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Sopro de Vida por SraPorter

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Palavras: 2719
Acessos: 735   |  Postado em: 26/01/2019

Desoladas

POV Roberta

 

"Você está fora!" Essa frase ficou martelando em minha mente por todos os dias desde que aqueles abutres me demitiram. Eu não gostei dessa notícia. Fato é que ninguém gosta dessa notícia. Ela causou uma série de reações em meu corpo que fez com que eu liberasse meus instintos mais primitivos. E, ainda por cima, doeu, não só em mim quanto em Mônica.

 

Estava para completar um mês e quinze dias do meu desemprego, e ainda assim eu sentia saudades. Só para variar, lembrava da época em que eu tinha um vizinho de baia que contava piadas totalmente sem graça. O café, naquela época, era mantido sempre quente, e também sempre com o tradicional gosto de cimento velho. O computador desligava sozinho e a impressora engolia os papéis. Xerox? Só quando Deus permitia, pois os incompetentes que quebravam os equipamentos de seus setores, migravam para os setores alheios. Agora, todo aquele mundo que girava ao meu redor desmoronou. Não, na verdade, o mundo continua lá - eu é quem deixei de fazer parte dele. Adeus baia, adeus endereço de e-mail, adeus cartão de visita, adeus colegas que eu via todos os dias, adeus plano de saúde corporativo, adeus desconto na academia.

 

Ser alvo de uma demissão rotineira já não faz bem para ninguém, ainda mais ser alvo de uma injustiça. Para piorar a situação, minha esposa passou a não suportar nem mais ouvir falar o nome daquela corja, quanto mais olhá-los cara a cara. Acabou pedindo demissão e, assim, desencadeando uma série de reações financeiras e de ordem física. Esse problema estava à cada dia mais nos fazendo oscilar entre humores tão opostos quanto a ira e a apatia, o medo e a insegurança. A grande sorte que tínhamos era o amor forte e inabalável que nutríamos uma pela outra. Se não fosse por isso, já teríamos nossa vida, bem como nosso relacionamento, degringolado há tempos.

 

Se existem pessoas que sentem que a demissão é o mesmo que arrancar um pedaço do próprio corpo, não seria exagero dizer que ela é comparável à morte de alguém próximo, certo? Certo. Como com o luto, a falta de emprego desativa o sistema do cérebro que dispara dopamina quando vivemos uma situação agradável, causando a sensação de prazer. Diante de más notícias, o próprio corpo desliga essa reação. É então que ficamos tristes. E, para que nos mantenhamos assim, diferentes áreas do cérebro armam um complô. O objetivo dessa ação coordenada é fazer com que nos concentremos no problema para resolvê-lo. Nesse momento, a dose de dopamina negada pelo cérebro faz uma falta e tanto. Ficamos sem um empurrão para erguer a cabeça. O resultado? A sensação dolorosa de fracasso.

 

Era assim que eu me sentia: uma doente inútil e fracassada.

 

POV Mônica 

 

Muita coisa mudou em relação à Aids de 1981 até hoje. Contudo, vários trabalhadores ainda vêm sendo demitidos por estarem infectados pelo HIV. Incrível isso acontecer em pleno século XXI, não? Mas acontece, e com uma frequência assustadora. O fato de ser uma doença incurável e o medo que os chefões têm do colaborador vir a ficar doente e faltar ao trabalho são as justificativas mais comuns na hora do soropositivo ir para a rua. Foi o que aconteceu com minha esposa. A diretoria da Prime alegou, para sua demissão, corte de pessoal devido à um processo importante que perderam por causa da ausência de Roberta quando ela esteve internada. Porém, tenho certeza de que o verdadeiro motivo foi a sua sorologia para o HIV.

 

Minha mulher - debilitada como está - pareceu não enxergar a situação em sua amplitude. De imediato, sugeri um processo judicial, mas ela não quis, alegando que sua demissão não tinha correlação com sua doença. Oh, Deus! O que eu poderia fazer para abrir seus olhos para a verdade? Ao meu ver, tudo estava bem claro. Enquanto ela não apresentava nenhum problema de saúde, mantinha uma relação amistosa no local, conquistando até uma posição de destaque dentro da própria diretoria. No entanto, bastou ficar doente, para que se iniciasse a intolerância por parte dos chefões e funcionários, até a bomba estourar de vez.

 

Em dias e dias explicitando as situações, fazendo-a ponderar sobre o assunto, por fim consegui convencê-la a procurar um advogado para nos orientarmos melhor à respeito desse processo. Minha esposa concordou, mas, no início, queria a reintegração, até enxergar que não existia mais clima para retornar a esse emprego. "Vamos pedir uma indenização", sugeri. Essa demissão tinha tomado proporções inimagináveis, e agora era uma questão moral, tanto para Roberta, quanto para mim. Apesar do desgaste físico, o trabalho dava condições psicológicas para enfrentar a vida. Tirar isso dela foi um ato da mais pura crueldade.

 

                            ************

 

Já permanecíamos no aguardo do advogado fazia cinco minutos. Outras pessoas também estavam sentadas nas poltronas da recepção do escritório e outras tantas circulando por ali. Vez ou outra direcionavam seus olhares à nós duas. Olhares nada amistosos, pelo contrário. "Repulsa" poderia ter um significado bem aplicado nessa situação. Incomodada, levantei-me rapidamente - sem dar chances de reação para a minha mulher, seguindo até o balcão onde estava a recepcionista.

 

- É...me desculpe, mas...será que ele vai demorar muito para nos atender? - Indaguei.

 

- Só um segundo que verificarei. - Um segundo, dois, dez, vários segundos se passaram até que a mocinha com cara de poucos amigos nos desse o aval positivo para adentrarmos na sala do advogado - Segunda à direita.

 

- Obrigada. - Roberta respondeu, sorrindo brevemente enquanto eu dava a mão à ela para caminharmos - Com licença. - Entramos no escritório após leves batidas na porta.

 

- Podem entrar. Fiquem à vontade. - Uma voz grave respondeu.

 

Confesso que fiquei admirada com o local. Os materiais de revestimento utilizados eram de extremo bom gosto, luxuosos, assim como o projeto luminotécnico e todo o mobiliário. Os espaços proporcionavam conforto e funcionalidade. A decoração nobre, as obras de arte e as cores sóbrias, estavam bem de acordo com a identidade do seu dono, retratando a sua postura séria e sólida.

 

- Dr. Marra... - Minha esposa estendeu a mão em cumprimento e eu fiz o mesmo em seguida antes de nos sentarmos nas cadeiras indicadas.

 

- Roberta? Espera...Roberta Albuquerque? - O homem parecia deveras surpreso e um tanto quanto assustado com a presença dela ali.

 

- É. Sou eu, apesar da aparência não ser a mesma de antes.

 

- Sim...já...faz um tempo que nos encontramos e...

 

- Já faz um tempo em que te derrotei no tribunal. - Ela brincou.

 

- Eu preferia esquecer essa parte. - Todos rimos do seu tom brincalhão - Mas...o que houve? Está doente? Não...não me parece bem...

 

- Estou com AIDS, Marra.

 

- O quê? - E tal qual a velocidade da luz, seu semblante passou de surpreso para abismado e...afoito. Um pigarro, o afastamento da cadeira, bem como seu olhar acusatório me fizeram ter a certeza de que a sua encarada estava carregada de preconceito - Isso é sério?

 

- Sim. Eu não brincaria com uma coisa tão grave.

 

- Não. De fato não. Eu...sinto muito. - Atenta aos seus trejeitos, calada, observei seus gestos cada vez mais imprecisos, denotando extremo nervosismo - Bom...o que...o que a traz aqui?

 

- Eu fui demitida. Minha esposa e eu temos plena certeza de que a causa foi a minha doença, então, aqui estamos nós.

 

- Sua...esposa? - Sua cara de espanto, quiçá, repulsa, estava me enervando.

 

- Sim, esposa. Há doze anos. - Respondi, sorrindo falsamente, ao passo em que entrelaçei meus dedos nos de Roberta.

 

- Ok. Hã...e em que eu posso ajudá-las especificamente?

 

- Eu quero processar a Prime pelos danos que ela me causou e precisarei de um bom advogado para isso. - Roberta, agora segura do que queria, fez-me sorrir pelo tom de determinação.

 

- Precisaremos de um advogado que não tema a causa. - Completei.

 

- Eu escrevi essa carta, iria encaminhar à diretoria, mas não o fiz. Talvez seja importante que você leia. - Minha mulher tirou da bolsa um envelope branco, estendendo-o ao homem ainda relutante.

 

"Prezada direção executiva da Prime Construtora,

 

Primeiramente gostaria de agradecer à empresa por ter me dado a oportunidade de trabalhar como advogada durante todos estes anos, que em soma, ultrapassam a marca dos dez. A minha consciência está tranqüila no que concerne à dedicação total de minha parte, sempre cumprindo as tarefas à mim impostas, e muito além disso, com excelência.

 

Nunca, em momento algum, dei motivos para que os meus colegas, superiores ou até mesmo os clientes se queixassem do meu trabalho, pelo contrário, sempre elogiaram e sempre mostraram satisfação devido ao meu comportamento impecável e ao meu desempenho profissional. Com isso, posso lhes assegurar que Roberta Mariângela Albuquerque, não é uma advogada recém-formada e imatura.

 

Em relação ao ocorrido no processo de número 467, por mim montado e defendido - caso este que tomou proporções gigantescas, indo ao conhecimento da sede em Chicago - não sei até que ponto a informação correta e completa chegou até os senhores, mas posso garantir que houve uma grande falha e injustiça recorrente, uma vez que sempre trabalhei com um cargo de confiança e nunca lhes decepcionei.

 

No entanto, no dia 07 de maio, às exatas 18:55, recebi uma ligação informando que eu tinha sido excluída do quadro de funcionários da empresa, alegando que a ordem veio de cima, do presidente geral, para demitirem a responsável pela perda do referido processo citado acima - cuja importância em valor da indenização era exorbitante - acusando-me também de violação de informações confidenciais e comerciais.

 

Já faz algum tempo que fui diagnosticada soropositiva, o que nunca, em todos esses anos, foi impedimento para o ótimo desempenho das minhas atividades. Infelizmente, nas últimas semanas fui acometida por alguns males decorrentes da minha doença, e que me deixaram um tanto quanto debilitada. Pela primeira vez estive privada de condições físicas e psicológicas para dar andamento no trabalho que havia iniciado, uma vez que o melhor recurso para a minha total recuperação foi uma internação hospitalar.

 

Nesse meio tempo, os advogados juniores deveriam ter ficando responsáveis pela fluidez do setor jurídico da Prime, haja visto que essa é a função deles na minha ausência. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. Ao longo dos primeiros dias em que não estive presente fisicamente no escritório, coordenei tudo via acesso remoto e por telefone, orientando, instruindo e auxiliando os demais profissionais da área. Acessei sim o sistema da Prime algumas vezes para estudar os documentos necessários para a realização do meu trabalho, mesmo estando eu em casa. Outras vezes, acessei o sistema para visualizar e tentar entender como os advogados estavam planejando, desenvolvendo e executando a conduta de defesa da causa infelizmente perdida, sempre pensando em, independentemente de estar doente ou não, continuar desenvolvendo bem o meu trabalho. Em momento algum sequer cogitei a possibilidade de me apropriar de informações confidenciais ou comerciais.

 

Reitero que estou muito decepcionada e profundamente triste de ter sido envolvida e nivelada aos demais que realmente podem haver apropriado-se de muitas informações confidenciais e/ou comerciais de suas áreas e de outras. Estou abalada física e emocionalmente por não conseguir acreditar que os senhores tenham pré-julgado que eu fosse capaz de cometer atos fraudulentos e criminosos já que sempre demonstrei-lhe minha honestidade e fidelidade às instituições das quais os senhores são diretores. Digo, além disso, que meu abalado maior se dá por não acreditar também que a Prime foi capaz de inventar uma desculpa tão esfarrapada para encobrir seu preconceito velado da minha condição como soropositiva. Muito me admirou uma empresa multinacional de renome, respeitada no mundo todo, ter tido uma atitude tão retrógrada e grotesca como essa, estando nós em pleno século XXI.

 

Fico ainda me perguntando como nunca expressaram tamanha ignorância com relação à minha sexualidade - já que estavam cientes desde o início, inclusive tendo alguns colegas participando ativamente do meu casamento e da minha vida fora do âmbito profissional - mas foram extremamente infelizes com relação à uma doença incurável, mas não contagiosa.

 

Não foram apenas doze dias trabalhando e me dedicando à Prime, foram doze anos. E doze anos de muito amor, muita abdicação, muita determinação, muita dedicação, muito profissionalismo e muito caráter.

 

Despeço-me com a certeza de que sempre fiz mais que o melhor e com a toda a integridade para levar adiante o crescimento dessa empresa, junto com o sonho de milhares de pessoas no mundo todo em ter a casa própria; sonho este que passou a ser o meu também e que me foi tirado abrupta e injustamente.

 

Sem mais para o momento, agradeço a atenção dispensada.

 

Roberta Mariângela Albuquerque”

 

 - São palavras bem tocantes mesmo. - O advogado disse, após um longo suspiro - Uma pena não haver provas nem precedentes.

 

- Como assim, Dr. Marra? Eu estou protegida pela lei. - Minha esposa estava tão indignada quanto eu com o comentário daquele homem.

 

- Nós resolvemos te procurar porque Roberta tem conhecimento de sua voracidade nos casos e de seu alto conhecimento técnico. A Prime é uma multinacional de grande porte. Qualquer processo contra ela por si só já é complicado, sabe muito bem disso, não? - Rebati.

 

- Sei, sei sim, senhora...

 

- Mônica... - Minha esposa tentava conter-me.

 

- É justamente por conhecer à fundo a legislação trabalhista e por conhecer ainda mais as causas levantadas contra essa empresa que digo...não.

 

- Não? - Roberta indagou, surpresa.

 

- Como assim "não"?

 

- É...não. Não aceito esse trabalho. Sinto muito. Não vou associar meu nome a esse tipo de... - A repulsa, o nojo e a aversão intensa à mim, à minha mulher, à nós como casal e, principalmente à doença de Roberta, estava mais do estampado em seu semblante e subentendido em suas palavras - Boa sorte com algo que não vai dar em nada. Agora, se me dão licença, tenho outros clientes para atender. - Marra levantou-se de sua cadeira, indo até a porta e abrindo-a, fazendo gestos em uma forma velada de nos expulsar dali - Passem bem.

 

Desoladas. É assim que nos sentimos naquele momento. Caminhamos lenta e silenciosamente até o nosso automóvel, absorvendo toda a dor da situação. Não bastava ser alvo de atitudes discriminatórias por causa da etnia, do gênero, da orientação sexual ou da aparência. Havíamos acabado de sofrer uma clara manifestação hostil que nos magoou e ofendeu profundamente por mais de uma razão: a repulsa por sermos homossexuais e pela minha esposa ser soropositiva.

 

Entramos no carro ainda em silêncio, absortas em nosso mundo cinza particular. Dei a partida no carro e engoli em seco, segurando as lágrimas ao perceber o esforço de Roberta para segurar as dela. As doses de discriminação são realmente diárias quando se vive em uma sociedade machista, racista e homofóbica, porém, por mais que saibamos que isso acontece à todo instante, sempre, sempre será motivo de dor, e da morte lenta de um pedaço de dignidade dentro de nós.

 

- Amor... - Tomei coragem para finalmente me manifestar - Eu sei que o sentimento inicial é de raiva por isso ser alvo gratuito. Realmente não há um motivo aceitável para a atitude daquele filho da puta. Vivemos isso desde sempre, não é? - Minha voz embargada e a atenção na via, faziam-me gaguejar um pouco - Mas você tem ciência de que não devemos sentir nada além de pena dessas pessoas pouco evoluídas que consideram o outro menor pelo sex*, cor ou orientação sexual. Para essas pessoas, devemos desejar mais inteligência, pois é visível que falta. Quem sabe assim comportem-se com mais civilidade, o que é básico para viver, não é?

 

 

- "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Einstein definitivamente era um sábio. - Roberta suspirou profundamente, com a cabeça encostada na janela - Me leva para casa, amor. Só me leva para casa.

Fim do capítulo


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