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Cartas na mesa
Não .
Esse foi o primeiro pensamento que invadiu minha mente. A mesma palavra ecoava no vazio que tinha se tornado meu cérebro.
Não. Não. Não.
Minhas mãos começaram à tremer e percebendo essa deixa, Luke imobilizou meus dedos e arrancou à arma das minhas mãos. O barulho do metal se chocando na madeira me despertou. Encarei-o pela primeira vez.
- Você? Não pode ser..
- Possível?- Completou com o sorriso irônico. - Desempenhei muito bem o meu papel não é Sophie?
Luke caminhou calmamente até onde Piper estava deitada. Se ajoelhou, ergueu a mão para tocá-la.
- Se relar nela as coisas vão mudar!- Gritei correndo e me postando à frente dela. Ele riu se levantando.
- Porque acha que eu faria isso? Meu alvo é você. Tentei te tirar da jogada, mas o carro não te acertou direito não é?
Olhei-o chocada.
- Aquilo não foi um acidente..?- Murmurei.
- Claro que não use o seu cérebro brilhante pra alguma coisa!
Meu cérebro. Uma idéia.
Tinha um GPS no meu carro. E o do meu celular sempre ficava ativado. Jason iria perceber que eu estava fodida. Uma hora ele viria.
Assim eu esperava.
Eu tinha que ganhar tempo. Enrolar. Fazê-lo falar, antes que ele me matasse e matasse Piper. Ótimo plano Sophie.
- Porque fez isso? FBI não estava te pagando bem?- Alfinetei.
Ele riu debochado.
- Sabe quanto se ganha em uma brincadeira como essa? Mais de cinco dígitos na sua conta bancária. A tentação era bem grande sabe
- Pensei que estivesse trabalhando contra Reed, que queria tomar os negócios dele.- Enquanto falava andava devagar para trás na direção da minha arma. Precisava de um plano B.
- Só um louco iria contra ele! E foi o que aconteceu com o primeiro amiguinho à visitar o necrotério. Ele abriu a boca para as pessoas erradas e falou demais. - Passou a mão nos cabelos loiros. Sorriu para mim
- Agora resta tirar você do jogo. Nunca tive nada contra você, pelo contrário. O apelido Sherlock lhe cai muito bem. Me chamam de Hermes,mas eu poderia chamá-la de Atena minha cara. - Continuei andando devagar, chegando perto da minha arma me abaixei para pegá-la. Pensei que ele estivesse alheio à situação. Ele estava gostando de se gabar, então não estaria prestando atenção em mim certo?
Errado.
Aconteceu tão rápido que só processei a cena, quando estava estirada no chão com a perna sangrando. Um buraco de bala queimando, ardendo, a dor alfinetando cada parte do meu corpo.
- FILHO DA PUTA!- berrei segurando a perna que sangrava.
- Achou mesmo que eu ia deixar você com esse brinquedinho perigoso?- Chutou a arma que voou para baixo de uma cadeira velha.- Sou bem rápido já percebeu não é?
" Enfim, chega de bate papo.."
- Porque Luke!? Porque vender informações da polícia!?- Vamos Annabeth improviso é a única opção.- O que Reed queria de nós!?
Seu sorriso frio me assustou.
- Acha que apenas traficantes compram armas de traficantes? A polícia sabe fechar bons negócios.
Puta que pariu.
Agora mais essa. O que diabos está acontecendo com o mundo!?
Respirei fundo e levantei me apoiando em uma mesa caída. Abafei um grito de dor, distrubui o peso na perna boa. Encarei-o.
- Quer me matar? Ótimo vá em frente. Mas você não vai me executar como um animal. Se for pra cair, eu cairei lutando.
E o que eu fiz? Sim a coisa mais ilógica e idiota do mundo.
Me joguei em cima dele.
Luke parecia mais surpreso do que eu, pela loucura que eu estava fazendo. Isso me deu a vantagem.
Caímos no chão e arranquei a arma das suas mãos, ele tentou levantar, acertei um soco em seu nariz com toda a força. O sangue começou à escorrer e senti minha minhas juntas inchando. Ah não.
Ele caiu atordoado e cego pelo sangue que descia numa cascata púrpura de seu rosto, me joguei para o lado. Alguns centímetros e meus dedos tocariam o cabo frio da arma. Me arrastei forçando os braços. Puxei-a pelo cabo e escondi embaixo do corpo. Senti uma dor excruciante que me cegou. Luke me puxou pelas pernas. Soltei um grito.
- Você vai pagar!- Gritou levantando a mão para dar um golpe. Apontei a arma no seu peito.
-Não se mexa- Arfei entredentes.
Ele ergueu os braços em rendição. Ouvi passos apressados no andar de baixo e subindo as escadas.
Ótimo, aqui vai ser meu túmulo sim
A porta foi arrombada, voando pedaços de madeira e poeira em nós dois e no chão. Dante, e Sam entraram armas em punho, apontaram para a cabeça de Luke.
Nunca senti tanto alívio em ver alguém.
- Eu desconfiava de você. A confirmação está bem aqui- Falou Sam com um sorriso triufante.
- Phie, você está bem?- Jason se agachou , apontou minha perna.- Tem uma ambulância lá em baixo..
- Eu to bem - Rilhei os dentes. - Sammy, leve Piper para a ambulância ela já perdeu muito sangue.
Dan tomou seu lugar. Meu capitão tomou o corpo pequeno da minha namorada nos braços delicadamente e desceu as escadas apressado.
Dante me olhou e sorriu.
- Faça as honras- Falou jogando um par de algemas com a outra mão.
Peguei-as no ar.
Manquei me apoiando nas paredes, reprimindo a dor aguda que preenchia meu corpo. Me posicionei atrás de Hermes/Luke.
- Luke Penbrook, você está preso em nome da lei. Tem o direito de permanecer calado, tudo o que você disser poderá ser usado contra você no tribunal. Você tem direito à um advogado- Respirei fundo. A dor embrulhava meu estômago. Encaixei uma algema em seu pulso prendendo-o. Deixei a outra aberta.- Se não puder pagar um, o governo lhe concederá. Você entendeu os direitos aos quais acabei de ler para você?
Ele permaneceu em silêncio.
Dante ainda com a arma apontada para sua cabeça desferiu uma coronhada acima da orelha. Ele grunhiu.
- Você entendeu os seus direitos filho da puta!?- Disparou Dan preparando a próxima pancada.
- SIM, ENTENDI!- gritou.
Tranquei seu outro pulso.
Foi quando eu desmaiei.
Fim do capítulo
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Andreia
Em: 30/11/2020
Lindo capítulo fantástico ficou lindo maravilhoso a Sophia foi perfeita em salvar ela e espero a namorada também.
E o duro que mais pura verdade á maior corrupção esta no cargo de mais poder onde era para fazer o bem e ajudar e proteger faz o mal !p população para o povo.
Abraços.
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