(REVISADO E INCLUIDO NOVO CONTEUDO)
Capítulo XIII
Desceram a pequena escada do iate e caminharam até a casa de praia, quando Gabi parou para observar, notou que Ana estava em um vestido de cor salmão de costa nua, a mulher estava divinamente linda, o que fez a morena babar totalmente.
- Agora posso ti cumprimentar direito meu anjo, estava com saudade, você está divida. – A executiva falou segurando as mãos da namorada e beijando.
- Oi meu amor, então era por isso que fugiu de mim tão cedo e só me ligou duas horas atrás, você e uma caixinha de surpresas Ana. - Se aproximou da loira selando seus lábios.
- Sim! Precisava fazer uma surpresa para a mulher da minha vida. - Sorrio que nem boba, beijou a mão de Gabi e a segurou indicando o caminho que seguiriam, guiou a moça pelo caminho de velas que foram postas fixadas na areia, iluminando o local, até onde tinham almofadas e uma mesa pequena de madeira onde tinha uma barca com comida japonesa e saques. Havia pétalas no chão, e aquilo aos olhos de Gabi era a melhor coisa que alguém já tinha feito por ela.
- Então meu amor, você gostou da surpresa? – Beijou as mãos de Gabi esperando uma resposta.
- Estou surpresa com tudo isso, você e maravilhosa. – Falou sincera.
- Você me deixa assim, encantada por ti.
- Obrigada por todo amor. - Agradeceu
- Não me agradeça agora, deixe para mais tarde, ainda teremos uma longa noite, agora se me dê a honra, gostaria da sua companhia nesse lindo jantar que planejei para nós duas.
Jantaram durante um longo tempo entre sorriso e olhares apaixonados.
- Sabe Gabi eu jamais imaginei que fosse encontrar alguém tão maravilhosa, e que eu fosse amar tanto, a ponto de quebrar a barreira que eu criei, você me desestruturou de tal forma que nem eu mesma sei explicar, antes de ti conhecer eu era fria, tratava mal as pessoas que se envolviam comigo, mais com você e tudo completamente diferente, meu coração se encheu, não e mais vazio como antes, por isso que fiz esse jantar hoje, para demonstrar o quanto es importante para mim, por que eu te amo, e os momentos ao teu lado são os melhores, você é a razão dos meus sorrisos, e por isso que além de ter tomado a decisão de fazer este pedido, também tomei outra, reverti a minha vazequistomia, quero muito lhe proporcionar a felicidade de ter um filho, e que seja comigo, fruto do nosso amor, diante da minha grande amiga Camilla que será testemunha do meu amor por ti e embaladas por esta música romântica que foi escolhida para este momento quero saber se você aceita casar comigo? - Ana falou cada palavra emocionada, algumas lágrimas insistiam em escorrer de seus olhos, Camilla seguia cantando de olhos fechados ao fundo, deixando o clima ainda mais romântico.
A única coisa que Gabi fazia era chorar e sorrir ao mesmo tempo, foi pega de surpresa, ficou um certo tempo calada sem nada dizer olhando Ana nos olhos com a caixinha das alianças ainda nas mãos, só percebeu que estava longe quando a loira chamou sua atenção.
- Não vai me dizer nada Gabriela? - Olhava a mulher a sua frente apreensiva, já imaginava que a mulher lhe diria um não, estava pronta para se retirar da ilha caso ela não aceitasse.
- Sim! - A menina soltou do nada pegando a executiva de surpresa que já se virava para ir embora. – Ana? Onde você vai?
- Embora, você não aceitou. – Estava tão nervosa que nem tinha percebido que a moça havia aceitado o pedido.
- Eu disse que sim, mil vezes siiiim, eu aceito casar com você. - Olhou para a executiva com um sorriso largo nos lábios, achando fofo o jeito que ela ficou.
- Sério? Não consigo acreditar, me permite colocar a aliança no seu dedo? – Tirou o anel da caixinha assim que ela confirmou com a cabeça e direcionou o anel até o dedo dela.
- É tão lindo amor. – Gabi olhava encantada para a jóia, depois levou as mãos até o rosto da executiva segurando e lhe puxou para um beijo.
Ambas estavam super felizes, era mais um passo que haviam dado, se amaram a metade da noite, mais alguém as observava de longe, planejando acabar com aquela história.
No dia seguinte a executiva levou Gabi para casa, contaram a novidade para os pais da moça que gostaram muito de saber, ficaram felizes com a realização da filha. A tarde Ana foi para empresa tratar de algumas papeladas e a noite retornaria para ver a menina, agora se dividiam duas vezes por semana uma dormindo na casa da outra, estavam muito apegadas, e já sabiam do que cada uma gostava, a executiva fazia todos os gostos da mulher, e tudo andava tão bem que era de se estranhar tamanha felicidade.
Yara e Antonella, se falavam quase todos os dias por ligação ou mensagem, até mesmo presentes a mulher ousava dar para a ruiva, criaram afinidade e descobriram que gostavam dos mesmos tipos de música e amavam comida italiana, a doutora não tinha criado coragem ainda de contar seus sentimentos a ruiva, mais a mulher já sabia, cada gesto de Yara com ela deixava visível a demonstração de amor, a morena apenas não havia encontrado uma forma de dizer sem que se sentisse afetada por saber o quanto ela ainda amava a ex e na hora h sempre dava para trás, desistia, Antonella quando descobriu o noivado de Ana quebrou tudo em seu quarto, teve um surto de raiva.
Naquele final de semana elas combinaram de irem jantar juntas, e depois esticarem em uma baladinha, por volta das nove horas Antonella chegou em seu carro no restaurante que haviam marcado, Yara já estava lhe esperando sentada na mesa mexendo no celular, a ruiva se aproximou da mesma observando como a médica estava concentrada mexendo no celular chegava a ficar tão linda daquela forma.
- Boa noite Yara. – Falou sedutora saboreando o nome da médica.
- Bo...boa noite. – A médica não teve como deixar de notar o quanto a ruiva estava sexy naquele vestido tubinho preto, não só Yara mais outras pessoas ficaram observando Antonella no momento que chegou no restaurante.
- Desculpe a demora, demorei escolhendo uma roupa, você sabe como é né, quando surgem dúvidas. - Deu um sorrisinho que ganhava qualquer um, principalmente a médica.
- Você fica bem em qualquer peça de roupa, sua beleza ajuda muito, não teria problema, eu esperaria até fechar se fosse possível, vamos pedir? – Yara aproveitou para dar uma cantada discreta na ruiva.
- Sim, você deve estar morrendo de fome não e mesmo? – Perguntou curiosa.
- Pior que não, sai tem um tempinho do hospital, mais comi uma besteirinha lá.
Fizeram seus pedidos, era um jantar descontraído e com sorrisos o tempo todo, em um determinado momento, Antonella mudou sua expressão e qual não foi a surpresa da médica quando virou de costa e achando o motivo da mudança da ruiva. Antonella tinha acabado de ver Ana e Gabi levantarem de uma das mesas, na hora a ruiva percebeu quando a executiva pegou na mão de Gabi, e deu vários beijos, aquilo foi o fim de tudo, estragou a noite da mulher, na mesma hora ela começou a lagrimar, não deu nem importância se Yara estava presenciando tudo.
Ana pagou a conta e saiu do restaurante agarrada com Gabi, a ruiva levantou na mesma hora sem falar nada e saiu correndo, naquele momento Yara decidiu que precisava tomar coragem, tirou algumas cédulas da bolsa e jogou encima da mesa e saiu correndo atrás da mulher, Antonella estava na chuva, um temporal horrível caindo e ela tentando abrir a porta do carro para ir embora, mais não conseguiu de tão nervosa que estava, chorava descontrolada, a médica chegou correndo e puxando a chave das mãos dela.
- Onde você pensa que vai assim Antonella? – Falou autoritária com a ruiva.
- Por favor, devolve a chave do meu carro e me deixa sozinha. – Implorou praticamente para que a mulher lhe desse a chave.
- Eu não vou ti devolver, vamos voltar para o restaurante, a gente conversa e você se acalma. – Tentou tranquiliza-la.
- Eu não quero, dá para entender? Devolve a minha chave, me deixa em paz, some da minha frente, não percebeu que estou querendo ficar sozinha? – Explodiu gritando na cara da morena, foi super grosseira.
- Eu percebi, mais não vou deixar você sair assim, tenta se acalmar, olha como você está tremendo de frio. - A médica tentou se aproximar e abraça-la mais foi empurrada, na mesma hora subiu um misto de raiva pela atitude da mulher e explodiu a pegando pelo braço com uma certa força e a puxando e encostando em seu corpo, na mesma hora foi nítido o arrepio que Antonella sentiu em seu corpo, não teve como Yara deixar de notar. - Para de ser mimada, será que você pode acordar e perceber que aquela mulher não que absolutamente nada contigo, ela tá construindo a família dela, enquanto você tá aqui sofrendo por ela que nem uma idiota e eu...bom, eu por você né, sabe Antonella não e possível que você não tenha percebido o que faço por ti, o quanto estou tentando a todo custo tirar um sorriso que seja dos teus lábios, ti alegrar, fazer você esquecer essa mulher, faço de tudo pra estar com você, estou correndo atrás de ti que nem uma cadela, tento demonstrar que te amo com pequenos gestos e você nem ai para mim, e isso mesmo que ouviu eu dizer, eu amo você, sou completamente apaixonada por ti, desde o momento que vi você dar entrada naquele hospital por culpa dessa mulher aí, que nem se importa com você, enquanto eu estou aqui me declarando que nem uma lesa para depois levar um fora seu, mais antes de você fazer isso eu tenho que fazer uma coisa que eu estou a um belo tempo querendo. - Gritou todas as palavras sem se importar com ninguém em volta e colou mais a ruiva em seu corpo, passando o braço esquerdo na cintura dela e levando a mão direita até o rosto da mulher e a beijou com tanta vontade que não teve como evitar a troca de suspiros de ambas entre o beijo, se tornou algo totalmente intenso, fazendo com que Antonella se entregasse e retribuisse, chegando até esquecer por um certo tempo o que acontecia antes, a ruiva ch*pava com intensidade a língua da médica, apertava as unhas da mão no braço de Yara fazendo a mulher soltar gemidos, só se afastaram depois de um tempo por falta de ar, a primeira atitude da médica foi entregar as chaves do carro para a ruiva.
- Aqui esta sua chave, vou ti deixar livre como você me pediu a pouco tempo, espero que fique bem Antonella, se cuida, não peço desculpas pelo beijo por que eu realmente queria fazer isso. - Se afastou da ruiva com lágrimas nos olhos e destravou seu carro entrando no mesmo, dando partida e saindo, deixando a mulher parada no estacionamento do restaurante atômica.
Yara saiu pela cidade dirigindo, estava sem cabeça para nada, sabia que depois do que fez a ruiva jamais olharia novamente no seu rosto, até por que não ficaria com ela sem ama-la.
No estacionamento do restaurante Antonella entrou no carro encharcada, ligou ele é saiu dirigindo, foi direto para casa chorando, sua cabeça estava uma bagunça pensava em Ana com Gabi e ao mesmo tempo em Yara, nas palavras, no beijo, assim que chegou, se jogou na cama toda molhada e acabou dormindo daquela forma, a médica àquela altura já tinha chegado em casa, tomado um banho e trocado de roupa, estava jogada no sofá abraçada com o cachorro, estava visivelmente triste, acabou adormecendo, no outro dia foi acordada pelo cãozinho a lambendo no rosto.
- Para pingo, que menino malvado. – Gargalhava da graça que o cão fazia, foi em direção ao quarto e tomou um belo banho, pegou suas coisas para ir trabalhar, iria focar no seu trabalho a partir de agora como sempre fazia e tentar tirar a ruiva da cabeça e do coração, procuraria manter a cabeça sempre cheia e esquecer.
Dois dias se passou depois do acontecido com Yara e Antonella, a médica não viu mais a mulher e nem soube dela, evitou o máximo qualquer contato, deixou até de mexer no celular, focou totalmente no trabalho, tanto que Bruna estava louca atrás da amiga , pois teriam uma festa super badalada para irem, depois de muito insistir para que a amiga fosse, ela aceitou, o que ambas não sabiam era que as amigas de Antonella arrastaram a ruiva também para o mesmo local, até por que era o aniversário de uma amiga e teriam que ir.
No dia da tal festa Bruna e Yara chegaram no local e começaram a beber e dançar bastante, a médica estava muito diferente além de atraente, despertava o interesse das pessoas a sua volta, acabou ficando com duas meninas, quando começou a dançar com uma terceira, foi o momento que a ruiva chegou com as amigas no local, não estava no clima para festas, mais insistiram tanto que decidiu ir, estava em uma briga interna em ir atrás de Yara ou deixar tudo que aconteceu sem resolver, sentia falta de tudo que a médica fazia por ela, principalmente dos carinhos e da atenção a qualquer hora, as vezes até deixando seu trabalho de lado para tê-la por perto, estava sentada no sofá na área vip com suas amigas, pensando em tudo isso, quando uma delas falou lhe fazendo voltar para a realidade.
- Tony acorda, aquela ali que está dançando com a morena escultura, aliás que está praticamente trans*ndo na pista de dança não é sua amada médica? - Na mesma hora Antonella se levantou, observando a pista, batendo os olhos diretamente em Yara com uma morena, sentiu uma raiva tremenda, suas mãos começaram a tremer e seus olhos lagrimarem de ciúme, saiu pisando duro, descendo os degraus da escada com rapidez.
- Vishi, meninas simbora que vai dar ter confusão, Antonella está com ciúmes. – Uma das amigas de Antonella falou e correram em direção a ela, a ruiva se aproximou pegando a estranha pelo cabelo e puxando com força fazendo com que se soltasse de Yara.
- Alguém já ti avisou que não deve mexer com a mulher dos outros, sai agora! – Olha com cara fechada para a biscate apontando o dedo no rosto dela.
- Sua galinha, larga meu cabelo, que eu saiba ela não estava com ninguém. - A morena já iria com a mão nos cabelos da ruiva, mais foi cortada pelas amigas de Antonella que seguraram ela e afastaram.
- Ela e minha, e eu odeio quem toca no que e meu, sou uma dama, mais também sei ser barraqueira e quebrar as minhas unhas nessa tua cara, E você vem comigo que a gente precisa conversar. – Gritou na cara da morena depois virou puxando a médica pela jaqueta, essa que estava sem entender o que estava acontecendo.
Quando estavam meio que afastadas do povo Antonella começou a falar um monte de coisa.
- Yara eu ti proíbo de deixar qualquer mulher se esfregar em você, que pouca vergonha era aquela? Me diz, fala alguma coisa, não fica só me olhando – Falou irritada com a mão na cintura, e a medica mesmo bêbada estava achando ela linda toda brava com ciúmes, então quando a ruiva terminou de falar ela a pegou com força encostando em uma coluna da boate e sussurrou no ouvido dela.
- Eu proibida? E por que? Que eu saiba eu sou solteira. – Sussurrou com os lábios colados na orelha da ruiva e mordiscou em seguida provocando.
- A partir do momento que você me beijou já tinha compromisso comigo e me deve respeito. - A ruiva entrou na vibe da sedução que rolava entre elas e se entregou nas carícias da médica, como sentiu falta dela.
- Você só pode ter enlouquecido, enquanto ninguém for clara comigo eu estou solteira. – Falou com os lábios próximos dos de Antonella e virou indo para o bar onde Bruna estava, a médica já se encontrava um pouco alterada estava extravasando na bebida seus sentimentos pela patricinha.
- Amiga não acha que já está bom de tanta bebida? - Bruna tentou intervir quando percebeu a chegada da amiga e ela pegando o copo de sua mão e tomando num gole só.
- Bruna pode ir parando, hoje eu quero curtir, já basta a Antonella querendo me controlar, eu não sei o que essa mulher quer comigo, eu me declaro para ela, falo o caramba e ela não me quer, quando eu sumo ela paga de doida querendo exigir respeito por que estou dançando com alguém quem ela pensa que é? - A ruiva apenas ouvia calada com um sorriso nos lábios, ela estava atrás da médica parada. Bruna então tomou o copo de Yara e falou que já estava na hora de irem embora, mais a médica estava alterada e se negava ir.
- Vem amiga, vamos para casa, você está falando besteira já, você nunca ficou assim véi. – Bruna não estava conseguindo lidar com Yara sozinha.
- Eu não quero ir Bruna, eu tô bem ok, me solta. – Falou irritada.
- Deixa comigo Bruna, eu a levo, pode ficar tranquila. - A ruiva falou tranquila, já estava decidida iria tirar Yara dali a todo custo.
- Não vou a lugar nenhum contigo. – Yara reclamou mais a ruiva nem ligava, pegou a médica pelo braço a guiando para fora da boate, elas eram seguidas por Bruna.
- Antonella me avisa se ela dê muito trabalho que eu corro pra ti socorrer. - Bruna falou brincando com a ruiva.
- Ela não vai me dar trabalho, vou cuidar bem da sua amiga. – Piscou para Bruna e deu um sorriso malicioso que fez a médica balançar a cabeça negativa.
Antonella colocou Yara no carro com muita dificuldade e seguiu para casa de seus pais, decidiu que a médica dormiria lá, não a levaria para o apartamento dela, até por que nem sabia onde ficava, quando chegaram em sua casa Antonella tirou com muito custo ela do carro.
- Dona Antonella a senhora quer ajuda com a moça? – O segurança se ofereceu.
- Não augusto, não precisa, consigo me virar sozinha com ela. - Falou educada ao rapaz que se retirou devagar sem antes ouvir o resmungo da bêbada.
- E rapaz, ela con...con..segue, para de paquerar minha Rui..ruiva. - A médica resmungou meio tonta, já não respondia por si só, o que fez Antonella gargalhar baixinho.
A loira entrou na casa subindo a escada com dificuldade, arrastando Yara, assim que entrou no quarto, deitou ela na cama e voltou para trancar a porta.
- É agora? O que vou fazer contigo? Acho que um banho seria bom, para tirar um pouco desse porre. - Olhou para médica jogada na cama meio cochilando, foi até ela a puxando, fazendo se sentar na cama.
- Me ajuda poxa, fica acordada, preciso ti dar um banho, você não pode dormir assim fedendo a bebida. - Tirava a jaqueta e a blusa da médica com muito custo, deixando apenas de sutiã e calça de couro, a ruiva não teve como evitar observar o corpo da mulher e olhava o tempo todo nos olhos, notou uma tatuagem na lateral do corpo de Yara.
- Me deixa dormir Nella, daqui a po...uco tom....banho. – Falou meio croque.
- Não, você vai agora comigo. - A ruiva falou autoritária levando a médica em direção ao seu banheiro e terminando de tirar a calça dela, a mulher ficou apenas de roupas íntimas. Antonella estava em um dilema interno se tirava ou não o resto das peças intimas da mulher, decidiu que daria banho nela vestida mesmo, quando Yara sentiu a água gelada bater na sua cabeça e no seu corpo começou a reclamar, a socialite deixou ela sentada no chão do box e saiu atrás de uma toalha, quando voltou a médica estava sem sutiã e calcinha embaixo do chuveiro de cabeça baixa e em pé, a única atitude da ruiva foi ficar observando, na mesma hora seu corpo esquentou e sentiu uma pontada na sua intimidade, estava desejando Yara, ela não era de ferro, não tinha como não sentir nada, a médica era atraente até demais, tinha um corpo linda, definido.
- Yara? Vem! Sai do banheiro, já está bom esse banho, você consegue se enxugar sozinha? – A ruiva chamou a médica e ela nada disse apenas virou a cabeça em sua direção lhe olhando.
Antonella percebendo que ela não tomaria nenhuma atitude entrou no box se molhando um pouco e fechou o chuveiro, olhou Yara fixamente abrindo a toalha para que se enrolasse, lutou para não olhar o corpo da médica, ela se enrolou e saíram do box juntas indo para o quarto, mostrou algumas roupas encima da cama para a morena e voltou para o banheiro, precisava ficar sozinha um tempo, resolveu tomar um banho também.
Embaixo do chuveiro Antonella pensava como iria se controlar perto da médica, depois do dia no restaurante, as coisas mudaram, passou a pensar nela algumas vezes, mais do que deveria até, estava esquecendo Ana aos poucos, depois de uns minutos saiu do banheiro e quando apareceu na porta do quarto se deparou com a médica dormindo apenas de calcinha na sua cama, só com a parte de cima do edredom cobrindo da cintura para baixo, aquela seria uma noite bem complicada para dormir, pensou na hora enquanto olhava aquela cena, depois de trocar de roupa e colocar uma camisola foi se deitar, assim que se ajeitou e tentou pegar no sono foi surpreendida por Yara a abraçando por trás, sentiu na mesma hora os seios da mulher encostarem na sua costa, engoliu em seco e respirou fundo, tentou se afastar, mais encontrou dificuldade, sussurrou baixinho:
- Yara se afasta um pouco, por favor. – A ruiva suplicou para a médica que nada disse apenas resmungou e a apertou mais em seu corpo.
- Humm... - Aquela noite foi totalmente um tormento para a Antonella, conseguiu dormir quase no raiar do sol de tão cansada por não pregar o olho a noite toda, por volta das onze horas a médica acordou percebendo que estava agarrada em alguém tomou um grande susto pulando da cama.
- Oh merd*! - Colocou as mãos na cabeça preocupada, tinha impressão de ter trans*do com Antonella e não lembrava de absolutamente nada, olhou em volta e percebeu que não estava em sua casa, procurou por suas roupas as encontrando e vestindo, não podia ficar ali, com que cara enfrentaria a ruiva, saiu as presas do quarto dela, apenas não contava que esbarraria na mãe da mulher.
Dona Helena vinha saindo do quarto dela quando se deparou com Yara saindo de fininho do quarto da filha, e não perdeu tempo e tirou brincadeira com a mulher.
- Bom dia doutora, pelo visto visitou a minha filha durante a noite e está saindo sorrateiramente? Está fugindo de alguém por acaso? – Quando a morena ouviu a voz da mãe de Antonella congelou na hora e virou devagar.
- He... Helena oi, bom dia, me desculpa, eu preciso ir pro hospital, nos falamos depois, até logo. – Saiu correndo da casa da ruiva sem responder as perguntas da mãe da moça, Helena morria de rir de Yara
Por volta das duas horas Antonella acordou, virou para o lado e não viu Yara, a chamou mais não ouviu resposta nenhuma, então levantou e foi procurar no banheiro, e não encontrou, percebeu que a mulher tinha ido embora.
Yara foi para casa, tentava a todo custo descobrir se tinha trans*do com Antonella e não conseguia lembrar, sua cabeça estava confusa, explodindo de tanta dor de cabeça, estava de ressaca, além de ressaca moral, apenas lembrou de ter discutido com ela na boate e nada mais, tomou um bom banho, remédio e seguiu para o hospital.
Depois de ter feito sua higiene a ruiva saiu do quarto e encontrou a mãe sentada na sala lendo um livro, perguntou se ela havia visto Yara e ela prontamente disse que tinha cruzado com ela mais cedo e a mulher fugiu quando questionou se tinha dormido com ela, Antonella gargalhou da situação e resolveu ligar para a médica, mais ela não atendia as ligações, já estava agoniada querendo saber o que estava acontecendo, o que tinha feito pra que sumisse assim, decidiu ir no hospital.
Quando chegou no local foi informada que Yara estava em sua sala, seguiu na direção indicada e entrou sem bater, surpreendendo a médica com a cabeça encostada no encosto da cadeira com os olhos fechados, na mesma hora que ouviu o barulho de porta fechando olhou na direção da mesma e viu Antonella em pé, linda como sempre, vestia uma calça salmão apertada, uma blusa branca de alcinha e de salto alto.
- Antonella. – Sussurrou surpresa ao ver a ruiva na sua frente.
- Olá, vim saber por que saiu da minha casa sem avisar, como se estivesse feito um crime segundo minha mãe. Além de não atender minhas ligações, só chama, pelo visto está fugindo de mim não é mesmo? – Falou irônica sem desviar os olhos da mulher.
- Não é nada disso, fala para sua mãe que tive um problema com um dos meus pacientes, não é uma hora boa agora, eu estou no meio do plantão, não é o lugar viável para conversamos. - Tentou contornar a situação e desconversar.
- E qual é o lugar? E quando vai ser isso Yara, por que mamãe estava certa, você está fugindo de mim, parece até que sou algum bicho. - Nessa hora Bruna entrou na sala sem bater e percebe que chegou em uma hora nada agradável.
- Vidão, cadê você? Ops.... Interrompi algo, desculpa gente, como vai Cunhadinha? Pelo visto a noite de ontem não foi o bastante, teve que vim deixar a beldade no trabalho. - Cumprimentou a ruiva com dois beijos no rosto fazendo piadinha o que arrancou um riso baixo da ruiva.
- Não Bruna! não interrompeu nada, estava apenas dizendo para Antonella que não tem como conversar agora. – Yara cortou logo qualquer coisa que Antonella pensou em dizer.
- Como vê Bruna, pelo visto eu já estava de saída antes de você entrar. Volte a dormir doutora Yara, já que seu plantão está bem corrido, conversaremos outra hora. – Piscou e saiu rebol*ndo da sala fazendo Yara olhar seu bumbum e babar.
- Limpa a baba que está escorrendo. Nossa, amiga pelo visto a ficha da ruivinha caiu, agora quer investir pesado em você. – Deu dois tapinhas no ombro da morena que lhe fuzilou com os olhos.
- Cala a boca Bruna, nem quero pensar nisso agora, eu estou uma pilha de nervos e fugindo dela por que acordei na cama dela hoje mais cedo só de calcinha e com ela dormindo de camisola, não sei se trans*mos, não consigo lembrar de absolutamente nada. – Falou preocupada.
E amiga, você está em uma sinuca de bico, por que ela deixou bem claro na balada ontem que você é todinha dela, e por pouco a mocinha que estava aos amassos com você não levou uns belos tapas. - Yara depois de ouvir o que a amiga disse se jogou no sofá de olhos fechados bufando.
- AAAH eu tô ferrada! – Falou totalmente tensa.
- Boa sorte, apenas isso que tenho a lhe dizer, deixa eu ir que tenho paciente para atender, beijos.
- Beijos, até mais tarde. – Se despediu de Bruna que saiu da sala em seguida.
Antonella não tinha ido embora, foi até a recepcionista e pediu o endereço da casa de Yara, tinha inventado uma história qualquer e arrancado o endereço, esperaria no máximo até o outro dia a médica lhe procurar, se isso não acontecesse, ela iria aparecer de surpresa na casa dela e tiraria a limpo aquela história.
E o dia todo passou, Yara se dedicou aos pacientes e nem teve tempo de parar e comer algo, assim seguiu até o dia seguinte, deu saída do hospital e seguiu para casa, estava morta de cansada, colocou comida para o seu cachorro, tomou um belo banho e se jogou na cama, dormiu a maior parte do dia, quando foi no começo da noite acordou, comeu mais alguma coisa, mexeu no celular, se deparando com várias mensagens e ligações de Antonella, preferiu não responder, era melhor assim, percebeu que ela estava online, mais não deu importância, não poderia se iludir com a mulher, no restaurante ela deixou bem claro que amava a ex ainda, então não poderia correr o risco de si magoar com alguém que não lhe queria.
Fim do capítulo
(REVISADO E INCLUIDO NOVO CONTEUDO)
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