não dê ouvidos aos que os outros falam...pense em você...quando encontrar a pessoa certa, saberá que aquele também será o momento certo de se entregar...enquanto falava, ela me olhava como se não acreditasse em minha palavras ou na atitude que estava tendo perante sua “revelação”...
-Obrigado por me respeitar, por me respeitar- me abraçou...
Ficamos um tempo abraçada, ela beijou meu rosto e quando ia saindo do carro a peguei pelo braço.
-Onde você pensa que vai a essa hora?!
-Hum...vou para casa...por que?!
-Você já viu o horário?!
-Calma...vou chamar um táxi, pelo aplicativo...ou aqui mesmo tem um apontou para o ponto de táxi
-Negativo...faço questão de levá-la em casa!
-Você vai se desviar e muito do seu caminho...
-É impressão minha ou você está querendo se livrar de mim?!
-Me livrar de você?! jamais!
-Sei que tudo está acontecendo muito rápido, mas me deixe levá-la para casa...esta tarde...ficarei mais calma, sabendo que chegarás sã e salva, por favor...fiz cara de cachorro “pidão”...
-Olha...você devia ter feito advocacia, sabia?! me convenceu...aceitarei sua carona...vamos?!
-Como você foi para a estação, mocinha?!
-Bom, como meu irmão saiu com o carro, vim de ônibus...o Gustavo veio de segurança! falou séria
-O Gustavo que eu e você conhecemos?! de segurança? ah ta...aquilo ali se vê uma barata só falta enfartar...comecei a rir e ela se juntou a mim...
Entrou novamente no carro e fui deixá-la na sua casa. Desviaria e muito do caminho de casa, porque morava no centro e Ana em um condomínio fechado na Rodovia Augusto Montenegro. Mas para passar mais algumas horas com ela, valéria qualquer esforço e que esforço bom - pensei. A deixei na porta da sua casa, como meu carro era peliculado, deu tempo de nos beijamos.
-Obrigado pelo passeio...obrigado por tudo...inclusive pela carona...estava sorrindo enquanto falava
-Não precisava agradecer...sempre que precisar de uma motorista, é só ligar...você tem meus números, será uma honra- falei rindo
-Olha que assim você me deixa mal acostumada...continuava a sorrir...
Nos despedimos e esperei ela entrar em casa, antes de fechar a porta ainda mandou-me um beijo. Após este gesto, fui embora. Durante todo o caminho, com um sorriso de orelha a orelha tamanha era minha felicidade. Demorou um pouco e estava em casa. Adormeci com o pensamento em Ana. Apesar de esta um pouco atordoada com a revelação dela ser virgem, foi surpresa, porque nunca tinha me envolvido com uma mulher virgem. Todavia, se a pessoa que ela escolhe fosse a mim, saberia esperar e mesmo que não fosse continuaria a respeitar, a respeitei desde nosso primeiro encontro, não seria agora depois dela ter confiado em mim para revelar-me que era virgem que iria desrespeitá-la. O fim de semana, foi perfeito. Enfim cheguei em casa e adormeci pensando nela e na revelação.
Fim do capítulo
Bjs meninas e excelente semana a todas...
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