Continuação do capítulo anterior (cap 7)
continuação do cap 7
Comecei a ensaiar o que falaria para Adriana. Precisava tomar coragem para dar um basta naquela situação, no fundo sabia que aquela conversa seria difícil. Então quando Márcia informou que Adriana ainda se encontrava na empresa e estava na porta da sala não ouvi as batidas. Como Adriana vivia na minha sala entrou mesmo sem bater ou obter uma posição se podia ou não entrar. Ela encontrou-me falando alto, mas não consegui entender do que se tratava.
-Laura! ? quer falar comigo? a pouco estiver aqui e você parecia não me querer por perto...mudou de idéia?!
-Aham...naquele momento que me dei conta que Adriana já havia chego...oi Adriana...queria e quero conversar com você...por favor sente-se... mostrou-lhe uma cadeira...
No coração de Adriana, se instalou uma estranha sensação que esta não sabia como definir. A pouco ela esteve com Laura que a tratou de forma fria e agora havia pedido que fosse a sua sala. Laura por outro lado estava tensa estava fazendo um grande esforço para que Adriana não percebesse sua intenção.
-Adriana...você sabe que tenho uma profunda admiração por você, não sabe?! Adriana apenas concordou com a cabeça...pois bem...não nego que você realmente me atrai muito...gosto de você, de sua companhia...mas...
-Mas o que, Laura?! . você não é mulher de meias palavras...por favor, vai direito ao ponto! .
Laura apenas assentiu com a cabeça, de forma afirmativa.
-Tudo bem...então...acho melhor que a partir de hoje voltemos até apenas uma relação profissional, nada de envolvimento mais íntimo...você é a mulher que qualquer mulher gostaria de ter como namorada, esposa, amante...mas
-Mas você não me ama, não é?! . isso não me é novidade Laura!
-Eu tentei Adriana, eu juro! . esse tempo todo fiquei apenas com você, por mais que não tivéssemos um compromisso...
-Sei...sei...e se levantou que seja feita a sua vontade dona Laura Fontes...a partir de hoje quando quiser SEXO...ou você paga ou vai atrás de alguma das sua amiguinhas!
-Calma, Adriana! Levantei e fui na direção dela. Sempre fui sincera com você, nunca te enganei sobre o que não sentia por você, sempre deixei tudo muito claro Mas você queria assim mesmo...sei que será pedir muito sua amizade neste momento, mas mesmo assim gostaria...
-Amizade?!- deu uma sonora gargalhada neste momento. Neste momento não posso ter dar nada, espero que o dia que você vier a se apaixonar perdidamente por alguém, este alguém corresponda e se não corresponder saberás a dor que estou sentindo neste momento!- ela falava entre lágrimas
Antes de sair da minha sala, Adriana levantou a mão em um gesto que fui pega de surpresa, achei que levaria um tapa. Confesso que merecia, afinal "brinquei' durante muito tempo com os sentimentos de Adriana já que nunca quis nada sério com ela. Minhas amigas já tinham me avisado que deveria da um basta em toda aquela situação, pois quanto mais deixava passar o tempo mais Adriana ficaria apaixonada por mim. Roberto que sempre me apoiava pensava como a minhas amigas, esta certo que ele mudou de idéia certa vez que junto com nosso pai nos flagrou em digamos uma situação delicada. Lembro que tanto eu quanto Adriana não sabíamos onde enfi*r a cabeça de tanta vergonha. Adriana percebeu que Roberto havia mudado com ela, porque meu irmão é muito brincalhão. Perguntou várias vezes se a mudança dele tinha relação com o que presenciou no meu escritório, nunca revelei que o que ele presenciou afetou a relação deles. Márcia assim que Adriana saiu da sala entrou preocupada querendo saber o que havia acontecido. Apenas pedi para que Márcia saísse precisava ficar sozinha e não queria em hipótese alguma ser interrompida por ninguém. Minha secretária saiu deixando me aliviada por ter colocado um ponto final nesta história que nunca deveria ter começado.
Nesta hora meu celular começou a tocar. fiquei hesitante em atender por um tempo, estava nervosa e quando estava daquele jeito perdia a cabeça e falava o que não devia, na maioria das vezes chegava a ser grossa. Dei um tempo e o celular parou de tocar, fiquei contemplando a paisagem da cidade. Não demorou muito para o celular voltar a tocar, olhei no visor para saber de quem se tratava Abri um sorriso quando percebi que se tratava de Juliana.
-Oii mulher!- minha voz não era a das melhores...
-Credo...que voz é essa menina?! aconteceu alguma coisa? quem morreu?- começou a rir..
-Ninguém morreu, apenas coloquei um ponto final no meu caso com a Adriana... falei tudo de uma vez
-Sabes qual é a minha opinião sobre esta “relação” maluca de vocês duas...demorou mais tomastes a decisão mais sensata...queres conversar?!
-Sim..gostaria de conversar...
Estou em casa, o que achas de passares por aqui?!
- ótimo...estou indo!
Mesmo depois de formadas, minha amizade com as meninas permaneceu a mesma. Crescemos todas juntas. Vanessa se formou comigo em engenharia. Estagiamos juntas na empresa da minha família e depois de formada, pelo seu bom desempenho e competência foi convidada por meu pai para trabalhar na empresa. Mas estava afastada em função da especialização no exterior a qual ela durante meses tinha desejado. Julia formara-se em medicina, tinha se especializado em pediatria. Amava crianças. Então resolveu fazer residência nesta área e estava há 2 anos no Rio de Janeiro. Tâmara tornara-se advogada. Estudou muito e havia passado em um concurso para promotora. Joana formou-se em psicologia, porém não exercia a profissão, se dedicava aos filhos e ao marido. Juliana, paralelamente cursou em faculdades diferentes engenharia e publicidade e propaganda e há 1 ano estava lecionando na universidade, a convite do coordenador do curso, nunca trabalhou em engenharia, nunca entendi porque ela fez este curso. Apesar da vida corrida, sempre que os compromissos de cada uma deixava, procurávamos sair para conversar, fofocar, a única que por uns 2 anos estava ausente desse encontros era Júlia. Mas sempre nos falávamos por telefone e desde que inventaram o avião todos se tornaram vizinhos. Júlia quando queria convencer Laura de ir vê-la sempre lhe falava esta frase e o pior é que conseguia...
Se despediram, Laura avisou que não voltaria mais aquele dia para empresa, liberando Márcia para ir embora. Antes de sair da empresa, Laura passou perto da sala de Adriana, não havia mais ninguém. Olhou no relógio e constatou que o expediente da empresa estava perto de ser encerrado, seguiu rumo ao elevado.
Como a casa de Júlia era apenas duas quadras da empresa, rápido chegou na casa da amiga.
-Ei menina...entra
-Obrigado por me receber...
-Deixa de graça...sabes que as portas da minha casa estarão sempre abertas para ti...e se abraçaram...
Juliana sempre sabia quando Laura não estava bem. Quando sua amiga lhe contou que estava saindo com Adriana, tanto Juliana quanto Júlia achavam que tudo não passaria de mais um dos casos da amiga, mas ao conhecer Adriana começaram a perceber que para esta não se tratava de apenas um caso, percebeu nos olhos de Adriana que esta estava apaixonada por Laura. O que mostrava ser um não bom sinal.
-Mais sim...me conta o que houve...e mostrou o imenso sofá para que a amiga senta-se
-Como te falei por telefone, hoje chamei a Adriana para uma conversa a fim de colocar um ponto final em toda essa loucura...me joguei no sofá e suspirei fundo...
-Olha, sempre te falei amiga...para você o que tinhas com Adriana não passava de um caso, mas quando você nos apresentou e pude conhecê-la melhor percebi que ela estava apaixonada por você...te falei que alguém sairia ferido nesta situação!
-Devia ter lhe dado ouvidos...gostaria tanto de voltar no tempo...e olhou para o alto...
-Agora não adianta você ficar se lamentando...se perguntando como teria sido se você não tivessem se envolvido...pensa que foi o destino que quis assim...
-Destino?! lá vem você com esse papo para meu lado...sabes que não acredito em destino...destino para mim somos nós mesmo que fazemos..nós é que escrevemos nosso destino...se levantou e começou a andar pela casa...
Juliana acreditava em destino, em vida após a morte. Diferente de Laura que apenas dizia acreditar em Deus e ponto final.
-Foi tarde mais ao menos colocastes um ponto final nisso tudo, agora vê se mantém a sua decisão e não cede mais a tentação da carne...e começou a rir da amiga.
-Não voltarei atrás na minha decisão...acabou!...e não vou ceder aos pecados da carne, relaxa...começaram a rir... A conversa que tiveram, deixou Laura melhor, precisava desabafar, precisava conversar e nada melhor do que falar com a amiga já que Júlia estava tão longe.
-Olha a Júlia quando soube desta novidade ficará de certa forma feliz. Ela também pensava como eu a respeito disso que você e a Adriana tinham. -Eu sei...ela por muitas vezes puxou minha orelha...e deu um sorriso amarelo.
Como já era noite, ambas resolveram sair para jantar, já que tanto Laura quanto Juliana eram péssimas na cozinha.
A semana passou corrida, reuniões, visitas às obras, inúmeros afazeres ocuparam a vida de Laura. A empresa era grande mais isso não evitou que ela e Adriana não se embarrassem pelos corredores. Adriana estava chateada com Laura, quando se encontravam Adriana sempre dava um jeito de nem olhar para cara de Laura. Esta por sua vez entendia que para que ela pudessem tem uma amizade no futuro o melhor que tinha a fazer era dar tempo ao tempo, afinal coração é terra que ninguém conhece.
Fim do capítulo
Obrigada pelos comentários e exelente fim de semana a todas...
Bjs
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Brescia
Em: 15/06/2019
Oi mocinha.
Todo término é doloroso, mas foi a melhor decisão que a Laura tomou. Agora é só esperar pelo encontro com o amor da sua vida.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Oi moça...
Tdo bom?espero q sim..
De fato,todo término é difícil,mas neste caso foi necessário...
Muito em breve este encontro acontecerá rs...
Bjs e bom fds
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