• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • An Extraordinary Love
  • Capítulo 82 O Fim...

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Amor em pauta
    Amor em pauta
    Por Cristiane Schwinden
  • Na
    Na Batida do Coração
    Por Srta Prynn

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

An Extraordinary Love por Jules_Mari

Ver comentários: 9

Ver lista de capítulos

Palavras: 7792
Acessos: 4149   |  Postado em: 29/01/2019

Notas iniciais: Boa noite a todxs! Tenho muito o que dizer hoje nesse espaço e espero conseguir transmitir em palavras toda a emoção que me preenche nesse momento. 
"Finalmente" chegamos ao final de nossa aventura que durou quase um ano e meio e consumiu um pouco mais do meu juízo. rs. 
Mas devo, acima de tudo, agradecer a cada uma de vocês que me acompanhou desde o início e também àquelas que foram se juntando em nossa viagem ao logo do caminho, mas juntas chegamos até aqui. 
Queria também dedicar um agradecimento especial as moças que fizeram o meu aniversário ser ainda mais especial. Com as mensagens que me acarinharam imensamente. Foi muito bom dar um rosto as palavras deixadas nos comentários. 
Agradeço também àquelas que estão um tiquinho mais próximas, dando vida ao projeto do nosso livro. 
Ainda teremos muito trabalho pela frente e sempre estaremos prontas a receber quem mais quiser juntar-se a nossa Operação Labrys (operacaolabrys@gmail.com). 
Não posso deixar de mencionar a colaboração inicial da Mari, que foi muito importante enquanto esteve junto a nós nesta empreitada. 
E gostaria de dizer que a vontade de permanecer nesse universo pulsa forte em mim, então... Nunca se sabe o que está por vir. 
Queria também agradecer por me permitirem reforçar e enaltecer o amor e a irmandade entre mulheres. Acreditem sempre nisso. Essa história foi POR TODAS NÓS! 

Espero sinceramente ter oferecido um desfecho a altura de vocês e de nossas heroínas. 

Um gigantesco abraço em cada uma!

Capítulo 82 O Fim...

Um sono agitado e repleto de estranhos sonhos não deixou a pequena menina descansar direito e após despertar do que mais parecia um pesadelo, Manu sentou-se em sua cama cocegando os olhos tentando organizar seus pensamentos. Olhou ao seu redor e localizou a poltrona vazia que antes era ocupada por Betina, uma de suas tutoras e que fora incumbida por Siobhan para vigiar o sono da menina, o que ela sabia muito bem que o motivo era para não deixa-la sozinha ou sair daquele quarto.

- Srta. Betina? – Sussurrou e não obteve resposta, mas algo lhe chamou a atenção, vozes agitadas e distantes chegavam aos seus ouvidos. Espreguiçou-se e jogou sua coberta longe. Calçou suas pantufas da mulher maravilha e caminhou até a janela que era um pouco alta para ela. De pontas de pé esticou-se e viu uma estranha movimentação nas garagens da Fundação.

Por uma questão de segurança e conforto, todos os quartos eram virados para a parte de trás do terreno e isso conferia também privacidade as suas ocupantes. Mas mesmo as espessas paredes de tijolos antigos e reforçados não impediu que vozes mais exaltadas e gritos chegassem até ela. O que eles lhe despertavam não era medo e sim curiosidade. Quis ver mais então correu até a poltrona vazia e a puxou. Como era pesada, precisou de toda a força contida em seu corpinho. A parou sob a janela do meio e assim que se pôs de pé nela, não teve tempo de ver nada do lado de fora pois alguém invadiu seu quarto lhe causando um sobressalto.

- MANU! Saia da janela! – Uma mulher correu até ela e puxou para o chão.

- Srta. Betina? O que está acontecendo? – A garota assustou-se com a cara de pavor que sua tutora estampava. As duas estavam abaixadas, bem próximas ao chão como se tentando fugir das vistas da janela.

- Vamos logo! – Uma voz imperativa as chamou do lado de fora e Manu foi puxada por Betina que se agachava quase à sua altura. Quando passaram pela porta, Manu viu duas mulheres que seguravam armas em suas mãos e tinham o olhar extremamente focado e nem se quer olharam para ela.

Conscientemente, a menina que ainda não possuía sua paciência bem trabalhada, mergulhou sem dificuldade alguma na mente de uma daquelas mulheres e vislumbrou uma cena semelhante ao pesadelo que tivera e que a despertou.

Mulheres sendo mortas... Muito sangue... E uma...

Um vigoroso estrondo fez com que as quatros estremecessem e agachassem ao mesmo tempo. Logo em seguida um clarão foi visto através das janelas.

- Isso foi uma explosão? – Betina perguntou verdadeiramente apavorada.

As duas mulheres se entreolharam e uma delas tentou, sem sucesso, se comunicar com alguém que estava do lado de fora.

- Ele está aqui novamente! – Manu anunciou parando estática com seus redondos olhos azuis arregalados. – E ele não está sozinho... SRA S! – A menina berrou e saiu correndo em disparada ignorando a tentativa das mulheres de detê-la.

Quando chegou no topo da escada vislumbrou uma cena caótica. Muitas pessoas, uma verdadeira correria e várias mulheres feridas caídas ao chão. No meio de todo aquele caos, S procurava conduzir alguma ordem, mas tudo o que Manu ouvia eram os gritos de dor e agonia das feridas.

- Eles nos pegaram de surpresa... – Uma das incumbidas de sua segurança informou a Betina assim que a alcançaram. – Parecia que sabiam que estávamos em menor número.

- E é um ataque massivo. Estão usando armamento pesado. – Disse a outra segurança ao virar-se para a cortina de fumaça que subia do carro que havia explodido graças a um ataque de alguma arma de longo alcance.

- Sra. S! - Manu saltou vários degraus e todas as presentes no salão olharam para ela.

- MANU! – Siobhan gritou o nome da menina e correu em direção a ela e a recebeu nos braços.

- O que está acontecendo? – Ela a olhou suplicante.

- Criança... Você não deveria estar aqui. – A mulher aperreou-se ao perceber a cena onde se encontravam. – Vai ficar tudo bem minha querida, mas eu realmente preciso que você vá com aquelas moças. – Apontou as mulheres que já estavam ao lado delas.

- Cadê a Delphine? E a Cosima? – Alarmou-se.

- Calma! Elas não estão aqui, mas estão vindo pra nos ajudar. – S dizia sem convicção alguma enquanto ajeitava os desgrenhados cabelos loiros da menina. Fazia pouco mais de vinte minutos que elas haviam saído e a zona industrial ficava bem distante de onde estavam. – Mas por favor, eu realmente preciso que você vá lá para baixo e nos espere até irmos busca-la.

- Mas eu quero ajudar... – Manu disse enquanto já era praticamente puxada por Betina.

- Você ajuda mais ficando em segurança... E Manu... Por favor, não tente ler a minha mente. – Solicitou quando percebeu o que a menina estava prestes a fazer. Podia dizer que a conhecia muito bem para isso. E vê-la com os braços cruzados e carinha emburrada confirmava isso. – Agora vá! Essa será sua missão. – Os olhos da menina brilharam. – Tomar conta das anciãs! – Piscou um dos olhos para ele e Manu fingiu entusiasmo com aquela delegação, mas sabia no fundo que aquilo significava que queriam apenas escondê-la.

Porém, antes de descer para os tuneis, correu de volta de deu um ultimo abraço em Siobhan. A apertou com tanta força que deixou S sem reação. Nenhuma das duas disse nada, mas todas as mensagens foram transmitidas silenciosamente naquela demonstração de carinho.   

A media que descia, o barulho ia ficando cada vez mais distante deu lugar a sons estranhos para ela e quando passou por um largo portal de pedras viu o grupo das quatro anciãs paradas no centro, vestindo túnicas e com seus capuzes cobrindo suas cabeças. Também estavam com as mãos dadas entoando algum cântico que ela não compreendia o que diziam. Mas mesmo assim elevou o capuz do seu pijama de girafa, tentando inocentemente imitá-las.

E ela não era a única a estranhar aqueles rituais. As outras três mulheres nunca haviam estado ali e assim como a maioria que frequentava a Fundação, ouviam apenas boatos acerca das mulheres que habitavam os subterrâneos e estavam vendo-as pela primeira vez.

Subitamente as mulheres pararam de cantar assim que Manu colocou os pés naquele ambiente e viram para olhá-la. Três delas possuíam lágrimas escorrendo em seus rostos e a menina pode ler naquelas expressões que elas estavam apavoradas.

- Menina Manu... Venha! – Violet veio caminhando pelo largo corredor ao encontro delas e as três mulheres olhavam para ela intrigadas e com certo espanto. – Podem deixa-la comigo. – Ela disse ao segurar a mão de Manu.

- Me desculpe minha senhora..., mas nossas ordens são para proteger a menina e as senhoras. – A mais alta delas disse com denotada referência.

- Não se preocupem. Ficaremos bem. – Virou seu rosto e encarou o olhar de Manu que retribuía e então sorriu largamente, causando surpresa nas mulheres que pareciam não compreender como aquela mulher poderia estar rindo numa situação como aquela. – E vocês são mais necessárias lá encima. – Violet disse em tom mais autoritário.

- Não se preocupem. Eu tomo conta da Sra. Violet e das outras vovozinhas. – Manu disse de peito estufado, encarando as duas firmemente.

- Sim senhora! – As duas seguranças disseram quase em uníssono e saíram sendo seguidas por Betina.

- Você não está com medo, não é? – Violet questionou Manu assim que chegaram em seu quarto.

- Não. Era para eu ter medo? – A perguntou após subir e ficar de joelhos diante da larga mesa de pedra onde já esteve e que naquele momento estava coberta de livros.

- O medo é importante criança.

- A Sra. está com medo?

- Eu deveria, mas agora não estou mais. – Piscou um dos olhos para a menina que inclinou um pouco a cabeça para o lado e mordeu seu lábio.

Mas uma nova explosão, ainda mais alta, foi ouvida até lá embaixo e pequenos farelos de poeira caíram sobre o livro que a menina folheava. Imediatamente ela paralisou ainda com a mão no ar enquanto segurava uma página.

- Manu? – Violet a chamou, mas o olhar dela estava fixo em algum ponto da parede, seus imensos olhos azuis estava vidrados e sua boca entreaberta, logo o corpinho dela começou a tremer e gotas de suor surgiram na testa e têmporas dela. – Você está bem? – Insistiu, mas novamente não teve resposta. Então percebeu que o tremor que sacudia a menina estava alcançando as prateleiras e frascos que haviam ali. Os livros começaram a se abrir sozinhos e virarem suas páginas e som de papel sendo rasgado fez com voltasse para a menina que amassava fortemente as folhas e arrancou sem nem perceber.

A menina levantou-se da cadeira e caminhou até a porta sem obter resistência alguma da sacerdotisa que apenas a observou se virar antes de sair e lhe dizer:

- Elas precisam de mim!

 

______

 

- Eles passaram pela cerca. Estão aqui! – Uma das seguranças gritou ao espiar pela fresta de uma das cortinas.

- Mande que todas entrem! Quero aqui apenas os membros do Exército de Ártemis, as demais levem para os tuneis. – Siobhan falou alto em meio a todas. – E mantenham a calma. – Demandou, mas estremeceu quando uma nova explosão fez com que a imensa porta de madeira vibrasse e balançassem os altos lustres.

Siobhan apontou sua espingarda para a porta e todas que ainda estavam de pé no salão fizeram o mesmo.  A apreensão pairava no ar e naqueles segundos onde se fez o silêncio S ficou repassando em sua mente onde haviam errado. Tinha pensado em tudo, reforçado a segurança, toda a rede de informações e investigação da Ordem estava em alerta. Mas no fundo, sabia a resposta.

Desespero!

Lamartine estava desesperado e estava mandando tudo o que tinha contra elas. Pouco se importando com as implicações daquele ato. De como tudo aquilo poderia repercutir. Mas nada importava, pois tudo o que ele mais desejava era acabar com elas, principalmente acabar com Delphine.

Três batidas firmes na porta, fez com que todas engatilhassem suas armas e o ranger da porta se abrindo deveria ter iniciado uma rajada de tiros, mas não foi o que aconteceu, e então aquela assustadora figura parou sob a soleira, trajando um lindíssimo smoking impecavelmente branco. E nas mãos não havia arma alguma, apenas uma elegante bengala tendo no topo uma cabeça de lobo prateada.

- Boa noite sras e srtas. – Ele curvou-se brevemente e ergueu uma das mãos. – Nenhuma de vocês quer atirar em mim, não é mesmo? – Siobhan esforçou-se, assim como as demais, mas parecia que algo as impedia de puxarem o gatilho. Era ele! – Bem melhor assim, não acham? Já tivemos mortes demais.  – Deu passos firmes. Seus olhos azuis estavam brilhando, o cabelo impecavelmente cortado e o cavanhaque aparado. Mas nada daquilo conseguia camuflar o ar de louco que emanava. – Talvez não todas! – Riu debilmente e golpeou uma mulher que estava mais próxima a ele, jogando a arma dela longe e levou uma das mãos ao pescoço dela o apertando com força e a ergueu do chão facilmente.

- Largue-a! – Siobhan cuspiu entre os dentes atraindo o olhar alucinado de Lamartine. Ele sacudiu a mulher longe, mas ainda com vida e a passos largos foi até Siobhan e quando a alcançou retirou do corpo de sua bengala um florete de esgrima e o apontou para a garganta dela.

- O que a toda poderosa Delphine Cormier... – Fez questão de ressaltar seu desdém por ela. – Acharia se eu... Matasse uma das favoritas dela? – Bateu os dedos no queixo e fingiu estar pensando nas implicações.

Siobhan esforçou-se para revidar de alguma forma, mas quando sentiu a ponta fina da arma ferir sua pele teve de fechar os olhos. O acelerar de seu coração indicava que estava diante da sua morte iminente. Mas quando abriu os olhos, encontrou os olhos azuis de Lamartine arregalados, sua boca fina estava entreaberta e uma palidez mórbida tomou conta da face dele. Ela desceu os olhos e percebeu que a lâmina que antes estava firme e determinada contra sua garganta agora estava trêmula.

De repente, o temor pela própria vida foi dissipado e uma estranha e quente sensação tomou aquele lugar. Ela o viu dar três passos para trás e começou a apontar sua espada a esmo, como se procurasse por algo.

- Quem é você? – Ele sussurrou quase inaudível e Siobhan chegou a se inclinar para tentar ouvir o que ele dizia. – ONDE VOCÊ ESTÁ? – Dessa vez ele berrou e levou uma das mãos a têmpora e fechou os olhos. – SAIA DA MINHA CABEÇA! – Continuou no mesmo tempo e então Siobhan ousou ter esperança.

- Ela está vindo! – Cochichou confiante para as demais mulheres e cada uma repassou para a seguinte e logo todas mudaram as suas expressões, o que deixou aquele homem ainda mais enfurecido. Ele agachou-se e após soltar sua arma, apertou a cabeça com ambas as mãos, buscando concentrar-se. Lentamente ele foi se erguendo e um a um, os sorrisos que as mulheres ensaiavam sumiram e como se um poderoso poder magnético as puxasse elas foram, contra suas vontades, virando suas armas as apontando uma para a outra.

Siobhan olhou em pânico para aquela cena e viu com pavor Lamartine sorrir emanando maldade. Ele iria fazer aquilo mesmo. E o estalar da trava de uma metralhadora automática bem próxima a ela lhe disse que alguém lhe apontava uma arma.

- Não faça isso Lamartine! Só irás conseguir atrair ainda mais a ira de Delphine.

- Mas é exatamente isso que quero! – Trincou os dentes ao se aproximar perigosamente dela. – Segurando o olhar fixo nela, demonstrando toda a sua perversidade ergueu uma mão, sinalizando que iria mesmo fazer aquilo. Sob um alucinado frenesi ele baixou seu braço bruscamente fechando os olhos, na intenção de deleitar-se, porém nenhum tiro se quer foi disparado e quando abriu os olhos as viu baixando suas armas e todas elas olhando fixo para um ponto atrás deles.

Sentindo o peso do medo se esvaindo momentaneamente de seu peito, Siobhan virou-se para ver para onde Lamartine olhava apavorado, como se estivesse vendo um fantasma. No segundo antes de completar o movimento de seu corpo, S teve a certeza de quem encontraria ali. E não estava enganada.

Parada de pé, com as duas mãos para as costas, com o seu pijama de girafas e de capuz na cabeça estava a pequena Manu. A ruiva fechou os olhos, sentindo-se derrotada, pois o que mais lhe foi pedido era que protegesse a menina. Mantê-la longe de Lamartine e do Martelo, e eis que lá estava ela.

- O que está fazendo aqui criança? – Caminhou até ela, tentando se colocar entre a menina e o homem.

- Eu vim ajudar... Senti que uma coisa muito ruim iria acontecer aqui e... – Inclinou a sua cabecinha para o lado buscando Lamartine. – E ele está aqui. O homem mal! – Juntou ambas as sobrancelhas garantindo a mais emburrada das expressões.

- Aqui não é seguro para você! – O desespero da mulher a levou a apertar os braços da menina com força e chacoalha-la.

- Mas eu só queria ajudar... – Ela choramingou e apontou para as mulheres. Siobhan arrependeu-se de imediato da repreensão que deu na menina, pois se não fosse por ela, todas ali estariam mortas.

- Me desculpe...

- Quem é essa menina? – Lamartine interrompeu as desculpas de Siobhan com a pior pergunta possível e apesar de tentar evitar com todas as forças em pensar na resposta, ela materializou-se em sua mente instantaneamente e na mesma velocidade a poderosa e descontrolada mente da menina varreu a sua e quando a viu arregalar os olhos e levar a mão a boca, lamentou-se profundamente.

- Você é o meu... Pai? – A vozinha de Manu ressoou pela sala e atingiu Lamartine em cheio.

- O que? Isso... Não pode ser...

“Você é realmente o meu pai.” A menina conectou-se a ele sem dificuldade alguma, ao ponto que o homem estava em choque. Ninguém jamais fora capaz disso e todos os seus anos e imortalidade.

- Isso não é possível...- Ele balbuciou completamente atordoado  e não tinha certeza do que estava duvidando. Se da origem da menina ou do fato dela estar em sua mente. E aquela frase ecoava em sua mente como um martelo, batendo cada vez mais forte deixando-o zonzo. – Não é possível... – Repetia debilmente.

Siobhan segurou o rosto da menina que tinha os olhos vidrados no homem a sua frente e todas as mulheres que ali estavam, eram testemunhas daquela terrível revelação. Mas nenhuma delas estava sendo tão afetada como aquela pequena menina. Ela estava sendo confrontada com sua tenebrosa origem e o pouco que sabia acerca de John Lamartine era  suficiente para deixar seu jovem coração repleto de angustia.

- Me desculpe criança... Me desculpe... – S tentava confortá-la mas ela não parecia responder. A ruiva a abraçou forte, mas a menina não reagiu, ficava apenas encarando o homem que perambulava pela sala.

De repente, e de uma vez só inúmeros de seus homens irromperam pela porta principal apontando suas armas e formaram o circulo ao redor de seu mestre.

- NÃO ATIREM! – Siobhan largou Manu bruscamente e com os braços abertos coordenou suas comandadas. Pois se alguma delas disparasse uma bala se quer, seria um verdadeiro banho de sangue. Então, todas se posicionaram em frente a Siobhan e a Manu, colocando as feridas junto a elas.

O fungar do nariz de Manu fez com que todas olhassem para ela e a vissem enxugando-o na manga de seu pijama. Lágrimas copiosas caiam de seus olhos não apenas pela descoberta, mas por todas as coisas ruins que viu na mente daquele homem.

A menina deu uma última fungada e afastou as lágrimas com as mãos, estufando o seu peito. Resoluta, procurou desviar das mulheres que a cercavam e sentiu o braço de S a segurando.

- Fique aqui criança! – Havia pânico no sempre seguro rosto dela. E esse foi potencializado ao ouvir a vozinha da menina nas profundezas de sua mente, assumindo o controle com imensa facilidade.

“Deixe-me ir Sra. S” Foi o que ouviu e contra sua vontade, alivio a pressão em seus dedos e lentamente largou o braço dela. Ainda com mais facilidade ordenou silenciosamente que as demais mulheres lhe dessem passagem e uma a uma elas saíram de sua frente e imediatamente a menina tornou-se alvo de dezenas de dezenas de homens que seguiam as ordens mentais de seu líder.

Diante de todos, a menina pareceu não se intimidar com uma ameaça como aquela e continuou vencendo a distância até parar bem próxima ao primeiro dos homens. Tão perto que ele baixou sua arma e o cano quase tocou no topo da cabeça dela.

A menina apenas ergueu a cabeça e a inclinou levemente para o lado e alternou seu olhar da arma para o rosto incrédulo do homem que ficou em choque ao receber um lindo e inocente sorriso. Imediatamente e com todo seu corpo tremulo, aquele mercenário baixou sua arma e se deixou ser consumido pela vergonha que pressionava sua garganta. Findou desabando no choro.

E aquela impressionante reação foi acontecendo com cada um daqueles homens, que carregavam em seus ombros o peso de crimes terríveis. Um a um eles foram dando passagem para ela e Lamartine via aquilo tudo sem conseguir conceber no que estava acontecendo ali.

- Alguém ATIRE NESSA CRIANÇA! – Ele berrou. Para ele pouco importava a possível ligação que os conectava, soube apenas naqueles poucos minutos que aquela pequena criatura a quem tinha criado dentro de todo o seu mal e que achava que havia morrido, representava um perigo mortal para ele.

E estava certo.

Mas sua ordem não foi obedecida, então, pouco antes da menina chegar até ele, abaixou-se e praticamente engatinhou até alcançar sua espada e levantou-se para aponta-la para a menina no exato instante em que ela parou diante dele o olhando de baixo para cima.

- Não se aproxime mais...Fique longe de mim! – Ele recuou com a espada em riste apontada diretamente para rosto da menina. Lamartine sacudia violentamente sua cabeça de um lado para o outro lutando com todas as suas forças para impedir que aquela criança voltasse a entrar em sua mente.

Mas ele estava chocado e impressionado com tamanho poder contido em alguém tão jovem. Foi então que segurou o olhar mais tempo encarando a menina e teve a nítida sensação de que já os vira antes.

- MANU! Saia dai! – Siobhan berrou e então ele balbuciou aquele nome.

- Manu? – Foi acertado em cheio com a aquela constatação.

- Sim, esse é o meu nome. O mesmo de uma das maiores Mestras que a Ordem do Labrys já teve. – Estufou mais uma vez seu peito em orgulho. – Emanuelle Cormier-Niehaus, muito prazer! – Estendeu a mãozinha para ele e usou o nome que imagina que teria e que já havia escrito milhares de vezes em seus cadernos.

Outro ainda mais violento golpe atingiu Lamartine ao ouvir aqueles nomes. Como assim uma filha sua estava sendo criada no ceio da Ordem do Labrys? E como se isso não bastasse, estava sob os cuidados Dela...

- Mais uma filha minha que ela rouba de mim... – Disse entre dentes e diante daquela constatação baixou sua guarda e permitiu que a menina vislumbrasse a que ele se referia.

- Você machucou a Melanie? Sua filha? – Os azuis olhos dela endureceram e lançaram uma mensagem certeira ao escuro coração dele.

Provou de um medo inimaginável!

- Você... – A menina era pura fúria naquele momento com o que achou nos tenebrosos recantos da mente sórdida dele. – Também... - Aquela pequena pessoa era pura energia prestes a explodir e essa energia era sentida por todos e ia crescendo ao ponto que objetos que estavam caídos ao chão ou sobre as mesas começaram a ser erguidos e flutuar pela sala. - Machucou... – Todos estavam estarrecidos com tamanha demonstração de poder e Siobhan, mais de que qualquer um ali sabia que se aquela menina realmente explodisse, muitas vidas seriam perdidas e Delphine não estava lá para contê-la. – A... Evelyne? – Lamartine sentiu como se sua própria espada fosse crava em sua cabeça tamanha a dor que sentiu, mas ela ainda estava em sua mão.

Juntando todo o poder que possuíam em si, tentou expulsar a menina de sua mente.

- SAIA... DA... MINHA... CABEÇA... – E com toda a força que possuía, cruzou sua espada no ar desferindo um violentíssimo golpe contra o rosto da menina, que fora jogada longe.

- MANU! – Um berro gutural estrondou aquele salão e antes mesmo que Lamartine soubesse o que estava acontecendo, foi erguido do chão e lançado contra a parede, tendo uma energia invisível o pressionando, o aprisionando ali.

Todos olharam para a porta que vinha dos fundos da Fundação e Siobhan deixou seu queixo cair diante de tamanha incredulidade. E não era a única.

- Cosima? – Ela balbuciou aquele nome de uma formo como se ele fosse sagrado e caiu de joelhos diante da energia que pulsava daquela mulher.

Cosima estava parada, com o corpo tremulo e os punhos cerrados, o olhar fixo em Lamartine. Ela o estava mantendo preso. Atrás dela vieram Stella e Sally que quase desmaiou ao contemplar a cena que se desenrolava naquela sala.

O choque de Siobhan com aquela visão só não foi maior que o de Lamartine. O homem buscou o olhar de algum dos seus seguidores, mas tudo que encontrou foi pavor e como se bastasse ele viu o que era impossível.

A menina, que fora mortalmente atingida por seu golpe, começou a se mover e lentamente foi se levantando e quando ergueu a cabeça virou-se para ele ver o instante em que o corte, que deveria ter atravessado o rosto da menina, estava se fechando sem deixar vestígio algum.

- N... Não... Po... De ser... Ela é imortal...– Ele gem*u e sentiu seu sangue gelar quando viu o sorriso da menina, misturando malicia e inocência. Demonstrado que o antagonismo fazia parte daquela alma. Mas ele nem se quer teve tempo de assimilar direito aquela descoberta, pois barulhos cada vez mais altos iam se aproximando, vindos do lado de fora. Todos, homens e mulheres apontaram suas armas para aquela direção.

Com um estrondo intenso as portas foram escancaradas e vários corpos de homens foram lançados para dentro. Do fundo do salão Cosima finalmente quebrou seu contato visual com Lamartine e vislumbrou a entrada de Delphine. Em cada mão ela trazia dois corpos e seu olhar estava tomado pela nevoa negra.

- Meu amor... – Cosima adiantou-se e com aquilo interrompeu a força que prendia Lamartine a parede, fazendo com que o corpo dele caísse ao chão.

O som oco provocado pela queda dele fez com que Delphine virasse sua cabeça naquela direção, sem pensar soltou os homens que trazia e caminhou a passos largos e firmes em direção a Lamartine que escorregava para trás, tentando fugir.

- Del? – A vozinha de Manu ecoou pela sala e Delphine, mesmo distante a ouviu. Quando se virou viu que a menina estava segurando uma das mãos de Cosima, que tinha a outra estendida para ela.

Com uma facilidade nunca antes experimentada por ela, saiu daquele transe e após piscar repetidas vezes enxergou as duas e encarou a mão de Cosima. A segurou com delicadeza e uma poderosa energia percorreu aqueles três corpos.

Um novo baque oco fez com que as três olhassem para a porta e vissem Stella jogando Ferdinand junto aos demais homens que agora estavam amontoados e sendo cercados por pelas mulheres que seguiam as ordens de Siobhan.

- Onde está o Lamartine? – Cosima questionou ao olhar por sobre o ombro para onde elas o deixaram.

- Ele fugiu? – Manu perguntou olhando para as duas.

- Aquele covarde filho da mãe. – Helena disse ao se aproximar delas.

- Olha o palavrão Tia Helena! – Manu a repreendeu seriamente e arrancou pequenos sorrisos das mulheres.

- Sim... Ele fugiu... – Delphine disse erguendo a cabeça de olhos fechados ainda segurando a mão de Cosima. – Mas ainda está aqui dentro. – Baixou a cabeça com um malicioso sorriso.

- Vamos atrás dele! – Stella disse após engatilhar mais uma arma em sua pistola.

- S, fique aqui com as demais e peça para cercarem a Fundação. Ele não sairá daqui hoje. – Delphine demandou. – Não com vida. – Falou baixinho só para si.

- Eu também vou! – Manu protestou quando Delphine ensaiou em deixa-la com S.

- O que? – A Mestra olhou para a petulante e desafiadora menina;

- Delphine... Eu a levaria se fosse você. – S anunciou. – Ela enfrentou sozinha todos os homens do Lamartine e o próprio. – Delphine abriu sua boca e varreu a mente de Siobhan vendo a cena que acontecera ali a pouco e depois encarou a menina que sorria inocentemente para ela. – Ela salvou nossas vidas. – Delphine ficou pensativa por alguns instantes, mas poucos, pois não poderia se dar ao luxo de deixar Lamartine escapar. Não quando ele estava tão vulnerável... Tão perto de suas mãos.

- Meu amor... – Delphine buscou toda a sua serenidade para tentar dissuadir a menina daquela perigosa missão. – Veja bem... Eu estou realmente muito orgulhosa de você. – Sentiu o toque da mão de Cosima em seu ombro. – Nós duas estamos. – A menina sorriu ainda mais largamente. – Estamos muito impressionadas pelo que vez e cada uma dessas mulheres... – Apontou para várias delas. – Lhe é muito grata por você tê-las salvo. – A pequena colocou as mãos na cintura mal cabendo em si de satisfação. – Mas lhe peço que fique com a Sra. S...

- Mas por que? – Soltou os braços e quase esperneou, mas um olhar mais severo de Delphine a impediu de protestar com mais veemência e baixar os olhos para encarar as pantufas que compunham seu visual.

- E aqui você poderá continuar protegendo a S e as outras. Que tal? – Cosima decidiu ajudar e a menina anuiu positivamente com a cabeça, mas sem muita convicção.

- Pois bem! – A Mestra anunciou. – Tirem todas daqui. S, fique com elas e com a Sally. Stella venha conosco e... – Virou-se para Helena que estava atenta as suas ordens, mas antes de dá-la olhou mais uma vez para Cosima e voltou para a sua Protetora que inicialmente arregalou os olhos, mas logo um inacreditável sorriso se formou nos seus lábios.

- Com todo o prazer Delphine! – E saiu em disparada sumindo por entre os corredores da Fundação.

- Mas o que é? – Stella fez menção em questionar, mas a expressão de Delphine a fez desistir.

- Mas ele é meu pai... – Manu disse secamente e ouvir aquela afirmação na voz dela fez com que Delphine gelasse da cabeça aos pés. Buscou apoio e forças em suas irmãs, mas no fundo sabia que cabia a ela a missão de explicar aquela difícil condição.

- Sim Manu... Infelizmente ele tem essa ligação com você, mas eu não o chamaria de “pai”. – A menina a encarou com seus olhos arregalados e indicando não compreender bem o que ela estava dizendo. – Sei que parece confuso... – Tocou gentilmente a testa dela. – Mas prometo que irei lhe explicar tudo isso... Só que agora eu realmente preciso ir. Posso contar com você para tomar conta da S e das outras? – Manu ergueu o rosto para Siobhan e essa piscou um dos olhos para ela.

- Pode sim! – Desajeitadamente a menina bateu continência, mas logo mudou o gesto para a saudação da Ordem e solenemente Delphine a retribuiu.

- Mas agora vejamos... Para onde eu iria se fosse um verme covarde? – Delphine fingiu estar pensativa mas na verdade estava buscando a mente de Lamartine que agora estava totalmente acessível a ela, graças ao impressionante poder de Cosima.

Era como se tê-la ao seu lado potencializasse e muito os seus próprios poderes. É por causa de Cosima que consegue entrar tão facilmente na mente dele e pode fazer o mesmo com Helena, que era imune a qualquer poder. Mas acima de tudo, a sua amada era responsável por algo ainda mais extraordinário, ela lhe possibilitava ter a consciência durante o seu transe, justamente no momento do ápice de seus poderes. Tudo isso lhe conferia ainda mais segurança para enfrentar o que estava por vir. Para que ela fizesse o que precisava ser feito. Foi então que suspendeu a respiração e cerrou os olhos em clara exasperação.

- Sei onde ele está!

 

______

 

Lamartine tropeçava nos próprios pés completamente atordoado com tudo o que estava acontecendo sem contar a dor excruciante em seu peito, dificultando a sua respiração.

Era o fatal câncer que o estava corroendo de dentro para fora. Havia dado a sua ultima cartada com a ida até. Um verdadeiro ataque kamikaze, onde teria tudo ou...

- Nada... – Riu de si mesmo e uma grossa tosse teve início. Seu peito parecia uma bola de fogo e ao final da crise viu as gotas de seu sangue na mão que levou a boca. Estava no fim de seus miseráveis dias. Apoiou-se das paredes de pedra e a escuridão o impedia de ver com clareza.

O ar carregado daqueles tuneis também não contribuíam para o seu estado. Havia aproveitando um segundo de descuido daquelas mulheres para fugir e optou por descer e não subir, pois acreditava que, como todo castelo antigo, sempre haviam tuneis para fuga nos subterrâneos.

Sua mente estava ainda turva pelo pouco ar que entrava em seus pulmões, mas tudo o que ficava era repassando a revelação de que tinha uma filha.

- A porr* de uma mulher... Outra! – Praguejou para as paredes lembrando-se do desgosto que teve com a sua primogênita e agora fora amaldiçoado com mais uma. – E claro que ela tinha de ser acolhida por essa vaca. – Cuspiu aquele xingamento juntamente a mais uma porção de seu sangue.

Um tremular de uma fraca luz chamou sua atenção e ele tentou focar sua visão naquela direção e foi caminhando até lá. A medida que a luz ia ficando mais forte, ele também começou a ouvir vozes e então ergueu sua espada, a qual trouxe consigo. Esgueirou-se pelas frias pedras e identificou vozes femininas que estavam cantando. Esforçou-se para ouvir e se surpreendeu ao compreender algumas daquelas palavras. Estavam num dialeto que não ouvia a séculos. Colocou brevemente a cabeça apenas o suficiente para ter uma ideia do que se passava ali. Viu quatro mulheres vestindo a tradicional vestimenta da Ordem e o tremular da luz das velas  mostrou as paredes daquela santuário repletas de inscrições.

Por um instante sentiu uma pontada de esperança por sua vida. A muito ouvira falar das catacumbas secretas da Ordem, mas nunca deu a devida importância aquela fato, mas na verdade elas existiam de fato e se aquelas mulheres conheciam as línguas antigas, certamente saberiam se existisse algum outro poderoso feitiço que garantisse a sua vida.

Adentrou naquela sala, mas sua presença se quer foi notada, pois as mulheres pareciam estar em transe, com seus olhos entreabertos e balançando seus corpos.

Lamartine perambulou ao redor delas e seu sadismo insano o levou a “brincar” com elas. Apontou sua espada para cada uma delas e chegou e quase cortar a garganta de uma delas. Depois alisou as pedras com os escritos antigos e compreendeu vários trechos e em muitos contava a um pouco da história da Ordem.

-Irmandade entre mulheres... – Destilou todo o seu desdém e cuspiu sobre o nome de Emanuelle Chermont.

- Posso ajudá-lo? – Quando ele se virou encarou uma mulher alta e esguia, com uma longa trança de cabelos brancos pendendo por sobre um de seus ombros, trazendo nos braços uma pilha de livros. Assim que teve acesso a mente dela soube o que havia encontrado o que se quer tinha a certeza que procurava.

Quando Violet finalmente compreendeu quem ele era, deixou todos os livros que trazia em mãos caírem e quando pesou em correr, sentiu a suada mão dele a apertando por trás e a gelada lâmina contra seu pescoço.

- Sim... Você pode me ajudar. – E a arrastou para ainda mais fundo nos tuneis.

 

______

 

- Como um rato que é Lamartine não poderia ir para outro lugar. – Stella disse enquanto caminhava na frente. Fez questão de entrar primeiro nos tuneis com sua arma em punho, assumindo o papel de proteger as outras duas. Poderia parecer irrisório aquilo, já que caminhava ao lado das duas mais poderosas irmãs da Ordem, mas era quase instintivo para ela.

Ouviram as vozes ritmadas das anciãs que permaneciam entoando seus cânticos, mergulhadas em seu transe e quando as três pararam diante da entrada do são onde as velhas senhoras estavam, a musica cessou e perfeitamente sincronizado as quatro viraram para elas e sorriram.

- Perdão interrompê-las minhas senhoras... – Delphine adiantou-se e curvou-se perante elas. Com bastante dificuldade devido as idades avançadas, as quatro retribuíram o cumprimento. – Mas estou procurando alguém... – Antes que continuasse, as quatro, repetindo a sincronia apontaram para mesma direção e apenas uma delas falou baixinho.

- Violet!

Delphine empertigou-se agradeço com um aceno de cabeça para as mulheres que sumiram no que mais pareciam cavernas.

- Ele está com a Violet.

- O que ele poderia querer com ela? – Cosima questionou.

- O que ele sempre buscou dentro da Ordem. Conhecimento. – Delphine a respondeu enquanto iniciou a caminhada para os fundos das tuneis, justamente onde ficavam os aposentos da Sacerdotisa.

- Os arquivos antigos da Ordem. – Stella concluiu.

- Exato... – Elas agora sussurravam para que não pudessem se ouvidas já que estavam se aproximando. – Como a trezentos anos atrás, ele buscou e até roubou nossos conhecimentos... Pretende fazer o mesmo, pois perdeu sua preciosa imortalidade e... Pelo que vi na mente de Ferdinand, ele está definhando... Câncer! – Ela anunciou pouco antes de perceber uma movimentação de sombras no salão logo a frente e riu da ironia do destino.

- Isso mesmo... Evelyne. – Ele berrou lá de dentro. – Eu estou... Morrendo. – As três estavam encostadas na parede ouvindo-o. Então Delphine apertou a mão de Cosima e a olhou com firmeza lançando-se em seguida naquela sala.

- Você está apenas seguindo o rumo natural da vida... Aliás, estamos. – Delphine disse e paralisou ao vê-lo usando Violet como escudo, apontando uma fina espada para o rosto dela.

- Não se aproxime mais... Ou sua Sacerdotisa morrerá... E como eu sei o quanto você dá valor as vidas das suas cadelas... – Deu de ombros, seguro de que possuía alguma garantia. Havia loucura e desespero do olhar dele

- Desista Lamartine... Você está sozinho. – Stella veio em seguida lhe apontando sua pistola. – Como espera sair daqui? Acha mesmo que deixaremos?

- Ela vai me deixar ir... – Apontou para Delphine com um gesto e cabeça.

- Minha senhora... Não se preocupe comigo... A Ordem é mais importante que a minha vida. – Violet disse com voz entrecortada.

- Cada uma de nós é parte fundamental e integrante de uma irmandade que homens como Lamartine jamais entenderão minha pequena “aprendente”. – Delphine respondeu serenamente e Violet arregalou os olhos sentindo uma emoção poderosa ao ouvir seu apelido carinhoso pelo qual Delphine a chamava quando ela ainda era uma menina e a grande Mestra da Ordem possuía outra identidade.

- Bobagem! Vocês mulheres... – Havia nojo na fala dele. – São ardilosas demais... Só conhecem a inveja e a ganância. – Ele riu e Delphine o seguiu, só que riam por motivos diferentes.

- Pobre Armand... Inveja e ganância sempre foram sua especialidade, mas agora já chega disso. Diga-me, o que procuras aqui? – Delphine abriu os braços e olhou ao seu redor. – Desejas restaurar sua podre vida? – Ela já começava a perder sua paciência.

- Por que não? Foi justamente porque uma de vocês abriu as penas para mim que consegui o feitiço do Livro das Sombras... – Ele percebeu que finalmente havia atingido sua rival. – Ah sim... Sua doce e deliciosa mãe...

Delphine baixou a cabeça cerrando os olhos e os pulsos, sentindo o pulsar violento de seu coração. Era a erupção de poder querendo explodir.

- Então... Foi só sacrificar um cordeirinho e beber suas cinzas em bebidas no seu sangue... – Referia-se a Melanie e à tortura que Evelyne sofrera e aquela provocação estava atingindo seu objetivo. A mulher estava prestes a perder o controle.

- Meu amor... – Cosima apressou-se a entrar naquele salão e tomar a mão dela na sua. – Olhe para mim! – E Cosima deparou-se com a neblina turva começar a tomar conta dos olhos amados. – Estou aqui com você e para você, sempre! – Encostou sua testa na dela.

- Eu sei meu amor... – Delphine respondeu conscientemente após abrir os olhos e tê-los negros como a noite. Em suas veias sentia correr uma descarga elétrica que nunca antes havia provado, era como se uma overdose de todos os seus poderes entorpecesse todas as suas dores e aguçassem todos os seus sentidos.

Naquela fração de segundos vislumbrou toda a sua existência e um a um olhou nos olhos de todas as mulheres que fizeram parte da história da Ordem. Todas que se sacrificaram, que doaram suas vidas umas pelas outras. Todas aquelas que contribuíram com quem era Delphine Cormier e todas as outras assumidas por ela e viu também a alegre face de todas as meninas que viu e ajudou a tornarem-se grandes mulheres...Desde o início de sua existência até aquelas com as quais ainda compartilhava a vida. Viu a pequena Stella Gibson, uma menina ousada e petulante que sempre lhe desafiava e queria monstra quem era. Sorriu.

Outro rosto se materializou em sua mente. A sempre dedicada e abnegada garotinha ruiva que a seguia por todos os cantos anotando tudo, aprendendo tudo. Aquela que se tornou uma das mulheres que mais admirava. Siobhan Sadler. Foram tantas... E por fim viu sua mãe, a Grande Emanuelle Chermont que lhe sorria orgulhosa... Era uma figura radiante e serena e que com um leve aceno de cabeça pareceu despedir-se e quando virou-se para ir embora, tornou-se uma fina fumaça que teve sua tranquilidade quebrada pela corrida de uma menininha loira que saltitava e brincava com um gatinho preto. A garota ergueu a cabeça e acenou para ela.

- Por todas elas... – Cosima disse emocionada e tinha os olhos marejados, pois estava conectada a ela e teve o privilégio de ver tudo aquilo.

Delphine sorriu e anuiu positivamente com a cabeça e cortou desviou o olhar de Cosima tão somente para ver quem se aproximava.

As duas, lado a lado e de mãos dadas viram-se para Lamartine. Numa olhada rápida de canto de olho, comunicou-se com Stella que prontamente guardou sua arma e anuiu positivamente. Nenhuma delas se importava mais com as loucuras vomitadas por Lamartine. Haviam transcendido aquele momento.

Então ele calou-se subitamente quando viu o estado de transe de Delphine, e diferente das outras vezes que testemunhou aquilo, ela não parecia distante e perdida e então encarou as mãos dadas delas e sentiu o amargar do medo que só experimentam aqueles que estão prestes a encontrarem o seu fim.

Delphine olhou fixamente para Violet que compreendeu exatamente o que ela queria acenou com a cabeça atraindo a atenção de Lamartine.

- O que...? – Ele balbuciou.

- Por Todas Nós! – Delphine disse com firmeza e num movimento sutil de sua mão arrancou Violet das garras de seu algoz e essa foi recebida nos braços por Stella e no instante seguinte, passando entre Cosima e Delphine, Helena irrompeu na sala trazendo em mãos o poderoso Labrys Sagrado. Sem parar ou se interrompida por nada, saltou por sobre a mesa de pedra sem esforço algum. Com a maestria que fazia parecer que ela sempre manejou aquela arma, a girou do ar, e num movimento certeiro de baixo para cima, fincou aquela milenar lâmina no meio do peito de Lamartine.

Todas as velas e tochas que estavam acesas ali apagaram-se mergulhando todo aquele salão num instante de escuridão, mas que logo foi esfacelado pelos primeiros raios de sol que vinha da alta claraboia que ficava logo acima da mesa de pedra.

A agonizante tosse de Lamartine era todo o som ouvido ali.

O poderoso líder do Martelo estava dando seus últimos suspiros e sentindo o férrico gosto de seu próprio sangue subindo por sua garganta ele percebeu a aproximação delas.

Viu uma ofegante e sorridente Helena olha-lo triunfante.

Do outro lado Stella, que amparava Violet também o olharam com dureza. E finalmente seus olhos encontraram primeiro os de Cosima e depois os de Delphine e foi nele que encontrou algo que jamais esperaria.

- Eu... Não... Quero... Sua pena... – Disse com extrema dificuldade e com a voz falhando. Ela então ajoelhou-se ao seu lado e admirou toda a e extensão do cabo da arma que ainda estava fincada em no peito dele e foi até a lâmina que impedia que o líquido vital escorresse selando o destino dele.

- Não é pena... É mais um... Alívio doído. – Inclinou-se para falar bem perto do rosto dele e apoiou-se na madeira do machado. – Sabe onde está? – Ela olhou ao seu redor e não viu reconhecimento nos olhos quase sem vida dele. O encarou profundamente e, pela primeira vez em suas existências permitiu que ele estivesse em sua mente e então lhe mostrou a noite em que ela havia renascido sobre aquela mesa de pedra e que a arma que agora findava a existência dele ainda trazia o sangue de todas as mulheres que se sacrificaram por ela. Ele arregalou os olhos em incredulidade. – Agora procure alguma paz... Se isso for possível a você... – Disse com certo pesar na voz e já ia se levantando quando o ouvir rir debilmente. Voltou-se para ele e não havia mais medo ou temor na face pálida dele.

- Você pensa que venceu... – A voz dele sibilava devido ao pouco ar que saia de seus pulmões perfurados.

- A guerra ainda não venci... Mas essa batalha sim. – Ela respondeu com pouca emoção.

- Acha que o Martelo terá fim... – Nova série de tosse. - Com minha morte? O Martelo pulsa com meu sangue... – Tentou cuspir no rosto dela, mas não teve forças para isso e Delphine sentiu um pesar profundo e foi inevitável pensar em Manu. Ele gargalhou alto com suas últimas forças.

- Isso nada tem a ver com aquela criança nojenta... – Ele ainda estava na mente dela e um gritinho de Cosima que levou a mão até a boca fez com que Delphine a olhasse e visse um terror jamais viu nos olhos dela. Ela viu algo na mente do homem. Algo que a apavorou muito. Voltou-se para ele que lutava para manter os olhos abertos. Sem hesitar debruçou-se e encostou sua testa na dele.

No segundo seguinte afastou-se como se tivesse recebido um choque elétrico e estava completamente atônita com o que encontrou nas profundezas escuras da perversa mente dele.

Se afastou dele e se pós de pé segurando no cabo do Labrys.

- Você é um monstro! – Delphine estava tão furiosa que cuspiu seu ódio. Ele esboçou um leve sorriso triunfante e ela, sem piedade alguma, arrancou o machado e deixou que todo o sangue podre dele escorresse pela pedra escura do chão.

Cambaleante, Delphine foi até a mesa de pedra, depositou o Labrys ali e apoiou as duas mãos sobre a superfície dura e fria.

Stella, Helena e Violet estavam angustiadas com aquela tensão e viram Cosima se aproximar de Delphine com o mesmo tormento dela nos olhos. A morena repousou sua mão sobre a da loira que a apertou e virou-se para ela.

- Um irmão? – Delphine disse com voz tremula. Cosima, tomada pelo pavor do que acabou de ver na mente de Lamartine anuiu positivamente com a cabeça.

- Sim... Um irmão... – Cosima olhou para as demais. – Manu tem um... Irmão gêmeo.

 

FIM?

 

Fim do capítulo

Notas finais:

"Oiê eu sou a Juliana que namora a Jules e estou preparando uma surpresa para o niver dela"... Foi mais ou menos assim que eu comecei a falar com vocês, aqui no Spirit, no Lettera, no Whatsapp e até no messenger, obtive retorno e uma galera massa topou participar, estou aqui para dizer um imenso MUITO OBRIGADA! Foi lindo ver a Jules emocionada com as palavras de vocês, a surpresa na carinha dela, os convidados orgulhosos pelos feitos da nossa autora maravilhosa. O livro não foi entregue por motivos de ela só terminar hoje, porém foi entregue em nome de vocês o capítulo que ela mais gosta impresso e arrematado por uma linda fita lilás. Sou imensamente grata por vocês terem participado e feito o aniversário dela tão especial, assim como a Jules vocês são fodas ???? 

Ps. Walda, Pa_Garrido e Alane entrem em contato comigo no WhatsApp o mais rápido possível por favor. 

Juliana Alves


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 82 - Capítulo 82 O Fim...:
Pollyan
Pollyan

Em: 10/02/2019

Arrasou! E não, não custa sonhar. Vai dar certo! Mandei solicitação para o grupo no face. Obrigada pelo convite.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

AMANDA
AMANDA

Em: 02/02/2019

Indescritível! A história o último capítulo, é perfeito. Essa história merece 

uma capa e claro ser encadernado. Agora só nos resta esperar, mais uma alucinante

parte dessa história. 


Resposta do autor:

POdes encardenar com toda a certeza, mas planejamos um livro...

Já foi conhecer nosso grupo?

Segue o link

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Pollyan
Pollyan

Em: 31/01/2019

Que estória! Uffa.. Não participei da emocionante surpresa de seu aniversário, mas desejo os parabéns atrasados e digo que quem ganhou o presente fomos nós. Eu encontrava algum conforto na leitura e até na ansiedade que me era comum na espera do próximo capítulo. Viciei algumas amigas e uma das mais fiéis leitoras daqui de casa, minha mãe kkkkk tudo bem que eu não lia pra ela a parte das saliências, mas enfim. Obrigada por nos tirar um pouco da nossa realidade. Minha mãe tem depressão e pouca coisa a entrete em tempos sombrios, mas ela levantava para me ouvir ler, então meu muito obrigada, de todo meu coração. Chorei, sorri, emocionei e quis uma Evelyne Chermont pra mim (????), claro pq eu não sou nem besta, terminei frustada nessa parte, mas feliz por saber que cada uma de nós carrega um pouco da força que ela possui somente por ser mulher e por lutar pelo direito de se-lo. Aqui vai o meu feliz e mais sincero muito obrigada por nos presentear com a sua criatividade. Aqui em casa aguardaremos ansiosas pela próxima.
P.s.: mainha disse que quer assistir o filme dessa fanfic (risos). ??‘???‘???‘????—????“
Resposta do autor:

Mil perdões pela demora em responder, mas estava as voltas com a finalização da história e com o início do semestre que é sempre muito maluco para uma professora.

Mas fiquei encantada com seu relato e já estou "apaixonada" por sua mãe rs... Quero muito que ela leia o livro, no qual estamos gestando o projeto e, quem sabe... Um filme ou série... Num custa sonhar!

Inclusive estou lhe convidando para entrar no grupo que criei para mantê-las informadas dos próximos passos.

Segue o link:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

Xrros pra você e para sua mãe.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

deni
deni

Em: 31/01/2019

Maravilhosa, envolvente,  intrigante,  apaixonante. Amei essa história. Amei me envolver.  Parabens autora.


Resposta do autor:

Podes continuar envolvida.

Vai lá no nosso grupo:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

Xeros

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Pryscylla
Pryscylla

Em: 30/01/2019

Simplesmente espetacular!!!! Eu estou marabilhada e a saga continua,  eu estou ansiosa para o quem vem por ai.     Bjus  ;)


Resposta do autor:

Vem muita coisa legal por ai.

Para ficares acompanhando, entra no nosso grupo:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

Xeros.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 30/01/2019

Aí meu core falhou uma batida quando li, fim. Naoooooo. Um irmão gêmeo. Nao acabou. E o começo da saga de Manu. Que fodastico. Que livro vai ser muito massa. Incentivei desde o início, eu sabia q essa estória é demais, digna de virar filme. Parabéns Jules pelo aniversário é pela obra sensacional. Gratidão e aguardo novidades. Nem sabia q há grupo no whats. Gratidão namorada da Jules. Bjs de luz.


Resposta do autor:

Muitíssimo obrigada pelos elogios. Que bom bem que curtiu tudo.

Quanto as novidades, fiz um grupo para ir atualizando vocês.

Aparece por lá. Segue o link:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/Xeros.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 30/01/2019

Aí meu core falhou uma batida quando li, fim. Naoooooo. Um irmão gêmeo. Nao acabou. E o começo da saga de Manu. Que fodastico. Que livro vai ser muito massa. Incentivei desde o início, eu sabia q essa estória é demais, digna de virar filme. Parabéns Jules pelo aniversário é pela obra sensacional. Gratidão e aguardo novidades. Nem sabia q há grupo no whats. Gratidão namorada da Jules. Bjs de luz.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Isabella Nunes
Isabella Nunes

Em: 30/01/2019

Poxa vida. Essa é uma daquelas histórias que você nunca quer que acabe, é do tipo que se espera para ler, como se espera um episódio de Game of Thrones, uma pena de fato, meus domingos serão mais tristes. Mas amei, em tempos sombrios como os atuais, nós temos que ler sua história e nos inspiramos em continuar a luta diária de ser mulher nesse país e nesse planeta. Obrigada por tudo o que nos entregou, toda a dedicação, toda a imaginação, tudo foi simplesmente magnífico, meus sinceros agradecimentos. O final, estilo The L Word (Quem matou Jenny?) me deixou intrigada, tenho a impressão que essa luta jamais cessará, assim como as coisas são nos dias atuais. Confesso que queria ver a Delphine feliz com a Cossima e sem preocupações, mas ela jamais descansará se as coisas ainda não estão resolvidas, a missão dela é essa e assim como ela foi preparada por Emanueele, creio que ela irá treinar Manu até os seus últimos dias, para que ela seja a próxima mestra e continue a luta.

Mas concluíndo, obrigada por tudo minha irmã, sigamos forte na luta e resistência.

Observação: A Juliana entrou em contato comigo no Facebook e posterioemente no WhatsApp, gravei seu vídeo, mas infelizmente alguns dias depois, eu e minha companheira sofremos um acidente de carro e nesse processo eu perdi meu celular e quase perdi minha companheira também. Apenas ralei e levei alguns pontos em cortes, ela teve que passar por uma cirurgia, mas está tudo bem agora. Enfim, queria ter feito parte disso. Mas espero que tenha sido um aniversário incrível e que sejas eternamente feliz e mais uma vez, obrigada.

Resposta do autor:

Sim, a nossa missão está longe de acabar assim como a das mulheres da Ordem.

Obrigada pela companhia e sinta-se convicadissíma para participar do nosso grupo no face:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

E espero que sua companheira já esteja bem melhor viu?

Um xero imenso para ambas.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Pim
Pim

Em: 29/01/2019

Acabou? Naooo, amo essa historia, sem duvida alguma a melhor e mais incrivel q ja li! Acaba nao!!!


Resposta do autor:

Uma pausa... Um breve intervalo, talvez!

Mas vem se juntar a nós em nosso grupo:

https://www.facebook.com/groups/394442541309730/

Xeros.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web