Capítulo 12
- Sam fica observando Mel enquanto a outra estava distraída analisando aqueles papeis, cada vez que a mesma olhava um fazia uma cara engraçada e franzia a testa, colocava o marca texto na boca, tudo isso estava deixando o libido de Sam no limite e a mesma pensa: - Como vou resistir a isso?- Não a por que resistir somos casadas. Estava nesse pensamento, quando a enfermeira entra e trás a minha refeição.
- Agradeço e ofereço a Mel.
- Não mesmo comidas de hospitais são horríveis. – Pode comer a vontade.
- Então, vou comer já que não quer mesmo.
- Fique a vontade, já que está comendo vou comer algo e daqui a pouco volto, pois agora lembrei que somente tomei café de manhã e já são quase seis.
- Não quero que a senhora passe mal.
- Bem, sou difícil adoecer, mais também quando adoeço tenho pena de mim. – Vou indo, quer alguma coisa da lanchonete.
- Não, posso comer nada que tenha lá, não quero atrasar minha alta.
- Então vou indo, volto logo.
- Mel sai do quarto e fico pensando sobre como vai ser a nossa convivência quando formos para casa, preciso descobrir se o que ando sentindo por ela é somente uma atração ou estou começando se apaixonar por ela, percebo que essa minha indecisão vem deixando-a magoada e me sinto péssima, mas enquanto não descobri o que realmente sinto, não posso enganá-la como com esses pensamentos na cabeça,algum tempo a enfermeira vem recolher os pratos e volto a ler já que não tinha nada de interessante para fazer.
- Deixo Sam no quarto comendo e vou tentar comer algo, apesar de esta sem vontade, ultimamente estou sem fome, chegando à lanchonete decido tomar uma sopa e está passando uma reportagem sobre a exposição de Marina Albuquerque que acontecerá ainda esse mês e penso: - Vou levar a Sam para irmos nessa exposição, termino de comer e volto para o quarto, quando entro encontro minha esposa lendo,volto a sentar no sofá e vejo que tinha várias mensagens no meu celular, vejo que uma de Carol a mesma informava que tinha arrumado a casa.
- Agradeci aquela que tinha se tornando minha filha, Carol foi à melhor coisa que restou do antigo casamento da minha esposa. – Volto a escrever no diário que se tornou meu melhor confidente já que minha melhor amiga estava com amnésia, adianto alguns fatos e vou para os eventos que mudou drasticamente minha vida, posso citar vários vou contar os principais.
- Após Sam confirmar que estava namorando firme com Diego, pedir minhas esperanças e comecei sair com algumas garotas e vamos dizer que tinha certa rotatividade, umas das pessoas que mais confiava depois de Sam sobre meus problemas era Marina, a gente ficava esporadicamente, mas com o tempo percebi que Marina tinha se apaixonado resolvi dizer a ela que gostava de outra pessoa e que somente havia como amiga, ela ficou um mês sem falar comigo e no meu aniversário de dezesseis anos dona Maria me fez um bolo surpresa para bater meus parabéns e Marina estava e resolvemos ter uma conversa verdadeira, a mesma disse que preferia ser minha amiga a perder a nossa amizade, achei que não era uma boa ideia e a mesma me garantiu que estava de boa e voltamos a nossa antiga amizade, dessa vez sem ficarmos mais. - Depois de uma noite cansativa cheguei em casa e como sempre minha mãe não estava fiz algo para comer e foi tomar banho e dormir estava super cansada, essa semana estava chegando em casa quase meia noite todos os dias,vocês podem até questionar e sua mãe não fala nada, creio que a mesma nunca percebeu, nossa relação continuava a mesma, sempre que podia a mesma me tratava super mal e continuava trazendo homens diferentes para dentro de casa, me sentia cada vez pior vivendo com ela, estava juntando dinheiro para poder sair de casa,tinha medo de algum desses homens me atacar, foi dormir e quando foi de madrugada acordo com meu celular tocando atendo sem olhar quem era.
- Alô.
- Mel, preciso de você.
- Assim que ouvir aquela voz me despertei imediatamente. – Sam, por que está chorando?
- Mel meus pais sofreram um acidente de carro e estou no hospital, acabei de saber que meu pai morreu na sala de cirurgia e minha mãe está sendo operada. - Mal termino de falar isso volto a chorar.
- Sam, me escuta tem alguém com você ai?
- A mãe do meu pai está aqui, ela foi organizar o funeral.
- Sam não tem como ir até você agora, mas vou ver o que faço e prometo que estarei ai com você.
- Mel meu pai a única pessoa que me amava e me entendia morreu.
- Sam eu te amo e nunca vou deixá-la sozinha.- Preciso que mantenha a calma e me diga onde exatamente estão que tentarei chegar ai. – Você falou com o Diego?
- Você foi a primeira pessoa que liguei, desculpe ligar tão cedo.
- Não ligue para isso, preciso que me prometa que vai manter a calma e ser forte para poder apoiar a sua avó, sua mãe.
- Eu não sou tão forte, assim.
- Você é uma das pessoas mais fortes que conheci na vida.
- Tentarei, agora preciso desligar minha avó está me chamando. – Obrigada, Mel.
- Não, precisa agradecer eu te amo e sempre pode contar comigo. – Assim que desligamos a ligação, começo a olhar minhas economias e percebo que não tinha dinheiro suficiente para viajar e além do mais precisaria de autorização e com certeza minha mãe não daria, passo o restante da madrugada pensando o que poderia fazer e assim que amanhece decido ir ao quarto da minha mãe ver se tinha chegado e como sempre estava fechado bato na porta e quem abre a porta e um novo cara.
- O que quer pirralha?
- Minha mãe está ai?
- Está dormindo, que era o que deveria está fazendo.
- Entro com tudo no quarto e encontro minha mãe nua na cama, coberta apenas com o lençol e a chamo.
- Mãe, Mãe, acorda por favor.
- Vejo minha mãe resmungando e enfiando mais o rosto no travesseiro.
- Mãe.
- O que você quer Melinda, me deixa dormir.
- Preciso falar com você.
- Fala baixo que minha cabeça está estourando e sua voz é irritante.
- Isso é o que dá beber de mais, a senhora está uma alcoólatra. – Minha mãe se levanta com tudo e vejo seus olhos vermelhos de sono e uma veia de sua testa saltando, isso mostrava o nível de raiva que se encontrava.
- Olha aqui vadiazinha ou você sai daqui agora ou mando o Roger te dá uma lição.
- Mãe, preciso falar com a senhora.
- Não, vou falar com você agora, somente mais tarde, Roger, por favor, tira essa idiota do quarto. – Me vejo sendo puxada pelo braço por esse homem para o meu quarto e o mesmo fala: - E melhor fazer o que sua mãe pediu ou dou um jeito em você de outra forma, o cretino fala isso e passa a mão no meu corpo, tento esquivar mais o idiota era forte demais e não conseguir desviar.
- Denuncio você. – Ele sorrir para mim e fala:
- Até que venham provar já tinha usado bastante seu corpo, derruba na cama e sai do quarto, levanto da cama correndo e fecho a porta do quarto e choro deitada na cama, choro tanto que acabo dormindo e acordo com batidas na porta do quarto,quando vou abrir encontro minha mãe de pé na porta, já tomada banho e por incrível que pareça encontrava-se com o rosto sem maquiagem,observei minha mãe,ela era uma mulher bonita que pena que vivia sempre bebendo e com caras sempre diferentes.
- O que você queria Melinda?
- Mãe, preciso de uma autorização para sair do país e de dinheiro para poder viajar.
- Está brincando comigo, acha que sou rica é, mal tenho dinheiro para arcar com as despesas de casa e a senhorita não ajuda em nada e somente uma aborrecente incompetente.
´- Ajudo sim, pago a energia, pois recebo pouco e ainda tenho que pagar as minhas coisas.
- Não tenho e pronto.
- Mãe nunca te pede nada, por favor.
- Você exigiu demais já da minha bondade, eu ter tido você.
- Por que você me odeia tanto, sou sua filha me carregou durante nove meses e uma mãe sempre ama seu filho. – Mas a senhora é diferente me culpa por ter nascido.
- Minha mãe olha bem no fundo dos meus olhos e fala: - Você é filha da pessoa que mais odeio.
- O que ele te fez? – Nunca fala dele.
- Vou te contar quem sabe assim não para de ter ilusões sobre um dia eu poder te enxergar mais que uma filha.
- Fala?
- Conheci seu pai em uma festa tinha da faculdade, tinha meus dezoito anos e bebi demais naquela noite, ele me levou para meu quarto e me violentou, acordei toda dolorida no outro dia e tinha descoberto que tinha sido violentada, fiquei envergonhada de dizer para minha colega de quarto, ela me notou cabisbaixa e triste e disse que estava doente, tomei os remédios e fiz exames e não o denuncie, pois não sabia o nome e tinha medo de acharem que tinha culpa do que aconteceu, um tempo depois comecei a viver a minha vida e fingir que esquecer aquele episódio traumático e com o tempo foi sentido muito mal enjôos constantes e sono, foi ao médico e descobrir que daquela noite horrível tinha gerado uma vida,sabe me sentir suja, perdida e não queria o fruto daquela coisa para lembrar todas as vezes que olhasse, contei para sua avó, ela ficou possessa da raiva, disse que tinha que ter avisado e teríamos tomado as providencias necessárias e esse cretino, poderia ter sido preso e tal, quando disse a ela que queria abortar a criança a mesma disse que essa criança era uma parte de mim também e que merecia nascer.
- Fiquei pensando muito e acabei optando por ter aquele bebê sua avó sempre me apoiou mesmo com minhas loucuras, foi uma grávida que cuidava da minha saúde e do meu bebê, como tinha passado em direito, tive que trancar já estava próximo de você nascer, foi o momento esperado finalmente teria minha filha em meus braços, mas quando nasceu e te vi pela primeira vez, nasceu um sentimento ruim dentro de me, não conseguia olhar para você e não lembrar, escutar seu choro era irritante para mim e dei graças por não ter leite para te amamentar e uma mulher que estava grávida e perdeu o bebê dela, gostava de você e tinha muito leite, ela que te amamentou durante o tempo que fiquei no hospital e depois começou a tomar leite, assim que meu repouso acabou voltei para minha vida e fiz como se você não existisse sua avó que tomava conta de você, te dava banho, comida, remédios, levava na escola e quanto mais crescia minha raiva só aumentava e com a morte da sua avó que foi obrigada a ter que ser sua mãe de fato, minha raiva por você somente aumentou.
- Escutar pela primeira vez minha mãe ser sincera e descobrir que sou fruto de um ato violento, faz me sentir péssima um lixo e sem direito a receber amor, agora compreendo toda a raiva dela e o sentimento que ela tinha por mim. – Mãe, eu te amo e me desculpe por impor minha presença na sua vida. – Começo a chorar e tento abraçar minha mãe, mas ela se afasta e diz: - Queria realmente olhar para você e esse sentimento desaparecesse mais é pior.
- Nisso vejo minha saindo do meu quarto e indo para o dela e trancando a porta, pego um par de roupas e vou andando sem rumo, até que sem perceber me vejo no cemitério onde minha avó está enterrada e antes de entrar compro algumas rosas e entro no local e chego onde está a lápide de minha avó.
- Onde dizia: - Aqui se encontra uma mãe maravilhosa e uma avó espetacular e amorosa, saudades eternas de sua filha e neta. - Leio aquela homenagem e começo a falar sozinha olhando para a foto da minha avó.
- Saudades,voinha da pessoa que me ensinou tudo o que sou, devo a senhora mais que os ensinamentos, devo a vida, pois se não fosse a senhora poderia nem ter nascido, queria que tivesse aqui para me aconselhar, por que não me falou essa parte da minha estória que tinha sido fruto de algo tão desumano e cruel, me sinto perdida e sem rumo, agora entendo um pouco minha mãe, quem poderia amar alguém desse ato tão miserável, queria ter condições necessárias para sair de casa e poupa nós duas de vivermos na mesma casa.
- Acho que estou ficando louca, mas precisava desabafar e a senhora sempre foi minha melhor ouvinte, somente queria que soubesse que te amo e obrigada, por ter sido minha melhor expiração. – Mel ainda fica algum tempo no cemitério e depois vai embora e decide falar com dona Lúcia, para ver se a mesma poderia ajudá-la a ir visitar a Sam.
- Bateu na porta da casa de sua vizinha, já ia embora, quando dona Lúcia abre a porta e vejo a mesma pálida.
- Dona Lúcia a senhora está bem?
- Oi, Melinda, estou dirigindo as informações que soube. – Entra, por favor.
- Então a senhora já soube?
- Sim, acabei de falar com Samantha. – Imagino, por isso veio aqui.
- Sim, ela falou comigo e gostaria de pedir um favor a senhora, se teria um dinheiro para me emprestar, preciso comprar a passagem para ir ficar com Sam nesse momento.
- Querida estou indo viajar amanhã e se quiser empresto a quantia e se tiver vagas disponíveis vamos juntas no mesmo voo.
- Agradeço a sua ajuda dona Lúcia.
- Melinda, vou te perguntar algo e quero que seja sincera. - Certo?
- Pode perguntar.
- Você está apaixonada por minha sobrinha, não é isso?
-Fico calada durante alguns minutos.
- Estou aguardando sua resposta, prometeu ser sincera.
-Eu amo sua sobrinha.
- Sabia só queria tirar a dúvida, sempre soube de sua orientação sexual e não vejo nada demais, para mim amor é um sentimento lindo e não interfere em nada se for do mesmo sex*, contando que seja amor.
- Fico agradecida, pela senhora compreender e gostaria que não contasse dos meus sentimentos para a Sam.
- Minha sobrinha e muito cega de não perceber, mas não se preocupe que meus lábios estão selados, só tenho uma coisa a dizer seu amor não é correspondido, Samantha somente a ver como amiga, ela gosta daquele garoto e pelo andar do relacionamento deles, creio que seja algo sério.
- Sei disso, dona Lúcia, mais somente está perto dela e suficiente e me faz feliz, por isso quero está com ela nesse momento tão complicado da vida dela.
- Espero que um dia encontre alguém que a ame como merece ser amada, mesmo que não seja a minha sobrinha, você merece, pois é uma boa garota.
- Obrigada,por suas palavras.
- Não, por isso,mais tarde passe aqui que darei o dinheiro.
- Passo sim, vou indo e obrigada dona Lúcia, já não sabia mais a quem recorrer. – Abraço aquela senhora e vou para casa ligar para Sam, já passava de duas horas.
- Ligo e o telefone da mesma somente chama, resolvo adiantar algumas lições e acaba passando o tempo tão rápido e descido me arrumar para o curso, vou para a aula é fico dispersa descido sair uma hora antes de terminar, preocupada com Sam, fico ligando para o celular da mesma mais somente chama e quando chego em casa descido ligar diversas e já estava desistindo quando atende.
- Alô, Sam.
- Não é ela.
- Desculpe, esse número é de Samantha.
- Sim,é dela mais a mesma está dormindo.
- Quem fala?
- O namorado dela, quem é?
- Oi, Diego e a Mel. – Queria falar com a Sam.
- Oi, Mel a Sam está dormindo.
- Teria como você dizer a ela que estou fazendo o possível para ir ao encontro dela.
- Mel disse que não precisa vim , ela me contou que pediu para vim, mas ela achou melhor que ficasse ai, já que não vai ter como a mesma te dá suporte, já que todo mundo está no hospital, ela disse que a sua visita iria somente atrapalhar. – Então, acho melhor não vim.
- Ela que pediu para eu ir.
- - Ela estava nervosa e agora está mais calma e estou cuidando dela,não precisa vim, além do que sua vinda poderia causar mais transtornos, já que a família dela é bem tradicional e creio que eles não sentiriam a vontade com uma pessoa com sua orientação sexual.
- Tudo bem, Diego. – Por favor, quando a Sam acordar avisa que liguei.
- Aviso sim e agora vou precisar desligar.
- Tchau, Diego.
- Tchau Mel. – Assim que a ligação acaba me sento na cama e penso nas palavras de Diego e me sinto triste, achei que Sam queria meu apoio, mas pelo visto estava errada.
- Ela nunca vai te ver mais que uma amiga, quando antes perceber isso Melinda Campbell será melhor.
Fim do capítulo
Boa noite, leitoras queridas.
Mais um capítulo e novas revelações. Espero que gostem.
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