Capítulo 17 – O passado de volta

 

- Rebecca?

 

- Olá, Vitória. Posso entrar? – A mulher perguntou com um sorriso confiante.

 

Vitória sentiu seu corpo enrijecer instantaneamente. Não esperava por aquele encontro e também não se sentia preparada para tal.

 

- O que você está fazendo aqui? – Perguntou quando notou a mulher se aproximar de sua mesa. – Aliás, como você me encontrou aqui?

 

- Não foi muito difícil de encontrar a poderosa arquiteta Vitória Vilela. – Respondeu simplesmente enquanto sentava encarando Vitória.

 

- Não sei o que te trouxe até aqui, Rebecca, mas também não me importo, então se puder me dar licença, tenho muito trabalho a fazer. – Falou tentando manter-se firme.

 

- Ora, não vai me dizer que você não está feliz por me ver, Vitória. – Rebecca falou sem perder o olhar da mulher a sua frente e comemorou por dentro ao perceber a insegurança refletida. – Eu sei que mesmo com todos os anos, você não esqueceu tudo que vivemos.

 

- Vivemos coisas ótimas, no passado! Eu realmente quero que você vá embora, Rebecca. – Vitória falou tentando demonstrar uma firmeza que ela realmente não sentia naquele momento.

 

- E como está sua família? Ana Júlia está bem? – Rebecca perguntou ignorando o pedido de Vitória, o que a irritou.

 

Vitória levantou da cadeira e foi até o outro lado de sua sala, mantendo distância e tentando controlar o nervosismo, mas era difícil encarar aquela mulher, mesmo que anos tenham se passado.

 

- É sério que você aparece aqui como se nada tivesse acontecido e ainda tem a cara de pau de perguntar sobre Ana Júlia? – Vitória perguntou irritada.

 

Rebecca se levantou e parou de frente para Vitória.

 

- Ok, eu vou te dar um tempo para se acostumar com a minha presença. – Rebecca tirou um papel de sua bolsa e colocou sobre a mesa de Vitória. – Aqui tem meu celular e o endereço e telefone do hotel onde estou por enquanto, caso queira me procurar.

 

Vitória continuava parada no mesmo lugar, sem saber o que falar ou como agir. Mesmo depois de tantos anos distante, a simples presença de Rebecca a fazia sentir como se nenhum dia tivesse passado desde a partida da mulher. Aquele parecia o dia seguinte e o efeito dominante de Rebecca sobre ela continuava o mesmo.

 

Vitória viu Rebecca ir até a porta de sua sala, mas antes de sair, a ruiva virou-se para falar uma última coisa.

 

- Eu nunca quis ir embora, Vitória, mas quando a sua tia me procurou, ela não me deu outra alternativa.

 

Depois disso, Vitória viu a porta de sua sala ser fechada e ficou paralisada no mesmo lugar. Era difícil acreditar em qualquer palavra de Rebecca depois de tudo que acontecera, mas a mulher pareceu sincera em suas últimas palavras e Vitória sinceramente não sabia do que ela estava falando.

 

…

 

9 anos atrás - Londres

 

Vitória saiu de sua aula e parou para almoçar. O clima em sua casa não estava bom, Ana Júlia e sua tia Marta mal falavam com ela e por isso acabava passando mais tempo na casa de Rebecca do que em casa.

 

A cabeça de Vitória ainda estava confusa com tudo que tinha acontecido, a morena não sabia ao certo como se sentia em relação a Ana Júlia. É claro que amava sua prima, que sempre fora sua melhor amiga, mas agora estava tão apaixonada por Rebecca que não conseguia cogitar a possibilidade de ficar longe da mulher mais velha, mesmo sabendo que isso magoava sua prima.

 

Vitória chegou feliz ao apartamento de Rebecca, estava com saudades da professora, já que não tivera aula com ela naquela semana.

 

- Becca? Cheguei! – Falou ao abrir a porta do apartamento.

 

Para sua surpresa, se deparou com várias caixas fechadas e a casa desmontada.

 

Chegou ao quarto a tempo de ver Rebecca sair do banho.

 

- O que está rolando aqui? Você está de mudança? – Perguntou curiosa.

 

- Sim, estou indo embora. Inclusive, estou atrasada, preciso partir agora. – Contou enquanto se arrumava rapidamente.

 

- Como assim indo embora, Rebecca? – Vitória perguntou agora confusa, sem entender do que a ruiva falava. – Para onde você vai?

 

- Vou para Edimburgo. Recebi uma proposta para dar aulas lá.

 

- Tudo bem, não é tão longe daqui, ainda podemos nos ver nos finais de semana, não é? Eu posso ir de trem ou até pedir um carro ao meu pai. – Vitória falou ao tentar se aproximar de Rebecca, que se esquivou.

 

- Não, eu não quero que a gente se veja mais, Vitória. Nossa história acabou!

 

Vitória se irritou com a mulher.

 

- Isso é por causa da Ana Júlia, né? Você está apaixonada por ela, Rebecca? Eu sabia que você só queria enganar nós duas!

 

- Sim, eu amo a Ana Júlia! E eu amo você também! Mas não vou perder meu tempo explicando isso agora. – Falou com frieza.

 

- Eu não mereço uma explicação então? Você simplesmente vai embora? – Vitória perguntou entrando em desespero.

 

- Sim.

 

Rebecca olhou-se no espelho, estava pronta para partir. Então pegou sua bolsa e foi em direção a porta do apartamento, mas Vitória a alcançou e puxou seu braço.

 

- Por favor, Rebecca, não faz isso. Você não pode ir embora assim, sem me falar nada, você não pode me deixar. – Pedia já aos prantos.

 

Rebecca respirou fundo. A verdade é que não queria que aquela história chegasse onde chegou, mas agora o melhor a fazer era ficar longe de tudo aquilo.

 

- Acabou, Vitória!

 

Rebecca puxou seu braço e partiu, deixando para trás uma Vitória confusa e desesperada.

 

Nervosa, Vitória correu para casa, sentia um misto de desespero por ver Rebecca partir e raiva por achar que aquilo tudo era culpa de Ana Júlia.

 

Assim que chegou em casa, Vitória correu para o quarto da prima.

 

- Você está feliz com o que fez? – Perguntou ao se deparar com a prima sentada na cama.

 

- Tá louca, Vitória? Tá falando do que? – Ana Júlia questionou.

 

- Não seja ridícula, Ana Júlia. Você sabe muito bem que a Rebecca está indo embora, eu sei que isso é coisa sua. Pode falar, você nos denunciou para todos da faculdade, não foi? Eu sabia que você não aceitaria perder a Rebecca para mim! – Despejou toda sua raiva sobre a prima.

 

Ana Júlia se levantou da cama, irritada com aquelas palavras.

 

- Você só pode estar ficando louca mesmo. Eu quero mais é que você e Rebecca se danem!

 

- Cínica! Falsa! É isso que você é, Ana Júlia. Você não aceitou que a Rebecca me escolheu.

 

- Ai, Vitória, cala a boca e sai do meu quarto. Eu tenho muita coisa para fazer.

 

Vitória não acatou ao pedido da prima. Estava nervosa demais e via na prima a razão de seus problemas.

 

- Eu te odeio, Ana Júlia! Eu odeio ser da mesma família que você! Você deve ter inveja de mim, não é? – Ana Júlia escutava calada as palavras da prima. Por mais que estivessem brigadas, não imaginava ouvir nada daquilo. – Eu sempre fui a mais cobiçada, sempre fiquei com as meninas mais bonitas. Você nunca aceitou isso, não é?

 

Ana Júlia enxugou as lágrimas que caíam, não estava acreditando no que ouvia da prima.

 

- Vitória, você não sabe o que está falando. Você sempre foi a irmã que eu não tive, eu jamais teria inveja de você. – Falou sendo sincera. – Nós crescemos juntas, Vitória, e mesmo com toda essa história, eu não te odeio, pelo contrário, eu quero te ver feliz, entre você e qualquer outra pessoa, eu sempre vou escolher você.

 

- Mentira! – Vitória não acreditava em nada do que a prima estava dizendo, já que estava transtornada e nervosa. – Eu sei que você não iria aguentar ficar por perto, vendo eu e Rebecca juntas, tendo aulas com Rebecca e sabendo que ela escolheu ficar comigo.

 

- Eu jamais faria algo para prejudicar você ou a Rebecca. Mas você está certa, eu não aguentaria continuar perto de vocês e é por isso que eu vou voltar para o Brasil.

 

Vitória sequer se abalou com a notícia da partida da prima, estava consumida pela raiva que sentia dela, por colocar sobre ela a culpa pelo fim de seu romance com Rebecca.

 

- Você morreu para mim, Ana Júlia! – Vitória falou com lágrimas nos olhos.

 

Ana Júlia viu a prima sair em disparada de seu quarto e não fez questão de ir atrás. Aquela história já havia a machucado e causado mágoas demais para insistir no que Vitória não queria saber.

 

As duas não se falaram mais. No dia seguinte, Ana Júlia embarcou de volta para o Brasil e as duas só voltaram a se ver alguns anos depois.

 

…

 

Vitória lembrou e reviveu aquele dia como se fosse o dia anterior e não quase uma década antes. Não sabia se sentia raiva de Rebecca ou de si mesma, por ter ficado tão cega com aquela despedida e por ter despejado tudo em cima de Ana Júlia. Somente agora, tantos anos depois, era capaz de ver que sua prima não lhe causara mal algum.

 

Vitória se deixou ser consumida culpa e pelo medo do que poderia acontecer agora que Rebecca estava de volta. Aquele pequeno encontro foi suficiente para deixar claro o quanto Rebecca ainda mexia com sua estrutura.

 

Laísa desligou seu computador depois de perceber que já estava na sua hora de ir embora. Pensou em Vitória, não tinha falado com a namorada durante o dia inteiro, então resolveu ir até sua sala e ver se ela ainda estava por ali.

 

Para sua surpresa, quando entrou na sala, Laísa se deparou com Vitória sentada no sofá de sua sala, com um olhar perdido enquanto algumas lágrimas desciam por seu rosto.

 

- Vitória? – Laísa chamou, mas não alcançou sua atenção. – Ei! Olha para mim? – Pediu preocupada ao sentar ao lado da namorada.

 

Vitória olhou finalmente para Laísa e sorriu triste. Não sabia o que dizer, não estava com vontade de falar sobre aquele encontro.

 

- O que aconteceu? – Laísa perguntou.

 

Vitória balançou a cabeça em negação, sem conseguir dizer algo, tamanho o nó em sua garganta.

 

- Eu posso fazer algo para te ajudar? Você está me deixando preocupada, Vitória!

 

Vitória enxugou algumas lágrimas e respirou fundo.

 

- Às vezes, quando cometemos erros, mesmo que passe muito tempo, a vida dá um jeito de nos cobrar. – Vitória falou pensativa, o que deixou Laísa ainda mais preocupada.

 

- Do que você está falando, Vitória?

 

- Eu fui injusta com a Ana Júlia. – Contou. – Eu a acusei de agir para me prejudicar e a afastei de mim e só agora eu descobri que ela não teve culpa de nada.

 

Laísa não sabia exatamente do que a namorada falava, mas tinha em mente que as duas tiveram algumas desavenças no passado.

 

- Como descobriu só agora? – Perguntou Laísa, tentando ajudar de alguma forma. – Conversa com a sua prima, peça desculpas.

 

- Como eu disse, a vida voltou para me cobrar.

 

Vitória se levantou sem dizer mais nada e foi até seu banheiro lavar o rosto. Depois de se acalmar um pouco, voltou para sua sala, encontrando a namorada sentada no sofá com o semblante totalmente confuso.

 

- Eu vou dar um jeito de resolver essa história, não se preocupa, tá!? – Falou indo até a namorada para lhe dar um beijo rápido nos lábios. – Que bom que você veio aqui, preciso mesmo resolver uma coisa com você.

 

Vitória sentou em sua cadeira e chamou Laísa para sentar à sua frente, voltando a sua postura mais profissional.

 

- Todo ano o escritório participa de um congresso de arquitetura, para falar das novas tendências, algumas palestras etc. – Começou a explicar. – A organização me ligou hoje para confirmar nossa participação, só que era a Ana Júlia quem ia todos os anos. Eu não posso me ausentar do escritório por vários dias, então será que você tem interesse de ir ao congresso representando o V3?

 

Laísa pensou que aquela seria uma ótima oportunidade de adquirir conhecimento e conhecer mais gente de sua área.

 

- Claro, ficarei muito feliz de representar o escritório. Quando vai ser?

 

- Daqui um mês. Vou confirmar nossa participação e dar o seu nome e pedir a Carla que reserve suas passagens.

 

As duas continuaram conversando por um tempo, Vitória explicou como funcionava o congresso e a cidade onde aconteceria naquele ano.

 

Na hora de irem embora, Vitória estava pensativa e chateada e decidiu ir para casa ficar um pouco sozinha.

 

Laísa entendeu que a namorada precisava de um tempo e, mesmo muito preocupada, foi para sua casa.

 

Quando a loira chegou em casa, não viu seu pai, mas encontrou sua mãe na cozinha. A percebeu cabisbaixa e quando se aproximou, notou que pelo seu rosto, Adriana havia chorado.

 

- Mãe, o que houve? – Perguntou, agora também preocupada com sua mãe.

 

- Oi, filha! Não percebi que você chegou. – Comentou se acalmando. – Seu pai já faz alguns dias que vem reclamando mais de falta de ar, dores no peito, cansaço. Estou tão preocupada, Laísa.

 

- Sério, mãe? Ele tem tomado todos os remédios direitinho?

 

Laísa respirou fundo tentando não se desesperar. Aquele dia com certeza era um dia que a loira desejava que acabasse logo, para esquecê-lo.

 

- Sim, eu mesma faço questão de controlar para saber se ele não está deixando de tomar algum remédio. Mas os médicos já disseram que a cada dia o risco dele se torna maior, ele precisa desse transplante o quanto antes.

 

- Vai dar tempo, mãe! O papai é forte e vai aguentar isso tudo! – Falou ao abraçar a mãe, tentando confortá-la.

 

- Eu tenho fé que vai dar tudo certo, filha, só é tão difícil vê-lo sofrendo sem poder ajudar. –Explicou. – Mas, enfim, me conta do seu dia, foi tudo bem no trabalho?

 

- Foi um dia cansativo, mas tudo bem. – Laísa pensou um pouco e lembrou da conversa com Luciano. – Mãe, a senhora tem falado com Ana Júlia?

 

- Não, filha, não nos falamos depois que ela viajou, por quê? Ela está bem?

 

- Não sei. – Falou chateada. – Parece que Ana Júlia não quer ter notícias minhas e também não quer que eu saiba nada sobre ela.

 

- Isso te chateia, não é, Laísa? – A loira fez que sim com a cabeça. – Esse tempo vai ser bom para você entender seus sentimentos, filha.

 

- Eu acho que nunca vou entender. A senhora acha que é possível estar apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo? – Perguntou, já que sua mãe já estava ciente de seu namoro com Vitória e também de tudo que aconteceu entre ela e Ana Júlia.

 

- Filha, quem sou eu para dizer o que você pode ou não sentir? Você pode sentir tantas coisas por tantas pessoas, mas acho que você precisa entender separadamente o que sente, como cada uma a faz se sentir.

 

- É tudo tão diferente, mãe. A Vitória tem um efeito sobre mim, ela me enfeitiça de alguma forma que eu não consigo negar nada que venha dela, entende? A Vitória é uma mulher poderosa, forte, e isso me atrai. – A loira estava sendo totalmente sincera com a mãe.

 

- E quanto a Ana Júlia? – Adriana questionou.

 

- É o oposto. Ana Júlia é querida, alegre, é fácil e leve ficar perto dela. A gente construiu uma amizade linda, mas aquele beijo despertou uma coisa diferente em mim, mãe. – Laísa contou saudosa. – E agora, eu sinto falta dela todos os dias, como se algo estivesse faltando. Eu queria poder dizer isso para ela.

 

Adriana percebeu o quanto a filha estava verdadeiramente confusa e também triste com aquela distância de Ana Júlia. E mesmo gostando tanto de Naju, Adriana sabia que aquela escolha era de sua filha e não queria se intrometer nisso.

 

- Venha aqui, meu amor. – Chamou oferecendo colo para a filha. – Como sempre te digo, o tempo vai trazer todas as respostas para você.

 

…

 

Em Londres, Ana Júlia havia acabado de jantar com os pais, depois de mais um dia longo.

 

Marta aproveitou quando o marido se despediu das duas e subiu para seu quarto, para ter uma conversa séria com a filha.

 

- Aninha, seu pai me contou que te ligaram do Brasil convidando para participar de um congresso e você recusou o convite.

 

- Sim, mãe. É um congresso anual, vai acontecer daqui a um mês. – Ana Júlia explicou. – Eu fui nos últimos anos representando o escritório, eles ligaram para lá para confirmar minha participação e ficaram sabendo que não trabalho mais no V3. Aí, me ligaram para oferecer um convite ainda assim, mas eu achei melhor recusar.

 

- Eu estou muito decepcionada com você, Ana Júlia. – Marta falou chateada.

 

Ana Júlia ficou sem entender.

 

- Por que, mãe? É só um congresso.

 

- Não é pelo congresso, é por ver você fugir novamente, como você fugiu quando brigou com sua prima por causa daquela mulher infeliz. – Falou se referindo a Rebecca. – Eu te criei para ser uma mulher forte, determinada e madura, mas parece que você prefere sempre fugir ao invés de enfrentar suas batalhas.

 

- Mãe, eu achei que a senhora tivesse entendido meus motivos. – Ana Júlia falou um tanto surpresa.

 

- E entendi, tanto que te apoiei naquela época. Você era nova, estava com muitas coisas na cabeça. Mas agora você não é mais uma menina, Ana Júlia. Você não pode mais fugir do que você sente e muito menos deixar de viver por medo de qualquer coisa. Esse congresso é uma ótima oportunidade, ainda mais agora que você não está mais no escritório com a Vitória.

 

- Mãe, eu ainda não me sinto preparada para voltar para o Brasil.

 

Ana Júlia confessou chateada, mas sua mãe estava irredutível, pois não queria mais ver sua filha cabisbaixa e sofrendo.

 

- Ligue para a organização e confirme sua presença. Isso não é um pedido. Você tem um mês para se preparar!

 

Mesmo sabendo que estava sendo rude com a filha, Marta estava disposta a ajudar Ana Júlia a se recuperar, não deixaria sua filha se entregar a tristeza.

 

…

 

Vitória acordou de um breve cochilo quando ouviu seu despertador tocando, avisando que estava na hora de ir para o escritório. A mulher havia passado a noite praticamente em claro, pensando nas palavras de Rebecca e relembrando as coisas que aconteceram em seu passado.

 

Depois de um bom banho, Vitória seguiu para o escritório. Estava tão confusa que sequer teve fome para tomar um café da manhã.

 

Assim que chegou em sua sala no escritório, Vitória notou que o papel deixado por Rebecca ainda estava em sua mesa. A morena pegou o papel e olhou por uns segundos. Até pensou em rasgá-lo e deixar aquela história no passado, mas sabia que não teria paz se assim fizesse.

 

Sem querer pensar muito no que estava fazendo, Vitória discou o número de Rebecca.

 

- Eu sabia que você não demoraria a me procurar. – A ruiva falou ao atender a ligação.

 

Fim do capítulo