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  • Annie - Capítulo 2

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PERFUME DE JASMIM por Ninne Diniz

Ver comentários: 3

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Palavras: 2129
Acessos: 4047   |  Postado em: 29/01/2019

Annie - Capítulo 2

 

Annie Queiroz era cega de nascença e desde muito nova procurou ao máximo ser independente, a cegueira lhe impossibilitava muitas coisas, mas outros sentidos eram bem apurados, o olfato e a audição era um deles. Não gostava de usar a guia, achava que ficava vulnerável e alvo fácil para roubos e outras coisas. Teoricamente era uma pessoa igual a qualquer outra, e se não fosse a falta de acessibilidade em vários lugares com toda certeza teria mais tranquilidade para ir e vir.

Tinha 30 anos e havia se formado como professora de língua inglesa, não foi nada fácil, mas era apenas uma das grandes dificuldades que teve que superar e provavelmente não seria a última. Trabalhava em uma associação para cegos ensinando braile, por ter nascido em uma família rica não lhe faltou bons professores, falava fluentemente 4 idiomas e apesar de nunca ter enxergado tinha suas convicções formadas acerca de vários assuntos, como costumava dizer, não enxergava com os olhos sua visão ia muito além disso.

 

Nas horas de folga gostava de ir à praça, se encantava com os variados aromas e sons ao seu redor e aprendia muito com isso. Gostava de fazer longas caminhada e cuidar do corpo, estava sempre comendo algo saudável, mas isso não significava que não comia “besteiras” sim, adorava! E foi em uma dessas caminhadas que “sentiu” a presença daquela mulher. Sabia que era uma mulher, homem não tem momentos tão longos de silêncio e o perfume que exalava era suave demais, fresco demais, cheirava a calmaria, a jasmim. Sabia que ela estava por perto a poucos metros de distância, ficava sempre no mesmo lugar. Vinha quase todas as tardes e algumas vezes passava meses sem aparecer, mas sabia quando ela estava por perto, em toda aquela praça apenas ela tinha aquele perfume.

Estava acostumada com a sua presença até o dia em que ela sentou-se ao seu lado (bem, não foi bem ao seu lado) e não iria perder a oportunidade de falar com ela. Sua voz era linda, macia, aveludada, um pouco grave e boa de ouvir. Tinha gostado. Estava na hora de ir para a associação e não conversou muito, apenas disse que ela tinha o perfume de jasmim. Era sua flor predileta.

 

Voltou várias vezes, andou por alguns lugares e não sentia mais a sua presença. Será que ela se assustou? Não, ela não se assustava por qualquer coisa, tinha certeza disso. Já estava achando que ela não apareceria mais quando chegou ao “seu” banco  e sentiu o perfume intenso e perto demais. Sorriu. Ela estava ali. Trocaram algumas palavras e o pouco que conversou pode sentir que havia algo estranho com ela, uma tristeza intensa, um peso, algo que a deixava muito, muito, triste.

A forma como falava, a respiração e a falta de interesse... ela estava em extrema angústia. Conseguia sentir. Disse a ela do peso que estava em seu coração, mas ela não quis escutar saiu dizendo que estava ocupada. Não sabia por que não estava conseguindo tirar aquela mulher da cabeça, a voz, a forma de falar, o perfume... Queria saber mais um pouco sobre ela e quem sabe ajudá-la de alguma forma.

 

Estava voltando do trabalho quando ouviu uma gritaria e pessoas correndo ao seu redor, se pudesse sairia correndo, mas não sabia se orientar dessa forma e sentiu um puxão em sua bolsa desequilibrou-se e foi ao chão. Pessoas passavam correndo, gritando, sem importar-se com ela. As mãos doíam, os joelhos estavam machucados e tudo ao seu redor era caos. Sentiu raiva daquelas pessoas que ironicamente pareciam cegas, sentiu raiva da incapacidade de proteger-se, sentiu raiva daquela cegueira, tentava levantar e não achava apoio, com as mãos sentiu que estava na calçada e sentou-se.

Estava com medo, indignada, prendia as lágrimas e a vontade de sumir daquele lugar aumentava,  foi nesse momento de desespero que sentiu o cheiro tão característico, o perfume tão conhecido, era ela, era a mulher do perfume de jasmim e por um milésimo de segundos sentiu-se segura.

 

Ela lhe tirou daquele lugar depois de provavelmente perceber que era cega e lhe deixou esperando por alguns minutos. Limpou os seus ferimentos, fez curativos e massageou as suas mãos. Não segurou mais as lágrimas e colocou para fora tudo aquilo que estava lhe apertando. Ao mesmo tempo em que se sentia aliviada por tê-la ali estava com vergonha do que tinha acontecido, não gostava de sentir-se tão vulnerável e exposta. Não esperava o abraço acolhedor que recebeu, quem não enxerga nunca sabe a reação que a outra pessoa terá, cada gesto e atitude é uma surpresa e aquela mulher lhe surpreendeu intensamente.

Sentiu que estava sendo cuidada, protegida e relaxou o corpo nos braços daquela desconhecida. Ela lhe levou em casa e fez um delicioso chá, conversaram bastante e em um determinado momento ela mudou completamente e pode perceber o quanto a dor que sentia a deixava infeliz.

Quando ela saiu sentiu uma vontade enorme de fazer algo, retribuir o carinho que recebeu e ajudá-la a tirar aquela dor... Sabia que iriam se encontrar outra vez. Sorriu. Dormiu tranquilamente e apesar de tudo o que lhe acontecera mais cedo estava feliz.

 

 

 

Melissa...

 

Melissa acordou atrasada levantou-se rápido e vestiu-se apressada, nunca tinha se atrasado tanto e o mais estranho foi ter dormido sem ter tomado um único remédio, estava se sentindo bem e mais leve. Sorriu.

 

- Bom dia doutora!

 

- Bom dia Lucas – sorriu – Qual o problema de hoje?

 

- Até agora nenhum – sorriu – Aquela investigação do tráfico de drogas está no final.

 

- Precisamos de foco!

 

- A senhora está diferente hoje.

 

- Eu? Diferente como?

 

- Mais alegre.

 

- Deve ser porque dormir bem – sorriu.

 

Estava estudando uns arquivos quando seu pensamento foi até Annie. Tinha ficado impressionada com ela e com a força que tinha. Nem se imaginava em seu lugar passando todas as dificuldades, como será que ela estava? Precisaria de alguma coisa? Apesar de tudo ela se mostrava tão feliz. Lembrou-se das mãos dela tão frágeis, das lágrimas, de onde tirava tanta força para continuar? Era uma mulher admirável.

 

Tinha saído mais cedo da delegacia e passou no mercado para comprar algumas coisas, estava voltando para casa quando desviou do caminho e passou pela praça. Foi até onde sempre costumava ficar e não a viu, ficou algum tempo sentada e ela não apareceu. Será que aconteceu alguma coisa mais séria? Ela sempre vinha. Olhou  mais uma vez ao redor e nenhum sinal de Annie.

Foi para o carro e enquanto dirigia ficou no dilema se ia ou não até a casa dela. Queria saber se estava tudo bem com ela, mas não se sentia próxima o suficiente para ir até a sua casa outra vez... a conhecia tão pouco. Melhor não ir, mas se ela estivesse precisando de alguma coisa? Se não tivesse conseguido sair por causa dos joelhos machucados? Iria!

 

Estacionou o carro na porta de Annie e respirou fundo ficou alguns segundos na dúvida se saia ou não do carro. Não pensou. Bateu na porta e esperou. Nada. Nenhum barulho. Bateu outra vez e nada. Ela não estava, melhor assim. Definitivamente não deveria ter ido ali. Colocou a mão no bolso tirando a chave do carro quando escutou alguém lhe chamando.

 

- Melissa é você?

 

Virou-se e viu Annie aproximar-se estava com uma sacola na mão.

 

- Sim, sou eu - respondeu corando.

 

- Pensei que estava ficando maluca ao sentir o seu perfume – sorriu.

 

- Eu estava passando por aqui e resolvi ver como estava – mentiu.

 

- Fui comprar algumas coisas – sorriu – Quase não iria te encontrar.

 

- Sim, eu já estava indo embora – sorriu – Bom, agora que estou vendo que está bem estou indo.

 

- Entre um pouco, se já está aqui fica – sorriu – E acho que meus curativos precisam ser trocados – sorriu divertida.

 

- Está bem, mas não irei demorar.

 

Melissa sentou-se no sofá enquanto Annie colocava as sacolas na cozinha pouco tempo depois ela voltou com uma caixa de remédios nas mãos.

 

- Acho que tem alguma coisa aqui.

 

- Como você consegue reconhecer os remédios?

 

- Em algumas embalagens vem o nome em braile e nas que não têm eu coloco alguma coisa que a identifique, mas evito ter remédios para não correr o risco de tomar alguma coisa errada – sorriu.

 

- Vem, sente-se, me deixa ver como está.

 

Melissa tirou o curativo dos joelhos, limpou e passou remédio, estava tudo bem só um pouco machucado.

 

- Prontinho moça – sorriu – Não vai precisar fazer curativo, amanhã você só precisa limpar direitinho e logo estará bem. Foi apenas alguns arranhões incomoda por causa da região, mas está tudo bem, pelo menos visivelmente. Você sente alguma dor? Incômodo?

 

- Você é sempre assim eletrica?

 

Melissa não conseguiu prender o riso, não esperava que Annie fosse fazer aquela pergunta e realmente ela desatou a falar sem pausa.

 

- Não, não sou assim – sorriu – É que me empolguei aqui – gargalhou.

 

- Você se empolgou com o meu machucado? Realmente não esperava por isso – sorriu – Já pensou em seguir a carreira médica?

 

- Não levo jeito – sorriu.

 

- Tenho minhas dúvidas, você cuidou direitinho.

 

- É bom saber que está bem.

 

- Sim, estou e mais uma vez muito obrigada pelo cuidado.

 

- Não pude ir à praça hoje tive que resolver algumas coisas.

 

- É, eu vi que não esteve lá – disse distraída.

 

- Você esteve na praça? Mas a minha casa é do lado oposto.

 

- É que.... – acabou falando demais – Eu..eu estive lá...eu queria...eu passei para ver se você estava lá.

 

- Você esteve lá só para falar comigo? Para me ver? – perguntou admirada.

 

- Bem... digamos que...digamos que sim – falou sem graça – Eu queria saber como estava se sentindo.

 

- Então você não passou aqui por um acaso.

 

- Na verdade não.... Como eu não te vi lá resolvi passar aqui.

 

- E porque você falou que estava passando por aqui?

 

- Não queria que você achasse estranho eu ter vindo aqui, queria que pensasse que estava apenas passando.

 

- Não vejo problemas em você vir aqui Melissa não precisa ficar tão armada desse jeito – sorriu – Você apenas veio ver se eu estava bem.

 

- Você tem razão – sorriu - Fiquei com receio de você se sentir a sua privacidade invadida ou que eu estou lhe perseguindo ou que

 

- É sempre bem-vinda a minha casa - disse sem deixar Melissa concluir.

 

- Obrigada - sorriu - Agora preciso ir querida, como disse, eu queria saber se estava tudo bem com você.

 

-Quer tomar café comigo? Você me disse que não tinha ninguém com quem se preocupar, isso significa que você mora sozinha, eu faço um café para gente.

 

- Annie, não precisa se preocupar comigo, estou bem e passei apenas para falar com você.

 

- E eu estou lhe convidando para tomar café comigo.

 

- Está certo – sorriu.

 

Melissa estava acompanhando Liz até a cozinha quando o celular tocou, ela olhou no visor e viu que era da delegacia.

 

- Um minuto  – disse indo para a sala - Oi. Sim eu sei. Como assim deu errado? Estava tudo bem definido – falou aborrecida – Não saia daí estou chegando em poucos minutos – desligou o celular.

 

- Annie, me desculpe, mas terei que ir agora, problemas na delegacia e preciso resolver.

 

- Ah que pena!

 

- Prometo que iremos tomar café juntas – sorriu – E  não irá demorar.

 

- Será um prazer – sorriu.

 

- Até mais querida. Ah, já ia esquecendo – pegou uma sacola que deixou no sofá – Espero que goste de chocolate, trouxe para você – colocou a caixa nas mãos de Annie.

 

- Eu adoro chocolate – sorriu – Muito obrigada.

 

- Que bom! Agora preciso ir, até mais.

 

- Amanhã estarei na praça.... se você quiser dar uma passadinha por lá – sorriu.

 

- Lembrarei disso pode ter certeza.

 

Melissa entrou no carro com um sorriso nos lábios, olhou pelo retrovisor e pode ver Annie em pé na porta. Ela realmente era uma mulher admirável. Acelerou o carro e ainda olhando pelo retrovisor pode vê-la fechar a porta com um lindo sorriso.

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Annie - Capítulo 2:
rhina
rhina

Em: 11/02/2020

 

Realmente uma história linda.

Limpa.......gostosa de lê.

Rhina

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fabsales
fabsales

Em: 04/03/2019

Awn que fofas. Belo casal <3

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 04/02/2019

No Review

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Mille
Mille

Em: 30/01/2019

Ola autora

Muito legal esse encontro delas, a Mel preocupada com a Anne. E quando ela está junta da Anne fica toda atrapalhada..

Bjus e até o próximo capítulo 

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