Capítulo XVIII
Bruna tentava a todo custo persuadir a amiga a ficar enquanto aguardavam a chamada para o embarque.
- Ainda dá tempo de desistir amiga.
- Você sabe bem que não posso Bruh, poxa e uma oportunidade maravilhosa.
- Sei disso, vamos nos sentar e esperar chamarem seu voo. – Elas nem tiveram chance de se sentarem, simplesmente o voo foi anunciado.
Voo 3131 para os Estados unidos, embarque no portão vinte e três.
- Pelo visto nem vai dá tempo, vem aqui, me abraça, não chora por favor. – Abraçou Bruna bem apertado. – Em breve a gente se encontra novamente.
- Daqui a três meses, isso vai demorar muito. – Falou olhando para a morena.
- Que nada, passa bem rápido amiga. – Beijou a testa de Bruna e se afastou, entregou a passagem para a recepcionista.
- Poltrona 14, boa viagem senhorita. – Sorrio cumprimentando a médica.
- Obrigado! - Antes de sumir pelo corredor a morena olhou uma ultima vez para a amiga, sorrio e acenou, as lagrimas escorriam pelo rosto de Bruna e quando a amiga sumiu de sua vista ela ouviu o grito de Antonella.
A ruiva tinha acabado de estacionar o carro na garagem do aeroporto de qualquer jeito sem travar o automóvel e correu pelo hall, mais infelizmente não teve a sorte de encontrar a morena.
- Brunaaaaaaaaaaaaaaaaaa – Assim que a mulher virou se surpreendeu com a ruiva apenas de roupa intima em pleno aeroporto gritando desesperada.
- Antonella, poxa por que demorou tanto? Ela acabou de embarcar. – Falou agitada.
- Mentira, deixa de ser louca, fala logo onde a Yara está? – Bruna apontou na direção do corredor que minutos antes a médica havia entrado, a ruiva simplesmente correu em direção a comissaria que estava na entrada do corredor que ia em direção ao avião.
- Moça por favor, eu preciso falar com uma mulher chamada Yara que acabou de entrar.
- Senhorita infelizmente não será possível, por que todos os passageiros já se encontram dentro da aeronave e a porta já foi fechada e inclusive ele já está ate na pista. – A mulher apontou em direção a grande janela do aeroporto onde o avião já se locomovia pela pista, na mesma hora a ruiva caiu em um choro incontrolável.
Bruna olhando o desespero da ruiva se aproximou e abraçou a mulher por trás.
- Me larga! E..e.e.eu pre...pre... – Chorou compulsivamente se rendendo ao abraço apertado de Bruna.
- Calma! Vamos sair daqui. – Tentou se levantar com a mulher.
- Eu preciso dela Bruna, preciso dizer que ela e o amor da minha vida, o que vou fazer agora? Ela me abandonou, não teve coragem de me dizer.
- Na verdade ela tentou. – Olhou entortando a boca para a ruiva.
- Como assim?
- Isso que você ouviu, Yara tentou conversar contigo, foi até sua casa te contar e tentar reatar, mas ela viu uma coisa que destruiu ela por dentro.
- O que? – A ruiva olhou para a morena com os olhos vermelhos.
- Você estava beijando um cara na frente da sua casa. – Na mesma hora a ruiva arregalou os olhos e levou as mãos até o rosto.
- Não acredito que aquele carro que saiu cantando pneu na frente de casa era da Yara, como sou idiota, aquele cara e apenas meu amigo, a gente sempre se cumprimenta assim, ele e gay, ela entendeu tudo errado, eu preciso explicar. – Levantou e saiu puxando Bruna pelo braço.
- Que bola fora!
- Me diz onde ela vai ficar, preciso ir atrás dela.
- Ainda não sei, vou saber quando ela chegar lá.
- Tudo bem, sem problemas, eu espero, mais quantos antes você descobrir, vai ser melhor para que eu posso explicar tudo a ela.
- Minha amiga te ama muito Antonella.
- E eu a ela, você não sabe o quanto ela mexe comigo, o quanto consegue me desestruturar, a Yara conseguiu com que eu deixasse de amar a Ana, eu sou completamente louca pela sua amiga, e eu faço qualquer loucura para tê-la de volta.
- Vou te ajudar com isso, prometo, quando ela chegar vai me ligar, e eu vou da uma de João sem braço e pegar o endereço dela.
- Obrigado! Você está de carro? – Perguntou para Bruna quando chegaram no estacionamento.
- Sim! Fiquei com o carro da Yara, nossa, quem foi o louco que estacionou esse caro e deixou todo aberto? – Perguntou enquanto olhava para o carro de Antonella aberto e estacionado de qualquer jeito.
- Meu, eu precisava alcançar sua amiga né, mais não tive sorte infelizmente. – Deu um sorriso torto. - Nos falamos depois, se cuida, qualquer coisa me liga. – Beijou o rosto da morena e entrou no carro fechando a porta em seguida e dando partida no automóvel depois de buzinar para Bruna.
A mulher assim que se despediu da ruiva caminhou até o carro da amiga, destravando o mesmo e entrando, dando partida e seguindo para o hospital.
Henrico estava sentado em uma mesa de bar conversando com um homem barbado de aparência suspeita.
- Então Raimundo está tudo certo para o galpão?
- Sim! Tudo no esquema playboy, e quando vai me liberar a grana? Preciso pra ontem.
- Esteja aqui amanhã no mesmo horário que iremos negociar. – Ambos gargalharam e brindaram.
- Meu chapa pode ter certeza que estarei, e digo mais, consegui um brinquedinho top para que aterrorize.
- Véi você e o cara mais foda que eu conheci, parceirão. – Apertou a mão do homem dando um sorriso malicioso.
- Afinal para que cê precisa desse galpão?
- Vou pescar um peixão e preciso de um local pra deixa-lo.
- Cuidado com os pipoca, não vacila pra você não ir pras grades.
- Relaxa! Ta tudo esquematizado aqui. – Apontou para a cabeça afirmando.
- Se te pegarem não me entrega em hipótese nenhuma véi.
- Fica na tranquilidade, não vou abrir o bico, parceiro a gente não entrega.
- Espero, senão já sabe mando te apagar. – Na hora que ouviu o olhar dizer aquilo Henrico engoliu em seco.
- Que isso cara, sem ameaças.
Escritório
Ana estava analisando uns contratos quando Gabrielle entrou em sua sala com um sorriso lindo estampado nos lábios.
- Olha só que surpresa maravilhosa. – Se levantou observando a namorada caminhar até onde estava parada.
- Boba, senti saudades. – Chegou perto da loira passando as mãos pelo ombro dela descendo para os seios, acariciando por cima do blazer enquanto aproximava seus lábios.
- Estava sentindo sua falta também meu amor, você está melhor? – Respondeu depois de finalizar o beijo e dando um na mão da morena.
- Sim meu anjo, eu vim aqui para lhe chamar para almoçar comigo.
- Almoçar? Eu adoraria meu amor.
- Então organize suas coisas, que enquanto isso vou esperar sentadinha ali no sofá.
- Só vou finalizar um contrato e logo a gente sai. – Selou os lábios da morena e ela se afastou em seguida se sentando no sofá de pernas cruzadas.
Quando a executiva se sentou na poltrona olhou diretamente para Gabi sentada no sofá subiu os olhos pelas pernas da mulher que estava de saia, respirou fundo e deu um sorriso torto e soltou um comentário.
- Dessa forma me desconcentra meu amor.
- E maravilhoso tomar conta dos seus pensamentos meu bem.
- Não tem um minuto si quer que eu não pense em você morena. – A menina piscou pra a executiva, que balançou a cabeça negativamente e abaixou em seguida tentando focar sua atenção nos papéis em sua mesa.
Gabi ficou mexendo no celular enquanto Ana trabalhava, minutos depois a executiva terminou, se levantou da cadeira ajeitando seu terno feminino, pegou a bolsa e se aproximou da namorada estendendo a mão para que a mesma pegasse e se levantasse do sofá.
- Vamos meu amor? – Sorrio enquanto saia da sala de mãos dadas com a mulher.
- Sim! – Seguiram em direção ao elevador depois que Ana fez algumas recomendações para a secretária e lhe dispensou.
- Você tem preferência onde quer almoçar?
- Queria comer massa, estou com desejo. – Na mesma hora a loira olhou de canto para a jovem e sorrio.
- Então tenho que cumprir seu desejo.
- Se eu estivesse gravida você iria ficar louca, por que pelo que sei as mulheres deixam seus maridos doidos por conta de desejos diferentes. – Tentou desconversar depois de ter soltado aquele comentário sem pensar antes.
- Eu iria amar se você me desse um filho. – Observou a expressão que a morena fez.
- Iria? Então você pode me dá um quando a gente casar. – Puxou a mulher pelo blazer e colou seus lábios nos dela.
A executiva retribuiu o beijo na mesma intensidade apertando a cintura de Gabi, quando ouviram o barulho do elevador anunciando o andar se afastaram, a loira ofegou tentando controlar a respiração, enquanto a morena olhava para o espelho do local tentando limpar o batom borrado nos lábios.
- O que meus funcionários vão pensar olhando a CEO deles se agarrando no elevador. – A namorada olhou na hora em direção a executiva e respondendo a altura.
- Eles vão pensar que você está apenas dando carinho para a sua namorada, você e um ser humano, tem que viver também. – Saiu do elevador puxando a executiva pelo blazer deixando todos no hall lhes observando, alguns chocados e outros sorridentes.
Ambas saíram da empresa e foram em direção a um restaurante italiano, quando chegaram no local a executiva adentrou de mãos dadas com a morena que sorria contente.
- Boa tarde senhora Weiser, seja bem-vinda novamente ao nosso restaurante.
- Boa tarde Richard, gostaria de uma mesa para dois em um canto discreto por favor.
- Claro! Me acompanhem, ali na sacada e perfeito. – As mulheres acompanharam o homem até a mesa, ele afastou a cadeira para cada uma se acomodar e lhes deu o cardápio. – Quando quiserem fazer os pedidos só chamar, licença.
- Obrigada Richard.
Enquanto elas escolhiam seus pedidos um homem que estava fora do restaurante lhes observava, logo ele pegou o celular e discou alguns números esperando que a pessoa atendesse.
- Alô patrão?
- Sim Juninho, pode falar.
- As madames estão em um restaurante chique comendo.
- Não se afaste dai enquanto elas não terminarem, fique o tempo todo na cola delas, não as perca.
- Pode deixar, até mais. – Finalizou a ligação e começou a fumar.
Quando Antonella chegou em casa, entrou se deparando com a mãe sentada no sofá lhe observando.
- Filha que carinha e essa? – A mulher questionou se levantando do sofá e se aproximando da ruiva.
- A Yara mamãe, e...la. - Começou a chorar, não conseguiu concluir o que falava, então Helena logo lhe abraçou forte.
- Que foi filha? Calma, desabafe. – Aquilo foi como uma libertação para a ruiva que se desmanchou nos braços da mãe sem forças.
- E...e..e, foi embora, e..u...pre...pre..ciso dela.
- Calma meu amor, ela vai voltar, você vai ver, ela te ama. - Depois de um longo tempo tentando confortar a filha Helena enfim conseguiu fazendo com que ela também adormecesse com a cabeça em suas pernas.
A mulher tentou ligar para a médica mais deu o tempo todo fora de área.
- Meu amor acorde, melhor você ir para sua cama, precisa descansar.
- Huuum... – Se levantou devagar sem falar nada e seguiu em direção a escada subindo, entrou no quarto e se jogou na cama pegando o travesseiro em que Yara a alguns dias atrás tinha dormido com ele e cheirou, sentindo o perfume que ainda estava impregnando. – Por que você me deixou, eu te amo tanto, não sei ficar sem você meu bem, eu devo estar ficando louca mesmo pra ficar falando com um travesseiro.
Yara estava sentada na poltrona do avião ouvindo música pensando em Antonella, acabou deixando escapar algumas lágrimas de seus olhos, sentia o coração apertado pela ausência da ruiva, como se tivesse afastada dela a muito tempo.
Fim do capítulo
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Olá autora!
Ana e Gabi saíram pra almoçar e chegaram no restaurante pra jantar. Sei que o corre corre as vezes nos deixam assim kkkk.
Mas está tranquilo, foi so uma observação!
Resposta do autor:
E eu já não ajeitei? O que mais tá errado no capítulo, poderia mandar pra mim a parte que está errada, por que eu re-li denovo e não achei Absolutamente mais nada, daí se tiver algo e vc me mostrando mais fácil.
Olá autora!
Ana e Gabi saíram pra almoçar e chegaram no restaurante pra jantar. Sei que o corre corre as vezes nos deixam assim kkkk.
Mas está tranquilo, foi so uma observação!
Resposta do autor:
Boa noite, desculpa, acontece, acho que ajeitei, beijos
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