CapÃtulo 38
Silene e Damarys estavam juntas há mais de meia hora e a conversa parecia de doidos e ainda para aguçar a curiosidade de Silene, Damarys estava dispersa, deixando muitas vezes as coisas caírem ao chão numa displicência que não era muito comum.
--Hmmm já vi que hoje não estamos num dia bom. - disse sorrindo e provocando a amiga.
Damarys riu tentando disfarçar o seu verdadeiro estado de espirito.
--Já sei, vamos fazer uma aula com a tua musa inspiradora. Agora sim estou certa que mudas de humor.
Damarys olhou para a amiga com um olhar tão estranho que nem ela que a conhecia tão bem conseguiu identificar o que lhe ia na cabeça.
Depois de ponderar por alguns minutos e de ambas terem ficado no mais completo silêncio, Damarys resolveu falar:
--A ultima coisa que eu faria na vida...
--O quê? Aula de dança com a Raquel? Mas não estavas com uma paixão avassaladora pela moça sexy? Ah já sei, passou como sempre passa. Até que demorou um bocado.
Silene riu, mas Damarys permaneceu impassível.
--Damarys, aconteceu alguma coisa? Estás estranha...
--Mais estranha... - Damarys tentou brincar e Silene riu.
--Ligeiramente mais estranha, mas agora deixa de enrolação e me diga o que está a acontecer.
--Ahhhhh nem sei por onde começar e já até sei o que vou ouvir e sinceramente, mereço.
--Damarys, eu não sou ansiosa, mas desenvolvo esse transtorno em dois minutos se continuares nesse suspense.
--A Raquel está gravida. - Disse num rompante e olhou para o lado oposto.
Silene arregalou os olhos e desabou na costa da cadeira. Muitas coisas passaram pela sua cabeça e teve vontade de dizer outras que não abonariam em nada a dançarina.
Respirou fundo. Damarys continuava distante...
--Como assim? - Finalmente conseguiu falar.
--Como assim? Pelo método tradicional. - Ironizou, mas o desalento estava explicito na sua face.
Mais um minuto de silêncio.
--Damarys, eu nunca entendi o que existia entre vocês...nunca foste muito clara, embora teu olhar diante da moça fosse sempre de uma paixão fulminante, e o fato de não falares muito do assunto, também deixou-me apreensiva...
--Eu não sabia o que dizer...era diferente, ela é diferente...
--Hmmm..., mas o que acontecia efetivamente?
--Eu me apaixonei... e foi a pior merd* que fiz na vida.
--Calma Damarys, não é o fim do mundo. As paixões passam e essa vai passar quando menos esperares...
--Já passou..., mas a dor está com intenções sérias de acabar comigo.
--Dor?
--Sim, dor. Eu gosto dessa mulher Silene. Ela me mostrou uma Raquel tão genuína, tão pura e irresistível que eu me apaixonei.
--Namoravam?
--Não...ah sei lá. Eu estava encantada com ela, com o mundo dela, com os sobrinhos, com a forma como ela enfrenta a vida...sem contar que ela é linda, perfeita e tem toda aquela sensualidade...eu cometi uma sucessão de erros fatais para uma mulher de 35 anos e que vem se preservando há pelo menos 15 anos.
Damarys tremia o que deixou Silene ainda mais preocupada.
--Damarys, preciso entender...ela namora um homem e estava contigo ao mesmo tempo?
--Essa pergunta não te parece obvia? Ela está gravida e o filho claramente não é meu...
O desalento de Damarys deixava Silene cada vez mais preocupada.
Depois de refletir um pouco, Silene abordou o assunto da única forma que lhe pareceu coerente.
--Desculpa o que vou dizer..., mas eu te avisei...
--Sei, me avisaste e não foi uma única vez, mas eu sou teimosa e gosto de ver para crer...
--Nada disso me espanta...pensando bem, não me espanta. Eu sempre soube que ela só estava a brincar com essa coisa toda, só não sabia que terminaria de forma tão...desculpa-me a expressão, mas ela é muito leviana para não dizer coisa pior...
Silene vestiu a capa protetora das amigas. A raiva de Raquel já chegava a pontos consideráveis.
--Tens razão...leviandade é o mínimo que se pode dizer desse desfecho...
-- Ainda bem que acordaste a tempo. - Silene afagou a mão da amiga.
--Ela me acordou, pelo menos teve a decência...o mínimo que poderia fazer.
--Estou com raiva dessa mulher. - Declarou Silene.
--Não fiques...já deixei para la. Passado.
--E com essa cara de sofrimento?
--Ela também está a sofrer...- A imagem de Raquel completamente atordoada a implorar o seu perdão invadiu-lhe a mente.
--Não entres por aí pelo amor de Deus. Ela que fique com o filho e o homem dela e te deixe em paz.
Uma lágrima quis pular do olho de Damarys, mas ela conseguiu impedir.
--Só me explica uma coisa Damarys, tu também só estavas a brincar, certo?
Damarys quis gritar que não, mas limitou-se a desviar o olhar e a sorrir sem vontade.
Silene sentiu uma onda de desespero querendo aflorar no seu peito. Não gostava de ver seus amigos em sofrimentos, ainda mais Damarys que era sempre muito alegre e extrovertida. Aquela Raquel significava bem mais do que apenas uma menina sexy, significava bem mais do que uma novidade, um troféu. E estava gravida. Gravida. Conseguia palpar o desalento de Damarys.
Precisava fazer alguma coisa, dizer alfo que amenizasse aquela dor.
-- Damarys, deixa essa mulher para lá, não tenho nada contra a Raquel, pelo contrário, mas ela não é para ti...mundos diferentes, escolhas completamente diferentes. E outra, eu já te vi com muitas mulheres e sempre saíste ilesa e era cada uma mais estonteante que a outra...- Ela tentava a todo custo minimizar o efeito da avalanche Raquel.
-- Já reparaste na Raquel?
Para espanto de Silene, o tom de Damarys agora era doce. O nome Raquel soava a musica na voz dela. Claro que a preocupação aumentou.
-- Já, ela é linda, lindíssima, mas gosta de homem e está gravida e desculpa-me a franqueza, mas precisas de um choque. - disse correndo com as palavras.
-- A beleza dela extrapola o físico, há qualquer coisa aí que não faz sentido...essa gravidez não faz sentido algum...
-- Vamos deixar de conjeturas, ela está gravida não está?
--Sim...
--Então, esse é o fato relevante, o resto são devaneios de uma mente confusa. Fique longe dessa mulher, ela que siga a vida dela com filho e com quem ela quiser, mas a milhas de ti.
--Não a julgues por um problema que é meu?
--Não julgar? Ela faz sofrer à minha amiga e eu tenho que achar tudo normal? Ah Damarys pelo amor de Deus. Eu não tenho nada contra ela, desde que fique longe de ti...vá viver, conhecer outras pessoas sem complicação, vá ser a Damarys que sempre foste.
"A Damarys que sempre foste"
A frase fez eco na mente de Damarys. A Damarys que sempre fora ou que se tornara, jamais tinha sido feliz como a Damarys que se permitia ser quem era ao lado de Raquel. A Damarys que ficava a conversar baixinho na madrugada numa sala pequena sentada num sofá que mal cabia duas pessoas, essa era extremamente feliz. Essa Damarys sentia-se capaz de qualquer coisa. A Damarys que andava pelas ruas de qualquer cidade do mundo com um sorriso estampado no rosto ao pensar que voltaria a Lisboa e teria um abraço capaz de tirar qualquer carga de seus ombros...essa Damarys era muito feliz. A Damarys que se permitia ter sonhos cor de rosa e que sabia que podia realizá-los, essa era muito feliz. Essa Damarys que quase ninguém conhecia, só era assim ao lado de Raquel. A Damarys genuína combinava com a pureza da Raquel..., mas a Raquel era uma farsa...a Raquel estava gravida de um homem que provavelmente fazia parte dos sonhos dela...
Que confusão...que agonia...
--Vamos meu bem. Vamos passear por aí e eu prometo que ao final do dia estarás mais animada.
Damarys foi. Apenas seguiu a amiga pelas ruas da cidade. Seu pensamento era desconexo. Seu coração estava em desalinho...e, não parava de pensar em Raquel. Um misto de raiva, muita raiva e uma vontade de vê-la, abraçá-la, acolher e ser acolhida...o tal abraço que fazia tudo valer a pena.
Abraçou Silene para não desabar e seguiram ladeira abaixo.
**********
--Não fiques triste com essa noticia Dina, não é o fim do mundo...
--Não, é apenas o fim dos sonhos de uma mãe...imaginei o melhor para Raquel. Não estou triste Salma, estou desnorteada, sem chão. Não consigo ficar triste porque não entendo mais nada.
--Imagine a Raquel...
-- Eu sempre acreditei tanto que a Raquel teria uma vida diferente da minha e da própria irmã que está perdida por esse mundo correndo atras de homem. Minha menina sempre tão prestativa...Deus não pôde pensar num futuro melhor para ela?
-- Não questiones os desígnios de Deus minha amiga, e mais, não sabes o que esse filho pode representar na vida de Raquel.
--Atraso de vida. Agora que essa menina conseguiu um trabalho que ela gosta, que está a fazer esses trabalhos da moda. Ela estava tão feliz, eu também...
--Pode não ser um atraso de vida, ainda mais se a apoiares. Ela precisa de apoio Dina. Tua filha está muito desnorteada, precisa de apoio, conforto...
--Mas isso não está em questão. - Interrompeu Dina sentindo-se indignada com a duvida da amiga.
--Precisas ser bastante clara nesse ponto, acolhe-la como a Nayami fez...
--Como tu também fizeste. Graças a Deus minha menina pôde contar com amigos. Eu não posso deixar que ela seja amparada por gente que não é de casa e agir de forma diferente. Não me entendas mal Salma, tu és amiga da família...
--Eu entendi e concordo plenamente contigo. Ela não veio pedir auxilio a mim, foi a Nayami que a trouxe, ela teve sangue frio para trazê-la aqui antes de seres confrontada com essa noticia.
--Essa menina é uma luz na vida da minha filha. - Disse Dina emocionada.
-- Ela é uma luz na vida de qualquer um. Ela gosta tanto da Raquel, não se fazem mais pessoas assim...pessoas como Carlota e Nayami estão em extinção...
--Eu não posso criar problemas à minha filha.
--Não, não podes. Podes sim ficar preocupada porque não vai ser uma situação muito fácil. Mas se todos nós ajudarmos, a tua filha vai ter o bebé em paz e tudo vai dar certo.
--Vai sim, eu tenho fé e conto com a vossa ajuda. Não sei ser muito carinhosa e afetiva, mas eu quero que ela saiba que estarei sempre por perto. Estive e estou para os meus netos que são filhos da minha filha problemática, imagina se não vou estar pela Raquel.
--Não esperava nada diferente de ti, Dina. Tens esse teu jeito um bocado severo, mas eu sei que o coração que habita esse peito é enorme.
Sorrisos.
-- Agora cá entre nós Salma, essas minhas filhas tinham que puxar o fervor da mãe?
Gargalhadas altas.
--Deve ser hereditário.
Risos.
--Quem é o pai do filho da Raquel? Algum desses homens sem futuro que só servem para fazer filho? Ela nem estava namorando...
Risos.
--Esses detalhes eu não sei. Terás de conversar com ela com muita calma e amor. Nada de julgamentos...aja como mãe...com o coração de mãe.
-- Eu sou bruta, mas amo demais as minhas filhas e a Raquel é especial, sem ela eu não teria dado conta dos meus netos. Essa minha menina merece o melhor, tomara que ela esteja gravida de um homem bom, mas é ilusão da minha cabeça não é Salma?
--Não sei Dina, apenas ouvi o que ela quis partilhar e acolhi da melhor forma que pude. Mas, acredito que entre mãe e filha a conversa há de ser outra...só não atropeles a Raquel, ela está muito sensível, eu diria que ela está muito frágil.
--Imagino...coitada da minha filha. Mas ninguém engravida sem querer...
--Às vezes sim...
--Se fosse homem bom ela teria todo o orgulho em me contar... - Dina falava mais para si, tentava adivinhar o que ouviria da filha. Uma espécie de preparação para o pior.
--Espere para ouvir.
--Ah Salma, filhos...tu não tens razão de queixa ou preocupação, já eu...
--Quem disse que não tenho? Cada um com seus problemas, mas graças a Deus tudo sempre resolvido com muito amor.
-- Acreditas que eu já cheguei ao ponto de pedir a Deus que dê um amor à minha filha e o inusitado vem no momento em que peço a Deus que seja qualquer pessoa...
--Não entendi...
-- O absurdo é minha filha dizer que vai jantar com uma amiga e só de vê-la feliz e se esmerando na escolha da roupa, eu pedir a Deus que essa amiga seja uma pessoa do bem e que seja mais do que amiga para minha filha se encontrar.
Gargalhadas altíssimas.
--Tu? Dina Silva, estás bem? Lembras-te quando te contei que meu filho mais novo vivia com outro rapaz e quase tiveste um ataque cardíaco?
--Lembro, claro. E por falar nisso, eles ainda estão juntos? Esse povo não se aquieta...a filha da minha patroa gosta de mulheres e cada dia ela aparece com uma diferente.
Risos.
--O Vítor continua com o mesmo rapaz e nem todo mundo é doidivanas.
--Mas, dos teus filhos só esse é...
Risos.
--Meus filhos vivem todos muito bem, cada um com uma relação e o Vítor namora o Jake e está tudo certo.
--Eu não estou a criticar Salma, só que para a minha cabeça é mais complicado entender essas coisas, mas eu juro por Deus que se a Raquel aparecesse com uma mulher decente e apresentasse com sendo a namorada, eu no mínimo, ficaria tranquila. Se ela até hoje não acertou num homem, de repente é uma mulher que vai ajudá-la a ter sossego nessa vida.
-- Dina, o que precisas entender é que a tua filha não precisa de ninguém para seguir com a vida, ela não precisa de bengalas...
--Eu sei Salma, e se minha Raquel puxou a mim, ela não precisa de ninguém para nada, mas é que vejo-a tão solitária. E essa predisposição para homens que não prestam...enfim. Ela foi para casa?
--Foi. Depois de descansar um bocado aqui em casa, ela acordou, tomou banho, degustou uma refeição quente que preparei com amor, conversamos um bocado e depois ela foi embora.
--Ela está muito assustada?
--Um bocado, mas eu acredito na força dela e vai dar tudo certo.
--Vai sim e eu vou trabalhar agora porque já passou da mina hora e ao final do dia vou pedir a Deus orientação para ser o que minha filha precisa nesse momento.
--Seja amor.
--Amor transborda aqui dentro, mas exteriorizar é mais complicado...
--Tente e nada de julgamentos.
--Obrigada Salma. Eu não tenho como agradecer a ti e à Nayami. Minha filha conseguiu cultivar belas amizades...a Raquel é tão especial...
--Ela é e precisa de ti nesse momento, mais do que nunca...- Salma insistia naquelas palavras pois sabia que Dina às vezes conseguia ser muito dura.
--Vou ser o que a Raquel precisa nesse momento, ela já fez tanto...
Dina estava visivelmente emocionada.
--Mais um neto.
Sorriu emocionada.
--E que venha com muita saúde.
--Amém. Obrigada Salma, a conversa está boa, mas agora preciso correr porque eu não tenho a tua vida mansa.
Gargalhadas.
--Já lutei muito, agora é tempo de desfrutar do meu merecido descanso. Vai lá sua maluca e não te esqueças, seja amor. Luz.
--Sim, mas vou querer saber quem é o pai desse menino.
Risos.
--Nisso eu já não me meto. Mas quem disse que é menino? Eu tenho a certeza que é uma menina.
--Nem pensar, chega de mulher nessa família.
Gargalhadas.
**********
--Onde vamos comer dona Valentina?
Risos.
--Mademoiselle Silene, estou com o dia cheio e não posso ficar muito tempo fora do escritório...qualquer coisa leve...
--Ai, ela nunca tem tempo, aliás, minhas amigas nunca mais tiveram tempo para mim.
Risos com abraços.
--Até parece que tu tens tempo para os mortais que andam com os pés no chão.
Gargalhadas altas.
--Já sei onde vamos comer. Vais adorar e não demoram nada a servir os pratos. A senhora responsável poderá voltar para o escritório intacta, sem álcool no sangue e em tempo recorde.
Risos.
No restaurante:
--Silene, que lugar maravilhoso e que comida viciante.
--Eu te avisei...estou viciada, venho quase todos os dias quando estou em terra.
--Quase nunca.
Risos.
--Há períodos mais críticos, mas agora deram-me uma trégua e vou aproveitar para descansar e não fazer nada.
Risos.
--E a maluca da tua amiga?
--A nossa?
Risos.
--Sim, mas mais tua, porque eu não a vejo há seculos. Tenho saudades daquela doida, ela alegra qualquer ambiente.
--Não sabes da ultima da Damarys?
--Mulher nova? Mas isso nem é novidade...
Risos.
--Vejo que ainda não sabes, a nossa amiga inventou de se apaixonar pela Raquel.
--Raquel? Quem é Raquel?
--Não conheces nenhuma Raquel?
--Que eu me lembre agora, a amiga da Naya...não...
--Sim.
--Mas, ela não gosta de mulheres. Mas isso também não impede que a Damarys se apaixone. Silene, mas elas não têm nada a ver.
--Absolutamente.
--Se bem que à primeira vista eu não devo ter nada a ver com a Nayami e no entanto...
--Não tem comparação. Tu e a Nayami têm tudo a ver...a Nayami é calma, é compenet*ada, não tem essa coisa muito sexy e apelativa...ela é sexy, mas tão discreta que a torna mais sexy ainda, ou seja, muito parecida contigo...
--Quando digo que elas não têm nada a ver é no sentido de que a Damarys não namora mulheres como Raquel...ela é real demais, natural...Damarys gosta de mulheres criadas, montadas, dessas que ela descarta depois de uma, ou duas noites...não faz sentido, a menos que não saibamos quem é na realidade a nossa amiga.
--Nada a ver, a Damarys ficou enfeitiçada por essa mulher...
--Com toda a razão...
Risos.
--Sim, ela é muito bonita e gostosa e essas coisas todas e acho que ficou deslumbrada com a maluca da Damarys que cá entre nós, é lindíssima e ainda tinha um outro lado que pode ser muito atrativo, era chefe da moça nos trabalhos de moda...
--Mas, não estou a entender...elas tiveram alguma coisa? Pareces muito irritada...
--Estou irritada e quando eu desenvolver o assunto, com certeza, vais ficar também.
--Desenvolva.
Risos.
--Eu sou hétero, tu...nem tanto. - Gargalhadas. - E a Raquel é a personificação da mulher hétero.
--Hum-hum...
--Então, ela adora homens e os homens querem devorá-la.
--Pode ser...
--Pode ser não, é assim mesmo.
--Queres dizer que a Damarys vai se frustrar com essa história, é isso?
--Quero dizer que a Damarys já se frustrou e num grau avassalador.
--Silene, seja explicita.
--A Raquel está gravida.
Valentina quase se afogou na taça de vinho branco. De olhos arregalados ela fitou Silene que batia com a cabeça em sinal de censura.
--Gravida? Wow.
--Pois e obviamente que o filho não é da Damarys e não ria.
Valentina riu, claro. A expressão de Silene era hilária.
--Silene, explica-me com clareza que história é essa...parece ingrediente de romance...
--Drama, não é?
Risos.
--Então, quais são os contornos dessa história?
Valentina imprimiu um tom mais sério à voz.
--Valentina eu não sei. Eu sabia que ela estava encantada pela moça, até aí tudo bem. Damarys adora mulher e é uma paixão atrás da outra. Eu a adverti sobre essa menina, que ela não era gay, que parecia muito intensa sexu*l*mente e que ela no mínimo iria correr atrás dessa Raquel e no final não ia passar disso. Sabemos que Damarys odeia perder tempo, ou seja, fiz meu trabalho pedagógico de convencê-la a ser sensata.
--Em vão...
--Completamente. Eu sou meio bruxa ou sei la o quê e sabia que ela ia se desiludir nessa loucura...
--Gravida...meu Deus...
--Pois é, gravida.
--Mas, elas namoravam?
--Não interessa. Estavam desenvolvendo alguma coisa e a outra vem com esse balde de agua fria? Promiscuidade total da outra e burrice de Damarys, e a nossa amiga está na merd* absoluta.
--Ela viajou?
--Sim, primeiro a trabalho e depois vai hibernar lá numa cidadezinha remota da Suíça ou sei lá onde.
--Eu queria entender melhor essa história...pareceu-me com muitas pontas soltas. A Raquel é uma menina incrível...
--Para os machos dela, porque para a Damarys não serve...ela está gravida Valentina. Consegues imaginar a Nayami aparecendo linda e airosa dizendo que está gravida?
Valentina ficou calada absorvendo aquelas palavras. Chegou à conclusão que se Nayami chegasse e dissesse que estava gravida e, no entanto, continuasse com o mesmo olhar apaixonado, a mesma intensidade de afeto, a mesma entrega, ela ficaria feliz e tudo permaneceria igual, só que agora com um bebé a quem amaria incondicionalmente. Obviamente que manteve esse pensamento no recôndito da sua alma. Silene não entenderia, provavelmente ninguém entenderia..., mas ela sim, e era o que realmente importava.
--Eu queria conversar com a Damarys...
--Ela precisa de nós...Valentina, a Damarys está apaixonada por essa mulher, bem mais do que ela mesma reconhece.
--Então é mais sério ainda...
--Ela está numa apatia desoladora.
--E como será que está a Raquel?
--Eu não tenho nada a ver com isso. Ela é amicíssima da tua namorada, provavelmente a Nayami sabe de toda a historia...
--Sim, elas são muito amigas, mas a Nayami é muito discreta e eu mais ainda...não conversamos sobre a intimidade dos nossos amigos.
--Esse povo civilizado...entendes agora quando eu digo que tu e a Nayami foram feitas uma à medida da outra, até nisso combinam...
Risos.
--Mas e o que fazemos para ajudar a Damarys?
--Primeiro, esperar que ela volte dessa hibernação e depois uma lavagem cerebral e uma varredura no coração...depois de velha ela deu para se apaixonar.
--Quem é velha? Silene estás muito extremista.
--Velha no sentido de vivida, com experiência...
--Ah meu amor, essas coisas acontecem, e ainda bem...
--Pois, depois de velhas elas inventaram de viver outras experiências....
Risos.
--Deve ser o que te falta para dar mais emoção à vida...
--Deus me livre. Eu não sei lidar com homem, vou inventar de mergulhar num universo complicado como o feminino? Nunca, vou passar a vida à espera do príncipe encantado que eu ganho mais.
Gargalhadas.
--Sabes quando a Damarys volta?
--Não faço a menor ideia, o telefone dela está desligado e nas redes sociais ela não aparece mais. Não deve demorar porque há muito trabalho por aqui, pelo menos foi o que ela me disse.
--Sim, o mercado da moda está efervescente e ainda bem. Queria conversar com ela, entender essa história toda. Eu gosto muito da Damarys, e essa história, a paixão pela Raquel que como bem disseste não tem nada a ver com o estereótipo ao qual ela nos acostumou, isso tudo, leva-me a pensar que talvez haja nuances da personalidade dela que não conheçemos tão bem.
--Essa é minha Valentina, pondera tudo, tem sempre uma visão mais ampla das coisas...pelo que vejo, a Nayami só te faz bem...
Risos.
--A Nayami só me faz bem, certeza absoluta. E por falar nela, preciso ir porque ela vai passar na revista.
--Hmmm, muito amor. Ela vai passar para encher-te de beijos?
--Não, pateta...isso também.
Risos altos.
--Na realidade ela vai a uma reunião lá perto e ficou de passar para um olá rápido.
--Sou fã, mas já sabes...
Gargalhadas.
--E a Damarys merece disso para mais e não as migalhas de uma mulher qualquer...
--A Damarys merece o que ela quiser, o que a fizer bem.
--Que com certeza não é iniciar uma história com uma mulher gravida de sabe lá Deus quem. Não romantize as coisas Valentina, lembra que és sensata.
--E tu não esqueças que teu coração enorme sempre foi o teu chamariz.
--Adoro-te...muito.
--Eu também e é sempre bom partilhar momentos contigo.
Risos.
--Agora preciso voar para a revista...a coisa lá está tensa.
--Mas vais ganhar um beijinho ou dois e tudo vai fluir pelo resto da tarde.
Gargalhadas altas.
**********
Mal recebeu a chamada de Raquel, Nayami mudou todos os planos e comeu uma sanduiche às pressas para não se atrasar. Encontrou a amiga numa praça perto do trabalho e ela estava aos prantos.
--Raquel, o que houve? Não me disseste que a conversa com a tua mãe foi tranquila?
--Foi...me abraça Naya, por favor me abraça.
Nayami a abraçou o mais forte que pôde.
Algum tempo depois...
--Desculpa vir assim, sei que és muito ocupada...
--Estou no horário de almoço e depois tenho uma reunião fora do escritório, ou seja, temos tempo. O que houve meu bem? Tua mãe?
--Não. A nossa conversa, ou melhor, o monologo dela, foi tranquilo. Ela não falou muito e nem exigiu muito de mim, apenas disse que tudo bem minha nova condição, que a casa era nossa, que me amava e que me daria todo o suporte. Ela parecia um bocado abalada e estando eu nesse estado, apenas agradeci e chorei. Um problema a menos, pelo menos casa para ficar eu tenho...
--E nem poderia ser diferente. Aconteceu algo novo?
Raquel suspirou e olhou para longe. Os olhos marejados e o semblante muito triste.
--Estava mais calma, tentando equacionar algumas possibilidades para levar essa gravidez sem muito desespero, quando o telefone tocou...era a Damarys.
--Eu pensei que não se falavam mais...
--Não, mas hoje ela ligou e despejou toda a repulsa, o odio, a frustração para cima de mim...fiquei triste, ela tem razão...
--Não senhora. - Gritou Nayami. - Ela não tem razão alguma de despejar lixo em ti. Raquel, precisas de sossego, tranquilidade, mande essa Damarys à merd*.
Naya falava com voz firme e tentava ser veemente. Sabia que qualquer coisa poderia desmoronar Raquel que por si só já estava muito frágil. A amiga precisava de afeto para reerguer-se, encarar a situação e seguir em frente.
--Tu não tinhas nada sério com ela...
--Não, mas...
--Não é momento para divagações, Raquel. Foca no teu bebé que precisa de ti.
--Naya...- O olhar dela era de súplica. - Naya, eu gosto da Damarys...sinto falta dela. Doí-me que ela me odeie...eu não quis fazer isso, não quis magoá-la...
Chorou em desespero e foi amparada por Nayami.
Algum tempo depois e Raquel mais calma.
--Raquel, eu entendo a frustração de Damarys, mas ela não tem o direito de ser grosseira. Tu não a enganaste, não tinham nada mais sério. Também acho desafiador o fato de teres ficado gravida dessa forma, mas já está. E o que interessa é que estás bem, não contraíste doença alguma, o bebé cresce bem, é uma vida que vem aí, só nisso que tens que focar, esquece Damarys e qualquer outra coisa. Esquece meu bem...quem sabe a vida não tem reservado para ti algo muito melhor. Nós nunca sabemos, nós não sabemos de nada...
No braço de Nayami, Raquel sentia-se capaz de enfrentar qualquer coisa.
-- Como eu queria ter a tua força, tuas certezas...
--Estou aqui para te ajudar.
Apertou ainda mais a amiga nos seus braços.
**********
Valentina olhava para Nayami enquanto ela falava sem parar e percebia claramente que ela estava nervosa e se esforçava para aparentar naturalidade. Sábia decisão de tomarem o café num lugar aberto e não na sua sala fechada da revista. Nayami parecia estar sob pressão...
--Meu bem, algum problema no trabalho? - Valentina finalmente conseguiu perguntar numa brecha de Nayami.
--Porquê? Não, no trabalho tudo certo...
--Pareces tensa...estás tensa, eu consigo perceber pelo tom de voz...- Valentina acariciou a mão de Nayami que estava levemente trémula.
--Estou...tens razão, estou muita tensa, irritada e precisando me acalmar para poder ser útil. - Desabafou.
--É a história da Raquel? - Valentina arriscou.
Nayami olhou para ela admirada.
--Claro, és amiga da Damarys...
--A Damarys não tem nada a ver com isso, não a vejo há algum tempo..., mas soube que a Raquel está gravida...
--E isso agora virou atração de circo. - Disse com sarcasmo.
Valentina respirou fundo e relevou.
--A Raquel está gravida sim e não há nada de mais nisso...
--Quem disse que havia?
--Ah, agora todo mundo julga a menina, ela virou puta...
--Nayami, quem disse isso? Estás a ser injusta.
--Quem disse isso é a maluca da tua amiga que ligou para ela e despejou um balde de sujeira em cima da pessoa que já está péssima, sem forças, com a auto estima abalada e sem uma rede de apoio como a senhora ofendida. Ah eu não tenho paciência para essas coisas.
--Nayami, respira, se acalme.
--Como? Injustiça não é para mim...a Raquel está a sofrer, sente que o mundo acabou. Eu tento animá-la, mas ela está certa em muita coisa que diz...trabalhar na sua profissão vai ser complicado, ela ajuda no sustento da casa da mãe, ajuda com os sobrinhos...não vou desampará-la...e ela ainda tem coragem de sofrer por causa dessa Damarys...ah pelo amor de Deus.
--Respira, Nayami...calma, olha que podes estar a ser injusta.
--Injusta? - Quase gritou na cara de Valentina.
--Sim, injusta. Estás a ver apenas o lado da tua amiga...
--E tu a defender a tua...ah Valentina, essa Damarys é uma louca que não está nem aí pela Raquel. Ela é apenas mais uma na coleção, e a idiota faz o favor de se apaixonar...claro, a outra é excelente nessa arte...porr*.
--Passa pela tua cabeça que a Damarys pode estar a sofrer também? - Valentina também subiu o tom.
--Sofrer de quê? Ah sim, o ego...eu já cansei de ouvir vocês comentando que ela não liga para nada, que tem uma mulher por semana. Eu sei que ela é assim...
--E não pode mudar? É assim e ponto?
--Mudar? Porquê? Por quem? Pela Raquel? Ah pelo amor de Deus.
--Nayami, pensa no que estás a dizer, isso beira a preconceito e contra a tua amiga. A Damarys não pode se apaixonar pela Raquel?
--Não, não pode e ela está a goz*r com a cara dela que não percebe e ainda sofre por uma mulher que não quer nada com a vida...
--Difícil conversar assim, já tens todas as verdades sedimentadas, ainda que elas impliquem terceiros que não conheces de todo.
--Difícil mesmo. Vou embora porque já me atrasei.
E foi, sem se despedir.
Valentina permaneceu sentada refletindo sobre o que acabara de acontecer.
--Estão ambas cegas, Nayami e Silene. Nayami está tão cega que beira a infantilidade. Elas não conseguem ter uma visão mais ampla, estão focadas demais em defender as respetivas amigas. E eu no meio desse fogo cruzado sem saber ao certo o que aconteceu e sem ao menos ouvir a versão de Damarys...
Sorriu e olhou as horas no telefone.
--O dever me chama. Esse café que tinha tudo para ser um momento maravilhoso serviu mesmo foi para me mostrar que a Nayami pode ser teimosa como uma porta e infantil. Mas é tão bonitinho vê-la defender a amiga com unhas e dentes...
Riu de si mesma e acabou por achar piada à situação.
**********
Raquel dormia profundamente quando foi acordada pela mãe para comer. Sentiu-se exausta durante a tarde e com a cabeça cheia encostara no sofá na certeza de que não dormiria. A vizinha já se prontificara em receber as crianças e ela poderia descansar um pouco. Mas, ao contrário do que previra, dormira profundamente.
Acordou sentindo-se leve, em paz. Raridade depois que descobrira que estava gravida. O fato mais relevante era que estava sem qualquer resquício de dor de cabeça. Verdadeiro milagre.
--Bruno e Mariana já comeram?
--Já e estão no quarto estudando. Já contei do bebé...
--Já? E eles? Ah mãe, eu queria estar junto...
--Pois minha filha, mas a Mariana é muito esperta e começou a perguntar o porquê de estares em casa há dois dias, perguntou se estavas doente porque viu-te a vomitar e ainda chorou porque achava que ela e o Bruno eram o motivo do teu mal-estar.
--Ah mãe, coitada da minha menina...
-- Mas já está tudo bem. Tentei contar essa história do bebé da forma mais lúdica possível, mas duvido que tenha tido sucesso...
Risos.
--O importante é que já sabem e reagiram muito bem...
--Crianças...
--Pois, para elas tudo é um conto de fadas.
Raquel entendeu aquela frase com uma critica e encolheu-se na cadeira.
A mãe saiu da cozinha, corroborando ainda mais a impressão de Raquel.
Com a cabeça entre as mãos ela ouviu os passos dela logo atrás de si.
--Olha minha filha, para ti.
Dina estendeu-lhe um embrulho com motivos infantis.
Com as mãos tremulas, raquel abriu o presente. Dentro havia um baby-grow vermelho lindíssimo.
Raquel abraçou a pequena peça e chorou.
--Escolhi vermelho porque a bruxa da Salma garante que será uma menina e com aquela lá eu não discuto. - Dina falava emocionada.
--Oh mãe...obrigada. Eu ainda não consigo sentir muito apego ao bebé...
--Não digas isso minha filha, esse bebé não tem nada a ver com...enfim, ele só precisa de amor.
--Amor...difícil mãe...não consigo ter amor por mim, como vou transmitir amor a um bebé que vai mudar radicalmente a minha vida?
--Raquel, eu fiquei desesperada quando a Salma me contou. Só conseguia ver desgraça e fim de sonhos, mas ela abriu-me os olhos, o teu filho pode ser o que falta para brilhares nessa vida, ele pode ser o mote para novos sonhos. Eu já amo o meu neto, neta, seja lá o que for.
Abraçou a filha com muito carinho.
--Minha filha...eu já percebi que o assunto é delicado, mas eu como mãe não posso deixar de perguntar...quem é o pai do bebé?
Raquel olhou para mãe e tudo que ela pôde ver naquele par de olhos foi desespero, confusão.
--Deixa para lá...
--Mãe...- respirou fundo. - Eu não namoro ninguém, não... - O sofrimento na voz dela era comovedor. - O filho é meu...só meu.
--Ele é teu e nosso também, minha filha. Enquanto eu viver, não há de faltar nada aos meus.
--Obrigada mãe.
--Minha filha, tu és especial, a melhor filha que alguém pode ter. Há anos que me ajudas com os teus sobrinhos. É uma responsabilidade muito grande e nem me refiro apenas à questão financeira, tu me ajudas na educação e isso sim não tem preço.
--Somos uma família, mãe.
--Exatamente e família se apoia em tudo. Não temas nada meu amor, vamos conseguir, nós cinco.
Risos felizes com lágrimas de emoção.
--Nós cinco não, nós sete porque a Salma e a Nayami já te abraçaram.
--Sim, sou abençoada. A Naya vai ser a madrinha...
--Que bom e já agora, preferes menina ou menino?
--Ah mãe sei lá...ainda não me acostumei...
--Então convém se acostumar porque passa depressa. Em pouco tempo teremos um bebé cá em casa.
Raquel sentiu-se bem, tão bem que acariciou a barriga pela primeira vez desde que se descobrira gravida.
--Meu filho...- Sussurrou enquanto acariciava a barriga.
Dina ouviu tudo e disfarçou uma lágrima. Aquela criança traria mais alegria à vida daquela família de gente simples.
**********
Sentada no chão do quarto de um hotel em Budapeste, Damarys já tinha perdido a conta da quantidade de whisky que ingerira. Precisava sentir alguma coisa, ainda que fosse a garganta queimando com o álcool. Estava esgotada e não tinha nada a ver com o dia intenso de trabalho. A cabeça estava em parafuso de tanto tentar entender o porquê daquela apatia. Tinha saído para jantar com uma modelo perfeita, daquelas que há meses atrás seria um alvo certo e, no entanto, tudo o que conseguira sentir fora sono. No meio do jantar, a mulher tinha rido de forma completamente artificial e ela imediatamente sentira saudade da risada escancarada e carregada de vida de Raquel.
Repetiu uma mensagem de voz de Silene um milhão de vezes para ter a certeza que o que sentia por Raquel era uma raiva intensa, irreversível.
Silene parecia mais certa do que ela que o sentimento certo era raiva, desprezo...
Seguir em frente, mas para onde?
Era exagero sentir-se assim, sem rumo? Provavelmente era, mas era exatamente assim que se sentia. Tudo fazia mais sentido quando sabia que podia pegar no telefone e ouvir a voz de Raquel...a voz de Raquel, só de lembrar ficava toda arrepiada. Ela tinha uma voz doce, quente e ao mesmo tempo sexy, num tom que remetia a coisas boas, lugares bons...a voz dela sussurrando...
--porr*. Preciso parar com isso...tantas horas de pensamentos sem sentido e não consigo dormir e muito menos sair desse quarto. Parece que só me resta uma prisão...
Bebeu mais whisky.
Acionou uma playlist do seu telefone, escancarou a porta da varanda e debruçou-se no parapeito. Gritou alto não se importando com o horário.
A música que tocava no quarto e que atingiu-lhe em cheio na alma, era Beco sem saída de Charlie Brown Júnior.
**********
Nayami entrou em casa sentindo o peso do mundo nas costas. O dia tinha sido horrível e a todos os níveis. Confusões de ultima hora no trabalho em que precisou agir depressa para que o estrago não fosse ainda maior. Zeca tinha-lhe confiado um projeto grande e que não se sentia preparada para gerir sozinha, mas desafiara-se e tanto Zeca quanto Iris a encorajaram a seguir em frente. A principio gostara de sair da zona de conforto, mas hoje, se pudesse, desistiria de tudo. Mas, desistir já não era opção...
Tinha ficado muito preocupada com Raquel. Uma mulher gravida não podia sob hipótese alguma viver naquele descontrole emocional. Queria poder fazer mais por ela, mas sabia também que o primeiro passo teria de ser dado por ela mesma. Raquel precisava aceitar a situação, já que não havia mais chance de mudá-la. Era difícil, claro, mas o bebé crescia e precisava de uma mãe em paz.
No entanto, nada tinha sido mais desgastante do que o desentendimento que tivera com Valentina. Queria poder voltar o tempo e agir de outra forma. Agora, sentia-se uma idiota. Agora não, passara grande parte do dia sentindo-se uma perfeita idiota e mimada.
Estava com vergonha, sentindo-se infantil e muito cansada.
Não tinham se falado mais e ela tentara ligar umas duas vezes, mas o telefone parecia desligado.
Uma vez em casa, percebeu que ela já tinha chegado. Apesar da porta do quarto estar fechada, viu que havia luz por ali. Porta do quarto fechada. Engoliu em seco. Valentina nunca fechava a porta...nem tentou abri-la para não aumentar ainda mais a sua frustração. Teria de esperar até ao amanhecer para conversar com ela e pedir desculpas pela atitude intempestiva e egoísta.
Arrastando-se pelo corredor, entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.
**********
Depois de rolar na cama inúmeras vezes, Nayami desistiu de dormir e sentada fixou o olhar numa parede qualquer.
A verdade era uma só, não conseguia mais dormir longe de Valentina e com o peso de uma angustia percorrendo a sua alma. Estava angustiada, pensando tanta coisa desconexa e não conseguiria dormir nem com muita meditação.
Foi à cozinha beber agua e depois à varanda. Um pouco mais calma refletiu sobre o que precisava fazer.
Sempre tivera alguma dificuldade em agir após rompantes de raiva ou indignação. Sentia-se sempre tão idiota que preferia o silêncio e a solidão. Mas não podia correr o risco de Valentina pensar que continuava se achando a senhora dona da verdade. Além disso não podia correr o risco de passar a noite inteira em claro, e era isso que aconteceria se não entrasse naquele quarto e dormisse abraçada a Valentina.
A porta estava destrancada. Sorriu e entrou sem fazer qualquer barulho. Já era tarde, não queria acordá-la abruptamente.
A única luz era do abajur que ficava do seu lado da cama e tinha uma música tocando baixinho.
Encostada na porta, Nayami absorvia toda aquela atmosfera que tanto lhe fazia feliz. De olhos fechados, ouviu Plumeria de Faodail.
Caminhou até a cama e deitou. Era ali que queria estar. Ali era o seu lugar e jamais estivera mais certa. Essa sim era uma certeza irrefutável.
Valentina estava de costas e parecia dormir profundamente. Abraçou-a e apaixonou-se pela sensação...maia uma vez. Seu corpo colado ao dela era uma viagem a todos os sentidos. Entrelaçou uma mão por entre as dela como sempre fazia e um minuto depois, Valentina apertou-lhe a mão e gem*u. Ela estava acordada. O coração de Nayami disparou. Não fosse a musica suave que tocava no quarto, poderia jurar que seus batimentos cardíacos seriam ouvidos.
--Porque demoraste tanto para vir para cama? - Perguntou Valentina com a voz rouca de sono.
Nayami sentiu uma onda de calor invadir o corpo todo. Colou-se mais ainda àquele corpo que a fazia querer ficar...
--Meu bem...preciso pedir desculpas...
Silêncio.
--Fui intransigente lá no café...muito dona da verdade, logo eu que não gosto muito de verdades absolutas e muito menos de impor minha opinião...desculpa-me.
Valentina virou-se e Nayami perdeu a noção. Esqueceu do que estava a falar e perdeu-se na beleza da mulher. Estavam muito próximas.
Silêncio. Troca de olhares...intensa. Beijo carregado de sentimentos e anseios.
Algum tempo depois...
--Quando saíste do café eu fiquei a pensar que a Raquel tem um verdadeiro exercito protetor na forma de uma única mulher.
Risos.
--Exagerei...
--Muito. - Valentina beijou-lhe a ponta do nariz.
--A Raquel está tão frágil...sinto-me na obrigação de protege-la, ou ela vai sucumbir...
--Entendo que queiras proteger a tua amiga, mas tenha cuidado para não ser injusta ou parcial. A Silene é o outro exército na forma de uma única mulher, no caso dela, está do outro lado da barricada. Ela só vê o lado da Damarys, assim como tu só vês o lado da Raquel.
--Vinah, a Raquel é o elo mais fraco...
--Quem disse? Já conversaste com a Damarys?
--Ela não está apaixonada...a Raquel está, com todo o desespero que está a viver, ela ainda está apaixonada por uma mulher que na melhor das hipóteses, quer viver uma aventura sexu*l* com ela...
--Cuidado Naya, estas a julgar uma situação baseada em quê?
--Achas possível que a Damarys goste da Raquel?
--E por que não?
--Acho que elas não combinam...
--Em que sentido?
--Na vida...a Raquel é simples, pura...um amor de pessoa...
--E o que sabes da Damarys?
Silêncio.
--Quase nada...
--Nada. Não sabes nada da Damarys e se queres saber, nem eu que sou amiga dela há alguns anos posso abrir a boca e dizer que sei o que se passa naquela cabeça. Hás-de convir que não é fácil o que elas estão a viver. Elas, ninguém sofre mais ou menos...tente colocar-se no lugar de Damarys, sem julgamentos de que ela só quer diversão...tente colocar-se no lugar dela.
Nayami sentiu-se mais injusta ainda.
--Eu só quero proteger a Raquel...
--E vais protege-la de mim também?
--Não, claro que não...
--Pois, mas foi o que pareceu mais cedo. Parecias uma leoa protegendo a cria de quem quer que fosse.
--Desculpa Vinah...estou com vergonha.
--Não tens que ter vergonha, apenas um pouco de ponderação. - Valentina falava com a voz suave e olhava diretamente nos olhos de Nayami. Transmitia tanta coisa boa...
Nayami entrou em outra dimensão...
--O que foi Naya?
--Hmmm?
--O que foi? Pareces...
--Estou agradecendo...
--O quê?
--Por esse encontro, por essa mulher, pelo momento, por tanta coisa que aprendo...
Valentina beijou-lhe devagar. Nayami deliciou-se naquele toque, naquela boca perfeita. Num dos pequenos intervalos, Valentina disse:
-- Não precisas proteger a Raquel de mim meu bem, inclusive eu quero ajudá-la. Há alguma coisa que eu possa fazer?
Nayami sorriu com a boca colada na de Valentina e sentiu calor no coração.
--Sim..., mas tenho receio que me aches uma doida sem noção...
Risos.
--Podes falar, seja o que for, nós discutimos e concluímos qual o melhor caminho e eu não mordo dona Nayami.
--Ah não?
Risos altos na madrugada.
-- Ok, reformulando, eu só mordo a mulher mais sexy e linda desse mundo e bem devagar e em circunstâncias em que ela clama por mordidas mais fortes e que se não sou essa mulher...
Nayami a interrompeu com um beijo de tirar o fôlego e ansiar por mais.
Completamente rendida pela atmosfera de sedução, ela começou a provocar Valentina, agora em cima dela.
-- Maravilhosa, meu Deus...eu tenho a mulher mais maravilhosa do mundo. - Nayami sussurrou no ouvido de Valentina deixando-a toda arrepiada.
Valentina, num rompante, inverteu a posição e prendeu Nayami na cama com o peso do seu corpo.
Beijou-lhe a boca, o pescoço, a boca mais uma vez e desceu pelo colo. Nayami gemia e tentava manter alguma lucidez. Seus mamilos pareciam querer furar o tecido leve da blusa tamanha era a excitação.
--Para. - Empurrou Valentina que ria. Ela adorava aquele jogo e Naya era uma excelente adversária.
--Foco Valentina.
Risos.
--Estou focadíssima. - E passou a mão sobre o seio de Nayami, exatamente como ela gostava.
--Aiii, assim fica difícil... - Suspirou.
--Ok. Em que posso ajudar, sra. focada?
Gargalhadas.
--Valentina, coopere, por favor...
--Eu não fiz nada...
Risos.
--Para de me olhar como se estivesse faminta, isso desconcentra.
--Mas eu estou faminta...
Risos e Naya vermelha.
--Sabes a Lígia...
--Hum-hum...-E a mão passeava de um seio a outro.
--Vinah, foco.
--Ok.
--Podes conversar com ela e pedir que ela não demita a Raquel. Eu sei que a situação é delicada, mas seria bom se ela pudesse manter o emprego por mais algum tempo até saber o que vai fazer.
-- Posso tentar meu bem, mas a Lígia é empresaria, focada em resultados...
-- Sim, mas ela é mulher e acho que ela gosta da Raquel, peça apenas que ela não a mande embora imediatamente.
Valentina pasmava em Nayami.
--Ela precisa fortalecer-se para ser capaz de ver outras possibilidades e o emprego é fundamental. Mantê-lo por algum tempo é essencial...
-- E eu não tenho outra possibilidade que não seja admirar-te e me apaixonar cada vez mais...Nayami, tu és de outro mundo...- Valentina deixou que a alma falasse por ela.
--Não, sou desse mundo mesmo e quero-te desesperadamente. Agora.
Valentina obedeceu.
Começou por tirar a blusa de Nayami com calma, mas a ansia dela era tanta que arrancou tudo ficando nua e ardendo diante do olhar de desejo de Valentina.
--Me beija... - Suplicou.
Valentina sentiu tanta coisa nesse momento. Beijou-a com voracidade, estava louca de vontade de saciar todos os desejos.
Nayami arrancou-lhe a camisola num único movimento. Os corpos nus entenderam-se num jogo perfeito onde o prazer era mestre e senhor.
Valentina viajou pela perfeição daquele corpo. A cada pedido de Naya que a mordesse ela cravava os dentes e depois ch*pava levando sua mulher à loucura.
Valentina deliciou-se em cada detalhe daquele corpo que a acendia de uma forma que jamais pensou que pudesse acontecer. O prazer que sentia ao dar prazer a Nayami era de outro mundo...Nayami era de outro mundo.
Beijou Nayami na boca com fúria. Foi correspondida na mesma intensidade. No ouvido dela dizia coisas...as mais loucas que lhe vinham à cabeça...não tinha vergonha, não tinha pudor, com Nayami a viagem era intensa. Os corpos chegavam a uma temperatura surreal e os gemid*s cada vez mais altos. Valentina fez a viagem mais uma vez da boca aos seios, dos seios ao umbigo, do umbigo às pernas, das pernas à virilha e da virilha ao centro do prazer de Naya. A língua sabia o caminho, as mãos auxiliavam na viagem...e ela ia...intensamente...Nayami, num rompante puxou-a para cima, beijou-lhe a boca, sugou todos os gostos enquanto gemia sensualmente...mexia o quadril ao encontro da pélvis de Valentina deixando-a fora de orbita.
Valentina dizia loucuras ao ouvido de Nayami enquanto seu corpo movia numa cadência perfeita sobre o dela.
--Sim meu bem...sim Valentina...minha Valentina, eu adoro ser devorada...aiii...adoro...usa e abusa...sou toda tua...sempre. Aiiiii Vinah...- Nayami cravou os dentes no ombro de Valentina quando sentiu seu corpo sendo invadido por dedos firmes e ritmados.
Amanhecia quando cansadas e completamente saciadas, beijaram-se pela ultima vez antes de se entregarem ao sono restaurador.
No quarto tocava, Cover me, dos Lyves.
Fim do capítulo
Olá people,
Mais um capitulo e estamos cada vez mais perto dos tais 50:)
Espero que gostem e se encontrarem algum nome trocado, relevem...escrevi a correr e nao reli...virando habito isso e um habito nada bom, enfim.
Obrigada pelos comentários.
Vou lançar um desafio mas esse obviamnete nao é para ser superado no capitulo 39 kkkkk.
The Gift teve oitocentos e tal comentários, nao me lembro os tais, então, quero que Sob o sol de Naya, ao atingir o capitulo 50, esteja pelo menos nos mesmos oitocentos e tais rsrsrs
Kkkkk pois é, de vez em quando enlouqueço.
Boa semana.
Abraço.
NH
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Aurelia
Em: 06/09/2019
"Tu e a Nayami foram feitas uma à medida da outra" Sábias palavras a da Silene e nãotem medida no mundo que as complete além de uma a outra. Fico completamente pasma e apaixonada com essa sutileza na escrita, é sempre sem palavras. Nayami defendendo a Kela e Silene a Damarys e que duelo. Vinah de conciliadora é ótimo, quem diria a hipótese de aceitar um filho de Naya fosse simples na opnião de Valentina.
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rhina
Em: 15/07/2019
Olá
Boa tarde!
A mãe de Raquel é uma.prova que muitas vezes se pode surpreender ao ser vista de maneira rasa. ....pois deveras o externo requer atitudes. ....postura que vão por chão quando requer um pouco mais de alma.
Desafios. ....Raquel vencendo.....de agora os mais próximos. É importante esta base para que ela se fortaleça. ....se sinta capaz....para enfrentar os mais fortes e de fora.
Ambas fazendo julgamento. .....suposições precipitadas e um pouco cruéis das partes envolvidas sem ter conhecimento de causa......assim estão Naya e Silene. O amor de amugas até explica mas não justifica.
Rhina
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alineyung
Em: 18/06/2019
É pessoal...sem julgamentos pq falar é facil, se isso acontecesse com a gente estaríamos realmente em um beco sem saída. Não julguemos, deixa a Damarys extravasar sua dor. Eu acho que no lugar dela eu estaria bem pior, e no lugar da Raquel eu já teria pirado.
Parabéns autora
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brunafinzicontini
Em: 07/06/2019
UAU!!! Nadine!!!
Essas meninas são ou não são sensacionais? Veja só - a meta de 30 comentários neste capítulo já foi batida!!! PARABÉNS a você e a todas!!!
Ah... pra não dizer que vim até aqui sem comentar... Você sempre nos surpreende com as músicas! Confesso que desta vez surpreendeu mais - com Charlie Brown Jr e o Beco Sem Saída. Talvez por um certo preconceito meu... não sei... mas veio bem a calhar. Vivendo e aprendendo, né?
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
SENSACIONAIS, MARAVILHOSAS, SURPREENDENTES e me deixam tão FELIZ.
Essa música me veio de uma forma...coisas que só acontecem comigo...surreal.
Bjs Bruna, muitissimo obrigada...sempre.
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Mari os
Em: 06/06/2019
Autora!!!!
Mais um ótimo capítulo!
Não sei se a intensão era causar um choque em nós com as falas julgadoras da Silene, mas para mim foi muito forte. A força das palavras que ela usou me baquiaram e me levou a pensar em quanto pré julgamentos somos capazes de fazer, inclusive me fazendo aumentar o policiamento sobre o que falamos dos outros/para os outros.
História maravilhosa! Ruma aos oitocentos e tais.
Beijo
Resposta do autor:
Julgar é um caminho perigoso...
Rsrsrrs, rumo aos oitocentos e tais oh yeaaah.
Obrigada. Bj
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"Mas como provavelmente o 50, não será o final". Resposta sua a um comentário, lembras? Gostei de saber dessa informação será verdade ou apenas uma artimanha enfim quem viver, verá rs. Capítulo ímpar, envolvente, com Nadine neh, bom t bjo ctz q iremos bater essa meta com os pés nas costas kkk. Vi q algumas meninas já fizeram ate cálculos e q com uma média de 30 comentários por caps alcançaremos o desafio moça bonita... Se não me engano, No encanto da Ilha teve mais de 1.000 comentários sem desafios imagine esse!!! Vamos q vamos rs bjusss.
Resposta do autor:
kkkkkkkkkkkkk, meu bem, nem eu sei quando essa história acaba. Sei o que quero escrever, mas ainda nao fiz planos de quantos capitulos cabem na minha "viagem". Logo se vê.
Meta batida nesse capitulo. Vcs são MARAVILHOSAS. Sou muito GRATA.
No encanto da ilha teve mais de 2 mil comentários...wow, TOP. Mas como foi no outro site que ja nem existe entao nao serve de parametro. The Gift, sim :)
Obrigada. Bj
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Mille
Em: 04/06/2019
Ola Nadine
Silene e Naya defendendo as amigas, e a Valentina no meio já observou que Tamirys e Raquel estão apaixonadas mais o que falta é uma conversa e paciência para ouvir, sem julgamentos.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Muito obrigada.
Bj
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cris05
Em: 04/06/2019
Mais um capítulo delicioso!
Fiquei muito surpresa e feliz com a reação da dona Dina. A Raquel está sofrendo muito e precisa do apoio da mãe.
Damarys está muito magoada e eu a entendo, mas ela precisa ouvir a Raquel, poxa vida.
Naya acabou perdendo as estribeiras ao defender a amiga, mas que bom que reconheceu e pediu desculpas. A reconciliação foi perfeita.
Parabéns mais uma vez, NH!
Resposta do autor:
Muito obrigada :)
Bjs
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Carmen
Em: 03/06/2019
Boa noite, Nadine!
Sobre o seu desafio, adorei! Acredito que se todas que amam essa história criarem coragem de sair da moita e deixar um comentário, essa meta será facilmente batida! E creio, que você é tãooo boa nessa arte, que é o mínimo que podemos fazer para retribuir um pouquinho!
Sobre o capítulo, eu quis bater na Silene e na Naya. Como vc bem disse e a Valentina também, elas estavam defendendo suas respectivas amigas. Até um ponto é compreensível as coisas que elas disseram, mas em outro ponto eu acho que elas extrapolaram demais. Faltou às duas uma sensibilidade para ver que essa história vai além! Palmas pra Valentina que desempenhou esse papel com maestria e quem diria, pode ser à luz que pode tentar dar uma nova perspectiva à Damarys e Raquel e às suas protetoras! Amei Valentina um pouco mais, se é que isso seja possível. Esse povo faz muita coisa desnecessária por falta de conversar.
Que bom que vc nos recompensou no fim do capítulo com as duas lindas se entendendo. Eu amo um casal! Agora tenho um top 4 de favoritas da Nadine. Mas Cass, segue sendo absoluta!
Uma ótima semana pra você! E seus capítulos seguem maravilhosos, vc correndo ou não para escrevê-los!
Resposta do autor:
Muito obrigada. Extrapolaram e a Silene então...e detalhe, nem a Nayami conhece a Damarys e muito menos a Silene conhece a Raquel...a fundo, para valer. Ou seja, elas surtaram rsrsrs
Kkkkkkkkkk Cassandra...acho que tenho uma queda louca por ela tb, se bem que AMO a Catherine, a Eva, Zoe...nossa enfim, melhor parar por ai rsrsrsrs
O proximo se acontecer nesse domingo será a maior corrida de todos os tempos e como nao sou muito de fazer as coisas na corrida...sei lá, mas a proxima semana já nao vou escrever, então o 39 tem que sair DOMINGO rssrs, meta da Nadine.
Bj
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libriana
Em: 03/06/2019
... pois é Bruninha. Iria completar mas qdo nao desaparece meu comentario, ele é enviado antes da hora. Kkkk
Muitas vezes apago e escrevo de novo. Ai some do nada. Ai desisto. Como temos uma meta, levo a sério e deixei mesmo incompleto.
Continuando minha análise sobre Vinah... ela nao tomou partido mesmo sendo amiga da Damarys. Ela percebeu mts pontas. Este equilíbrio é pq esta feliz.
Esta pequena crise, mais pela cegueira da Naya, foi bom pq a relação delas fortalece cada vez mais. Elas nao acumulam problemas. Resolvem logo. Nayami reconheceu a atitude infantil q teve com a namorada. Ficou envergonhada e foi tentar dormir no quarto dela. O legal q ela agiu difetente do costune pq nao queria ficar longe do amor dela. Voltou a sensatez. Valentina conversou e mostrou q pra defender uma amiga, nao precisava julgar a outra parte sem conhecimento de causa. Esta comunicação q falta na maioria dos casais.
O final da noite foi maravilhosa!! Valentina se solta mesmo. Entrega-se se reservas. Lindo, lindo e lindo.
Depois falarei da Raquel e Damarys
Bjs
Resposta do autor:
Pois, e a relaçao delas vai se fortalecendo, ainda bem que entendem essas pequenas coisas de grande significado na construção de uma relação sã. Comunicação, a chave do sucesso ;)
Muito obrigada.
Bjs
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maria lucia
Em: 03/06/2019
E incrivel como voce nos manupula no bom sentido.Tem colegas leitoras saindo da moita.Isso e fantastico NH !!!Ja que nao posso ficar horas em pe numa fila para pegar um autografo ou tirar uma selfe. Como leitora achei no dever de contribuir com a meta.Salma tem um filho Vitor que mora com o Jack ja algum tempo.Muito esclarecedo isso fez como e forma como ela pensa dos relacionamentos ja que ajudou Naya quando brigava com Valentina E corria para o colo amigo.E dificil bater metas mas nao impossivel.
Resposta do autor:
Gente, ja me chamaram de muita coisa, mas manipuladora é inédito rsrsrsrs
Ah, mas um dia vc pega um autografo meu, podes crer ;) e tira uma selfie rsrsrs
Meta cumprida para esse capitulo
Obrigada. Bj
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brunafinzicontini
Em: 03/06/2019
Ainda, procurando ser justa, não poderia deixar de cumprimentar a autora pela descrição da cena de amor final entre Valentina e Nayami! Pode-se imaginar o que esse desabrochar do amor significa na vida da empresária, que já duvidava de sua "saúde sexual", julgando-se incapaz de sentir um orgasmo! Realmente, para ela, Naya é um ser "do outro mundo" - foi a maior descoberta de sua vida, além de se extasiar com as demais qualidades da jovem. E você descreve o encontro lindamente, Nadine. Já falei sobre isso e repito: você nos faz sentir o momento lindo entre elas, delicado, sem grosseria, sem vulgaridade, algo muito especial (mesmo com as mordidas mais afoitas... rsrsrsrs...).
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
Com Nayami nao tem duvida rsrsrs
Mordidas kkkkkk, fiquei com vergonha e a Nayami tb kkkkkk
Obrigada linda.
Bj
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Brescia
Em: 03/06/2019
Oi mocinha.
Ai, ai, essas amigas atrapalham mais do que ajudam, ainda bem que existe a Valentina para colocar um pouco de sensatez nas duas. Pelo visto está nascendo uma família nova, Damarys não consegue mais viver se a Raquel e amará esse bebê com seu.
P.. S: adoro o modo como vc faz o amor transparecer através das palavras , por isso que " SEI UNA GRANDISSIMA ESCRITRICE ".
Baci piccola.
Rosy.
Resposta do autor:
Rsrsrs, muito obrigada. Ah as amigas são intensas mesmo, mas ha sensatez por aí...pelo menos a Nayami consegue frear o impeto cegp de proteção :)
Obrigada.
Bjs
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brunafinzicontini
Em: 03/06/2019
Complementando o que a Libriana comentou sobre Valentina...
A postura de Valentina nesse momento da explosão de Naya foi realmente admirável. No comentário que fiz anteriormente sobre esse assunto, falei sobre o "elegante equilíbrio" de Vinah, mas (para Nadine não pensar que não prestei atenção à história) sabemos muito bem que, dependendo da situação, do momento, das circunstâncias, nem sempre ela demonstra tal autocontrole e se manifesta em explosões notáveis, para espanto de Nayami - lembrando que um dos momentos mais especiais deste romance foi o "método" adotado por Naya para acalmá-la. Aquele beijo no momento da segunda explosão foi o primeiro "knockout" que deixou Valentina - e a nós todas - aturdida e maravilhada. Mas neste último episódio foi providencial que ela entendesse o desabafo de Naya, evitando o atrito entre elas. Ainda bem!
Beijão,
Bruna
Resposta do autor:
Pois, ela é humana...e a qualquer hora pode "pirar" e confesso que adoro essa nuance dela tb...tem umas cenas vindo por aí, que só de pensar eu já enlouqueço ( nao liga, eu sou doida declarada kkkkkkkk)...intensidade grau 1000, uiiii. Me aguarde.
Bjs
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juju952
Em: 03/06/2019
Essa vinah ela é nay são um furacão juntas lindas rsrs...
Raquel tadinha sofrendo muito merece todo apoio. Pq a damarys cabeça dura... o q será dessas duas ??? Mais vamos rumo ao próximo cap... Fico no aguardo anciosa.
Parabéns por suas lindas histórias bjo...
Resposta do autor:
Rumo ao proximo capitulo...afff Meu Deus, hoje é sexta e nem a sinopse eu escrevi...Só milagre mesmo, mas oremos vcs de lá e eu de cá rsrsrsrs
Obrigada. Bjs
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libriana
Em: 03/06/2019
Boa noite a todas!!!
Para nao correr o risco de perder meus comentarios e pra ajudar a bater a meta vou falar por partes.
Primeiramente tenho que falar da Naya... Como nao amar uma amiga assim? Ela foi mt linda dando o apoio e forca q a Kela precisava. Claro q perdeu a razão ao descontar na fofa da Vinah.
O mais interessante deste imbróglio todo foi a postura da Valentina. Mesmo sendo amiga da Damarys, nao tomou partido. Pocurou entender os 2 lados mesmo sem ter noção do q, realmente
Resposta do autor:
Valentina é TOP! rsrsrs
Bjs
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Andys
Em: 03/06/2019
Olá autora!
Adorando o desenrolar desse conto,que bom que a mãe da Raquel foi compreensiva e aceitou a gravidez da filha. Essa quase briga das nossas queridas foi interessante,me fez lembrar de episódios em que fiz como a Naya tomei partido e defendi com unhas e dentes minha amiga,mas pensando bem sempre existe os dois lados da moeda e so com uma boa conversa nos entendemos. Ah Naya é uma querida até quando fica brava,que bichinho teimoso,adorei o pensamento da Valentina.
Ps. Capricornianas são osso duro de roer,mas tem um grande coração e sabem reconhecer quando estão sem a razão(99%).hehehe
Abs!
Resposta do autor:
Olá,
Mãe que é mãe, aceita tudo :)
Pois é, essa mania de ver apenas um lado da história e tomá-la como verdade absoluta, quase sempre dá merda e a Silene e a Nayami estão seguindo esse caminho. Vamos lá ver até onde...
Eu sou capricorniana da gema, mas sou muito mais Valentina nessa cena do que Nayami.
Bj e muito obrigada
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Andys
Em: 03/06/2019
Olá autora!
Adorando o desenrolar desse conto,que bom que a mãe da Raquel foi compreensiva e aceitou a gravidez da filha. Essa quase briga das nossas queridas foi interessante,me fez lembrar de episódios em que fiz como a Naya tomei partido e defendi com unhas e dentes minha amiga,mas pensando bem sempre existe os dois lados da moeda e so com uma boa conversa nos entendemos. Ah Naya é uma querida até quando fica brava,que bichinho teimoso,adorei o pensamento da Valentina.
Ps. Capricornianas são osso duro de roer,mas tem um grande coração e sabem reconhecer quando estão sem a razão(99%).hehehe
Abs!
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Keilaspm
Em: 03/06/2019
Nossa que cap confesso que chorei Raquel da tão frágil tão abalada que deu pra sentir daqui essa dor dela
Entendo os dois lados
Tô com uma raivinha da silena ela não pode julgar a Raquel sem conhecer ela saber dos sentimentos dela pela damarys
Naya defendendo Raquel com unhas e destes tomara que a Lígia não demita a Raquel eu sinceramente acho que ela não faria isso mais como foi dito ela é uma empresária né mais acima de tudo ela é mulher chorei em todas as partes mais a da Raquel com a mãe nossa me derramei em lagrimas
Parabéns pelo cap tava lindo
Ansiosa aqui pelos próximos caps uma ótima segunda pra ti não demora em voltar KKK beijos
Resposta do autor:
A Silene está focada na Damarys e lá deve ter as suas razões para tamanha intransigencia.
Fico feliz que tenha conseguido passar a emoção das cenas. Eu também me emociono ao escrever...
Obrigada
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Freyya
Em: 03/06/2019
Oi, Nadine!
Tem alguns capítulos já que sigo muito irritada com a Silene, no preconceito latente dela com a Raquel, quase a comparando apenas como um pedaço de carne para homens afffff Eu espero que ela reveja esses pensamentos urgentemente. Ainda que seja amiga da Damarys e queira defendê-la, os comentários dela são carregados de preconceito
Estou encantada com a calmaria da Vinah, eu amo essa mulher! Ainda bem que ela foi sensata e conseguiu mostrar para Naya que sempre existem dois lados.
Espero que Raquel e Damarys consigam conversar em breve. Tenho um leve pressentimento que o bebê é do Zeca haha
Escrita impecável como sempre, muito obrigada
abraços
Resposta do autor:
Rsrsrsrs, adorei essa irritação com a Silene. Ela não é preconceituosa, acho que o problema de Silene é outro...mais à frente desvendaremos as loucuras dessa cabecinha. Mas ela é do bem.
A Valentina é madura e consegue perceber quando é necessário parar para nao causar explosoes desnecessárias. Eu tb sou apaixonada por ela. Por todos os personagens rsrsrs
O bebé é do Zeca? kkkkkkkkkkkkkk, nossa, tem até uma cena num desses capitulos que ainda nao escrevi mas cujas cenas já passam como filme na minha cabeça,em que essa possibilidade é aventada...mas não é, garanto-te.
Muito obrigada.
Bjs
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libriana
Em: 03/06/2019
Bom dia a todas!! Especialmente Nadinezinha e Bruninha( o diminutivo é uma forma carinhosa ta?) ... nao mudamos mesmo. Falta a Gi_Viana mas vamos aos fatos... maravilha de calculos. Eu fui na meta suferida pela maravilhosa Nadine. rs
Mas tarde farei um comentario sobre o capítulo e mãos a obra meninas.
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Zuza
Em: 03/06/2019
Ola Nadine como todas aqui sou apaixonada pela sua escrita e SSN é incrivel. Sempre fico na moita e dessa vez fiz questão de contribuir com os comentários p que possas atinguir ou até mesmo ultrapassar The Gifh.
Resposta do autor:
Rsrsrs obrigada por sair da da moita para me ajudar.
Bjs
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Unica
Em: 03/06/2019
Oiiii... Poxo tô com muita dó da Raquel. Uma pessoa que já sofre tanto Não merece passar ppr isto. Não falo do bebê e sim do amor. Espero que Damares não demore à tentar compreender à situação.
Bjs.
Resposta do autor:
A raquel vai superar. Prometo.
:)
Obrigada. Bj
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brunafinzicontini
Em: 03/06/2019
Querida Nadine,
O seu desafio acabou me "tirando o foco" e cometi a injustiça de não comentar sobre a reação da Dina, que me surpreendeu. Que linda! Se bem que... a Salma deve ter ajudado bastante no sentindo de "amaciar" sua atitude. Talvez, num primeiro momento, se Raquel fizesse a revelação, a sua primeira reação poderia ser diferente, mais ríspida. Felizmente Nayami colocou Salma no circuito e isso tornou tudo mais palatável. Naya tem o dom de atrair e aglutinar gente boa, não é? E ainda teve a feliz ideia de pedir à Valentina para interceder por Raquel para que não perca o emprego de imediato. E falando de emprego, Raquel poderia continuar o trabalho de modelo mesmo durante a gravidez, fazendo aquelas fotos que as grávidas hoje adoram fazer - sensuais com o barrigão exposto... rsrsrs...
Outro beijo,
Bruna
Resposta do autor:
Nossa, a Salma fez uma verdadeira lavagem cerebral à amiga. Insistiu em várias palavras chaves que surtiram efeito :)
Ahhh vcs estão terriveis, adivinhando coisas...a Raquel vai seguir um rumo lindo, eu amo essa menina rsrsrs...ela vai fazer algo parecido com o que disseste mas ainda mais abragente e maravilhoso. Que bom para a nossa amiga maravilhosa!! rsrsrs
Bj e muito obrigada
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brunafinzicontini
Em: 03/06/2019
Querida Nadine,
Raquel e Damarys são realmente duas personalidades muito fortes (para não dizer "cabeças duras") e por causa disso estão sofrendo demais! Já concordei com o fato de que é bastante compreensível a reação das duas - e ambas têm suas razões - mas é incrível como elas se fecham ao sentimento que quer explodir e se prendem a ideias pré-concebidas que têm uma da outra, sem dar chance a um diálogo mais civilizado. Além de tudo, a prudente Silene, de quem se poderia esperar uma cabeça mais fria, aparece jogando combustível na fogueira. Bem, não podemos dizer que nossa querida Nayami tenha ficado para trás na alimentação desse incêndio. E ainda correndo o risco de irritar Vinah com sua brusca atitude. Felizmente, Valentina surge com todo seu elegante equilíbrio, dando uma nova luz a esses rompantes "bem intencionados" das "mulheres-exércitos".
Para nossa alegria, o final da noite de Naya e Vinah salvou nosso domingo! Não poderíamos dormir sossegadas no meio de tanta guerra. Bem... agora talvez também não possamos dormir - mas não por causa daquela guerra... Agora o calor é outro!!!
Grande abraço,
Bruna
Resposta do autor:
É mais fácil seguir esse caminho do que expor vulnerabilidades...e mais, elas nao se conhecem tanto assim, então...
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk adorei esse comentário final...pois é, Nayami e Valentina são...uiiii, acho que as personagens mais "fogosas" que eu já criei e olha que Valentina nem acreditava ser possivel ter um orgasmo...Não conhecia Nayami e seus encantos kkkkkkkk
Bjs linda
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brunafinzicontini
Em: 03/06/2019
Kkkkkk... Estou morrendo de rir... Nadine, peço licença a você para falar antes com a Libriana... Acabei de ler e fui correndo fazer umas continhas... Quando entrei para fazer o comentário, encontrei a Libriana fazendo o mesmo... Pois é, continuamos as mesmas, né Libriana?
Mas... como sou mais cri-cri que você, preciso fazer alguns ajustes de aritmética. The Gift teve 823 comentários (melhor sermos exatas...) e no momento em que me dispus a escrever o número de comentários para Sob o Sol de Naya já estava em 447. Então, temos que atingir a meta de 376. Do 38 ao 50 faltam 12. Dividindo 376 por 12, temos 31,333... (dízima periódica simples... rsrsrsrs...). Então, acho bom nos programar para atingir 32 comentários por capítulo daqui em diante.
Pessoal... mãos à obra!!!
Nadine, você é mesmo nossa musa inspiradora! Capítulo lindo - comentarei separadamente (não quero misturar com a matemática).
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkkkkkkk MALUCAS!! ADORO!!
Valeu e vamos atrás da meta uhuuuu
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libriana
Em: 02/06/2019
Boa noite a todas!!
Passei so pra falar da meta. Nada impossível para as fãs da NH. Ate o meu comentário eram 444. Numa conta simples... estsmod no capítulo 38. Faltam 12 pra chegar no 50.
800 - 444 = 356 ÷ 12 = 29,666 ou seja tem q ter, no mínimo, 30 comentários nestes 12 últimos capítulos.
Moleza pra suas leitoras. Eu escrevi 2x no 37 mas some e desisto. : (
Estou sem notebook. Como escrevo mt, tentarei por etapas.rs
Desafio é desafio e gostamos de ganhar. ; )
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkkkkkk VALEU!!
Bjs
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Maria Lua
Em: 02/06/2019
Nossa...raiva e falta de diálogo sempre faz o sofrimento chegar com tudo...mas como sempre o amor resolve...espero uma conversa França entre Raquel e Damares.
Capítulo de muitos sentimentos.
Bjs Autora.
Resposta do autor:
Muito obrigada.
Bjs
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maria lucia
Em: 02/06/2019
Domingo nao e domingo sem a escrita maravilhosa de NH.Capitulo cheio de surpresas e nuances belissimas!!!A pleliste otima para ouvir lendo o conto.O capitulo foi dividido em duas partes;Valentina e Naya,Raquel e Damarys.Voce e sutil mesmo abordado os assuntos problematicos Salma e Vitor.Quanto ao seu pedido de igualar ou superar os comentarios de THE GIFH vai com certeza superando em mais de 823 comentarios.a As colegas de leituras vao comentar ;tem bastante gente nova.Expressando suas opinioes . Suave esse desafio ate o proximo capitulo.
Resposta do autor:
Muito obrigada :)
Suave kkkkk, vamos ver. Ainda temos tempo.
Bj
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NovaAqui
Em: 02/06/2019
NH!
Esse capítulo foi muito bom
A lealdade às amigas foi lindo. Apesar de Silene e Naya terem sido radicais demais, mas Vinah está ali para trazê-las a razão.
Acho que Vinah será quem irá trancar Damarys e Raquel em um quarto para elas conversarem. Elas estão sofrendo e eu acho que será Vinah quem vai ajudá-las, pois Silene e Naya estão cegas na defesa de suas amigas
Que linda Dina com Raquel. Fiquei emocionada com o presente. O primeiro presente. Isso tem um valor inestimável. O vestidinho rosa de nossa princesa ainda está guardado.
Partiu mais de 823 comentários!
Boa semana para vocês aí nessa sua Terra linda e abençoada.
LVY
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Oi meu bem,
As amigas estão um pouco over nessa proteção, mas tem gente assim mesmo rsrsrs
As coisas entre Damarys e Raquel vao acontecer de uma forma beeeeem top ( pelo menos a meu ver) me aguarde :)
E vamos voando rumo aos 823...e mais rsrsrsrsrs
Abraços e muito obrigada
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preguicella
Em: 02/06/2019
Eitaaaaa, a moça gosta de metas difÃceis, falta pouco para os 50 capÃtulos! Massssss, sabes bem que adoramos bater metas, inclusive gostamos de ultrapassar as metas, então vamos lá! hahaha
Aff, Damarys cabeça dura, bastava uma conversa de mente aberta e não estaria sofrendo. Silene, quero dar umas palmadas nela, muito radical em julgar Raquel. Nayami, também tá nervosinha demais, mas é Nayami, a gente perdoa tudo. hahaha Só não pode vacilar com Vinah! Aliás estou preocupada com essa calmaria no relacionamento das duas, já estou preparando meu coração para a bomba que vai vir, pq elas sempre vem.
Enfim, é isso, minha contribuição em forma de comentário! hahaha
Bjãoooo
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk metas dificeis, claro, facil nao tem graça nenhuma. Eu sei que é quase irreal, mas como provavelmente o 50 nao será o final...rsrsrs
Às vezes eu acho que vocês esquecem-se como sao os personagens...Damarys, conversa de mente aberta? Com a Raquel que baralha completamente tudo o que ela edificou ao longo dos anos? Nunca...tudo a seu tempo e da forma delas, ou seja, TUDO. kkkkkk, deixa comigo moça, minha mente fervilha e sei que muita gente vai gostar do que vou "aprontar"
Nayami pode fazer o que quiser nao é? Vou levar isso em conta quando aprontar uma lá mais para a frente kkkkkkkkkkkkkk
O relacionamento delas está calmo? Nooosa, nao concordo com isso...está WOW, no ritmo certo rsrsrs
Valeu pela contribuição e continue a ser uma moça boazinha que contribui para metas alheias kkkkk
Bj
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