Capítulo 1
Paola
Contornei suavemente com a ponta do meu dedo a borda do copo, dispersa do som da balada que rolava atrás de mim. Ergui o copo, apreciando o cheiro forte da bebida, degustando o sabor daquele uísque doze anos.
– Eu tenho medo de te perder, Paola…
Olhei para o lado, sem interesse nas pessoas ao meu redor.
– E por que você me perderia, Nanda?
Coloquei o copo vazio novamente no balcão, pedindo outra dose para a bartender.
– Todos aqueles que eu amo se vão…
Fechei os meus olhos um instante, abrindo-os em seguida, encarando a aliança em meu dedo.
– Então não me ame!
Suspirei, observando o liquido preenchendo novamente, o fundo do copo. Apertei forte o meu maxilar, tentando bloquear antigas lembranças. O calor da sua mão, se fez presente em meu braço. Não consegui ocultar o descontentamento em meu rosto, quando busquei pelos olhos verdes acinzentados e encontrei os olhos castanhos escuros, que sorriam para mim. Em seu rosto, há muito tempo já esquecido, surgiu um ligeiro sorriso sacana em seus lábios; carnudos e bem desenhados. Aproximou do meu corpo, sussurrando em meu ouvido:
– Há quanto tempo, diaba… – Voz rouca.
Senti o cheiro de cigarro mentolado, misturado com cerveja.
– Não tanto quanto eu gostaria! – Falei seca, bebericando o uísque.
Ouvi o riso abafado, mas ela não se abalou, continuou falando em meu ouvido:
– Eu queria muito te rever. – Falou sedutora – Eu tenho te buscado, há muito tempo… O meu corpo ainda está sedento pelos seus toques! – Roçou os lábios em minha orelha – Pela sua boca – Inclinei a cabeça para afastar, mas ela aproveitou para sentir o perfume em meu pescoço – Da sua língua… – Sorriu cafajeste.
Virei o meu corpo em sua direção, apoiando as minhas costas no balcão. Levei o copo até os meus lábios, enquanto olhava para ela. Sorriu, afastando o suficiente para a minha avaliação, abrindo os braços. Os cabelos cacheados que antes eram curtos, agora estavam grandes e bem cuidados. Em seu rosto; traços fortes, que faziam jus a sua personalidade geniosa. Olhei para as curvas do seu corpo, por baixo da camisa social masculina. As coxas grossas; pelos anos de futebol nos finais de semana, em um jeans escuro e surrado, e em seus pés; sapatos. Apertei os meus olhos pelo seu sorriso safado, enquanto passava a ponta dos dedos em seu colo, mantinha os botões da camisa abertos, expondo o inicio dos seios fartos.
– Gosta do que vê? – Ensaiou um sorriso, aproximando-se, ficando entre as minhas pernas.
Não disse nada, terminei a minha bebida.
– Você é uma diaba, Paola! – Apertou o maxilar, percebi a luxuria e raiva em seu olhar – Você mexeu com todos os meus sentidos, como nenhuma outra mulher foi capaz! – Falou próxima dos meus lábios – Me tornou uma viciada! Buscando por prazeres que nunca obtive por outras mulheres… – Engoliu seco – E depois foi embora! – Acusou, olhando de relance para a minha aliança, o seu lábio tremeu – Nunca se importou comigo, nem com ninguém! – Voz ferina.
– Já chega, Alexandra! – Outra mulher chamou, puxando-a pelo braço – Olha, desculpa a minha irmã, ela bebeu demais! – Tentou justificar.
Soltou-se da mão de sua irmã e avançou para minha boca, beijando com volúpia.Tentei empurrá-la, mas aproveitou da minha posição para colar mais os nossos corpos. A pressão que fazia em meu corpo era esmagadora. Agarrou-me pelas ancas, iniciando um rebol*do, entre as minhas pernas. Aproveitou, que eu abri a boca em busca ar, e invadiu com a sua língua.
– Filha da puta! – Afastou rapidamente, pressionando o lábio que sangrava.
– Que porr* foi essa, Alexandra? Ficou louca?! – Falou a mais baixa, depois que saiu do choque com o que presenciou.
O som das batidas do meu coração, latej*v*m em meu ouvido. Sentia o meu corpo todo tremer, tamanha descarga de adrenalina. Entreabri as narinas, sentindo o cheiro de sangue ainda em minha boca, se misturando com o gosto das bebidas. Cuspi o filete de sangue, passando o meu polegar em meus lábios. Olhei para as mulheres que discutiam a minha frente. Os olhos castanhos escuros, encaravam-me transtornados.
– Você é minha! – Falou enraivecida, ignorando a irmã.
Levantei e caminhei felina até ela, que cambaleou com a força do tapa que eu dei em seu rosto. Fechei o punho, ignorando a minha mão latejando pela força aplicada. Agarrei pela camisa, trazendo o seu rosto para o meu. Era explicito o medo, a raiva e excitação em seu olhar, falei entredentes:
– Você sabe o que fazer… – Soltei, abrindo caminho entre as pessoas do lugar.
A minha visão havia escurecido, e o meu corpo ainda estava tremulo. Sai da boate e alcancei a rua, aguardando. Minutos depois, um Onix hatch preto parou na minha frente. Entrei no carro, e saímos. Todo o percurso foi feito em silêncio. Fechei os meus olhos, encostando a cabeça no banco, sabia que ela estava ansiosa, não precisava olhá-la. Chegamos a um condomínio, Alexandra trocou algumas palavras com o porteiro, liberando a passagem. No elevador, escorei na parede, cruzando os braços sem encará-la. Sentia o seu olhar intenso sobre mim.
– Entra. – Deu passagem.
Caminhei até o centro da sala, reconhecendo o ambiente. Arqueei a sobrancelha, olhando minuciosa toda a decoração.
– Paol… – Interrompi, erguendo a mão, sem olhá-la.
Deixei a minha bolsa sobre a mesa, e caminhei até a varanda, olhando as luzes que vinham da rua.
– Qual a palavra de segurança? – Por fim, perguntei.
Suspirou suavemente.
– Orquídeas.
Concordei com um leve aceno, virando-me para ela, e indo me sentar no sofá, cruzei as pernas.
– Você tem cinco minutos. – Determinei, sem interesse.
Olhou-me surpresa, contendo o sorriso que formou em seus lábios.
– Sim, Domina. – Saiu rapidamente para o interior do apartamento.
Respirei fundo, fechando os meus olhos, deixando a minha cabeça pesar no encosto do sofá. Ouvi a sua respiração ofegante, indo e vindo. A música suave preencheu o ambiente, relaxando-me. Abri os olhos, aspirando o perfume que vinha do corredor.
Os meus olhos pousaram sobre os objetos a minha frente, uma caixa e uma taça de espumante. Toquei a aliança em minha mão esquerda, girando, antes de retirar e guardá-la.
– Deveria ser mais fácil… – Falei num fio de voz, sentindo a minha mão pesar, pela ausência do anel.
Levantei e bebi um longo gole de champanhe, abri a caixa. Um ligeiro sorriso apareceu em meus lábios, pelo seu conteúdo.
– Nada mal. – Avaliei o chicote, estalando ele no ar.
Coloquei novamente dentro da caixa. Abri o fecho do vestido, deixando deslizar pelo meu corpo, revelando, a minha lingerie vermelha. Recolhi o vestido, e mantive o salto alto. Ouvi o chuveiro desligar. Caminhei pelo corredor com o chicote em uma mão e a taça na outra. O quarto estava com pouca iluminação, com velas aromáticas espalhadas pelo ambiente. Alexandra estava em pé em frente a cama. Encostei na porta, fechando-a. Olhei rapidamente para o interior daquele quarto de tons neutros, com moveis escuros. Uma cama ao centro (com outra caixa sobre ela), um criado-mudo, uma pequena cômoda e uma cadeira erótica. Terminei a bebida, colocando a taça sobre a cômoda e fui até Alexandra.
– Hmm… – Estreitei os olhos, aproximando de seu pescoço, deixando a pontinha do meu nariz roçar em sua pele.
– Domina… – Suspirou baixinho, erguendo o pescoço para dar mais acesso.
Afastei o meu rosto, o suficiente para nossos lábios se tocarem, contive o sorriso, vendo ela umedecer os lábios, oferecendo-me. Por mais tentador que fossem aqueles lábios carnudos, iria castigá-la pelo o que fez na boate. Ameacei beijá-la, e afastei quando fechou os olhos, se entregando. Sorri prazerosa, vendo a decepção em seu olhar.
– O que tem na caixa? – Perguntei séria.
Engoliu seca, desnorteada, antes de responder:
– Um presente para você, Domina. – Falou, sem conter o tesão em sua voz.
– Segure! – Entreguei o chicote.
Estendeu as mãos, mantendo o chicote na altura dos seios.
Olhei de relance para seu corpo de costas, ela possuía uma bunda redonda e empinadinha. Voltei a minha atenção para a caixa, sem ocultar o riso maldoso pelo seu conteúdo.
– Nada mal. – Comentei, deixando-o na caixa.
Caminhei até a Alexandra e peguei o chicote das suas mãos, vendo o brilho no seu olhar, pelo meu sorriso prazeroso.
– Encha a minha taça! – Falei, sentando na beirada da cama, cruzando as pernas.
Assentiu, abaixando o olhar e levando a minha taça até o balde de gelo, onde repousava a garrafa de champanhe. Ergui a minha perna, e mantive o salto repousado em seu ventre, parando o seu movimento. Estiquei a mão e peguei a taça. Repousei novamente a minha perna, cruzando-as. Apertei os meus olhos, apreciando a visão a minha frente. Alexandra, usava apenas um roupão de seda preto, quase transparente, contrastando com sua pele. Os longos cabelos cacheados, ainda umedecidos, cobrindo-lhe os seios.
– Jogue os cabelos para trás! – Fez o que mandei – Aproxime-se.
Ficou perto o suficiente para eu poder tocá-la com o chicote. Levei a taça até os meus lábios, acompanhando todo o percurso que fiz com o chicote, abrindo o roupão. Parei no vale dos seus seios, deslizando até o seu ventre.
– Retire! – Falei rouca, vendo o seu corpo arrepiar.
Tirou lentamente, expondo os seios fartos com suas grandes aréolas escuras e bicos enrijecidos. Contornei suas curvas com a ponta de couro do chicote, parando entre suas pernas, fazendo gem*r quando bati nelas.
– Abra só um pouco. – Pedi sedutora.
Sobre os calcanhares, abriu o suficiente as pernas. A sua respiração alterou, assim que toquei a sua intimidade com a ponta do chicote.
– Gosta? – Arqueei a sobrancelha, sentia as dobras dos seus lábios.
– Sim, Domina… – Gem*u, mordiscando o lábio, tentando não se mexer.
– Hmm… – Sorri diabólica.
Alexandra, deu um grito abafado, quando estalei a ponta do chicote em sua vulva. O seu rosto ficou vermelho, e seus olhos lacrimejaram, mas em momento algum, pediu para eu parar.
– Está mais resistente a dor. – Comentei divertida – Isso será interessante. – Umedeci os meus lábios, ordenando: – De joelhos!
Alexandra, não desviava o olhar das minhas pernas a sua frente, engoliu seca, assim que descruzei as pernas e as mantive afastadas.
– Gosta do que vê? – Provoquei rouca, repetindo a sua frase.
Umedeceu os lábios, podia ver a gula em seu olhar. Dei um ligeiro sorriso, brincando com os seus instintos. Minha mão direita passeou pelo meu ventre, descendo. Arranhei suavemente a parte interna da minha coxa, com as pontas dos dedos, subindo até a minha virilha.Toquei a minha intimidade sobre o tecido, ouvindo os seus suspiros. Forcei a minha entrada, deixando escapar um suspiro baixinho, me divertindo, já que ela nem piscava. Afastei a lateral da minha calcinha, e toquei o meu grelo com a ponta com dedo, acariciando-me lentamente. Alexandra marcava as suas coxas, apertando forte seus dedos (que já estavam brancos, pela pressão aplicada), numa tentativa de não me tocar. Eu iria levá-la a loucura. Inclinei o meu corpo para trás, fechando os olhos e gem*ndo baixinho com a caricia. Sentia a minha excitação escorrendo por toda aquela situação. Entreabri os meus olhos, percebendo que ela inclinada o seu corpo, em minha direção sem perceber, “farejando” a minha intimidade. Soltei uma risada rouca, e baixa. O meu corpo estava deliciosamente arrepiado, então parei. Não queria goz*r, ainda não. Ouvi o seu gemido frustrado, sendo substituído por um suspiro excitado, quando levei os meus dedos melados até a sua boca, oferecendo.
– Domina? – Sussurrou, esperando o meu consentimento.
Sem muita delicadeza, enfiei os meus dedos em sua boca, entreaberta. Sugou com gula, limpando e buscando mais. Levantei, e fui até o aparelho de som, pegando o seu celular e olhando a playlist que tocava. Selecionei uma música em loop, movimentei lentamente o meu quadril com o inicio da melodia de Soul Ballet – Exotique. Levei as mãos até meus cabelos, virando para ela. Fui até a cadeira erótica, ficando novamente de costas para Alex, dançando. Montei na cadeira, usando as barras para me manter na posição, enquanto iniciei um rebol*do lento sobre ela, como se cavalgasse em alguém. Ouvi um gemido delicioso em minhas costas, olhei de relance sobre o ombro, e Alexandra se tocava sem pudor. Virei, abrindo as pernas, chamando-a com o dedo. Engatinhou até mim, com agilidade mudei a posição, inclinando o meu corpo para frente, encaixando minhas pernas por trás da cadeira. Aproximei da sua boca, tocando o seu queixo, passei a minha língua sobre os seus lábios, mordendo com vontade o superior, e ch*pando o inferior. Levei a minha mão para sua nuca, enrolando a minha mão em seus cabelos e puxando para trás, fazendo-a dar passagem para o seu pescoço, ch*pei com vontade. Os meus lábios percorreram toda extensão do seu colo, até chegar ao seu queixo, mordi, deixando a marca dos meus dentes. Podia sentir o seu cheiro de fêmea, sabia que escorria em abundância a sua excitação.
– Por favor, Domina… – Choramingou cheia de tesão.
Afastei lentamente, apoiada sobre os meus braços.
– Em pé! – Estreitei os olhos, felina – Aproxime-se! – O seu olhar acompanhou a ponta da minha língua passando entre os meus dentes.
Mudei a posição, envolvendo a sua cintura com as minhas pernas, cheirando o vale dos seus seios. Mordi seu bico com vontade, quando me tocou, sinalizei com o dedo, um não, para o seu desespero. Agarrou as barras da cadeira, inclinando mais o seu corpo, enquanto eu degustava daqueles bicos suculentos e apetitosos. Peguei com vontade a sua bunda, surpreendendo-a com o tapa. A cada tapa, a cada mamada, mais ela apertava as suas coxas, tentando diminuir o tesão.
– Ahhhh… – Arfou, com o rosto vermelho e seu corpo tremulo pelo gozo.
Afastei e sorri com forma marota, e olhar irônico. “Já?!”. Recebi um olhar suplicante, vendo as gotículas de suor, escorrendo por sua testa. Ergui, mantendo os nossos corpos colados, a fiz virar e se sentar na cadeira. Montei sobre o seu ventre, e iniciei um rebol*do lento e torturante. Mantive as minhas mãos sobre os seus braços na barra, impedindo que ela me tocasse, enquanto eu abusava daquela posição. Alexandra, murmurava dezenas de obscenidades, sempre que estava para goz*r e eu parava a cavalgada. A fiz se silenciar com o meu olhar, antes de aproximar e falar em seu ouvido:
– Estamos apenas começando! – Passei a pontinha da língua, antes de mordiscar a sua orelha.
– Você é mesmo, uma diaba, Paola… – Murmurou, em súplicas.
Gargalhei divertida, apertando os meus olhos, entreabrindo as narinas.
– Vou te mostrar a diaba que tanto fala! – Ameacei, levantando e ordenando: – Fique de costas para mim!
Percebi o leve tremor em seu corpo, diante das minhas palavras. Ela havia despertado algo em mim, que há muito tempo estava adormecido. Virou-se com certo receio e excitação, não perdi tempo e prendi as suas mãos nas algemas da cadeira. Fui até o balde de gelo, e bebi um longo gole de espumante, diretamente do gargalo.
– Acha que eu estava te torturando até agora? – Comentei mais para mim, do que para ela – Saberá agora, o que é tortura! – Gem*u alto, com o estalo do chicote em sua bunda.
Sorri contida, pelos vermelhões em deixei em sua bunda e coxas. Montei sobre o seu corpo, retirei os seus cabelos do caminho, pousando os meus lábios com fome em sua pele. As minhas mãos passeavam por aquele corpo, sentindo as suas curvas, sem para de explorar toda extensão de suas costas com a minha boca.
– Que cheiro delicioso! – Falei próximo a sua intimidade – Cheiro de fêmea! – Sentia a minha boca salivar.
Ignorei o seu comentário abafado, dizendo: “sua fêmea!”.
Peguei o gelo, passeando com ele pelos seus grandes lábios, ouvindo os seus suspiros e gemidos. Segurei firme o seu quadril, fazendo se posicionar melhor. Abri os seus lábios, entrando fundo com a minha língua, deliciando com sua excitação. Rebolava com vontade em minha língua, buscando mais prazer. Eu estava com fome, não parei de sugá-la mesmo após me presentear com o seu gozo. Toquei seu grelinh* com a ponta da língua, acariciando. O seu corpo arrepiou inteiro quando coloquei a pedra de gelo em sua entrada, forçando-a.
– Ahhhhh… – Arfou, rebol*ndo enlouquecida.
Estoquei com vontade com dois dedos em seu interior, sentindo o gelo nas pontas deles. Não demorou para tombar na cadeira, com o gozo forte. Retirei os dedos, sugando em seguida. Ouvi o seu suspiro, e seus olhos apertados, encarando-me embevecida. Levantei, indo até a cama. Tirei a minha calcinha e vesti a cinta, erguendo a mão e abrindo o fecho do sutiã. Besuntei o artefato, e caminhei felina em sua direção com o chicote em mãos.
– Abra. – Falei, passeando com a ponta do chicote entre suas pernas.
– Domina. – Disse em um fio de voz, fazendo o que mandei.
Encaixei em suas pernas, roçando a cabeça do pau em sua entrada. Acompanhei a música, rebol*ndo sensual, esfregando-me nela. O seu corpo arrepiava com o vai e vem, Alexandra, estava quase sem voz quando eu montei em seu corpo, e penetrei com vontade por trás.
– Empina! – Falei ofegante em seu ouvido – Vou fuder seu cuzinho como ninguém foi capaz! – Bombei sem dó.
Os nossos corpos colados, os meus seios esfregando sensualmente em suas costas, estava me deliciando com aquela foda. Alexandra, choramingava pedindo por mais e mais, estávamos insaciáveis. O meu corpo tombou sobre o seu, naquela cadeira. O gozo veio violento. A playlist já tinha reiniciado, desprendi as suas mãos das algemas, e pude ver as marcas em seus pulsos, mesmo com a proteção. Caminhei até a cama, jogando de costas. Respirei fundo, vendo ela se aproximando devagar, com as pernas ainda bambas. Sorri contida, com ela parada a minha frente, mesmo sem força nas pernas, o seu olhar era guloso.
– Limpe-o. – Falei, abrindo as minhas pernas, dando passagem a ela.
Alexandra, engatinhou e retirou a camisinha do pau, e começou a mamá-lo com gula. Gemi diante da sensualidade em seu olhar. Engoli seco, vendo a maestria daquela língua nele, me peguei desejando possui-lo, para sentir aquela mamada deliciosa. Alex, arranhava as minhas coxas, sem parar de ch*par a cabeça do falo. Fazendo-me soltar um gemido abafado. Nossos corpos estavam acesos novamente, ela não esperou permissão e montou “no meu pau”. Peguei com vontade sua bunda, sem parar de bombar. Debruçou sobre o meu corpo, deixando os seus seios balançarem em seu rosto. Gem*u alto, oferecendo seus bicos, levando-os para minha boca gulosa. Ergui o meu tronco, devorando os bicos duros e sensíveis, sentindo as suas pernas abraçarem a minha cintura, sem parar de rebol*r. Alexandra, cravou as unhas em minhas costas quando o gozo veio forte. Tombei no colchão, recuperando o fôlego. Alexandra suspirou, saindo de cima de mim, deitando-se ao meu lado. Fechei os meus olhos um instante, antes de ter a minha boca tomada por um beijo quente, sensual, delicioso, completamente diferente daquele que nos levou ali.
– Só preciso de uns minutinhos, para recuperar o fôlego… – Murmurou, relaxando o corpo e fechando os olhos.
Não respondi, também sentia o cansaço em meu corpo, pelo esforço daquela madrugada. Apesar de tudo, não sentia sono. Tirei o seu braço da minha cintura, incomodada com a cinta, sentei na beirada da cama e o retirei. Novamente os seus braços envolta da minha cintura, e sua voz sonolenta em meu ouvido.
– Deita, Paola. – Pediu – Vamos descansar um pouquinho, antes de recomeçar o nosso amor… – Falou carinhosa.
Levantei, escapando dos seus braços e beijos. Era evidente o desconforto e mal estar explícitos em minha face com o que disse. A razão começou aparecer após ser ocultada pelo tesão acumulado.
– Não… – Voz tremula – Não faz isso, não agora. – Pediu antes mesmo que eu tivesse dito algo – Só fica comigo. – Ajoelhou na cama.
Pressionei o meu maxilar, incomodada, suspirei.
– Alex… – Neguei suavemente com a cabeça.
– Não! – Pegou-me pelo pulso, puxando-me para seu abraço – Por favor? – Acariciou a minha face – Foi gostoso, não foi? – Franziu a testa – Vamos repetir?! – Tentou beijar-me.
Esquivei da sua boca, sentindo o seus lábios sugarem com força o meu pescoço. Afastei irritada com o drama que ela começou.
– Chega, Alexandra! – Recolhi a minha lingerie no chão – Eu nem abri a boca e você já começou com esse drama todo! – Passei a mão em meus cabelos – Já tivemos o que queríamos, é melhor eu ir embora.
– E é pra ela que você vai voltar, depois de trepar a noite toda comigo? – Acusou, sentida.
As suas palavras me atingiram, olhei para a mulher a minha frente com os olhos lacrimejados, implorando por atenção, sem saber como aquilo havia me atingido.
– Não vai embora. – Pediu – Eu te amo, Paola! – Recuei, atordoada com a revelação – Sempre te amei! – Abraçou-me pela cintura – Só me da uma chance para te fazer feliz? – Pediu chorando.
O seu rompante me deixou sem reação.
– Fica, por favor, eu te amo, Paola! – Falou num fio de voz, choramingando.
Fechei um instante os meus olhos, lutando contra à vontade de afastar e deixá-la em sua cama. Abri e fechei as mãos algumas vezes, antes de tocar as suas costas, acariciando suavemente, tentando acalmá-la.
– Fica comigo, por favor… – Murmurou.
Há quanto tempo eu não acalentava alguém? Engoli seco. Voltei para o lugar que ocupei a pouco, deixando que ficasse com sua cabeça em meu colo, enquanto acariciava as suas costas, até que ela dormisse profundamente.
– Eu te amo! – Sorriu carinhosa, beijando-me.
Sorrisos. Suspiros apaixonados. Juras de amor. Um caminhoneiro que pegou no sono. Buzinas. O susto, e um grito.
– Nanda… – Falei num fio de voz, sentindo o meu rosto molhado, assim que despertei daquele pesadelo.
Toquei a minha mão esquerda, buscando pela aliança. Olhei um pouco desorientada para o quarto, senti o calor do braço envolta da minha cintura. Sai daquela cama, não me importando se iria despertá-la ou não, fui até a sala e peguei a minha carteira, e colocando novamente a aliança em meu dedo. Abracei o meu corpo, sentindo o calor das minhas lágrimas e a dor presente novamente em meu peito.
Deixei a água quente, aliviar a tensão em meu corpo. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas quando eu retornei para o quarto, ela ainda dormia profundamente, abraçada ao travesseiro que eu usei. Desviei o olhar, recolhendo e vestindo a minha roupa. Antes de sair, deixei um recado para ela: Não me procure mais!
Senti as minhas pernas pesaram, a cada passo dado dentro daquele apartamento, há muito tempo desocupado. Segui para o quarto. O som dos meus passos, ecoavam pelo ambiente vazio.
Parei de frente para onde ficava a cama, olhando com cuidado o quarto, recordando da coisas que o preenchiam. Suspirei, sentindo os meus olhos arderem, enquanto eu podia ouvir novamente os sons das risadas, das nossas conversas e dos nossos suspiros, enquanto nos amávamos. Abri a minha carteira e peguei um cigarro, indo fumar na varanda. Já amanhecia, ouvia o som dos pássaros numa árvore próxima. Apertei a minha nuca, antes de apagar o cigarro. Entrei novamente, e fui até o cofre, abrindo-o. Em seu interior, apenas uma foto e uma aliança. Levei a minha mão ate os meus lábios, beijando a minha própria aliança, antes de retirar e juntá-la ao seu par. Acariciei com a ponta dos dedos, o retrato, deixando as lágrimas caírem.
– O meu erro, foi ter te amado…
Fim do capítulo
Em breve, o novo capítulo "A mecânica"
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