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Amor e ódio: faces da mesma moeda por Nath D

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Palavras: 4906
Acessos: 1483   |  Postado em: 17/07/2019

Capítulo 1

 

Ah, o amor entre duas mulheres... Na maioria das vezes é visto como algo nojento para pessoas de mais idade, para os homens é o ápice da excitação suprema. E estou aqui justamente para narrar como aconteceu todo o amor entre a Hanna e eu, e nossa situação atual.

 

Se na sua cabeça você imagina uma cena clichê: Duas mulheres com famílias homofóbicas ou uma lésbica com amor platônico pela amiga hétero, saiba que está redondamente enganada. Acho que você não deve está entendendo nada, então vamos viajar no tempo.

 

Hanna e eu nos conhecemos lá no jardim da infância, a partir de então uma amizade inexplicável surgiu, estudamos juntas desde essa época até o ensino médio, juntas. Só que com quase doze anos comecei a sentir algo inexplicável pela estonteante moreninha de olhos verdes. Coragem sempre foi meu forte, então não fui covarde, resolvi jogar a real, o máximo que poderia acontecer era nossa amizade ir pelo ralo.

 

--Morena, gosto muito de você, mais do que possa imaginar. -lembro que estávamos na hora do recreio.

 

--Clarice, também gosto de ti, você já sabe disso. -ela dizia se aninhando ainda mais perto. Só Deus sabe o quanto minha excitação aumentava mesmo com esse movimento simples!

 

--Você não entendeu, Hanna! Sabe o casal da novela das 09:00? Quero ser sua namorada, quero andar de mãos dadas, quero te beijar na boca... -disse trazendo aquele pinguinho de gente para perto de mim.

 

--Eu também quero te beijar, sempre fui apaixonada por você, mas isso não estaria errado? Nós somos duas mulheres.  -o mais difícil consegui, o restante seria mais fácil.

 

--Vamos fazer o seguinte. Vou te ensinar a beijar, se você não gostar, então paramos.

 

--Tá certo então Cla!

 

E foi com esse diálogo breve que dei o meu primeiro beijo, melhor ainda, na garota que eu sempre gostei. Éramos o que hoje em dia chamam de boca virgem (BV), então, cá entre nós, o beijo não foi dos melhores. Só que a prática leva à perfeição, e não demorou para que nos tornássemos experts em beijar.

 

Poderia ficar dizendo o quanto me descobrir lésbica foi difícil e dramático, mas estaria mentindo. Depois de alguns beijos, fui até à casa de Hanna pedir oficialmente para os pais dela permitirem o nosso namoro. Tanto da parte da minha família quanto da família dela houve espanto geral, mas quando nossos pais viram nosso amor crescendo cada vez mais, eles abençoaram a nossa relação e desejavam felicidade. Em outras palavras, nosso namoro nunca foi segredo para ninguém. Por volta dos quatorze anos tivemos nossa primeira relação sexual, a Hanna adorou, também o maior trabalho eu que fiz, ela foi mais para passiva como diriam no ditado lésbico. Não fiquei muito satisfeita, não estava lubrificada o suficiente, então é meio óbvio o fato da penetração ter sido extremamente dolorida.

 

Não serei modesta para afirmar o quanto fui uma adolescente bonita e popular. Com quatorze anos tinha cerca de 1;75 já, um corpaço muito a frente para a minha idade. Meus cabelos lisos, castanhos e compridos combinavam com meus olhos mel, meu corpo estrutural ainda possuía bumbum GG e seios fartos, todos os meninos e meninas daquela escola queriam ter alguma vantagem, me namorar, assim tinha vários amigos e participava dos times de vôlei e de basquete da escola. Já a Hanna... Bom, ela não era feia, possuía cabelos pretos e um par de olhos verdes encantadores, baixinha, parecia uma boneca de porcelana, mas seu jeito antissocial, de poucos amigos e tímido fazia com que a maioria das pessoas a achasse metida e arrogante.

 

Um dos pontos que problematizavam nosso namoro era a questão da morena ter ciúmes dos meus amigos, o pior que nem posso dizer que era algo da cabeça dela, sei que ela tinha razão. Outro fator que sempre dava um pouco de briga era o sex*, para a Hanna eu era uma ninfomaníaca, nunca estava satisfeita, mas, eu me conheço, era a minha namorada toda passivinha que não me correspondia à altura.

 

O tempo não anda, ele voa na verdade. Comecei a cursar arquitetura, minha irmã mais velha e meus pais eram arquitetos, nossa família era dona de uma empresa muito prestigiada no ramo, então nada melhor do que seguir os passos dele. A Hanna optou pelo jornalismo, sempre foi a paixão dela desde criança. E assim se passaram mais cinco anos rapidamente, estávamos formadas e com empregos estáveis. Na verdade nossas famílias sempre foram muito bem de vida, então tivemos todas as condições possíveis para conseguirmos carreiras de sucesso.

 

Depois de treze anos juntas, acabamos nos casando. Éramos até novas, contávamos apenas com vinte e cinco anos, idade em que muitos jovens ainda estão curtindo, só que como já namorávamos desde os doze anos, resolvemos oficializar nossa união.

 

Sempre fizemos o acordo de que não haveria segredo entre nós e deveríamos expor a nossa vontade. Às vezes eu mexia em um assunto que provocava brigas.

 

--Acho que nós deveríamos frequentar uma casa de swing, ter uma relação aberta, sei lá, algo para apimentar a nossa relação. -eu gostava e muito de sex*, gosto até hoje na verdade.

 

--De novo esse assunto, Clarice? Já falei que não é não. Nossa relação sempre será monogâmica, não se fala mais nisso.

 

Nunca tive dúvidas do meu amor pela Hanna, desde a adolescência fazíamos sex* com frequência, mas a minha namorada, esposa agora, nunca me satisfazia o suficiente, com o tempo e ganho de experiência achava que esse ponto poderia melhorar, porém não... Cada vez ficava mais sedenta por sex* e minha esposa não era capaz de retribuir à altura.

 

Várias vezes no decorrer do trabalho, era obrigada a interromper reuniões importantes para recorrer à masturbação, não sei se realmente era ninfomaníaca ou a Hanna que era fria. Em um belo dia aconteceu algo que seria o inicio de um grande problema na minha vida.

 

--Por que uma gata dessas está se aliviando sozinha quando eu poderia fazer isso por você? Poupe seus dedos! -eu não notei que meu tesão estava tão grande que esqueci de trancar a porta do banheiro.

 

--Verônica, tá ficando louca?! Saia daqui e vá preparar a reunião. -a Vê era engenheira civil, as vezes prestava consultoria e auxiliava em reuniões decisivas, era uma excelente profissional.

 

--Louca eu tô ficando vendo você se tocando gostoso. Eu posso ajudar. -ela disse entrando na cabine onde eu estava e trancando.

 

--Vê, isso não tá certo! Eu sou casada, amo a Hanna, você também tem um marido... -ainda tentava recobrar o bom senso, só que já estava mais do que excitada.

 

--Temos companheiros muito ruins de cama por sinal. Não vou parar porque sei que você quer isso tanto quanto eu.

 

Nem preciso detalhar o que veio a seguir, trans*mos ali mesmo. Estava lutando para que isso não acontecesse, mas não teve jeito. Aquela negra era gostosa demais para que eu pudesse resistir, pela primeira vez na vida traí a minha esposa. Acabei percebendo com tudo isso que eu não era ninfomaníaca, a Hanna que não me satisfazia o suficiente. Além de ser completamente passiva, ela colocava 1001 regras na cama... Era proibido anal, brinquedinhos eróticos e muitas outras diversões.

 

Os meses foram se passando e trans*va com a Veronica sempre que dava. Como a linda negra de cabelos cacheados, estilo Thais Araújo, apagava meu fogo, não sentia mais necessidade de fazer amor com a minha esposa, o pior que ela começou a perceber.

 

--Vida, tá tudo bem? Tô te achando tão calada e parece cansada. -claro que estava cansada, a Vê me fez goz*r umas seis vezes.

 

--Tô ótima, apenas estava pensando no quanto seria bom se nossa casa começasse a se encher de crianças. -era uma mudança proposital de assunto.

 

--Amor, que excelente ideia. Também acho que já está na hora de sermos mamães.

 

Ser mãe sempre foi nosso sonho desde a adolescência, então foi até bom começarmos a falar sobre isso. Acabamos combinando de que teríamos um casal de filhos, a Hanna engravidaria na primeira vez, eu seria a última a engravidar. Visitamos várias clinicas especializadas em inseminações artificiais.

 

Demorou, mas por fim a minha esposa engravidou. Não contávamos que a gestação seria tão complicada, os problemas foram tantos, que após o nascimento do Hiury, nosso primeiro filho, a Hanna precisou retirar o útero. Com isso a libido dela diminuiu ainda mais e ela não tinha mais interesse no sex*, nem preciso dizer o quanto isso me enfureceu.

 

Nesse interim, a Verônica recebeu uma proposta de emprego irrecusável para trabalhar no Canadá, ao mesmo tempo em que me senti frustrada, foi até um alivio, pois pode não parecer, mas minha consciência pesava quando traia minha esposa. Quando nosso filho já estava com pouco mais de um ano, veio mais uma conversa decisiva.

 

--Cla, acho que já tá na hora de darmos uma irmãzinha para o Hiury, ele iria adorar.

 

--Amor, nosso filho ainda tá pequeno. Não acha que seria muito apressado?

 

--Pensa bem, Clarice. Até realizarmos a inseminação e nossa filha nascer... Nosso meninão estará com dois anos, uma diferença de idade razoável.

 

--Tá bom meu bem. Amanhã mesmo vamos à clinica.

 

--Eu te amo muito! -Hanna disse me beijando calorosamente.

 

--Eu te amo muito mais! -respondi pegando nosso filho no colo.

 

Diferente do que pensávamos, não foi difícil para que eu engravidasse. Já estava gestante na segunda tentativa. Diferente da Hanna que teve várias complicações e engordou muito, a minha gestação foi extremamente tranquila e engordei apenas o necessário. Muitas pessoas comentavam o quanto eu estava ainda mais bonita agora.

 

Talvez a Hanna tivesse certa inveja de mim porque meus amigos me mimaram muito na gravidez, algo que não fizeram com ela. Aos quatro meses, descobrimos para o azar dela, que teríamos mais um garotão, não uma menininha como ela gostaria. Acreditem ou não, isso foi motivo para briga.

 

--Isso não estava nos nossos planos! Que droga! Era pra ser uma menina, de menino já temos o Hiury.

 

--Hanna, não sei se você sabe, mas o mais importante é darmos muito amor para essa criança independente do sex*. -tentava colocar um pouco de juízo na cabeça dela, mas era inútil.

 

Por algo tão banal, nossas brigas aumentaram mais, e depois de saber que não teríamos uma menina, a Hanna não me acompanhava nas consultas de pré-natal. Lembram quando disse que não iria mais trair minha esposa? Só que o destino foi sacana comigo e me desafiou...

 

A empresa da minha família estava crescendo cada vez mais, estávamos até famosos no mercado internacional. Com isso fomos obrigados a contratar novos profissionais, dentre eles, precisávamos de estagiários de arquitetura.

 

Já havia realizado algumas entrevistas, mas não gostei de nenhum candidato. Eles não possuíam a qualificação que a empresa buscava. A última candidata quando adentrou o meu escritório precisei me segurar para não desfalecer ou ficar babando. Priscilla Freire era uma loira de apenas dezenove aninhos, uns olhos azuis piscinas hipnotizantes, quase da minha altura, me esforcei para não ficar encarando aquele decote em V. Apesar de ser muito jovem, ela era extremamente sexy. Realizamos a entrevista profissionalmente, não tive dúvidas de que a contrataria, ela teria futuro na empresa.

 

--Parabéns Priscilla! Seja bem-vinda à Lacerda Arquitetura & Designer. Você está contratada. -disse ainda admirada. Como cabia tanta beleza em uma pessoa só?

 

--Muito obrigada mesmo dona Clarice! A Sra não faz ideia do quanto estou imensamente feliz. -disse me cumprimentando com um aperto de mão.

 

--Por favor, tire esse dona e essa Sra. Assim fico parecendo uma velha, acabei de fazer 28 anos.

 

--Claro Clarice, até peco perdão. Você além de jovem, é muito bonita, grávida então fica mais linda. -notei que ela ruborizou.

 

--Muito obrigada pelo elogio, são seus olhos! -respondi também tímida.

 

--Seu primeiro filho? -indagou curiosa. -Seu marido deve ser um homem de muita sorte

 

--Não, é meu segundo filho, meu outro filho tem um ano e sete meses. Na verdade não tenho marido, só uma esposa linda que amo muito.

 

--Esposa? Não imaginaria que minha chefe é lésbica. -ela estava muito sem jeito.

 

 

--Espero que não seja preconceituosa, não tenho problemas com minha sexualidade. -respondi firme.

 

--Não teria lógica, Clarice. Eu também sou lésbica, mas meu gaydar não apitou para você.

 

Ainda conversamos mais um pouco sobre assuntos amenos, ainda estava surpresa com o fato da Priscilla ser lésbica, isso poderia ser perigoso... Os meses foram passando e cada dia sentia a minha estagiária querer se aproximar, só que eu evitava, caso contrário não responderia pelos meus atos.

 

O meu segundo filho, o Cauã, nasceu com uma saúde de ferro, chorava muito e era um bebê lindo. Cada vez percebia a Hanna mais distante, quando o Cauã completou quinze dias, ela passou a trabalhar em uma cidade vizinha. Não se importou em me deixar sozinha com meus dois filhos, um de apenas duas semanas e outra criança elétrica de dois anos, e isso foi um alerta a mais para o perigo...

 

Priscilla e eu nos tornamos muito amigas, uma relação que ia além de chefe x estagiária, mas ela sabia ser profissional. Tudo aconteceu em um sábado, não esperava por visita. Estava em casa sozinha, apenas de camisola. A Hanna estava para a casa dos pais com meu filho mais velho enquanto o Cauã dormia tranquilamente no berço.

 

Quando a campainha tocou até achei que era minha esposa esquecendo algo, por isso atendi a porta com camisola.

 

--É assim que você recebe as visitas? -perguntou uma loira alta e sexy, toda cheirosa, vestindo roupas mínimas.

 

--Desculpas Pri, achei que fosse minha esposa, ela acabou de sair.

 

--Eu é que peço desculpas por ter vindo sem avisar.

 

--Não tem problema! Entra! -disse lhe dando passagem, logo subi para mudar de roupa.

 

A Pri foi até em casa para me pedir ajuda com alguns trabalhos da faculdade. Terminamos esgotadas no final do dia. Amamentei o Cauã e o coloquei novamente no berço. A fim de espairecer a mente começamos a assistir um filme romântico.

 

--Que tal se bebermos um champanhe ou uma vodca? -Pri perguntou tirando minha atenção do filme.

 

--Pri, acho que não é uma boa ideia, tô amamentando, você sabe...

 

--Só um pouquinho não vai fazer mal.

 

Então começamos a beber, como não tinha costume de beber, não demorou para que eu estivesse meio alta. Na tela o casal lésbico principal do filme estava nos maiores beijos e amassos.

 

--A April lembra muito você, mas ela não é tão bonita. -Priscilla disse fazendo referência a uma das protagonistas. Ela também já estava bêbada.

 

--Você me acha bonita mesmo? -perguntei com a voz enrolada.

 

--Não só bonita, mas também gostosa...

 

Nesse momento fomos nos aproximando e começamos a nos beijar. A língua da Pri bailava gostosamente na minha boca fazendo minha calcinha molhar. Ela me deitou no tapete da sala, se colocando em cima de mim, era ótimo sentir aquele corpo em cima do meu... Quando ela começaria a tirar minha blusa, meu filho começou a chorar, quebrando aquele nosso momento.

 

--Priscilla, é melhor você ir! -disse sem jeito.

 

--Tem razão! Desculpa qualquer coisa.

 

Logo a loira se foi, tratei de ir até meu filho e trocar sua fraldinha. Aquela loira me deixou com um tesão além do normal. Quando a Hanna chegou em casa pela noite, até tentei algo. Ela se entregou a mim, fizemos amor, mas sempre com as benditas regras que ela colocava na hora do sex*. Naquela madrugada ela dormia nua e satisfeita, mas eu não... Rolava de um lado para o outro pensando naqueles peitões maravilhosos, naquela loira exuberante.

 

A segunda-feira chegou, meu cérebro dizia para resistir, mas meu sex* não resistiu à Priscila, o resultado foi que nos tornamos amantes.

 

O tempo passou, a Pri se formou e foi efetivada para compor o quadro de funcionários permanentemente, eu já não era mais sua chefa. Nesse interim aconteceram mais alguns fatos novos. Eu me tornava ainda mais viciada no sex*, não trans*va apenas com a minha esposa e com a Pri, inventava alguns compromissos de trabalho e sempre conseguia alguma "companhia" nas boates por onde passava. Durante um período, uma de nossas empregadas engravidou, mas não queria ter a criança, então resolvemos adotar a filha da dona Elena, finalmente tivemos uma menina, a nossa tão amada Ana Clara.

 

Com a adoção da Ana Clara, Hanna e eu estávamos mais do que felizes.

 

Tudo nessa vida tem um preço, pagamos alto pelas nossas inconsequências, comigo não foi diferente. Parecia ser mais um dia normal de semana. A diferença era que a Hanna havia ido para um Congresso de jornalismo, assim poderia me encontrar com a Pri sem me preocupar. Nesse dia fatídico meu filho mais velho estava com sete anos, o Cauã tinha cinco anos e a minha menininha, a Clarinha, tinha acabado de fazer dois anos. Deixei os três na escola e segui para o trabalho.

 

Não tivemos tanto trabalho naquela manhã, então deu para a Priscila e eu trans*rmos muito.

 

--Clarice, adoro quando você me ch*pa toda! -Priscila dizia com cara de safada!.

 

--Não seja por isso, vou te ch*par novamente vadia!

 

Desci o corpo da minha amante com vários beijos, lambidas e ch*pões até chegar ao seu sex*, lá iniciei um delicioso oral. Escutamos barulho de chaves, mas nem ligamos, havia outros escritórios por ali. Segundos depois escutamos uma voz que embrulhou o meu estômago.

 

--Clarice, bem que eu desconfiava que você estava me traindo, só não imaginava que seria justo com essa loira aguada.

 

--Hanna, pelo amor de Deus, eu posso explicar... -não sabia nem o que dizer! Procurava me vestir desordenadamente.

 

--Não há nada a dizer, já vi o que precisava! -minha esposa dizia a gritos e choros.

 

--Por favor, me deixa explicar! -ainda tentei.

 

--Tudo bem, mas em casa conversamos. Isso não é assunto para tratar aqui. Vou pegar as crianças na escola, em casa conversaremos.

 

Ao mesmo tempo em que a Hanna chorava descontroladamente, ela parecia calma. Meu coração se partiu em vários pedaços naquele momento. Priscila ainda tentou conversar comigo, mas apenas terminei de me vestir, justifiquei minha ausência no trabalho e fui para casa. Cheguei bem na hora do almoço.

 

--Mãe, vem comer com a gente! -fui recepcionada pelo meu filhote de cinco anos me beijando.

 

--Hoje também tem batata frita. -Hiury respondeu.

 

--Meus homenzinhos estão comendo. Agora posso saber por que essa princesa não come? -disse indo até Clarinha e lhe enchendo de beijos.

 

--Eu sem fome mã! -minha bebezinha comentou.

 

--Vou dá comidinha nessa boca, quero vê se essa princesinha não vai ter fome.

 

Tentei realizar um almoço descontraído para que os meus três filhos não percebessem o que estava rolando entre a Hanna e eu. Em nenhum momento ela se manifestou, mas percebi seu olhar longe e sem emoção, isso me assustou um pouco.

 

--Hanna, precisamos conversar. -disse após o almoço quando a babá preparava meus meninos para aula de natação e a Clarinha para o balé.

 

--Conversaremos a noite, ainda preciso trabalhar.

 

O restante daquela tarde se arrastou. De noite jantamos em "harmonia". Quando as crianças já estavam dormindo, tomei banho e desci para conversar com a Hanna na sala. Não sei nem dizer o quanto estranhei ao vê uma das minhas amantes, no caso a Priscilla... Presente ali.

 

--Priscilla, o que tá fazendo aqui?

 

--Isso eu posso responder. Eu me passei por você e chamei essa puta até aqui.

--Desde quando vocês me traem? Ah Clarice... Quantas amantes você teve até hoje?

 

--Tem pouco tempo que trans*mos e... -ia ser mais uma mentira que foi quebrada por uma bofetada violenta que recebi.

 

--Quero apenas a verdade, já chega de mentiras. Vou perguntar pra puta. Há quanto tempo isso vem ocorrendo? -Hanna se virou para Priscilla.

 

--Dona Hanna, a Clarice e eu somos amantes desde que o seu filho do meio estava com dois meses, não foi intencional...

 

--Que legal saber que você me mete chifre com essa puta há cinco anos. -Hanna ria de nervoso. -Deixei passar o lance com a Verônica, mas fazer isso de novo é querer me fazer de besta.

 

--Como você soube o que rolou com a... -nem terminei e já fui interrompida.

 

--Não sou tão besta quanto pareço, Clarice. Tenho meus contatos. Perdoei uma vez, mas não tenho sangue de barata pra te perdoar novamente. -a Hanna falava extremamente calma, e isso só me deixava mais apreensiva.

 

--Por favor, me dá uma última oportunidade, não vamos nos separar... -supliquei chorando.

 

--Quem disse que vamos nos separar?! Se seu medo for esse, esquece! O combinado foi até que a morte nos separe, e assim será...

 

--Do que você tá falando, Hanna?! -Priscila perguntou espantada.

 

--Vocês já saberão...

Dizendo isso, a minha esposa foi até a bolsa dela e voltou com duas armas: uma pistola e um facão. Implorava mentalmente para que ela não fizesse o que eu mais temia.

 

--Hanna, não! Não vá fazer algo que possa se arrepender! Pense nos nossos filhos! -gritei desesperada!

 

--Você pensou neles quando comeu a Verônica, Priscila e outras incontáveis putas?!  --Nessa hora ela apontava as duas armas para mim.

 

--Pelo amor de Deus dona Hanna, abaixa essa arma! -A Priscila não deveria ter falado nada...

 

--Quer saber?! Vou acabar logo com essa palhaçada! -falando calmamente, a Hanna destravou a pistola e desferiu três tiros contra a Priscilla, foram dois tiros na cabeça e outro no peito. Com certeza ela estava morta! O corpo de Priscilla sangrava por todos os lados.

 

--Hanna, você enlouqueceu! O que fez?!

 

--Mãe, que barulho foi esse? Escutei lá do quarto... -meu filho mais velho agora presenciava aquela cena de filme de terror. Era muita maldade, ele tinha apenas sete anos.

 

--Hiury, vá para o seu quarto agora! Fique com seus irmãos! -disse querendo tranquilizar meu filho, mas saberia que isso seria em vão.

 

--É melhor obedecer a sua outra mãe! -Hanna disse apontando agora o facão para a minha direção. Meu filho saiu correndo assustado para o andar de cima.

 

--Hanna, amor, pelo amor de Deus, não me mata... -implorava pela minha vida temendo ter o mesmo fim de Priscilla.

 

--Agora sou seu amor. Sabe? Nessa relação sempre fui a submissa, agora tá na hora de mudar.

 

--O que você vai fazer? -perguntei percebendo ela vir com o facão na minha direção, mas foi em vão.

 

--Poderia estourar seus miolos com alguns tiros, mas quero que você sinta muita dor até morrer, sofra muito...

 

--Hanna! -não deveria ter falado, fui atingida por uma facada no meu braço esquerdo, uma dor imensurável percorreu todo meu corpo. Não aguentei e gritei de tanta dor.

 

Cada grito era uma facada em um lugar diferente do corpo, quando a Hanna tentou acertar uma facada no meu peito, me protegi com a mão direita, e logo três dos meus dedos foram arrancados, sangue era só o que jorrava por todo lado. Aquela sala parecia um mar vermelho de tanto sangue que havia.

 

--Mãe, pelo amor de Deus, não mata a nossa outra mãe! -nesse momento Hiury já estava na sala com o Cauê e a Clarinha, todos presenciavam aquela tragédia. A minha caçula não parava de chorar.

 

--Crianças, fujam! Vão procurar ajuda. -gaguejei bastante ferida, já havia perdido muito sangue.

 

--Não vamos te deixar morrer, mamãe! Se a mãe Hanna te matar, vai ter que me matar primeiro! -Cauê de cinco aninhos disse se jogando sobre mim.

 

--Vocês não colaboram... a Clarice vai morrer vocês querendo ou não. -Hanna gritava com nossos próprios filhos.

 

Hanna perdeu completamente o discernimento, havia enlouquecido de vez. Ela partiu para cima do Cauê, me joguei em cima dele a fim de que ele não fosse machucado. Com isso aquela faca perfurou minha nuca. As últimas imagens que lembro é do Hiury ligando não sei para quem, o Cauê abraçado a mim implorando para que eu não morresse, a Clarinha soluçando alto de tanto chorar também abraçada a mim e suja com o meu sangue. E a Hanna? Bom, essa louca sumiu, fugiu pela janela. Queria me levantar e consolar meus filhos, mas isso foi impossível, rapidamente tudo ficou escuro.

 

XXXXXXXXXXXX

 

Poderia ficar aqui e descrever como foi o processo em que acordei no quarto de um hospital e com várias luzes brancas ao meu redor, mas vou resumir o que de fato ocorreu, fiquei sabendo pelos meus pais. O Hiury saiu correndo para ligar para a policia. O objetivo real da Hanna era matar a mim e a minha amante, ela realmente conseguiu matar a Priscila com tiro fatal na cabeça e no coração, mas o objetivo de me matar não foi alcançado, mas juro que preferia mil vezes ter sido assassinada do que viver no estado em que me encontro, de consciência pesada. Eu não morri, mas a facada final que a Hanna me deu na nuca serviu para perfurar minha coluna cervical e outras estruturas importantes , com isso fiquei tetraplégica, apenas me comunico com o olhar. O pior de tudo é que estou ciente de tudo o que acontece ao meu redor, mas não consigo interagir. Minha mente está presa em um corpo vegetativo. A Hanna foi presa quando tentava embarcar no aeroporto em um voo de última hora com a roupa toda suja de sangue, hoje responde a duas acusações: homicídio e tentativa de homicídio. Não deverá sair da cadeia tão cedo.

 

Os maiores prejudicados nessa história toda nem preciso dizer que foram os meus filhos, por falar neles, meus pais possuem a guarda oficial deles, todos eles estão traumatizados. O meu filho mais velho de uma criança doce hoje é um menino extremamente agressivo, na escola já até furtou pequenos objetos; o Cauã não está em condições de ir para o colégio, chora o tempo todo e implora para eu conversar e brincar com ele, já a Clarinha se tornou uma criança muda, desde esse episódio não fala absolutamente nada e tem pesadelos recorrentes. Meus pais, minha irmã, meus tios, enfim, toda minha família, a família da Priscilla que era uma moça que tinha uma vida toda pela frente e a família da Hanna também está arruinada com o que aconteceu, dezenas de vida foram destruídas

 

 

Todos os dias penso em todos os erros que cometi, tudo motivado por sex*. Gostaria de voltar ao passado e consertar meus erros, mas isso é impossível, e minha impotência aumenta, minha consciência pesa toneladas. Talvez eu devesse ser ninfomaníaca e procurar ajuda psicológica, ou então ter terminado minha relação com a Hanna já que o sex* era tão importante para mim. Tantas destruições poderiam ser evitadas se eu tivesse feito tudo de maneira correta.

 

Eu amei a Hanna, amo ela e sempre amarei, isso nunca irá mudar. Sei que errei, mas ela também não tinha o direito de assassinar a Priscila, fazer o que fez comigo, destruir a vida dos nossos filhos.

 

Eu que sempre me gabei porque fui uma adolescente muito gata como falava, era uma mulher que parava quarteirões e arrecadava olhares, hoje um sou um corpo completamente deformado fisicamente, tenho cicatrizes horrendas do rosto até os pés, pareço um monstro de tão deformada que fiquei com as inúmeras facadas, apenas o Cauê se aproxima de mim e sempre chorando, a Clarinha e o Hiury morrem de medo de mim, acham que sou um bicho papão por causa da minha aparência. Amigos? Vontade é de rir! Esses dai somem.

 

As sequelas emocionais, psicológicas, nem preciso mencionar, essas são piores e todos os segundos me lembram daquele dia fatídico onde parecia ser apenas um dia normal. Atividades rotineiras como me vestir, comer, me alimentar, preciso que alguém faça tudo por mim em período integral.

 

No fim das contas todas nós saímos perdendo nessa história. Poderia jogar toda a culpa na Hanna, de fato ela enlouqueceu, sei que nós duas vamos nos reencontrar, só que não nessa vida, pois tenho certeza de que ela não sairá da cadeia, na verdade sairá sim, só que de lá para o cemitério, nosso reencontro será no INFERNO onde nos amaremos eternamente.

 

Quanto a mim, só espero morrer o mais breve possível. Minha vida pessoal foi destruída, minha vida profissional, meus filhos que é onde mais machuca... Carregarão sequelas para toda a vida, pessoas me olham com olhares penalizados e outros também acusadores, como fui infiel, tenho a ciência de que muitos me culpam pelo que aconteceu, até mesmo parentes, mas são tão covardes que não têm coragem de dizer na minha cara.

 

Peço para a minha irmã digitar todo o sofrimento, inferno que passo todos os dias para que cada linha desse texto sirva de exemplo. Tenha muito cuidado com as suas ações, você pode pagar muito caro por um erro, e carregar sequelas eternamente...

 

 

         THE END!

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Oi meninas, estou por aqui novamente, só que agora com essa história bem rápida. Gostaram dessa temática diferente? Deem suas opiniões, se possível. Os comentários fazem toda diferença. Beijos.


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Comentários para 1 - Capítulo 1:
Juliana ferreira
Juliana ferreira

Em: 21/02/2020

No Review

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Kitsune
Kitsune

Em: 02/10/2019

Caramba! Nos faz pensar em como devemos tomar cuidado com nossas atitudes e com o sentimento dos outros. Além disso, assumir nossos erros e ir atrás do que nos faz feliz ao invés de "empurrar o relacionamento com a barriga".

Inclusive, quando Clarice falou sobre ter filhos, isso me pareceu uma péssima ideia. Se a pessoa não está em paz consigo mesma, se está faltando algo nela ou no relacionamento, não deveria tentar compensar/melhorar as coisas colocando outra vida no meio da bagunça.

Gostei muito da história, que apesar de fictícia, é passível de acontecer.


Resposta do autor:

Bom dia moça.

Infelizmente a Clarice e a Hanna tiveram os erros dela, estava muito óbvio de que não tinha como esse relacionamento dar certo, mesmo assim elas pagaram pra ver onde daria, o resultado foi uma enorme tragédia.

O pior de tudo são os traumas que ficarão nessas crianças para a vida toda.

Obrigada pelo comentário.

Beijos:)

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rhina
rhina

Em: 25/08/2019

 

Olá 

Boa tarde 

Sei que é ficção ......mas tudo  e do modo que vc relatou pode acontecer......

Tudo poderia ter sido resolvido por vários caminhos.....não precisava ter chegado onde chegou.....

É uma história de cortar o coração 

Rhina


Resposta do autor:

Boa tarde.

Infelizmente há relacionamentos que acabam dessa forma. A mídia enfoca bastante sobre relacionamentos abusivos héteros, mas as vezes esquecemos que esse mal também ocorre dentro da nossa comunidade mesmo não sendo noticiado as vezes.

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Vanderly
Vanderly

Em: 19/07/2019

Verdade autora os traumas podem durar a vida inteira nas crianças que presenciaram algum tipo de violência.

Beijos.


Resposta do autor:

Isso mesmo, mas alguns casais não pensam nos filhos quando o orgulho é ferido :(

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Freya
Freya

Em: 18/07/2019

Posso perguntar se tem algum fato real nessa história?

Vários elementos são mais comuns do que se imagina...

Chocante demais, mas excelente!


Resposta do autor:

Boa tarde.

Não, essa história não é real. Apenas a cabecinha dessa autora vendo tantos casos de feminicidios, veio uma criatividade para escrever algo relacionado ao mundo lesbico, até porque essas violências são comuns, só não são tão divulgadas como se fosse um caso hetero.

Obrigada pelo comentário. 

Beijos.

Responder

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Vanderly
Vanderly

Em: 18/07/2019

Fiquei arrasada. Nada justifica uma violência dessas. " Temos o direito de ficarmos com raiva, mas nada nos dá o direito de sermos cruéis.


Resposta do autor:

Olá. E o pior que por causa de uma atitude inconsequente, vidas ficam traumatizadas pra sempre.

No caso desse conto, as dores das famílias e das crianças pequenas.

Beijos.

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Brescia
Brescia

Em: 17/07/2019

           Boa noite mocinha. 

 

Fiquei presa até o fim,  todos os acontecimentos são decorrentes dia nossos atos , mas nada justifica a violência. 

 

         Bravissima piccola escritrice. 


Resposta do autor:

Boa tarde moça. Fico feliz que tenha gostado.

Sim, a violência sempre será injustificável, mas muitas pessoas não pensam dessa forma, infelizmente.

Beijos.

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