Capítulo 24 Que mulher é essa?
Elisandra
Acordei sentindo-me leve, tranqüila, senti o carinho gostoso que vinha da mulher que eu amava, que eu venerava, e que fazia dos meus dias os melhores da minha vida. As lembranças voltaram rapidamente, a tempestade, a queda, a cabana.
No entanto, nenhuma dessas lembranças tirara a magia do momento. Eu estava deitada nos braços de Carmen, que me envolvia como quem quer proteger. Vi seus olhos brilharem fixos nos meus, enquanto lágrimas silenciosas desceram por seu rosto, morrendo no lindo sorriso que ela me presenteou.
-- Bem vinda de volta, bela adormecida...
Sorri, apesar da dor que sentia pelo corpo e principalmente na cabeça e tornozelo, eu acreditava que o melhor lugar do mundo, era dentro daquele abraço.
--Oi amor, como chegou aqui?
--Não sei a resposta da sua pergunta...
Fechei os olhos, me concentrando no barulho que vinha do lado de fora, a chuva ainda caia forte, muito forte, o que significava que Carmen havia a enfrentado pra me encontrar, ou teria sido acaso?
--Como sabia que eu estava aqui?
--Não sabia! Revirei essa mata atrás de você.
--Desculpe!
Fechei os olhos quebrando o contato que mantinha com os olhos de Carmen, havia feito ela se arriscar por minha causa. Ela provavelmente tinha corrido riscos pra chegar até ali. Então, senti um beijo delicado na ponta do nariz.
--Não precisa se desculpar, apenas não faça de novo.
--Não posso prometer. Se correres risco, eu irei fazer besteiras por você.
--Lisa?!
A encarei.
--Eu sou capaz de me cuidar muito bem sozinha, em qualquer situação e você já teve provas disso. Não me preocupe assim, sou jovem pra morrer de nervoso.
--Kkkk desculpe.
Novamente fui beijada, mas desta vez nos lábios, apenas um selinho, um gesto de carinho.
Expliquei a Carmen os motivos que me levaram até ali, e logo em seguida adormeci, estava cansada e apesar da dor, dormi profundamente.
* * * *
Carmen
Ver que Elisandra estava aparentemente bem, acalmava meu pobre coração. Cuidei dela até ter certeza que novamente havia adormecido, para em seguida entrar em contato com Joaquim mais uma vez.
--Oi Carmen?! Estou ouvindo.
--Chamei apenas pra avisar que Elisandra está bem na medida do possível, se conseguir dar a notícia pra minha mãe e os meninos, ficarei grata.
--Sem problemas, vou avisá-los. Quando voltam? Passaram a noite ai?
--Sim, vou esperar que a chuva cesse, e a noite não é seguro cavalgar com esse tempo.
--E se a chuva não cessar ate amanhã?
--Entro em contato e decido o que fazer.
--Ok! Boa noite então Carmen, estarei dormindo aqui "ao lado", caso chame eu ouvirei.
--Tudo bem, boa noite.
Com Elisandra nos braços, zelei pelo seu sono e por sua saúde a noite toda. E quando o dia amanheceu, e percebi que a chuva havia cessado, tratei logo de me preparar pra levar Elisandra pra casa. Assim que ela acordou.
--Temos que ir embora. Não há comida aqui, e no seu estado não será bom ficar com fome.
--Mas Cah?
--Hum?
--Como é que eu vou?
--Tornado está por aí, você vai comigo.
--Não falo disso amor...
--Não se preocupe, eu te carrego até podermos montar no Tornado, não deixarei que se machuque de novo.
--Amor? Estou falando disso...
E com um único gesto, ela tirou a "manta" que cobria seu corpo, revelando o mesmo nu. Ai então lembrei que suas roupas estavam molhadas e sujas, e apesar de eu haver as tirado na noite anterior, provavelmente ainda estavam molhadas. Mas não foi isso que me incomodou, e sim, vê-la daquele jeito, nua, me olhando displicentemente, com uma pitada de malicia no olhar.
--Posso resolver isso, tem algumas roupas minhas no armário, são velhas mas vão servir...
Tentei dissipar os pensamentos pecaminosos, afinal ela estava ferida, fraca e acabara de passar por um situação traumática. Era inadmissível da minha parte, ter aquele tipo de conduta diante da situação.
--Amor...?
Afinal o que ela queria com aquela voz, carregada de dengo e sensualidade?
--Hum?
Ainda sem olhar em sua direção.
--Vem cá...
Olhei pra ela, estava linda. Apesar dos pesares ela se mantinha linda, era incrível como aquela garota conseguia ser completamente sexy com apenas um olhar pidão. Estremeci, o tesão chegou forte, respirei fundo.
--Pra...?
--Preciso que me ajude a sentar...
--Melhor continuar deitada...
--Amor? Eu quero sentar...
Quer nada, sabia o que ela queria, e eu não queria daquela forma, me parecia aproveitador da minha parte. Pensei e repensei, e por medo que se zangasse fui até a cama, torcendo pra que realmente quisesse se sentar.
Apoiei um joelho ao seu lado na cama, tocando a pele extremamente quente de sua cintura, a ajudei sentar-se. Ela então envolveu as mãos nos meus cabelos e em seguida mordeu meu pescoço, fazendo com que até minha alma se arrepiasse.
--Lisaa...?!
Lambeu, do pescoço a orelha, mordendo a pontinha da mesma.
--Amor... Você está machucada...
--Shiii... Eu te quero... Agora.
E para meu espanto, ela apesar do tornozelo enfaixado e ferido, girou o corpo sentando em meu colo, completamente NUA. Sabia que estava molhada, afinal era uma deusa que eu a amava, que estava ali, me instigando.
Apertei seu corpo contra o meu, medindo as forças para não machucá-la, mas pelo jeito Elisandra não compartilhava desse meu cuidado. Pois logo em seguida, afastando-se um pouco o seu corpo do meu, arrancou os botões da velha camisa que eu vestia, abrindo-a em um gesto só. Meu corpo ferveu, não pela "brutalidade" de Lisa, e sim por sua boca que pela primeira vez desde que começamos a "namorar", tocou meus seios, ou melhor, os ch*pou com vontade, desejo, tesão.
Fim do capítulo
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