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Palavras: 1968
Acessos: 624   |  Postado em: 16/07/2019

Capítulo 1

 

Era meio dia, quando os advogados informaram:

— Nós fizemos tudo o que foi possível, senhora, mas ela disse não.

— Por quê? Nossa proposta de compra foi justa! — exclamou Érica Bulamarqui.

— Muito justa — acrescentou um dos advogados. — Mas ela não acei­tou.

— Ela mandou isso para você. — O advogado entregou a Érica um envelope lacrado.

— O que é isso? — Érica interrogou. Era o mesmo documento que ela enviara na semana anterior, mas em resposta, agora havia um bilhete anexado ao envelope, com um imenso “NÃO” escrito na cor vermelha em letras maiúsculas, que provavelmente Cecília Nunes fez questão de grafar pessoalmente.

— Ela é inflexível! Outro advogado se posicionou preocupado.

— Talvez devêssemos reavaliar esta aquisição — sugeriu o outro advogado. — É desnecessário perder tanto tempo com um imóvel que não está à venda.

Érica Bulamarqui, apenas voltou-se para sua mesa, olhou os dois advogados sentados à sua frente, e encarou o bilhete anexado ao envelope com a proposta de compra.

— Há outros imóveis à venda na mesma região. Podemos negocia-los o quanto antes, se assim, a senhora desejar.

— Não. Érica interferiu. — Só voltem aqui, quando ela aceitar a proposta, senhores — continuou Érica. —  Ou dispenso vocês e trato pessoalmente com a própria Cecília Nunes.

Érica Bulamarqui, fora categórica. Queria aquela imóvel e não aceitaria um não como resposta. Tinha sido criada assim. Como a primogênita da família Nunes, desde cedo aprendeu que o trabalho vinha sempre em primeiro lugar. E já fazia 2 anos que assumiu completamente a direção do grupo empresarial da família, a pedido de seu pai, Zé Nunes que via na filha, uma liderança e talentos natos para expandir a rede de supermercados da família. Apesar dos seus 32 anos, tinha controle sobre tudo e todos a sua volta. Sua vida era um tabuleiro em que cada jogada exigia uma tática, estratégia e planejamento.

Determinada, Érica levantou-se e, caminhando pelo escritório, disse:

— Talvez Cecília esteja querendo mais dinheiro. — E sentou-se, amassando o envelope que recebera de volta. — Nós precisamos daquela prédio. Sem ele te­remos de refazer todo o projeto, e isso nos atrasaria em semanas, talvez meses... E não podemos perder tempo, já tem outro supermercado se instalando no centro da cidade.

Aquele projeto significava domínio de mercado. Depois dele, poderia galgar outros estados.

— Por que você mesmo não tenta convencê-la? — sugeriu o advogado.

— Quer que eu faça o trabalho que não conseguiram fazer? — estranhou Érica. — Pois bem, eu vou até lá, agora mesmo.

— Mas, sozinha?!

— Se você quer algo bem feito, faça você mesma.

 

20 minutos depois...

Érica estacionou na frente da obra do supermercado concorrente. E caminhou até o prédio almejado. Com os olhos fixos na estrutura do prédio, a diretora observou a área construída, passou por um restaurante barulhento e aparentemente caótico. Érica seguiu na direção das escadas e se desvencilhou dos equipamentos e caixas desordenados, mas, ao chegar ao fundo do corredor, descobriu que pilhas de papel e latas de tinta bloqueavam a passagem.

Irritada com tanta bagunça, limpou os ombros que tocaram em uma das inúmeras caixas empilhadas e gritou:

— Tem alguém aqui? — Podiam colocar placas de sinalização! — resmungou Érica.

Uma moça toda suja de tinta retirou o avental enquanto saia detrás de um biombo de pallet, caminhando na direção de uma pequena passagem entre duas pilhas de caixotes com a voz abafada respondeu:

— Placas de sinalização para que? Se eu adoro aborrecer visitas arrogantes.

Érica respirou fundo engoliu a irritação. Havia investido muito tempo naquele projeto, precisava daquele imóvel o quanto antes. Não podia estragar tudo com uma discussão inútil. Precisava da assinatura da proprietária no contrato, e por isso tinha de usar de tato, diplomacia e educação.

— Gostaria de falar com Cecília Nunes, por favor — disse à mulher impaciente com tanta tralha e desordem.

— Marcou horário, senhora?

— Não! — E percebendo que contrariava a resolução tomada há poucos segundos, mudou o tom de voz. — Desculpa, eu não pretendia falar alto. Por favor, diga à proprietária dessa espelunca que Érica Bulamarqui está aqui.

O sorriso debochado que viu nos lábios da mulher a surpreendeu, mas o brilho que ela tinha nos olhos era ainda mais intrigante. Ela apontou para uma porta à esquerda e disse:

— Espere ali, por favor. Vou ver se a dona pode atendê-la.

Érica teve de aguardar 10 minutos até que a porta se abrisse novamente.

— Estou esperando Cecília Nunes. Sabe se ela vai demorar? — Percebendo que a jovem era a funcionária que a orientara, prosseguiu: — Desculpa se fui grosseira lá fora. Você me chamou de arrogante, não foi?

A jovem de cabelos cacheados não respondeu de imediato. Terminou de retirar a tinta das mãos e depois abriu uma das gavetas da mesa, retirando um celular, evitando encarar a visitante. Por baixo do macacão ela, vestia uma blusa branca com detalhes de renda.

Surpresa com o que via, Érica permaneceu em silêncio, notando as proporções do corpo a sua frente. Como uma mulher gorda, poderia ser tão bonita? Sem importar-se com o espanto de Érica, Cecília ligou o celular, colocou no bolso do macacão e só então virou-se para encará-la.

— Em que posso ajudá-la?

— Você é a Cecília? — surpreendeu-se ela, tentando afastar a lembrança do que sentira ao vê-la tirar o avental.

— É, acho que sou. Pelo menos estou no corpo dela.

Cecília quase podia imaginar as engrenagens girando no cérebro daquela mulher. Ela devia pensar que a convenceria sem dificuldade, mas não sabia o que tinha pela frente. te. Apesar de sua aparente calma, seu sobrenome era teimosia. Filha única, herdou dos falecidos pais, o cobiçado imóvel. Mas apesar dos alugueis dos pontos comerciais lhe renderem alguma renda, as despesas de manutenção corretiva do prédio e as contas atrasadas empilhavam-se na mesa da artesã. Embora vendesse todas as suas peças, não entendia porque no auge dos seus 30 anos vivia sem dinheiro.    

Mas, curiosamente, em silêncio, observava a mulher alta e morena sentada à sua frente. O nariz empinado dela era bem mais evidente pessoalmente do que parecia nas fotos das redes sociais e os cabelos lisos e negros chegavam à altura dos ombros, num corte long bob bem arrumado, contrastando com o tom claro da camisa social que vestia.

Érica era uma mulher definitivamente sexy, pensou ela, assustando-se com a autonomia dos próprios pensamentos.

— Está ciente da minha oferta de compra? — Érica interpelou.

Por estar mais interessada no conjunto harmônico de expressões series e tensas que a empresária demonstrava a cada palavra, do que na proposta que ela tinha a fazer, Cecília não ouviu uma única palavra da proposta.

— O quê? Você poderia repetir, por favor. — A artesã perguntou sorrindo.

— A minha oferta é 200 mil no imóvel. E se fecharmos agora acrescento 50 mil à minha proposta inicial.

Cecilia gargalhou, sentiu graça de tamanha seriedade daquela mulher a sua frente, imaginou se após um gozo no âmbito sexual, a empresária ainda manteria as mesmas expressões tensas.   

— O que há de tão engraçado nessa oferta? — irritou-se Érica.

Seus olhos castanhos brilhavam intensamente. A testa enrugada e a mandíbula tensionada indicavam uma explosão próxima, mas Cecília resolveu ignorar os todos os avisos. Não se deixaria intimidar, por ninguém nesse universo.

— Parece que ainda não entendeu, moça. Eu não tenho ne­nhuma intenção de vender este imóvel.

— Tá certo. Pois poupe o meu tempo, e me diga logo, o quanto você quer?

— Não quero. Tá com o ouvido entupido? Eu disse que não tenho interesse em vender — A artesã completou.

— Todos tem um preço e com você não será diferente. — Érica sorriu ironicamente.

Mal acabara de falar e Cecília notou um novo brilho nos olhos dela. Não de raiva ou irritação, mas de alguma emoção intensa que não con­seguia definir. Sabia que era capaz de enfrentar uma reação furiosa, mas aquele olhar implicava em algo muito mais perigoso. Érica aproximou-se e apoiou as duas mãos sobre a mesa, dando a impressão de ser ainda maior do que realmente era.

— Não estou aqui de brincadeira. — O tom de voz firme e imperativo de Érica espalhou estranhas ondas de alerta por todo o corpo da artesã. Agora entendia de onde vinha o poder daquela mulher. Com aquela voz, uma palavra apenas, provavelmente já seria suficiente para ser entendida. O que Cecília verdadeiramente não entendia, era como naquele instante aquela vibração voz de Érica poderia atingir seu corpo ao ponto de causar um desequilíbrio na sensibilidade da sua pele. “O que era aquilo?” — Cecília estranhou e resolveu ligar o modo defesa, antes que aquele arrepio chegasse em outro lugar.  

— Eu sei disso, Érica e, francamente, não tô afim de descer para o play.

— Descer para onde? — Érica franziu o cenho. — Qual a sua idade, garota?

Os olhos de Érica encararam lentamente dos cabelos loiros e encaracolados até os olhos grandes e verdes. Qualquer pessoa perder-se-ia na profundidade daqueles olhos esverdeados. Érica observou a boca carnuda e sensual e prosseguiu no exame apurado e vagaroso daquela mulher estranhamente sensual, até alcançar a transparência da blusa através da renda. “Que calor é esse? Até parece excit...Não! Foca, Érica! — Repreendeu-se mentalmente sem muito controle sobre seus pensamentos, continuou.

Notou que Cecília mordia o lábio e perguntou-se a artesã teria consciência de como o gesto era convidativo. Até parecia que ela também compartilhava a mesma guerra contra os pensamentos lascivos que brotavam, em meio as falhas tentativas de combater o desejo súbito de beijar aquela mulher. Érica lembrou a si mesmo que não podia deixar-se governar pelos impulsos. Ela não era assim. Era um ser humano racional, que aprendeu a controlar suas emoções. Por isso, naquele momento, tinha coisas muito importantes para resolver. A prioridade era sair com a maldita a assinatura de Cecília no contrato de compra e venda. Mas, olhando-a de perto, compreendeu que a missão não seria tão simples quanto imaginava.

Cecília sustentou o olhar e surpreendeu-se com o que sentia. Que diabos aquela mulher estava fazendo com ela? Por que a olhava daquele jeito, como se quisesse correr dali? Pois já era hora de parar com a brincadeira. Não iria mais dar corda para a empresária charmosa e sua sensualidade capitalista e aqueles altos valores, pois com ela não funcionaria.

— Repito que não estou interessada.

— Você não sabe do que sou capaz...

— Isso é uma ameaça? Você não deveria mexer com uma pisciana com ascendente em câncer... — Blefou a artesã.

— Eu não faço ameaças, Cecília. Eu faço planejamentos. E cumpro metas — Levantou e ajeitou a camisa. Tirou um cartão de dentro da bolsa, depositou estrategicamente no centro da mesa. Depois caminhou lentamente até a porta, abriu-a e disse: — A propósito, eu sou aquário com lua em aries e você está com o nariz sujo de tinta.

Cecília ergueu a mão, mas não chegou a tocar o rosto. Atônita, ficou parada, olhando para a porta que ela havia fechado ao sair. “Quem aquela...aquela... Capitalista arrogante, pensava que era?” Depois da saída da importuna visita. Andando de um lado, resolveu ir ao banheiro limpar o rosto.

— Então ela pensa que é invencível! Pois vai ter uma surpresa! Está precisando ouvir um não, dona Érica. E eu vou dizer esse não bem alto! — Olhou em volta e examinou o prédio que aprendera a amar desde criança, mas que agora lhe só gerava despesas. Não queria abrir mão da única coisa que possuía, além das lembranças dos pais, da infância, do primeiro beijo, a primeira namorada...   Era demais para perder. Tinha que dar a volta por cima.

 

Fim do capítulo


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