CapÃtulo 32
Nayami abriu os olhos e encontrou os de Valentina praticamente dentro dos seus. Sorriu. Sorriram.
Nayami espreguiçou gem*ndo como sempre fazia e Valentina sentiu-se ainda mais apaixonada.
Naya beijou-lhe a ponta do nariz e quase enfiou-se por baixo dela. Valentina riu alto e apertou-a contra o corpo.
--Bom dia. A senhorita acordou há muito tempo?
--Não...15 minutos talvez...
--E esteve esse tempo todo olhando para mim?
--Hum-hum...e continuaria se não tivesses acordado.
Nayami sorriu e beijou-lhe a ponta do nariz mais uma vez.
--E depois eu é que sou a dorminhoca dessa casa. - Disse Valentina rindo e prendendo Nayami mais ainda contra si.
--Si, sem duvida, mas é que ontem...
--O que aconteceu ontem?
Nayami disse algo ao ouvido de Valentina que a fez corar violentamente e sentir tesão na mesma proporção.
--Maluca.
--Eu? Aham...
Nayami saiu debaixo de Valentina e posicionou-se sobre o corpo dela e beijou-a devagar. Mais parecia uma exploração...devagar e delicioso. Entregaram-se no bailado das bocas, sintonia dos corpos...entrega total.
--Naya...
--Hmmm...
Mais beijos e abraços...gemid*s...mordidas...suspiros...calor...muito calor.
--Naya...
--Hmmm?
--Que horas são?
--Achas que eu sei?
--Sempre tiveste mais juízo do que eu...
Risos abafados com beijos.
--Eu? Olha para mim e diz-me com franqueza se tenho juízo.
Valentina sorriu e ao mesmo tempo ficou séria. Pareceu não entender o que Nayami quis dizer.
--Estar aqui...comigo, é falta de juízo?
Foi a vez de Nayami olhar para ela com surpresa nos olhos.
--Claro que não. Estar aqui e contigo deve ser das coisas mais sensatas que fiz nos últimos tempos...
--Então?
--Ah, esqueci que ela é detalhista...jornalista...
Risos com beijos.
--Sou sem juízo porque sei que tens trabalho daqui a pouco e tudo o que quero é ficar nessa cama pelo resto desse dia, sendo que eu também tenho compromissos de trabalho. Ah Valentina, perdi todo o juízo no momento em que...no momento em que viajei para esse mundo desconhecido e encantador...
--Viciante.
--Sim, completamente viciante.
Beijos...tantos e uma entrega cada vez mais definitiva.
Algum tempo depois:
--Eu preciso sair daqui...
--Hum-hum...
--Tenho reunião de pauta, reunião com a produtora dos Elves, encontro com a Dallure, tenho que resolver chatices na revista...tenho dois desfiles fechados à tarde...
--Isso, elenque tudo, quem sabe assim não despertes o teu lado responsável.
Gargalhadas altas.
--Posso ser piegas? - Perguntou Valentina com uma expressão infantil que encantou Nayami.
--Deves.
--Correndo o risco de cansares de mim...
--Shhhhh...não diga asneiras...
--Ok. Mesmo assim...
--Vá lá Valentina Villar...minha VV.
Gargalhadas e as duas rolando na cama completamente grudadas.
--Então...espanhola piegas...
Risos.
--Tu não desistes...
--Eu? Nunca...se eu quero algo vou até ao fim...
--Hmmm...
--E?
--Ah sim.
Risos.
--Piegas...completamente piegas, mas eu queria raptar-te para um lugar só nosso...eu não me canso de estar contigo...descobrir-te...rir, fazer silencio....
Nayami interrompeu-a e continuou na mesma sintonia.
--Fazer amor, ficar na cama sem fazer nada, apenas abraçar-te e adormecer...ouvir musica, ir ao cinema...comer nesses lugares que adoras ou apenas uma omelete de espinafre...
--A tua omelete de espinafres, iguaria maravilhosa que só tu sabes fazer. - Foi a vez de Valentina interromper. - Tomar vinho na varanda, esperar-te enquanto não chegas...conversas longas sobre tudo e nada ao mesmo tempo...ver o brilho nos teus olhos quando falas de algo que te encanta...ver essa pessoa maravilhosa e que desabrocha a cada dia...
--Eu quero isso tudo e muito mais espanhola...ah espanhola maravilhosa.
Nayami apertou a nádega de Valentina e mordeu-lhe o lóbulo da orelha.
--Para com isso...- Disse Valentina gem*ndo e completamente entregue.
--Eu só paro porque tenho juízo e sei que alguém precisa ser guiada para fora dessa cama ou então perderá todos os compromissos do dia e depois começa a reclamar...
Risos e Nayami empurrou Valentina para fora da cama e foi junto com ela.
Nayami abriu a porta do banheiro e delicadamente empurrou Valentina lá para dentro.
Ela ria sem parar.
--Mandona!
--Ai de ti se eu não fosse mandona. - Nayami riu e beijou-a rapidamente.
--Obrigada...-- Nos olhos de Valentina via-se claramente gratidão e muitos outros sentimentos.
--Porquê? Por colocar juízo nessa cabeça? - Nayami disfarçou o impacto que a força daquele olhar causou no seu coração.
Valentina sorriu e abraçou-a forte.
Nayami sentiu seu coração bater nos ouvidos e apertou Valentina com toda a força e de olhos fechados agradeceu aos anjos por aquele momento...pelo encontro...pela mulher...pelo sentimento que preenchia todo o seu ser.
--Banho.
--Sim...agora.
Valentina correu para o box e Nayami para a cama.
Mal caiu na cama ouviu o seu telefone vibrar. Ainda sorrindo pegou o aparelho.
"Eiii gostosa, almoças comigo? Estou nervosa e preciso partilhar. Saudades tuas Nayami Carvalhal."
Nayami sorriu feliz. Claro que iria almoçar com Raquel. Saudades imensas da amiga e de tudo que ela significava.
"Gostosa, claro. Combinado. Uma hora onde quiseres. Precisamos trocar ideias."
Nayami pulou da cama e foi até à varanda ver o sol e o dia que já gritavam lá fora. Dia lindo e sua alma numa leveza que dava-lhe vontade de saltar aos pulinhos pelo lounge.
--Devo estar louca, mas a sensação é tão boa que não me importo.
Ligou a música e começou a dançar sozinha. Abraçava-se e sorria. De olhos fechados deixava-se flutuar. Ouvia You make feel good de Satin Jackets e deixava-se ir na melodia o que ano sabia era que era observada por Valentina.
Valentina olhava para a figura de Nayami absolutamente linda e sentia seu coração acelerar. Naquele momento teve tantas certezas que poderiam paralisar a Valentina de meses atrás, mas essa, não conhecia medos e muito menos receios. Teve vontade de tirar os saltos e assim como ela, ficar descalça e dançarem juntas...a manhã toda, até quando quisessem.
Nayami sobressaltou-se ao sentir braços ao seu redor. De olhos fechados apreciou a sensação.
--Hmmm, estás aqui há muito tempo?
--O suficiente para apreciar esse belo espetáculo...
--Nem sou a Raquel, ela sim paralisa qualquer um com sua dança...
--A Raquel é profissional e muito talentosa, tu és perfeita...pelo menos aos meus olhos...
Nayami apertou-a para logo de seguida virar-se. Olhou-a admirada. Afastou-se um pouco e continuou a olhar com admiração.
--O que foi maluca? Tenho o cabelo verde?
Risos.
--Não..., mas é que estás tão linda que eu perdi a noção...
--Hmmm...gostas?
--Adoro. Estás lindíssima.
--Muitos compromissos que exigem um visual mais cuidado...
--Tu és sempre muito elegante, mas hoje...posso dizer uma asneira daquelas?
Nayami já estava com a boca quase grudada na de Valentina.
--Deves...
--Acho que eu me apaixonei por ti...
--Achas?
--Hum-hum...
--Por causa da roupa?
--Ah...
--Sim?
--Não...a roupa me lembrou que és linda com e sem...às vezes é melhor sem...Hmmm
Risos com beijos.
--Mas é bom com também...porque ficas linda e porque dá vontade de tirar...com muita calma, ou não...
Suspiros e beijos apaixonados.
--Tu já estás quase nua...e linda. - Sussurrou Valentina no ouvido de Nayami deixando-a completamente arrepiada.
Nayami teve uma vontade quase irresistível de arrancar a blusa de dentro da calça pantalona que Valentina usava.
--Vá embora...pela a minha sanidade e para o sucesso do teu dia...
--Só pelo sucesso do dia...porque eu quero-te insana e daquele jeito...
--Qual jeito? - Nayami provocava, mas Valentina sabia ser pior do que ela, ou à sua medida.
No ouvido disse-lhe algo que fez Nayami ficar arrepiada, vermelha e com partes do corpo gritando.
Empurrou Valentina literalmente até à porta.
--Tu és maluca...meu Deus, tu és completamente maluca. E sabes de uma coisa?
--Hmmm?
--Eu adoro isso...adoro-te exatamente como és.
Sorrisos e olhares cruzados.
--Almoças comigo? - Valentina perguntou com o olhar brilhando.
--Não posso meu bem...já me comprometi com a Raquel.
--Ah, que pena. Mas a Raquel é tua amiga e deve estar com saudades...viajas muito agora.
--Sim...e ela tem novidades e está nervosa...
--E precisa da super Naya.
Risos.
--Mais ou menos e a super Naya também precisa dela.
--Tudo bem. Jantamos juntas?
--Claro.
--Ou pelo menos dormimos juntas e disso eu não abro mão.
Gargalhadas com muitos beijos e afagos.
--Nem eu. Eu não sei mais...- Nayami calou-se por ter a certeza que falava demais.
--Nem eu...custa-me demais...
Valentina era assim, seu complemento em muitas coisas e já não sabia se isso a assustava ou impelia a mais...muito mais.
Nayami beijou-a com paixão, tesão, muito, mas muito amor. Sentimento que ela não ousava decifrar, definir, entender, mas que já gritava pelos olhos, corpo, ações e reações. Gritava, pulsava...por ora era bom não ter nome...por ora.
Ia fechar a porta depois de literalmente colocar Valentina do lado de fora, quando ouviu:
--Eu também estou apaixonada...perdidamente...
Nayami ficou pregada na porta olhando Valentina entrar no elevador. No rosto, o melhor e mais bobo sorriso.
**********
--Passo alguns dias longe e é esse oceano de novidades?
--Ah, sabes que a tua amiga funciona na velocidade de um met*oro.
Risos altos.
--Adoro-te moça, essa tua força é admirável.
--Naya, preciso dizer-te que estou com medo?
--Não...eu sei que estás, eu também estaria. Mas, sei que seguirás o teu caminho e sabes que para muitos de nós as oportunidades não aparecem muitas vezes...
--Eu sei...parece que a moda foi apenas o gatilho...
--Foi mesmo, mas não vais desistir da moda...
--Não, claro que não. Alem de gostar muito, pagam-me bem só para tirar fotos.
Risos.
--Até parece que não cansa...
--Sabes que eu não me canso.
--Mas tu és essa força da natureza, olha o teu corpo, parece esculpido com as mãos, os músculos todos definidos e no lugar e sem exageros...ah esse corpo dona Raquel.
Gargalhadas.
--Anos de ginástica e acho que minha genética ajuda. Olha dona Dina...
--Nossa, lindíssima, parece ter 30 anos, no máximo...
--Genética boa e tu cala essa boca porque em matéria de corpo não deves nada a ninguém.
--Ah ok, Raquel. Ok.
Risos soltos.
--Se eu parar de correr desmorona tudo, fico magra demais e sem graça.
Gargalhadas.
--Sem graça? Aham...falemos de coisas sérias.
--Hum-hum.
Risos.
--Naya, tenho medo de trocar o certo pelo duvidoso e por favor não brigues comigo.
--Eu não vou brigar e até certo ponto tuas duvidas são coerentes. Mas precisas ousar Raquel. Sempre me disseste sobre dar aulas de dança com tanta paixão, tantas certezas...não podes deixar o medo impedir a tua realização enquanto profissional.
--Eu sei Naya, mas há gente que depende completamente de mim...não completamente porque minha mãe ajuda, mas somos nós duas pelas crianças...eu tenho medo de falhar e elas sofrerem em consequência.
--Raquel, se já fores abraçar um projeto com medo de falhar...
--Eu sei, mas eu não tenho a tua autoconfiança, a tua certeza, muito menos a tua autoestima.
--É hora de mudarmos esse chipe. É a tua chance...bendita menina, como é nome dela?
--Viviane, Vika.
--Bendita Vika e bendita Damarys que te levou para a moda e que desembocou nisso tudo.
Sorrisos.
--Eu diria sinceramente, bendita Naya que apareceu em minha vida. Sem ti nada disso seria possível. Nada.
--Então, se é pela Naya, vamos abraçar os desafios todos e sermos muito felizes, não é dona Raquel?
--E eu consigo dizer-te não?
--Jamais.
Gargalhadas felizes.
--Naya, ainda não é nada certo...só fiz uma aula demonstrativa. - disse Raquel com aquele seu ar comedido que às vezes irritava Nayami.
--Deixa de ser pessimista criatura. Alguém consegue resistir-te?
Raquel pensou imediatamente em Damarys e uma leve tristeza alojou algures em seu coração. Ela voltara a ignorar-lhe e muitas vezes de forma veemente. Não entendia, mas não podia falar sobre esse assunto.
--O que foi? Vi uma pontinha de tristeza nesses olhos doces e fortes.
Naya afagou o rosto da amiga que disfarçou bem.
--Nada, estou apenas a pensar nas mudanças do rumo da minha vida...
--A vida segue o rumo certo, e agora só falta chegar um amor daqueles...uiiii.
Risos.
--Doida. Eu não dou para isso...
--Ah dá, todos nós damos meu amor, é só estar disponível...
--Hmmm...- Disse Raquel descrente.
-- Quando tudo corre bem, ficamos mais bonitas, tu estás lindíssima Kela, linda mesmo, daqui a pouco aparece uma paixão avassaladora.
-- Calma sua doida, uma coisa de cada vez, assim eu não aguento...e por acaso tu que já mudaste radicalmente de vida, estás de paixão nova?
Nayami riu muito inclinando a cabeça para trás, mas não respondeu nem sim, nem não.
-- Naya, às vezes eu acho que tu não és desse planeta.
Risos altos.
--E posso saber porquê?
Raquel respondeu com uma forte palmada nas nádegas de Nayami.
--Aiiii...doida.
--Gostosa. GOSTOSA! Aproveita sua doida. Aproveita.
Nayami que sim, era maluca, puxou Raquel para si segurando-a pelas nádegas.
--Gostosa és tu...esse back, criatura...e a senhorita tem aproveitado?
Raquel olhava para Nayami de boca aberta.
--O que foi mulher? Perdeste a língua?
--A Língua não, mas o raciocínio...que pegada é essa criatura? porr* Nayami...o que é isso mulher?
Gargalhadas altíssimas e as duas vermelhas.
--Ainda bem que eu não tenho tesão por mulheres...porr*...
--Parva.
Gargalhadas com abraços.
--Vamos almoçar?
--Vamos, estou faminta e tenho que correr para o Six daqui a pouco.
--Mas não entras lá pelas 5?
--Não falta muito, mas tenho reunião com o chefe. - disse com um leve desanimo.
--Ele já sabe que tem dias contados para trabalhar com a supervisora brava e maravilhosa?
--Eu?
--Não, teu clone que ainda está no laboratório.
Gargalhadas altas.
--Não, se o trabalho da academia confirmar-se, vou tentar conciliar um pouco...eu sei que vai ser difícil...
--Aham...
--Mas vou tentar até ele ter alguém...
--Ok, acho justo e tomara que consigas. Estou com fome.
--Ok faminta, vamos comer.
Risos.
**********
Andando pelas ruas ainda sem saber ao certo para onde ir, Nayami sorria ao lembrar dos detalhes do seu almoço com Raquel. Gostava tanto daquela mulher, Raquel era estimulante, bem diferente de si em alguns aspetos e tão parecida em outros. Gostava dela e gostava da construção daquela amizade. Sentada numa mesa de rua de um café, seus pensamentos voavam e viu-se questionando algumas coisas. Durante o almoço com Raquel sentiu-se algumas vezes tentada a partilhar a sua felicidade, suas descobertas, o encontro com alguém que à priori nada tinha a ver com seu mundo e que, no entanto, e para ser muito sincera, já não conseguia imaginar o seu próprio mundo sem ela. Exagero? Quem sabe, mas era assim que sentia. Era bom demais a vivência com Valentina, as pequenas coisas, as grandes, a construção de algo tão forte e ao mesmo tempo tão simples. Sorria ao pensar nas coisas que faziam juntas e sentia calor ao lembrar de outras...estava feliz de uma forma que não conhecia. Ás vezes dava medo e o medo muitas vezes era de estar a fantasiar, de estar a andar sozinha, a sentir tudo aquilo sozinha...era tudo tão surreal que muitas vezes achava impossível ser tão simples...a vida ao lado de Valentina era simples e instigante. Era calmaria e emoção numa simbiose estonteante. Jamais vivera algo assim. Não. A comparação, quando feita, era com a história que vivera com Leonard...simplesmente incomparável. Já pensara tanta coisa que desistira de conjeturar. Viver era a melhor opção.
Não poderia partilhar com a amiga algo que nem ela entendia e mais, às vezes, muitas vezes, tinha a sensação que Valentina vivia apenas uma experiência, logo, não poderia expô-la e nem era disso. E ela mesma? Vivia apenas uma experiência? Mais uma? Ou a melhor experiência da vida? A solução era continuar vivendo...um dia de cada vez...uma emoção atrás da outra...um arrepio na pele e na alma a cada olhar...vivendo...descobrindo...se encantando...num estado de encantamento que a deixava muitas vezes com o coração na boca.
E foi com essa sensação e um enorme sorriso nos lábios que decidiu seu próximo destino.
**********
Num momento de menos afluência no Six e em que Raquel bebia um copo de água, parou para pensar no encontro com Nayami de um pouco mis cedo e na vontade que muitas vezes tivera de partilhar com a amiga o frenesi que lhe ia na alma por causa de uma outra mulher. A tentação fora grande e muitas vezes viu-se iniciando a abordagem para logo mudar o rumo. Dizer o quê concretamente? Que se sentia nas nuvens muitas vezes apenas ao saber que algures naquela cidade, Damarys vivia? Que muitas vezes sentia coisas tão loucas que até para ela que se considerava desinibida, provocavam um certo pânico ou outra coisa qualquer? Dizer que se Damarys a ignorava, coisa que fazia muitas vezes, sentia-se vazia e quase sem chão? Aquilo assustava, causava confusão, era novo, logo sem precedentes, nada para comparar...e...até onde sabia, não gostava de mulheres, mas Damarys vivia na sua cabeça, corpo...vivia por todo o lado.
Suspirou e sorriu. Será que Naya entenderia? Talvez sim, ela era do mundo, parecia desprovida de preconceitos e julgamentos. Será que era mesmo? Será que não estava a confundir as coisas? Confundir? E o beijo que simplesmente a desnorteava e parecia ser a coisa mais sensata a ser feita? E a vontade de ouvir aquela voz grave, de tocar os cabelos curtos e sedosos, os olhos...ah os olhos...a boca...a vontade de ouvir as coisas que ela tinha para contar e ficar admirada pela vivencia e ao mesmo tempo sentir-se quase sem nada para dizer...a forma como Damarys a olhava, às vezes parecia medo, outras vezes admiração e muitas vezes parecia coisas que não se definiam...tanta coisa e ao mesmo tempo a sensação de que era um enorme devaneio. Como conversar sobre algo que concretamente não existia? Mas se não existia o que era aquela vontade quase sufocante de entender o distanciamento de Damarys? Aquela vontade de pegá-la de um jeito que não restaria mais nada a fazer além de um beijo...daquele beijo que a deixava com o corpo ardente?
Suspirou profundamente, balançou a cabeça e voltou ao trabalho. Sim, só isso e as preocupações com o rumo que a vida tomava para arrancá-la daquele delírio.
**********
Valentina correspondia com volúpia ao beijo de Nayami. Gemia sem se controlar e queria fundir-se nela até tornarem-se um ser. Isso tudo a meio da tarde de um dia atribulado no escritório e com a possibilidade de alguém bater à porta a qualquer instante.
Nayami afastou-se um pouco para olhá-la e ela teve que segurar-se no tampo da mesa para não cair. As pernas estavam bambas, o corpo tremia e o coração queria voar. O olhar de Nayami...precisou desviar para não despi-la ali mesmo...que loucura.
Nayami sorriu e mordeu o lábio. Estopim para Valentina voar nela e beija-la com uma paixão que queimava-lhe por dentro e que só aquele beijo e aquela boca em particular tinham o poder de aplacar e ao mesmo tempo atiçar.
--Valentina, onde foi parar o teu célebre juízo criatura? -ela fez-se essa pergunta ao ter mais uma vez uma vontade insana de fazer o sex* mais doido e intenso no meio da sua sala de trabalho.
Nayami riu alto e beijou-a com muita paixão.
--O que é isso mulher? O que fazes comigo? - Perguntou Valentina com a boca no pescoço de Nayami.
--O que tu fazes comigo? Para de ser gostosa...deliciosa. - Apertou-lhe as nádegas com tanto desejo que Valentina sentiu um pulsar que já não se lembrava que existia...Nayami despertava tudo.
Beijavam-se numa ansia e paixão tão intensa que apenas Nayami percebeu que alguém batia à porta. Empurrou Valentina com cuidado, fez com que ela se sentasse na cadeira, alinhou-lhe a blusa e o cabelo e sentou-se na cadeira oposta.
--Entre. - Nayami disse tentando disfarçar a voz de Valentina. Ela olhava admirada.
--Então, preciso da tua sugestão para saber o que comprar, já que a senhorita é chata e exigente.
Valentina não tinha a menor ideia do que ela falava, mas embarcou e a sintonia foi perfeita. Ninguém jamais suspeitaria que tratava-se de puro teatro.
--É um jantar simples, eu mesma vou cozinhar...
--Ah, então será tudo menos simples Nayami. - Disse Isabela provocando risadas das duas.
--Vês? A Isabela sabe muito bem o que significa simplicidade para a complicada Valentina. - E Nayami a olhava com tanta intensidade que por segundos Valentina esqueceu-se de representar.
--Valentina?
--Oi...sim, o quê?
Risos altos.
--A tua diretora está preocupada com esse jantar...
--Ela é muito perfecionista.
--Sim, e nós sofremos.
Risos soltos.
--Mas Isabela, não foi para ajudar a Nayami a goz*r com a minha cara que entraste aqui, certo? - Valentina finalmente recompôs-se.
Gargalhadas.
--Não chefe, mas é que o clima aqui está tão tranquilo que me esqueci da vida. Vim para lembrá-la da reunião em 10 minutos e depois o desfile na Expo.
--Ok, obrigada. Já sigo para a sala de reuniões e vamos juntas ao desfile.
--Sim, claro. Tchau Nayami e capricha no jantar.
--Eu? Assistente, apenas e olhe lá.
Risos.
Isabela deixou a sala com mesma subtileza com que entrara.
Valentina olhava admirada para Nayami.
--Como é que consegues?
--O quê?
--Disfarçar tão bem...eu acho que não conseguiria...sem a tua ajuda, não conseguiria.
--Lembras que sou capricorniana?
--Ah sim...sobriedade capricorniana...que inveja.
Gargalhadas.
--Eu tenho medo de ti, sabias?
--Porquê?
O tom de voz grave e altamente sensual de Nayami deixava Valentina fora de orbita. Como aquela mulher conseguia tanto com tão pouco?
--Tens a boca vermelha...
--Ah se ela visse o resto...será que ela percebeu alguma coisa?
--Não. E sabes porquê?
--Hmmm? - Valentina babava em Nayami, ouvia e via apenas aquela mulher...que loucura sem tamanho.
-- Porque eu agi como uma menina inocente e acima de qualquer suspeita.
Valentina soltou uma gargalhada vívida e deixou-se refastelar na cadeira. Nayami teve vontade de dizer tanta coisa, mas tudo pareceu-lhe um absurdo sem tamanho. Valentina era a mulher mais linda do universo, definitivamente. Ah, e ia muito além da inegável beleza física...muito além.
Valentina saiu do seu lugar e sentou-se no braço da cadeira de Nayami. Olhou-a profundamente, segurou-lhe o queixo e disse:
--Mais tarde eu te mostro o quão inocente és... - Voz sensual, olhar penet*ante e lábios vermelhos...intensos...
Nayami sentiu ondas de calor pelo corpo todo.
--Mal posso esperar. Agora...
--Sim...
Falavam entre beijos.
--Faça o favor de recuperar a concentração para o resto do dia...
--Com muito esforço...
--Hum-hum...tu és brava e guerreira...
--Sou?
--Aham...e linda...sexy...deliciosa...- E falava apertando partes do corpo dela que sabia de antemão que incendiavam loucamente.
Nayami sentou Valentina na cadeira e sem que ela desse conta, correu até à porta de saída.
--Tu és perigosa...eu estou medo...
Gargalhadas.
Nayami saía quando Valentina gritou.
--Espera.
Ela correu até a porta e fechou-a nas costas de Nayami.
--Adorei a visita...surpresa. - Disse com um sorriso tão terno e ao mesmo tempo sexy que Nayami sentiu-se baralhada.
--E relâmpago - Disse rapidamente tentando disfarçar o turbilhão.
Risos.
--Relâmpago és tu mulher...mulher maravilhosa...ahhh...que loucura, que loucura maravilhosa.
Risos com abraços.
--Aquele jantar que encenaste à Isabela, está marcado?
--Nós duas?
--Hum-hum...
--Confirmadíssimo.
--Ai Nayami...eu nem sei...
Naya mordeu-lhe o lábio inferior e depois beijou-a com ardor.
--Assim tu não me esqueces. - Disse Nayami sedutoramente e no momento seguinte deixou a sala de Valentina.
Completamente sem fôlego, ela encostou-se na parede.
--E eu consigo esquecer-te criatura? Moras em mim, sem pedir licença, tu já moras em mim...meu Deus...e eu já apelo a Deus...Valentina.
Riu de si mesma e olhou as horas. Queria voltar logo para casa.
--Reunião Valentina. Juízo.
Aprumou-se e sorriu ao pegar o tablet sobre a mesa.
**********
A noite de Nayami saiu completamente do script. Ossos do oficio. José Carlos pediu que o acompanhasse num jantar de negócios e ela não pode e nem quis declinar. Adorava aquele mundo novo e queria aprender tudo.
Da rua enviou uma mensagem a Vinah que ainda estava nos seus compromissos de trabalho.
"Alteração de planos: jantar de trabalho de ultima hora. Queria muito jantar contigo, mas sei que temos todo o tempo do mundo. Se não for pedir muito, espera-me acordada. Saudades da tua boca...saudades."
Não sossegou até receber uma mensagem de Valentina.
"Até eu que sou viciada em trabalho fiquei quase triste agora...já sonhava em preparar algo para nós enquanto tinha as costas beijada, a cintura abraçada...se eu dormir, me acorda...vou adorar. Bom jantar meu relâmpago, minha Vénus."
Sorriu e foi invadida por uma sensação que desconhecia, mas que era muito boa.
**********
Depois do jantar, Zeca quis prolongar a noite tentando a todo custo convencer Nayami a conhecer um espaço novo e que segundo ele, era o lugar. Fracasso total. Nada demovia Naya da ideia de ir para casa e a cara de cansaço que fazia era suficientemente forte para convencer Zeca ou qualquer pessoa a deixá-la em casa.
--Ou tu és muito velha, ou escondes um segredo e daqueles bem quentes.
--Ficas com qual versão? - Provocou Naya sorrindo.
--Velhice mesmo.
Gargalhadas altas.
Na porta do prédio de Nayami:
--Chegamos, donzela.
Risos.
--Obrigada, príncipe das trevas.
Risos.
--Sabes o que eu estive a pensar...
--Meu Deus, salve-se quem puder.
Gargalhadas.
--Fala José Carlos, escuto com atenção.
--Parva. Mas sabes o que eu estive a pensar aqui com os meus botões da Dior...
Gargalhadas.
--Sim?
-- Poderias ter um caso tórrido com a dona da casa.
--Hã? - Naya fingiu-se profundamente admirada.
--Agora viajaste para o Butão.
Risos altos.
-- Ela está em casa? Como é que ela tem noites tórridas se moram juntas?
--José Carlos? Enlouqueceste? Eu não sei da vida dela...
--Uma mulher do gabarito da Valentina se dormir sozinha é um pecado capital.
Na cabeça de Nayami pulsava a certeza de que ela não dormiria sozinha, precisava apenas correr sem deixar pistas...Zeca era esperto demais e ela sentia-se muito à flor da pele...precisava de calma...muita calma.
-- Vocês juntas e sozinhas, eu já imagino coisas...eu acho essa mulher um tesão e tu és minha Naya linda...juntas, que tesão...pense nisso meu bem, aproveite que já estás na fonte...diversifica...
A cara de doido de Zeca causava em Naya uma vontade insana de rir. Ele estava quase bêbado, mas, ouvir aquilo acendeu um fogo dentro dela que teve que abrir a porta do carro intempestivamente.
--Ei sua maluca, mudando radicalmente de assunto porque já vi que sex* tórrido com a maravilhosa essa tua cabecinha não alcança.
Gargalhadas.
--Aham...não alcança. - Nayami suspirou profundamente, mas Zeca não chegaria lá, jamais.
--Agora é sério, posso saber quais são os teus planos?
--Como assim?
--Quero saber se aquela menina que era intempestiva e agia diferente do que qualquer um poderia esperar ainda mora aí?
-- Claro que sim, ela sou eu...
--Ai credo, já até me arrepiei. Só te peço que não chegues amanhã e diga na minha cara que vais embora para o outro lado do mundo. Tenho planos para ti, altos e bons.
--Isso seria irresponsabilidade...
--E desse mal não morrias em adolescente que dirá agora.
--Exatamente José Carlos. Eu ainda fico...eu adoro esse lugar...
--E esse lugar te adora. Tu estás linda, radiante. É sério Naya. Hoje quando chegaste no jantar eu quase fiz uma vénia.
--Deus me livre.
Naya riu com vontade.
--Pois, só me controlei porque os clientes não entenderiam...por falar neles, acho que um dos Ingleses ficou louco por ti e a Brasileira só não te saltou para cima porque estávamos em publico.
--O quê? Não notei nada disso...
-- Ou estas cega ou então...
--Ou então?
--Completamente apaixonada.
Risos.
-- Nem uma coisa nem outra e vou subir que já é tarde...- Nayami sentiu seu lábio tremer. Se continuasse ali cairia em tentação de verbalizar tudo o que lhe ia na alma.
-- Sim, e entre sorrateiramente no quarto da diva e dorme grudada nela..., mas antes certifica-te que ela está sozinha, a menos que sejas adepta de...
--Ah cala a boca seu bêbado, tu não estás bem. Vá para cama e coloque essa cabeça no lugar.
Risos.
-- Eu não tenho nada contra, mas tu com essa chatice toda...vá saber...
Já quase no prédio, Nayami disse rindo:
--Eu não sou contra nada José Carlos, nada.
Rindo, correu para dentro do prédio.
**********
Nayami entrou em casa e foi logo para o quarto. Queria tomar um banho e correr para a cama de Vinah. Já passava das duas da manhã e ela claramente dormia. O quarto estava na penumbra habitual e o cheiro pelo corredor deixava Nayami inebriada. Era sempre assim...o perfume de Valentina era uma delicia...o cheiro em si daquela casa era inesquecível.
Tomou um banho rápido, queria um pijama sexy, mas na pressa vestiu uma roupa qualquer. O que queria mesmo era o calor do corpo de Valentina e sem roupa era melhor ainda...
Entrou no quarto devagar e aspirou o ar. Ela parecia dormir, de bruços, cabelos espalhados, perna fletida...Nayami sorriu, involuntariamente.
Caminhou lentamente e teve a certeza que as pernas tremiam...as coisas que sentia por aquela mulher...melhor nem pensar...
Deitou e imediatamente enfiou-se debaixo de Valentina. Tinha sensação melhor? Desconhecia...beijou-a num dos braços e apertou. Gem*u e ouviu um eco...não, não era eco, Vinah gem*ra também. Sorriu.
--Não estás a dormir meu bem?
--Não...
--Ou acordei-te?
--Adorei ser acordada assim...
Sussurravam.
--A noite foi boa?
--Sim, mas ansiava voltar...Zeca fala demais...
Risos abafados.
--Quase meia hora à entrada do edifico e ele falando cada asneira...
--Quer tipo de asneira?
--Melhor nem dizer...
--Fiquei curiosa...
Vinah encarou-a e a luz ténue deixou-a ainda mais sexy do que já era...
--Ele é louco...
--Hmmm...
Valentina acariciava a barriga de Nayami e ela sentia-se perdendo a noção...o controle...
--Ele...
--Ele?
--Ele, sabe-se lá porquê insinuou que eu deveria subir e entrar sorrateiramente no teu quarto...
--Ele sabe que fazes isso? - Ela perguntou intensificando a caricia na barriga. Naya já não conseguia distinguir fala de gemid*.
--Claro...claro que não...ai Hmmm...- Gemia de forma sexy e instigante.
--Perspicaz...
--Muito...
--E o que faz uma menina inocente quando entra sorrateiramente no quarto de Valentina?
Vinah já tinha a mão dentro do short de Nayami e a tocava de um jeito que ela não tinha qualquer outra saída além da entrega absoluta.
--Ela...ela se dá por completo, ela...ela, ai Valentina...que delicia...ai...ai...
Nayami beijou-a com desespero. Vinah a devorou com a boca enquanto a mão a buscava com ansiedade. No desespero para a consumação, Naya arrancou o short e com o olhar suplicou que Vinah a inundasse...
O prazer que Vinah sentiu...como fora possível passar tanto tempo acreditando numa frigidez se seu corpo pulsava, gritava e correspondia?
Inundou Nayami, preencheu-a com vigor...ela arqueou, gem*u, mordeu, gritou coisas desconexas, encontrou-a com avidez, dançou-lhe nas mãos...Naya pulsou, Valentina beijou-a com paixão desmedida...entrelaçaram-se e a paixão gritou numa só voz.
E era apenas o começo de uma noite quente...a duas...a um só sentimento...
A noite foi delas...prazeres...ora solitários, ora mútuos...intensos, avassaladores...gritos, gemid*s, suspiros, dança de corpos...descobertas, ansia por mais...a sintonia melhorava a olhos nus e ainda existia um universo por explorar...com calma e muita paixão...
**********
No frenesi dos dias corridos...
Raquel sentia-se num turbilhão, encruzilhada para ser mais clara. A contratação nas academias Pro Fitness tornou-se a realidade que tanto queria e agora temia. Tinha pavor de não dar conta, pavor de contar à mãe, pavor de não conciliar a realização do sonho com a realidade financeira. Tinha tanto medo de comunicar à mãe que deixaria o Six onde já tinha uma carreira e ganhava razoavelmente por um sonho que poderia não dar certo.
Não obstante todo o apoio de Nayami, estava paralisada. Não sabia ao certo o que fazer e por enquanto tentava conciliar tudo e em segredo.
E não era apenas isso, antes fosse...ao redemoinho que era a vida profissional, associava-se um descontrole emocional cuja origem era única...Damarys. Sentia-se cada vez mais enlouquecida por aquela mulher, sim, já definira que era loucura. Damarys, no entanto, a desprezava ou quase isso. Às vezes parecia teme-la, mas porquê? No trabalho, falavam apenas o essencial, ela continuava a proporcionar-lhe trabalhos maravilhosos e bastante rentáveis. Perfeito. Sim, seria, não fosse a loucura instalada entre elas. Às vezes explodia uma química que poderia ser percebida em mundos diferentes, mas na maioria das vezes Raquel sentia-se uma praga tamanho era o desprezo.
Jamais estivera tão à deriva na vida...sim, já vivera muitas coisas, mas nada a tirara do chão como o momento atual da vida. Sonhos em realização, e a realidade gritando na cara que ela provavelmente não tinha o direito de sonhar...será?
Precisava de uma amiga, precisava de colo...precisava das palavras confortantes e encorajadoras de Nayami, mas a amiga viajava muito, quase nunca conseguiam conciliar horários. Sentia-se à beira de um colapso e conhecia-se suficientemente para saber que aquela sensação não a levaria à melhor das conclusões...
**********
Raquel não conseguia acompanhar o entusiasmo de Viviane porque tinha duas crianças brigando na sala.
--Bruno, Mariana, saiam daqui agora. Preciso falar ao telefone.
--Mas tia, o Bruno...
--Não quero saber, saiam agora antes que eu pegue o chinelo da Avó Dina.
Pronto, palavra santa. Todos correram para longe dali.
--Ufa, desculpa Vika, mas é que meus sobrinhos às vezes são insuportáveis.
Risos dos dois lados.
--Criança é assim mesmo...
--Mas dizias...
--Celebração da tua contratação e do sucesso desde já garantido nas industrias da dona Lígia poderosa.
Risos.
--O que sugeres?
--Não é sugestão, vamos todos a uma casa que minha família tem em Cascais. Minha mãe autorizou, ela nem sabe o que vamos fazer lá, mas o filho favorito dela pediu e a doida disse sim sem ao menos saber que daremos uma festinha.
--Maluca.
Risos.
--Pareço, mas nem tanto. Nossas festas são tranquilas, só rock and roll, nada de sex* e drogas...bem, drogas não, mas sex* fica a critério de cada um.
Gargalhadas altas.
--Bebidas e petiscos já encomendados, o meu irmão que ficou teu fã vai tocar para nós, ele não serve para muita coisa, mas sabe tocar.
Risos.
--Posso levar umas amigas daqui do bairro?
--Leva quem quiseres. Ah leva a Nayami de quem tanto falas e que nunca vi.
--Vou ver se ela pode, minha amiga viaja muito.
--Tomara que sim. Leve quem quiseres, mas não leves as crianças...improprio para a cabecinha delas.
Risos.
--Achas Vika? Deus me livre dessas pestes numa festa dessas.
Risos.
--Passo para te buscar dentro de duas horas. Esteja pronta, tu e as amigas.
--Levo alguma coisa?
--Apenas a tua pessoa e o teu balançar de quadril que desconcerta meio mundo.
Risos.
--Obrigada.
--De nada sua doida, já gosto de ti e sei que é só o começo de uma grande amizade.
**********
A festa na tal casa da família de Vika que afinal era uma mega casa na praia de Cascais, decorria com muita animação. A musica era muito boa, bebidas para todos os gostos, comidas leves e coloridas e gente, tanta gente que Raquel levou um susto.
As amigas dela estavam deslumbradas e ela mal conseguiu identifica-las no meio de tanta gente.
Vika fazia muito bem as honras da casa, sempre alegre e irreverente. As amigas dela, na sua maioria modelos lindas, mal souberam que Raquel seria a nova professora de ritmos das academias da família de Vika, nunca mais deram sossego. Queriam ver Raquel dançar o tempo todo, algumas babavam e gritavam que agora sim seriam mulheres muito mais sexies.
Raquel adorava tudo. O ambiente, a descontração, há muito que não se permitia relaxar. Vez ou outra os medos ameaçavam perturbá-la, mas a musica era um antidoto perfeito.
Já se sentia alegre e bem solta quando viu Damarys entrar por um dos portões da casa. Riu sozinha e bebeu tudo o que restava de um sex on the beach e pegando imediatamente mais um gin.
--Olha quem chegou. - Disse Viviane sorrindo e com uma bebida nas mãos.
--Quem? - Raquel fingiu não entender, mas seu coração já pulava e a cabeça levemente às voltas.
--A nossa chefe maravilhosa. Ah ela me disse que tem um trabalho para nós duas. já te contei que vou fazer um editorial no México?
--Wow, não...que bom.
--Tu também podes Raquel, só temos que ver os horários por causa do trabalho nas academias.
--E eu ainda tenho o Six...
--Raquel, estás doida? Não consegues meu bem...acho que o Six precisa ficar para trás...
--Pois, mas é complicado Vika..., mas deixa isso para lá e vamos dançar.
--Vamos.
Raquel puxou Viviane e juntas deram um show de sensualidade e ritmo. A plateia assistia encantada.
Cada movimento perfeito do corpo de Raquel provocava reações em Damarys que ela não queria entender e que simplesmente queria abortar. Ninguém podia causar aquilo nela apenas com um leve mexer de quadril...e pior, ninguém podia despertar nela uma vontade de ficar apenas com um olhar mais doce ou assustado...não podia. Estava acostumada com coisas efémeras, meramente sexuais e divertidas. Não era adepta de muitos pensamentos, elucubrações, não...Raquel martelava-lhe a cabeça, o corpo, as ideias...tudo. Não conseguia entender...se era uma atração sexu*l* brutal, porque não fazer sex* com ela e acabar logo com aquilo? Não seria impossível...Raquel já demonstrara ter tesão ou ao menos curiosidade...e as trocas de olhares eram labaredas que vinham dos dois lados.
E lá estava mais uma. Raquel dançava e olhava para ela...Damarys sentiu tremores, moleza, angustia, tesão. Loucura, tudo misturado de uma forma que lhe deixou em desequilíbrio. Olhou para o lado, para correr ainda que as pernas estivessem pregadas ao solo. Viu Claire, claro, a sua salvação.
A modelo linda aproximou-se dela e já a beijou sem perguntar nada. Era a esse tipo de coisas que Damarys estava acostumada, era com isso que sabia lidar. Sabia de antemão que aquela mulher não exigiria nada e nem ela queria nada demais. Confortável. Seguro.
Mas, então, porque seu olhar teimava em esgueirar-se para outra direção. Porque a boca de Claire transportava-a para o beijo quente e enlouquecedor de Raquel? Claire não tinha nada a ver com Raquel, nada. Estava a ponto de deixar a menina na pista e seguir em busca de outra boca, outro corpo, outro olhar, mas, deu-lhe a mão e sorrindo saíram dali.
Raquel assistia a tudo e junto com a frustração enchia-se de álcool. Não estava acostumada. Bebia sim nas festas do bairro, quando saía para dançar, mas mais cerveja e tequila. Já tinha misturado tudo naquela festa...
Pulou na pista dançando loucamente. Atrás dela, muitas fãs tentavam imitar os seus movimentos.
***********
Raquel nem pensou duas vezes quando Viviane a convidou para prolongarem a festa, dessa vez numa casa noturna maravilhosa de cascais e que simplesmente era o point do momento. Ainda era cedo e não queria voltar para casa. Queria dançar, beber mais e esquecer problemas, frustrações e inquietações.
Raquel sentiu-se em outro mundo mal colocou os pés na tal festa. Tantas cores, tanta gente bonita, musica perfeita. Ah era disso que precisava para sair um pouco de seu mundo de preocupações.
Viviane parecia conhecer todo mundo. Aquela menina era doidinha, mas um encanto. Era rica, mas simples e prestativa.
Raquel dançava. De repente deu-se conta que muita gente a olhava admirada. Dançou mais ainda. Sentia-se livre...louca e livre.
Bebia mais um gin quando Viviane a abordou frenética:
--Olha ali, olha. - Apontava para uma multidão, mas Raquel não entendia nada.
--O quê menina?
--Aquele ser do além ali...wow, que coisa mais sexy.
Raquel olhou com mais precisão e levou um susto. Damarys?
--Damarys?
Viviane riu alto.
--Também achei muito parecido, mas é um homem e que homem e dança que é uma loucura.
--Homem? Ah sim...wow. - Raquel olhava admirada. O cabelo era igual ao de Damarys, a forma de passar a mão nele era idêntica, o sorriso...sentiu um arrepio estranho na nuca.
--Ele já te viu, viu a maravilhosa da festa. Aproveita Raquel pelo amor de Deus. Dança muito e beija também.
-Vem cá Viviane...Vika. - Gritou em vão. A amiga já circulava por outro ambiente.
O rapaz aproximou-se e Raquel levou um susto quando percebeu que os olhos eram tão verdes quanto os de Damarys.
--Olá. - disse num sotaque claramente estrangeiro.
--Olá. - Disse Raquel sorrindo ainda que timidamente. Ele lembrava mesmo Damarys, mas faltava-lhe alguma coisa...muita coisa dela.
Em que momento tornaram-se o centro das atenções da noite, Raquel não percebeu. Mas dançou muito, o rapaz Irlandês era um exímio dançarino e extremamente gentil.
--Encontrei minha parceira para o resto da noite. Danças muito bem e és lindíssima.
Raquel sorriu e de olhos fechados lembrou no beijo de Damarys. Abriu os olhos e quem estava ali era o rapaz simpático e bom de ritmo. Aproveitou o que a vida lhe oferecia e deixou-se levar num bailado perfeito.
Thomas, era esse o nome dele.
**********
11 horas. Raquel olhou as horas e não acreditou. Já não se lembrava de fazer noitadas assim. Sorriu e a cabeça doeu.
Olhou para a janela do comboio e lembrou alguns detalhes da festa...nem todos, mas a sensação era boa.
Respirou e sentiu um leve odor a álcool, ainda bem que àquela hora a mãe já não estava em casa. Ai, um sermão de Dona Dina era tudo o que não precisava. Precisava sim de um banho, um breve descanso e ir á vida.
Lembranças turvas vinham e iam embora, mas a sensação ainda que indefinida era boa...ou parecia ser...
--Não posso beber assim...não Raquel, sabes que não podes.
Sorriu e de musica ao ouvido seguiu sua viagem na linha de Sintra.
Fim do capítulo
Olá moças,
Segue mais um capitulo. Esse escrito com muita dificuldade....mas saiu.
Ele é dedicado a todas que pacientemente esperaram e em particular à leitora Keilaspm que fez uma maratona pelo Sol de Naya :)
Sei que escrevo muito e devorar tudo em tão pouco tempo é obra :)
Obrigada a todas e a cada uma...um abraço especial à Paulinha Carvalho pelo post, obrigada meu bem. Abraço à Keilaspm que não sei quem é mas me motivou a escrever o caputulo 32 mesmo estando doente e triste...obrigada à Dutra, adoro-te moça.
Apreciem, com ou sem moderação, fica a vosso critério.
Sinceramente nao sei se está bom, mas foi o que deu para fazer. Não fiz uma releitura muito critica para nao cair em tentacao de apagar tudo rsrsrs, sou perfecionista e chata...li na diagonal, dei algumas risadas, gostei de algumas coisas...deve estar bom rsrsrs
Boa Páscoa para quem celebra e bom fim de semana a todas.
Nadine
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Aurelia
Em: 04/09/2019
Quase Naya confidência ao amigo a paixão por Vinah, eita que bebida e desilusão não combina e Raquel ficou com o cara igual Damarys, assim não se esquece e Damarys fugindo é ótimo. Aproveita as oportunidades que a vida lhe da Raquel e viva, oua que até Raquel passou na pegada da Naya, mulher com pegada é bão demais.
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Lica
Em: 30/04/2019
"...A noite foi delas...prazeres...ora solitários, ora mútuos...intensos, avassaladores...gritos, gemidos, suspiros, dança de corpos...descobertas, Ânsia por mais...a sintonia melhorava a olhos nus e ainda existia um universo por explorar...com calma e muita paixão..."
Putz Nadine, assim vc me mata de tanto tesãooooooo!!!!
Essas cenas hotsss, nossa, gostosas demais. Depois é só sair para o "abraço" ao lado da mlr amada.
bjs lindona. Que venham mais postagens como essas. Vc é the Best!
Resposta do autor:
Rsrsrsrs...Valentina e Nayami me fazem perder a timidez rsrsrs
Muito obrigada.
Bjs
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Andys
Em: 23/04/2019
olá autora querida!
Bem esse capitulo esta um charme á parte!
Adorei tudo e que bom que não revisou pq assim esta ótimo!
Amo tua escrita!
Essas cenas de intimidade das duas está um mimo so de ler, ja me transporto para o cenário e queria ser eu a Valentina ou a Naya vice versa sou apaixonada por ambas!
Fiquei curiosa com esse final de noite da Raquel o que será que ela aprontou com esse clone da Damarys?
Vale muito a pena te esperar,pois a tua escrita é fascinante e leve consegues melhorar o meu dia também!
Desejo a ti melhoras na saúde,meus sentimentos pela perda da taua amiga e muita força para os dias pesados e tristes.
Sempre no aguardo de lindas histórias.
Até!
Resposta do autor:
Muito obrigada.
Bjs
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brunafinzicontini
Em: 20/04/2019
Querida Nadine!
Você é uma criatura – no mínimo – surpreendente! Enfrentando uma situação difícil (para nossa preocupação você nos revela estar triste e doente...) nos arrebata com mais um capítulo incrível! É um mistério o seu processo de criação! Como encontra forças para criar tanta beleza? Sim, o capítulo é belíssimo! O momento de vida em comum entre Naya e Valentina é simplesmente maravilhoso! A descoberta, a entrega, o sentimento profundo das duas – tudo é muito encantador! Você vem me mantendo “hipnotizada” desde a mágica “Noite de Évora”! Aliás, essa história tomou posse de mim desde o primeiro capítulo...
Como um bônus inestimável, ainda temos a história de Raquel e Damarys a nos deixar numa grande ansiedade. Mal podemos esperar pela revelação dessas duas mulheres explosivas, que não estão conseguindo se dominar e se comportar diante do turbilhão que provocam entre si! O encontro será com certeza um abalo sísmico!
Você é uma escritora ímpar, Nadine! Sabe desenhar seus personagens com muita autenticidade e cria enredos e cenários (incluindo músicas) fascinantes! Mais uma vez quero dar-lhe meus efusivos parabéns! Que possamos contar sempre com essa fonte de grande prazer literário.
Espero que o sábado de aleluia e o domingo de Páscoa tragam muitas bênçãos para você, cara autora. Saiba que estamos todas numa corrente de pensamento positivo desejando-lhe todo o bem que merece!
Muita saúde e alegria para você!
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
Oi meu bem,
Sim, estou triste e minha saúde nao está lá essas coisas, mas passa, tudo passa. Tive tantas perdas em tão pouco tempo...enfim.
Sempre digo que produzo melhor no caos, na tristeza rsrrs, é meio doido isso, mas é verdade Se estou muito feliz, nao consigo escrever nada...sei la, que loucura. Estaria eu fadada ao sofrimento? Naaaah rsrsrsrsrs, ja escrevi feliz sim, provavelmente não sai nada assim oooh, mas sai rsrsrsrs
Raquel e Damarys ainda me darão muito mas muito prazer enquanto escritora e criadora de realidades rsrsrsrs, eu ja sou apaixonada pelas possibilidades que povoam a minha mente e escreve-las aiiiii, delicia. Me aguarde, eu sei que tu estarás aqui tecendo mil comentários e ilações rsrsrsrs, obrigada.
Páscoa boa com minha mãe comigo, nao posso querer mais...estouf feliz e paparicada kkkk
Bjs linda e mais uma vez muito obrigada pela presença constante, pelo feedback e pela amizade.
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brunafinzicontini
Em: 20/04/2019
Não há palavras que possam descrever
A emoção que tua escrita provoca em mim!
Diante de tantos sentimentos profundos,
Imagino o paraíso de amor dessas sublimes criaturas
Na entrega total de duas almas que divinamente se completam
E que, no encanto dessa história, derramam amor em nossos corações.
Resposta do autor:
Que lindo!!!
Obrigada Bruna, de coração.
Já tinha saudades tuas, muitas :)
Abraço
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Gabriella
Em: 20/04/2019
Obrigada pelo presente de Páscoa Nadine, capítulo impecável!
Desejo a você melhoras e quem sabe não encontre inspiração do nada para voltar rapidinho com outro capítulo maravilhoso!
Beijos!
Resposta do autor:
Rsrsrsrs, volto em breve.
Obrigada e Feliz Páscoa para ti tb.
Bj
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deni
Em: 20/04/2019
Recebo esse abraco com muito carinho viu. O post que fiz foi apenas pra mostrar a outras leitoras que é uma historia muito gostosa de ler.
Espero que tenha funcionado.
O capítulo tava maravilhoso.
Resposta do autor:
Mais uma vez, muito obrigada :)
Abraço
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maria lucia
Em: 20/04/2019
Voce e maravilhosa na escrita.Viajamos na suas historias...e arrepia que existem paraiso aqui na terra.Enquanto espero seus capitulo volto a reler os outros.Nao acho defeitos so qualidades.Não sei como essas leitoras invisiveis não dão suas opinião.No capitulo primeiro acho que foi 21 e no 20 ;21e 21;24.Caranba leitoras ela nos deu um presente de Pascoa. O que custa dar seu FEEDBACK não nos cobra nada com dor e perdas !!!Quem ganha e nos com mais um BEST-SELLER. Cuide-se bem perfeiccionista a vida e muito curta para muitos detalhes..reflita sobre aqui a leitora escreveu sobre mudar de local.Escrever que TE AMO É loucara!!! Não ,Não,Não MIL abraços .
Resposta do autor:
Muitissimo obrigada.
Gostei do seu rompante em relação ao número de comentários...rsrs, olha, eu escrevo para mim, sinceramente falando, mas se posto publicamente é porque a opinião de quem lê me interessa. Confesso-te que ás vezes é frustrante escrever e nao receber feedback, mas eu, sou meio louquinha, e havendo uma pessoa que gosta e comenta ( algo assim como o teu ou outras que sempre estão aqui e sei que acompanham e entendem a importancia do feedback) havendo pessoas que comentam e sei que esperam mais e mais, eu já me dou por feliz e crio com prazer. Até hoje nunca esperei nada financeiro da escrita, é hobby, prazer, escape muitas vezes é a unica coisa que me mantem fiel aos meus sonhos...enfim, eu gosto do que faço para me entreter, mas estás certa, mais feedback nao seria mau, até porque muitas vezes dá mais vontade de escrever. Eu sou essa capricorniana com a mania de correta e se me comprometo me comprometo e mesmo nao havendo muitos comentários, eu sei que ha pessoas que esperam e aí, escrevo sorrindo, em delirio...enfim, meu ritual rsrrss
Obrigada pelo comentário e por esses e outros que sempre vou estar aqui.
Abraço
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Donaria
Em: 20/04/2019
Olá autora...o capitulo tá maravilhoso, Naya e Valentina tão um amor só e que quimica perfeita....só estou os suspiros...nossa autora querida e dedicada escreve divinamente mesmo está convalescente...o capitulo ficou divino...tó com vontade de dar uns petelecos na Damarys, essa menina tá precisando de atitude...rsrsrs....Raquel tá precisando tomar uma tequila e atacar nossa damarys neurotica e incrivelmente insegura....beijos autora e melhoras.
Resposta do autor:
Rsrsrs coitada da Damarys, quem sabe um dia ela possa ser entendida.
Muito obrigada.
Abraço
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Brescia
Em: 19/04/2019
Boa tarde mocinha.
Como sempre um capítulo maravilhoso!! Vc não sabe como lê -lo me preenche, me transporto como mera espectadora que se encontra no alto, vendo cada acontecimento e que acontecimentos. Rs
Não importa o tempo que demore, pois sei que virá algo maravilhoso dessa cabecinha fantástica.
P. S: espero de coração que melhore e sei que melhorará.
Conselho : mude para um lugar que te preencha e te complete. Eu , capricorniana achei e nunca mais adoeci. Rs
Buona páscoa !! Baci
Resposta do autor:
Boa tarde,
Muito obrigada :)
Sobre o conselho...ha muito que ouço isso de amigas proximas, e sinceramente tenho pensado nisso com carinho pois por cá acho que já deu rsrsrs. Me encontrar...deve ser por aí...
Obrigada e Feliz Páscoa.
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Keilaspm
Em: 19/04/2019
Cap está ótimo ansiosa pelo próximo e que maratona ne não conseguia parar d ler quando parava um pouco minha cabeça já voltava pra onde parei a leitura ainda quando cheguei no 31 não consegui me conectar nas outras histórias que tava acompanhando pq tava pensando nessa parabéns pelo cap lindo e melhoras beijos até
Resposta do autor:
Rsrsrsrs, muito obrigada.
Bjs
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NovaAqui
Em: 19/04/2019
Feliz Páscoa NH!
Ficou maravilhoso.
Naya e Vinah estão muito apaixonadas. Estão se curtindo muito
Damarys está sendo malvada com Raquel. Tadinha rsrs quando elas se pegatepo chão vai tremer
Sinta-se beijada e abraçada por mim
Cuide-se bem para conseguir cumprir suas obrigações com perfeição como você gosta de fazer
LVY
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Feliz Páscoa meu bem.
Pois é muita paixão no ar rsrsrs
Damarys nao é malvada, cada um com suas histórias e o que sabemos efectivaente dela? Acho que até agora muito pouco rsrsrs
Estou me cuidando, obrigada.
Bjs
LVY2
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