Voltei bem mais rápido dessa vez rs... E com mais um pouco de AEL... Um Epílogo para fechar alguns arcos e abrir outros.
Como disse a algumas de vocês, não consigo me afastar do universo da Ordem do Labrys e então estamos trabalhando bastante para dar a devida atenção que nossas heroínas merecem.
Sendo assim, criei um grupo no Facebook e deixo aqui o convite para quem quiser entrar e participar dessa nossa empreitada. Por lá estaremos discutindo o universo da Ordem e os próximos passos de nossos planos.
Espero recebê-las muito em breve por lá.
O link para entrar no grupo está nas Notas Finais.
Mais uma vez agradeço a companhia de vocês!
Até logo (eu espero).
Xeros!
EPÍLOGO
- Finalmente alguém concorda comigo! – Stella vibrou com a firmação de Manu!
- Tá vendo Tia Helena... Não adianta discutir. A Mulher Maravilha se parece demais com você! – A menina gesticulava freneticamente e fez com que o resto da pipoca em seu balde voasse pela sala do sobrado de Stella Gibson em Georgetown.
- Sinceramente eu não vejo em que. Ela é magra demais. – Helena insistia na discussão embora soubesse que não possuía chance alguma diante das duas que pareciam ter se aliado para discordar de tudo dela desde que chegaram à Washington, há pouco mais de uma semana. Mas Helena não poderia dar o braço a torcer.
- Mas ela é linda... Não é Tia Stella? – As duas mulheres pararam e ficaram encarando a menina surpresas. Era a primeira vez que ela usava aquele titulo para Gibson que ficou visivelmente emocionada com aquele tratamento. Assim como qualquer pessoa que se aproximava da menina, ela também não conseguiu passar impune e apaixonou-se completamente pela espirituosa e inteligentíssima menina que conseguia cativar até a mais dura das pessoas.
- É sim Manu... – Tentou não deixar a voz embargar. – Mas a sua Tia Helena é mais! – Sorriu e beijou sua companheira na bochecha que ruborizou na hora. Não era muito comum para ela expressar seus sentimentos “publicamente”, mesmo que só tivessem as três ali.
- Certo... Certo! Mas o que faremos agora? – Helena empertigou-se e sentou na ponta do confortável sofá bege. E com profundo arrependimento viu as outras duas trocarem sugestivos olhares. – Ah não! – Manu e Stella lhe lançaram sugestivos olhares e a loira já estava de pé, ajudando a menina a puxar a mesa de centro para um lado. – Não mesmo!
- Sim senhora! – Stella lhe estendeu a mão, convidando-a a se levantar enquanto Manu já enrolava o tapete e o mandava para bem longe.
Stella abriu as portas corrediças do móvel que ficava abaixo da TV revelando um Xbox de ultima geração que ligado em seguida. Nele já se encontrava o disco desejado e poucos segundos depois a logo do jogo Just Dance apareceu seguido da contagiante melodia.
- Skuad? – Manu perguntou para Stella e essa concordou com empolgação.
Com o controle em mãos, a menina perambulou pelas opções de músicas e optou por uma versão para as três de Bang Bang. Helena relutava em aceitar, pois ainda sentia os músculos doloridos da maratona de partidas do dia anterior.
- Lembre-se que você me deve uma revanche. – Stella a provocou com um largo sorriso no rosto. Deu um ok para Manu e logo os acordes iniciais da música começaram e a morena permanecia com cara de poucos amigos e os braços cruzados, mas foi só aparecer o primeiro gráfico de movimento que Helena se soltou, mostrando porque havia atingido as maiores pontuações.
Logo Manu e Stella juntaram-se a ela e em meio a gargalhadas as três dançavam procurando reproduzir da melhor maneira os movimentos mostrados. Em determinado momento, Manu afastou-se e sentou no sofá não que estivesse cansada ou coisa do tipo, apenas era impagável demais ver aquelas duas mulheres sempre tão sérias tão livres como daquele jeito.
Ambas estavam descalças e usavam peças de pijamas, indicando o estado de preguiça em que se encontravam. Haviam ido dormir tarde devido às comemorações que ocorreram após a posse de Stella como diretora da CIA e, naquela manhã de sexta, só queriam saber de descansar.
A chuva forte lá fora não incomodava em nada as duas, o alto volume da TV não as deixou percebeu que a porta da frente fora aberta. O alarme de segurança não foi ativado, o que indicava que quem quer que fosse, possuía as chaves.
Pelo canto do olho Manu viu quem vinha subindo pela escada e gesticulou o sinal de silêncio e acenou para que subissem em silêncio. Com total obediência, Cosima e Delphine pararam sob a soleira da entrada da sala e ficaram controlando o riso diante daquela inusitada cena.
A essa altura a música já havia mudando, e a Protetora da Ordem do Labrys e a Diretora da Cia estavam devotadamente dançando Animals num nível de dificuldade elevadíssimo.
Sem mais aguentar, Cosima soltou uma gargalhada quando as duas mulheres se esbarraram em um dos movimentos, atraindo a atenção delas. Manu contorcia-se de tanto rir, apertando a barriga com os braços.
- Por favor, não parem por nossa causa! – Delphine sentou-se e cruzou as pernas, fingindo interesse em continuar assistindo aquele showzinho.
- Desde quando vocês estão aí? – Uma extremamente ruborizada Helena as questionou.
- A umas três músicas. – Cosima mentiu apenas para “piorar” ainda mais a situação delas.
- Engraçadinhas! – Até Stella parecia constrangida.
- Vai... Coloca mais uma que eu também quero participar. – Cosima desamarrou os cadarços de suas botas e as chutou para longe. E num pulo, Manu juntou a elas. As quatro viraram para Delphine que arregalou os olhos surpresa.
- Eu passo! – Gesticulou rindo. – Serei a juíza. – Cosima lhe lançou um olhar de fingida ira, mas logo as quatro começaram a dançar Mamma Mia. Delphine assistia aquela cena divertindo-se e se permitindo ser preenchida pela leveza que aquele momento de alegria lhe conferia.
As duas ultimas semanas haviam sido bastante conturbadas, pois com a morte de Lamartine e o continuo desmonte do Martelo, ela e as demais ficaram muito ocupadas.
Siobhan havia permanecido em Dublin, tratando da reconstrução das partes da Fundação que foram atingidas pelo ataque de Lamartine e cuidando das feridas. Mas o foco real dela e todas que encabeçavam a inteligência da Ordem era de encontrar o suposto irmão de Manu que fora revelado a elas no derradeiro suspiro do seu maior inimigo.
Ela, Cosima, Helena e Stella trouxeram Manu para os EUA sob a desculpa de prestigiarem a posse de Gibson, mas havia outros interesses por trás. Delphine não desejava que Manu ficasse na Fundação. Queriam protege-la e mantê-la longe da possibilidade dela descobrir essa terrível verdade.
Lembrou-se da difícil conversa que precisou ter com ela sobre quem era o pai dela. Apesar de se tratar de uma criança de sete anos, aquela menina já havia vivido tanta coisa, que ficava praticamente impossível esconder algo dela. E doía no coração de Delphine sempre que pegava a menina com olhar distante e perdido. Evitava entrar na mente dela, pois havia feito um pacto para ajuda-la a controlar seus dons. Mas não precisava fazê-lo para saber o que afligia aquele inocente coração.
Suspirou pesadamente e agradeceu o volume ensurdecedor da música, pois não queria que as demais a vissem daquela maneira. Não gostaria de estragar aquele tênue momento de alegria.
Aos poucos a vida foi seguindo a sua ordem e por mais que lhe dissessem que o pior já havia passado, Delphine não conseguia descansar por completo. Desde a descoberta de um herdeiro de seu grande inimigo que sua inquietação não cessava.
Fixou seu olhar novamente na menina que a olhava de vez em quando procurando a aprovação dela para os seus passos. Lhe sorriu sinceramente e percebeu quando Manu segurou na mão de Cosima para realizar mais um dos movimentos pedidos pelo jogo.
Aquela visão, juntamente com suas amigas as quais ela realmente considerava da família, lhe trazia um pouco de tranquilidade. Apertou a parta que trazia em meus e sentiu seu coração acelerando um pouco mais a medida que a abria e retirava um envelope branco de lá. Acariciou-o com a crescente expectativa que sentia. Aguardou que a música encerrasse e as quatro caíssem no sofá e no chão exausta, com os rostos pingando de suor pelo esforço que exerceram.
- Realmente Tia Stella, não tem como ganharmos da Tia Helena. – Manu disse em meio a uma gargalhada deliciosa. Delphine e Cosima surpreenderam-se com aquela forma carinhosa que Manu se referia a mulher e essa só podia sorrir sugestivamente de satisfação. – Só falta agora a Del jogar com a gente. – Manu ajoelhou-se no chão e apoiou-se nas pernas de Delphine.
- Tai uma coisa que eu pagaria para ver. – Stella disse bebendo o restante do suco que havia sobrado da sessão de filmes.
- Quem sabe depois meu amor... Mas antes... – Ela ergueu lentamente o envelope que capturou toda a atenção da menina que não conseguiu esconder sua empolgação.
- É o que eu acho que é? – Olhou para Delphine e depois para Cosima.
- Você vai precisar abrir para descobrir. – Ela lhe respondeu piscando um dos olhos.
Manu arregalou seus redondos olhos azuis e ficou ainda mais linda. Tomou o envelope em mãos e ficou encarando a logo do governo dos Estados Unidos estampado nele. A expectativa era partilhada por todas, pois sabiam exatamente o que havia ali dentro e fora um dos motivos pelos quais atravessaram o oceano.
Como se sua vida dependesse daquilo, Manu abriu o envelope sentindo seu pequeno coração bater dentro da sua cabeça. Retirou o conteúdo e viu novamente o selo americano. Leu, mas haviam palavras complexas demais para ela, mas algo bem específico ela compreendeu. Em tom de incredulidade sussurrou o que estava lendo. As quatro mulheres se inclinaram para tentar ouvir o que ela dizia. Na verdade ela repetia a mesma coisa, e seu tom de voz foi aumentando até que ela ficou de pé e praticamente berrou.
- Emanuelle Cormier-Niehaus. Esse é meu nome mesmo? – Lágrimas já começaram a se acumular em seus olhinhos.
- Sim meu amor. Esse é seu nome de hoje em diante... – Cosima não se continha e já deixava as lágrimas caírem e a voz embargar.
- E isso significa que... Você e a Del... – Ela colocou uma das mãos na boca e fungou o nariz. Delphine inclinou-se ainda mais e enxugou algumas lágrimas do rostinho dela.
- Sim Manu... Isso significa que eu e a Cosima somos oficialmente suas mães! – Um choro misturado com gargalhada foi o som mais maravilhoso que aquelas mulheres já puderam experimentar e de pronto Malu jogou-se no colo de Delphine e Cosima que a receberam num significativo abraço.
Até mesmo as duronas Stella Gibson e Helena Katz não se contiveram e foram tomadas pela felicidade plena que transbordava naquela sala. Um toque insistente de um celular fez com que o breve abraço se desfizesse.
- É o meu! – Cosima anunciou e aceitou a vídeo-chamada.
- Oi mamãe!
- Oi Cos... E aí, já contaram a minha neta? – Cosima virou o aparelho para Manu que estava agarrada com o papel que oficializava o que os corações delas já sentiam.
- Oi... Vovó Sally! – Manu sorriu.
- Oi minha querida. Você está chorando?
- É de feliz! – Manu enxugou a lágrima e o nariz na manga do pijama. – Mas olha! – Virou o papel e tentou enquadra-lo na tela. – Tá vendo aqui? – Apontou para o lugar exato onde estava registrado o seu novo nome.
- Emanuelle Cormier-Niehaus! – Sally leu em voz alta e vibrou do outro lado. – Parabéns Manu! E eu tenho uma surpresa pra você. – Sally sumiu da imagem e focou no chão enquanto caminhava por sua casa. – Para você Manu! – Voltou a aparecer e inverteu a imagem do celular que mostrava um quarto que ainda estava sendo arrumado, mas que já possuía móveis para receber a nova dona dele.
- Um quarto? Pra mim? – Manu surpreendeu-se e viu a mesma reação em Cosima e Delphine.
- Claro! Um quarto para a minha neta! - Manu saltou e girou do próprio eixo com o celular em mãos. – Estou terminando de arrumá-lo e esperando por você.
- Del, Cos? Quando a gente pode ir? – Os olhos pidões de Manu fitaram suas mães.
- Não sei... Temos tanta coisa para resolver aqui! – Delphine fingiu pensar em algo e recebeu uma cotovelada de Cosima a repreendendo. – Ai! – Protestou. – Vamos amanhã mesmo!
Manu segurou o fôlego por alguns instantes e literalmente correu pela sala desnorteada, tamanha era a sua felicidade.
- Amanhã? – Sally alarmou-se! – Preciso correr aqui então e terminar com o papel de parede! Mas vejo amanhã aqui em casa. Beijos... – E desligou a ligação sem nem se quer esperar as despedidas.
- Essa minha mãe!
- Preciso arrumar as malas... Vocês já avisaram a Sra. S que eu fui adotada? Como está a Andromeda? Espero que não esteja dando problemas... – A empolgação da menina era alucinante. Bruscamente ela parou do meio da sala.
- O que foi Manu? – Helena a questionou curiosa.
- Eu tenho uma avó de verdade... – A menina respondeu com tom surpreso, como se finalmente estivesse tendo a real dimensão do que estava acontecendo. – Eu tenho mães... Eu tenho uma família de verdade.
- Claro que tem! – Cosima a ergueu do chão e a colocou no colo. – Mas como temos uma viagem para amanhã, acho bom irmos arrumar as coisas.
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- Finalmente ela dormiu! – Cosima retornou do quarto onde dormiam.
- Ela estava excitada demais. Foram muitas novidades. – Stella serviu uma taça do vinho que já bebiam para Cosima.
- Caramba... Ainda não parou de chover. – Helena anunciou. - Esse clima de Washington! Nunca vou me acostumar. – Recebeu Stella em seu abraço quando ela se sentou ao seu lado.
- Mas você terá de se habituar, pois após o casamento teremos de nos dividir entre aqui e Paris.
- E quando será o casório? – Cosima as inqueriu sentando-se ao lado de Delphine.
- Se dependesse da Katz, esperaríamos mais alguns vários meses. – Stella ironizou.
- Engraçadinha! Estou apenas organizando com a minha família. Apenas isso. – Helena explicou-se meio emburrada.
- Eu sei meu bem! Estou brincando. – Stella deixou um demorado beijo na bochecha dela.
- Está tudo bem meu amor? – Cosima questionou a uma calada Delphine que estava com a cabeça tão longe que não compreendeu a pergunta.
- Oi?
- Ela está assim desde que conversou com S. – Helena explicou.
- O que ela disse? – Cosima preocupou-se.
- As agentes dela não tiveram sorte na busca. As pistas eram falsas. – Delphine espreguiçou-se visivelmente frustrada.
- E o Ferdinand? Não ajudou em nada? – Cosima insistiu. Stella, Helena e Delphine trocaram olhares cumplices, pois aquele homem desprezível havia perdido sua vida mediante o excruciante interrogatório comandado por Siobhan, e que teve sua culminância com a varredura da mente dele por Delphine.
- O que conseguimos dele foi o que nos levou até a Sicilia na Itália. – Delphine respondeu.
- Bom, pelo que descobriram havia sim uma base do Martelo lá, mas que não era mais usada. – Helena contribuiu.
- Esse garoto é muito importante para eles. Ao ponto de o próprio Lamartine não saber onde ele estava escondido. – Stella disse.
- É inteligente! Eu faria o mesmo. – Delphine virou sua taça de vinho já sentindo sua cabeça um pouco pesada. Definitivamente não poderia mais exagerar no álcool. – Não sei ao certo se o Lamartine esperava que descobríssemos assim, mas ele se resguardou para qualquer imprevisto.
As outras três partilharam de um receio em comum. E findaram focando em Delphine. Havia uma pergunta que ainda não havia sido respondida. Sobre como aquelas duas crianças foram concebidas. E elas sabiam que, quando esteve na mente de Ferdinand, Delphine viu algo que a perturbou profundamente.
- Del? – A loira movimentou a cabeça para afastar um incomodo em seu pescoço, já antevendo qual seria a pergunta. – O que... O que você viu? Como eles conseguiram gerar essas crianças? – Havia temor na voz de Cosima e ela recebeu um olhar intenso.
- Terrível! Foi terrível o que fizeram... – A loira esfregou sua testa e depois apoiou os antebraços nas pernas. Olhou para a porta do quarto ocupado por Manu e baixou seu tom de voz. Não gostaria que a menina ouvisse aquela história grotesca, pelo menos enquanto não tivesse idade suficiente para compreender.
- Mas... Foi algum tipo de ritual Delphine? – Stella iniciou as dúvidas.
- Na verdade... Ele misturou rituais antiquíssimos com o que de mais avançado existe em inseminação e gravidez assistida. – Delphine encarava o fundo de sua taça vazia que continha algumas gotas de vinho escorrendo. – Ele usou seu sangue... Usou também células troco. Ele inseminou... – Pigarreou devido ao embrulho que toda aquela história lhe causava. – Quase vinte mulheres... Elas ficaram acorrentadas em suas camas e... – Encarou a todas. – Como podem imaginar, nenhuma delas estava ali por vontade própria. Mas, a despeito da ciência... Aquele verme gostava da “tradição.” E mesmo não tendo nenhuma relação, ele fez questão de violentar cada uma delas.
- Homem repugnante! – Stella bufou e foi atrás de uma nova garrafa.
- Três delas engravidaram... Duas morreram, pois não suportaram a gestação de bebês... “especiais”. Apenas uma suportou a gestação e o ritual de ingestão para a imortalidade...
- Ivete! – Cosima mencionou aquele nome em devoção. – Mas que ritual era esse?
- Algo semelhante ao que nos deu a vida eterna. Mas ele visava a criança.
- Então... Como foi inseminação, a probabilidade grande era de gêmeos ou até mais. – Helena concluiu.
- Ele só não contava que viria uma menina. – Delphine continuou. – Mas... A gestação de Ivete foi excruciante. Ela sofreu demais e ficou presa quase todo o tempo.
- Mas como ela conseguiu fugir? – Cosima questionou.
- Ela era um membro do Exercito de Ártemis! – Foi Stella quem respondeu.
- Ela entrou em trabalho de parto precocemente. Então Lamartine não estava com ela. Quem ficou encarregado da segurança dela foi justamente o Ferdinand, e ele quase perdeu sua vida por tê-la deixado fugir. Mas ela ainda pariu ambas as crianças sob a guarda do Martelo.
- Então ela deixou o menino e... Fugiu com a menina? – Helena corrigiu-se e optou por não usar o nome dela.
- Parece que sim... Ela foi uma verdadeira guerreira! Ela conseguiu fugir poucas horas após parir... – Delphine demonstrava devoção em sua fala diante de tamanha coragem que aquela mulher precisou ter e tudo que enfrentou.
- Ela temia o que o Lamartine poderia fazer com a menina, não é? – Cosima disse com voz triste, pois estavam falando de Manu. Ela não conseguia conceber nada de ruim acontecendo com a menina que tanto amava e que agora era sua filha. Delphine apenas afirmou com um aceno de cabeça.
- Então ela fugiu com um bebê recém-nascido nos braços... Ela se sacrificou para que a menina pudesse ter uma chance. – Stella suspirou após aquilo. – Vocês duas... – Apontou para Delphine e Cosima. – Terão de fazer jus a tudo que essa mulher fez pela filha. – Indicou a porta do quarto.
- Não tenha dúvidas disso. – Disse Delphine.
- Ela é nosso maior tesouro. – Cosima concluiu.
- Mas, por hora temos de tentar manter a Manu o mais longe possível disso tudo. Ela é muito jovem ainda. – Delphine levantou-se se espreguiçando. Deu um passo a mais e percebeu que já estava sob a leveza do vinho. E a dor em sua nuca havia piorado.
- O que foi amor? – Cosima a tocou onde doía.
- Como vocês conseguem lidar com essas... Dores? Acho que nunca vou me acostumar com isso. – Esticou a coluna e as outras riram.
- Essas são as dores e as delicias de sermos mortais. Acostume-se Cormier! – Stella lhe piscou um dos olhos.
- Ei Cosima? - Helena a inqueriu antes que as duas sumissem no corredor que levava para o quarto que dividiam com Manu. – Pronta para voltar dos mortos?
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- Alguém aqui saber o motivo dessa reunião? – Izzy questionou enquanto ajudava Scott a servir os cafés e demais bebidas que foram pedidas pelos presentes.
- Não faço ideia! Mas como foi Sra. Niehaus que solicitou, o mínimo que podemos fazer é estarmos presentes para ela. – Amanita disse após checar se a placa de fechado estava virado para a rua.
Estavam todos no Rabbit Hole a pedido de Sally Niehaus. Todos os amigos de sua filha que prontamente atenderam ao seu chamado.
- Será que ela vai vender o Café? – Nomi ponderou e todos a olharam apreensivos. O toque do sino que ficava sobre a porta atraiu a atenção naquela direção.
- Oi gente! Boa noite. – Shay acenou para todos. Com a chegada dela, a lista de convidados estava completa.
- Você sabe o porque de estarmos todos aqui? – Scott a recebeu com um caloroso abraço. A jovem loira mordeu o lábio e fingiu não fazer ideia daquela pequena reunião, embora soubesse, pois ajudou Sally a montá-la. – Quer beber o que?
Mas antes que a jovem pudesse responder, o sino novamente foi tocado e dessa vez era Sally entrava e segurava a porta com um largo sorriso nos lábios. Todos a olharam curiosos e um tanto quanto confusos, pois não esperavam encontrar aquela reação dela, até porque eles ainda estavam vivenciando o luto da perda de sua grande amiga, e que imaginavam que para ela estava sendo ainda pior.
- Muito obrigada por todos terem vindo hoje a noite. Vocês são sem dúvidas os amigos mais fieis que minha filha poderia ter.
- Para as Niehaus tudo Sally! – Izzy foi a primeira a falar e representou a todos.
- Sei que todos sentem a falta da Cosima e imagino que esse afastamento tenha sido bem difícil para vocês.
- Afastamento? – Nomi estranhou a palavra usada por Sally.
- Bom, acho que já está mais do que na hora de acabar com tudo isso. – Sally colocou a cabeça para fora e acenou para alguém.
Incredulidade foi o que pairou no ar assim que Cosima entrou em seu Café.
- Co... Cosima? Mas como assim? – Scott quase berrou.
- Oi gente... – Gaguejou e acenou para todos.
- Você está viva! – Amanita afirmou o óbvio
- É isso mesmo... Bom, eu quase morri, mas... – Olhou para a mulher ao lado de sua mãe. – Graças a Shay eu sobrevivi.
- Mas como? – Nomi a inqueriu.
- É uma longa história que contarei a vocês, mas agora oque precisam saber é que precisei ficar escondida enquanto... – Ponderou o deveria ou não dizer. – Eu me recuperava, pois, as pessoas que tentaram me... Que me atacaram, poderiam tentar novamente.
- Onde você esteve? – Amanita perguntou.
- Em Dublin... – Olhou sugestivamente para a amiga e compreendeu que tudo aquilo tinha a ver com a Ordem.
- Nossa! Longe hein? Mas o que importa agora é que você está aqui. – Amanita a envolveu pelos ombros e tratou de desconversar.
- Só mais uma coisa. – Desvencilhou-se gentilmente do abraço da amiga e abriu a porta do Café, dando passagem para Delphine que trazia pela mão uma linda e sorridente garotinha.
- Boa noite. – Delphine estava estranhamente desconfortável. Os amigos de Cosima a saudaram meio surpresos e alternaram os olhares entre ela, Cosima e findaram na menina. Como se lê-se o pensamento de todos a garota deu um passo a frente e parou em meio as pessoas que estava nas mesas.
- Eu sou a Emanuelle Cormier-Chermont. Mas podem me chamar de Manu. Muito prazer! – Disse com propriedade e lançou mão de seu mais encantador sorriso e foi impossível para qualquer pessoa ali não ser cativada por ela.
- Prazer Manu. Eu sou a Amanita! – A morena estendeu a mão e apertou a da menina. – Mas pode me chamar de Nita.
- Adorei seu cabelo Nita! – E tocou uma das tranças coloridas dela.
- Podemos providenciar um igual para você. – Amanita piscou um dos olhos para ela. – Essa é a Nomi, minha noiva. Scott e Izzy. – Manu fez questão de cumprimentar a todos com um aperto de mão e algum comentário espirituoso e logo se tornou o centro das atenções.
- Minha amiga... – Amanita abraçou Cosima novamente. – Será que eu dormi por anos?
- Oi?
- Você me aparece aqui viva, casada e com uma filha? – Brincou a amiga e arrancou gargalhadas de todas.
- Eu não poderia perder mais tempo! – Foi Delphine quem respondeu. – Esperei demais pelo amor da minha vida! – Olhou embevecida para Cosima.
- Minhas mamães não são lindas juntas? – Manu disse ainda com um resto de um cupcake na boca.
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Um grande bocejo denunciou que a menina estava no final de suas forças, embora estivesse resistindo ao máximo, pois não queria se entregar.
- Acho que alguém está com sono. – Sally sentou Manu em seu colo.
- Sono? Eu? Claro que não! – Coçou um dos olhos, o deixando levemente vermelho.
- Está sim Manu. Já passou da hora da Srta. ir dormir. Venha. – Cosima levantou-se para leva-la. – Vou leva-la para o meu quarto.
- Cos... É que... – Manu gaguejou um pouco.
- Minha filha, deixe que eu levo a Manu para dormir comigo. – Sally pediu.
- Mas mãe, o quarto dela ainda não está pronto.
- Ela dorme comigo, no meu! – Sally retrucou.
- Por favorzinho! – A menina juntou as duas mãos num gesto de súplica.
- Por mim tudo bem. – Delphine pronunciou-se e viu Manu bater palminhas.
- Tudo bem então! – Cosima cedeu e Manu vibrou, mas sua alegria foi interrompida por mais um bocejo.
- Vamos meu amor! – Sally levantou com a Menina em seu colo e que sem cerimônias, aninhou sua cabeça no ombro de sua avó. – Amanhã almoço em casa. – Sally relembrou e despediu-se dos demais.
Logo todos fizeram o mesmo e seguiram os seus destinos. Mas cada um deles fez questão de festejar ainda mais a presença de Cosima.
A ultima a permanecer foi Shay.
- Você tem mesmo uma família lindíssima. – Disse para Cosima. – Aquela garotinha é muito fofa.
- É sim... Mas, como estão as coisas com você? Nunca mais conversamos... E eu não tive como lhe agradecer por tudo. – Disse timidamente.
- Cos... Não tens do que me agradecer. Fiz o meu dever. – Sorriu. – E estou bem. O meu projeto de residência foi aprovado e... Lembra da fisioterapeuta com quem eu estava saindo? – Cosima anuiu com a cabeça. – Estou indo conhecer a família dela amanhã então...
- Nossa! Estão está sério mesmo hein? – Brincou.
- O que está sério? – Delphine juntou-se a elas.
- O relacionamento da Shay.
- Isso é muito bom. – Delphine sorriu com sincera alegria. Gostava verdadeiramente daquela mulher e sabia que devia muito a ela. – Você merece ser muito feliz.
- Ah gente... Parem com isso. – Shay ficou levemente encabulada.
- Você salvou a vida da Cosima... Lhe serei eternamente grata. – Delphine segurou as mãos dela.
- Eu faria tudo de novo! – Shay sorriu e foi seguida pelas demais. Nada mais foi dito acerca daquele assunto, pois de fato não era mais necessário. – Mas agora tenho de ir. Preciso de algumas horas de sono para ficar apresentável.
- Boa sorte amanhã! – Cosima piscou um dos olhos para a amiga e trancou a porta do Café assim que o carro de Shay se afastou.
- Enfim sós! - Delphine a recebeu nos braços e assim permaneceram por alguns longos instantes, apenas aproveitando a companhia uma da outra.
- Eu só queria ser capaz de afastar essa nuvem de preocupação que paira sobre você! – Afastou uma mecha do cabelo dela e o prendeu atrás da orelha.
- Eu também meu amor... E de fato só conseguirei descansar mesmo quando eu souber mais acerca desse irmão de Manu...
- Temos Siobhan e toda a rede dela procurando por isso... É apenas uma questão de tempo! – Mudou sua expressão e isso não passou despercebido pela outra. – Permita-se, pelo menos só um pouquinho, relaxar e curta essa felicidade gostosa que nos envolve. – Carregou de malícia seu olhar e logo obteve a mesma resposta do dela. – Vamos subir?
- Para quê? Estamos sozinhas aqui! – Disse sugestivamente e recebeu Cosima em seus braços depositando um logo e provocante beijo.
E como por mágica, toda e qualquer outro pensamento se esvaiu e tudo o que Delphine mais queria era voltar a se perder nos braços de seu Extraordinário Amor.
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Sons de crianças, todos exclusivamente meninos correndo sob o sol do meio-dia ao redor de uma luxuosa mansão enchia o ar de uma falsa felicidade. Eles brincavam, simulando lutas e perseguições sob o atento olhar de tutores. Em cada canto da muralha que cerca o lugar havia um segurança fortemente armado.
No centro daquele casarão havia um amplo pátio que também era fortemente vigiado e no primeiro andar, o silêncio era incomodado pelo som de um motor baixo e persistente do motor de uma cadeira de rodas motorizada.
Sentando nela estava um garoto de finos cabelos alaranjados e pele muito pálida. O rosto era coberto por sardas e os olhos protegidos por óculos escuros que ajudam a evitar a luza que feria seus frágeis olhos. No nariz ele tinha uma canola de plástico que levava oxigênio de um tanque que estava preso a sua cadeira.
Por entres as baixas colunas do parapeito daquela varanda ele observa os outros meninos correndo, brincando, se exercitando. Olhou para as próprias mãos e viu as manchas rochas dos ferimentos causados pelas agulhas que levantavam a medicação que necessitava até o seu interior. Apoiou-as em suas coxas e moveu as pernas com dificuldade.
Podia andar, mas estava num momento bastante debilitado e qualquer esforço como uma simples caminhada, poderia lhe colocar acamado mais uma vez.
Tão jovem e tão cheio de limitações!
Voltou a olhar para uma dupla de garotos que ousaram demonstrar alguma felicidade por terem sido retirados das ruas da Cidade do Cabo e levados para o “rico” continente europeu.
O garoto invejou o ar que entrava e saia dos pulmões deles sem esforço algum ou sem precisar da ajuda de aparelhos. Invejou a força das vigorosas pernas deles. Ele os inveja em tudo, exceto uma coisa. Ergueu uma das mãos e um dos homens que sempre o seguiam para onde quer que fosse se aproximou e se inclinou para ouvir algo que lhe foi cochichado.
- Sim meu senhor! – Afastou-se e desceu até o pátio enquanto o outro homem acompanhou o garoto até um salão interno. Poucos instantes depois os dois deslumbrados meninos entraram e ouviram a porta se fechar atrás deles.
O salão era amplo e um pouco sombrio. Atmosfera causada pelas pesadas cortinas que limitavam a entrada de luz. O som do motor da cadeira os assustou e eles procuraram de onde vinha e aos poucos seus olhos foram se acostumando a pouco luz,
Assim que viram a cadeira se aproximar, seguiram as instruções do homem que os chamou e se curvaram diante do ocupante dela.
- Muito obrigado meu senhor! – Disseram em uníssono.
- Quais os nomes de vocês? – Garoto perguntou.
- Eu sou Darem e esse é meu irmão Akin. – O que parecia maior os apresentou com um carregado sotaque.
- De onde vocês são?
- Da Cidade do Cabo meu senhor... África do Sul meu senhor. – Eles repetiam aquele tratamento porque também os instruíram para aquilo. Estavam se sentindo privilegiados, pois foram chamados para conhecer o seu benfeitor.
- Eu sou o Armand. – Disse o garoto e os outros dois sentiram um desconfortável arrepio ao ouvir aquele nome e até mesmo o lugar pareceu ficar mais escuro, os obrigando a forçar a visão para vê-lo. Discerniram dois pontos brilhantes e quando a cadeira se aproximou mais, os meninos quase se benzeram, pois havia algo muito errado nos olhos daquele menino que era mais novo e bem menor do que eles. – Que jogo era aquele que jogavam?
- Um jogo bobo de luta meu senhor. – Darem, o mais velho, respondeu. – O jogávamos nas ruas para garantir nosso território.
- Conte mais. – Exigiu o menino ruivo.
- Era um jogo onde só poderia existir um vencedor... Mas aqui não precisamos jogar para valer. Fomos salvos por sua generosidade. – O garoto na cadeira os analisou.
- Então era um jogo de vida ou morte? – Os dois meninos africanos se olharam ainda mais assustados e Darem anuiu positivamente com a cabeça. – Então joguem para mim! – Exigiu. – E finjam que estão nas ruas da Cidade do Cabo! – Havia muita maldade na voz e no olhar daquele aparentemente frágil menino.
- Mas senhor?
- Eu não sou o seu senhor? – Os dois responderam de pronto. – Então eu estou mandando vocês JOGAREM! – Berrou a ultima palavra.
Os dois garotos foram recuando até toparem contra um homem grande que impedia a saída deles. A essa altura o pânico já tomava conta dos dois e não restava mais nada da tênue felicidade que experimentaram a pouco.
- Eu MANDEI JOGAREM! – O menino Armand ergueu seu dedo em riste e como se uma força invisível tomasse conta dos corpos dos meninos eles se atracaram numa luta cada vez mais violenta e logo o sangue já jorrava do nariz do mais novo.
A cada novo golpe, o menino ruivo vibrava e batia palmas quando algum ferimento era aberto em um dos meninos. Ele estava experimentando um verdadeiro frenesi de emoções. Até que o mais velho jogou o irmão ao chão se sentou-se sobre o tronco dele, prendendo os braços finos sob seus joelhos.
- Me solta Darem... Me solta! – O pequeno implorava, mas o garoto mais velho apertava cada vez mais forte o pescoço do irmão. Finalmente, com uma força descomunal um som assustado de osso sendo quebrado silencio os gritos do mais novo.
Como se tivesse despertado de um sonho, Daren olhou para as suas mãos ensanguentadas e para o corpo sem vida de seu irmão e berrou desesperado com as lágrimas caindo aos montes.
A débil gargalhada do menino ruivo congelou seu sangue e Darem tentou se afastar cada vez mais dele, mas estava prese naquele salão e a medida que ele se arrastava para trás, a cadeira de rodas se aproximava mais.
- Você está chorando? – Armand inclinou sua cabeça e enrijeceu seu semblante. – Homens não choram! – E fechou seu punho, o que ocasionou um movimento anormal da cabeça do garoto, que perdeu a vida ao ter seu pescoço retorcido.
O menino na cadeira de rodas inclinou-se para ver os olhos esbugalhados do garoto morto e pareceu que estava sorvendo alguma coisa. Retirou a canola de seu nariz e sentia que estava respirando um pouco melhor. Sem dizer mais nada, saiu do salão.
- Ele está cada dia mais poderoso. – Um homem grisalho anunciou após assistir as imagens que chegavam até aquela grande sala negra onde outros homens se encontravam ao redor de uma ampla mesa.
- E ao mesmo tempo morrendo. – Outro afirmou.
- Não podemos deixar que ele morra. Principalmente agora que o pai dele se foi. – Outro se posicionou.
- Mas surgiu um novo fator nessa equação. – O primeiro disse e todos voltaram-se para ele. – A irmã dele está viva! – E assim que ele anunciou aquilo, imagens da menina preencheram as telas que os rodeavam.
- Se a irmã gêmea dele está viva... – Um deles levantou e apoiou-se nobre a mesa.
- Sim! Isso mesmo! – Outros se exaltaram.
- Exatamente! Isso muda tudo e... Vocês sabem o que isso significa!
E todos eles vibraram diante de um estranho sentimento que era pouco usual entre eles.
Esperança!
______
Sally acordou assustada ao sentir a agitação que Manu estava em meio ao sono. A menina gemia e falava palavras desconexas enquanto suava bastante e tinha seu pequeno corpo febril.
- Manu... Meu amor... É só um sonho ruim. – A mulher tentou gentilmente acordar a menina que despertou em meio a um grito e a respiração ofegante e apertando o peito. – Foi só um sonho. Eu estou aqui com você! – Sally tentou confortá-la a apertando contra seu peito, mas não conseguia, então Manu se desvencilhou dela e saiu da cama. Andou de um lado para o outro do quarto e então, como se fosse atingida por algo virou para sua avó com os olhos arregalados e expressão de pavor.
- Eu tenho um irmão!
Toda a inocência e felicidade daquela doce menina foi manchada de uma vez por todas!
Agora sim: FIM!
Por enquanto!
Jules Lucena.
Fim do capítulo
Link para o grupo:
https://www.facebook.com/groups/394442541309730/
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Lanezann
Em: 07/02/2019
Perfeita a estória, ansiosa para ter o livro impresso na minha coleção de LIVROS QUE AMO...
Legal seria vê-la em formato filme, não, espera, melhor... uma SÉRIE... AII QUE TUDO!!! kkkkk
Ansiosa pelo encarte e por uma, já solicitada aqui, continuação da trilogia AEL.
Parabéns! melhor fanfic que já li. Desbancou o meu livro favorito da adolescência (Casa de Thendara - Marion Zimmer)...
Já falei que AMEI AEL? kkkkk
Quero a Del para mim, pode ser?
tá, parei... fui
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patty-321
Em: 06/02/2019
Nossa! Um nojento sádico o irmão de Manu. E ela já sabe. Caraca. Esperar prla 2a. Temporada. Sucesso. Gratidão por compartilhar bjs
Resposta do autor:
Criado por Lamartine, o guri só poderia ser percerso.
Segunda temporada? Quem sabe rs...
Mas temos um grupo para quem quiser acompanhar os nossos passos.
Segue link
https://www.facebook.com/groups/394442541309730/
Xrros
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AMANDA
Em: 04/02/2019
É muita crueldade acabar esse conto com essa incógnita! Oh gente né possível, que[essas mulheres não poderiam ter paz, feliz pelo reencontro e a família formada, e com grandes expectativas da nova fase. Ansiosa!!!
Resposta do autor:
Enquanto houver desigualdade de gênero a Delphine e as demais não poderão descansar.
E eu estou ansiosa para continuar a escrita, mas vai demorar um pouco ainda.
Mas já foi ao grupo?
Segue o link
https://www.facebook.com/groups/394442541309730/
Xeros
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