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Teorias Linguísticas: o efeito Carol por srtaanalaura

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Palavras: 1553
Acessos: 658   |  Postado em: 16/01/2019

Devaneio meu, veraneio seu

Acordei com o barulho persistente do despertador que indicava, em alto e irritante som, que aquela era a hora de levantar e seguir para mais um dia de trabalho naquela universidade que eu tanto amo. Não dormi o suficiente, eu sei, mas aquelas poucas horas de sono serviram ao menos como intervalo dos pensamentos que tanto me afligiam nas últimas horas. O susto que Serena passou e a preocupação com os traumas que ela e a minha irmã possivelmente carregarão, o antigo – e tão atual – problema com a minha mãe e, principalmente, a minha situação com Mirela. Agradeci mentalmente por não ter aulas na turma de calouros naquele dia, pois isso muito provavelmente evitaria um contato que eu não estava pronta para ter – e acredito que nem ela. 

Fiz minha higiene pessoal e deixei para tomar café no trabalho. Diante do guarda-roupas, a missão que geralmente é bem complicada se tornou insignificante e em menos de dez segundos escolhi a minha roupa, de uma forma bastante aleatória. Peguei as minhas chaves, pronta para encarar o trânsito caótico tão comum em cidades grandes naquele horário. 

Cheguei uma hora antes de começar a minha aula, como sempre. No caminho até a minha sala, comprei um café e um sanduíche natural na cantina, cumprimentei alunos e trabalhadores que circulavam pelo bloco, inclusive a Manuela, do departamento de Literatura, com quem já tive um envolvimento que, embora muito breve, me trouxe grandes dores de cabeça. Esse era um encontro que sempre era desagradável, ainda mais depois de uma noite como a que eu tive ontem. Ainda assim, não poderia deixar de cumprimentá-la: 

– Bom dia, Manuela! 

– Bom dia, Carolina. Que cara é essa, hein? Acho que você teve uma noite fracassada ontem, porque parece que você saiu diretamente de um poema do Augusto dos Anjos – ironizou, amarga, como sempre. 

– Minha sobrinha foi sequestrada pelo pai, que se matou na frente dela. Mas não foi um fracasso, Manuela, porque ela está bem e eu fiquei muito aliviada, porém não dormi nada e por isso estou assim – ela ficou visivelmente nervosa, já que suas bochechas coraram imediatamente, entregando-a. 

– Carol, mil desculpas. Eu não imaginei que fosse isso. Nossa, sério. Me desculpe. Eu até vi essa notícia no O Povo, mas não imaginava que era a sua sobrinha. 

– Sem problemas. Enfim, boas aulas. Até mais. 

– O mesmo. Até mais! 

Tenho certeza que, pela primeira vez, o fim de uma conversa nossa foi muito mais comemorado por ela que por mim – e olha que comemorei bastante também. Que pessoa inconveniente! Claro que ela não poderia prever, mas aquele não era o primeiro deslize do tipo que ela cometia comigo.  

Enquanto tomava o meu café, que estava no ponto que eu gosto, bem amargo – mas não tanto quanto a Manuela –, decidi pegar o celular só para não perder o hábito e ver o que as redes sociais tinham para me oferecer como entretenimento naquela manhã de quinta-feira. Entre piadinhas, selfies, desabafos, notícias e todas as besteiras esperadas, um post em específico me chamou a atenção no Facebook. Era um trecho de uma música e o perfil que o publicou era de ninguém mais ninguém menos que Mirela Torres. 

“Foi um devaneio meu, 

Um veraneio seu 

E um outono inteiro 

Em minhas mãos.” 

São poucas as músicas tristes do Jorge Vercillo. Entre elas, essa a qual pertencia esse trecho que Mirela publicou, chamada Devaneio, é uma das mais lindas. Ao ler aquilo, lembrei da canção e, mais ainda, de quem havia feito a publicação. A vontade de chorar me acertou fortemente, mas as lágrimas pareciam estar presas, precisando de um incentivo a mais para, finalmente, escorrerem pelo meu rosto e aliviar, de alguma forma, aquela dor. Peguei os fones que estavam na minha bolsa, procurei pela faixa no YouTube e, já nas primeiras notas, senti o meu próprio choro sendo finalmente liberado.  

Poderia nem ter sido sobre mim, ela poderia estar simplesmente ouvindo aquela canção e quis postar um trecho dela, sem maiores pretensões, mas ali, ao som daquela música tão linda e tão triste eu me permiti chorar, por mim e por tudo. Por ela e por nós. Mas nem havia um nós. Talvez nunca possa existir. O fato é que a vida me arrastava involuntariamente e as minhas obrigações imploravam por atenção e, assim, aqueles minutos de desabafo solitário certamente seriam exceção durante todo o dia. Então, decidi ligar para a minha irmã para saber como ela e Serena estavam. Ela me disse que não iria trabalhar hoje e que levaria Serena para realizar exames para se certificar de que realmente estava tudo certo com a nossa pequena. Inclusive, ela vai precisar de acompanhamento psicológico em consequência do trauma. Quando percebi, já estava na hora de ir para a sala de aula. Pego meu material e sigo para mais um dia longo de trabalho. 

 

(Mirela) 

 

Enquanto o professor dava a sua aula, eu só conseguia pensar na Carol e em tudo o que aconteceu naquela noite. Foi tudo tão rápido, que eu nem tive tempo de entender. Claro que a expectativa não se formara durante os nossos beijos, afinal, o desejo não nos exige muito. Eu senti que a nossa conexão era diferente durante a correria angustiante do acontecido com a sobrinha dela, quando a vi chorar durante a ligação com a sua irmã, quando decidi não abandoná-la ao perceber que o estado dela não lhe permitia dirigir e mesmo quando ela falou com Serena naquele reencontro tão lindo e tão especial.  

Por alguns instantes, senti que eu poderia ser especial para ela, que poderia ser mais do que uma noite de sex*. Mas me parece que o que aconteceu durante aquele momento de aflição foi comigo simplesmente porque era eu que estava lá, mas poderia ser qualquer uma. Eu me senti mal e ela não era culpada. Quem criou expectativa – ainda que involuntariamente – fui eu e não ela. Perguntas cruéis perturbavam os meus pensamentos. Será que ela não sentiu o mesmo? Será que fui só uma quase-trans*? Será que ela já ficou com outras alunas antes? 

O post mais cedo não é muito coisa minha, porque eu não gosto de compartilhar a minha vida nas redes sociais. Fiz aquilo porque queria que ela visse, que sentisse alguma coisa, que soubesse alguma coisa sobre mim e sobre como eu estava me sentindo. Acho que funcionou porque vi que ela curtiu um pouco antes da aula começar. Aquele dedinho polegar solitário acompanhado do nome dela acertou o meu coração e eu me senti indefesa. Mas o fato é que meu objetivo foi atingido. O que eu não tinha me tocado é que as outras pessoas também veriam a publicação, como foi o caso da Júlia, que me enviou uma mensagem no WhatsApp: 

[14/03 08:32] Mozão: Bom diaaaa, meu amor! Que lamúria é aquela no fb, miga? 

[14/03 08:35] torresmirela: Bom dia!!! Ai, amiga, tanta coisa tá acontecendo. 

[14/03 08:35] torresmirela: Queria tanto te ver, tou precisando conversar.

[14/03 08:36] Mozão: Então quer dizer que a senhora só me procura quando dá merd*, é? 

[14/03 08:36] torresmirela: Claro que não, bebê. 

[14/03 08:36] Mozão: Tô brincando. Olha você tá com sorte pq hoje à tarde é minha folga. 

[14/03 08:37] torresmirela: Sério? Ai, mds. Vamos lá para casa. Vou passar o endereço. 

[14/03 08:38] torresmirela: Local 

[14/03 08:38] torresmirela: Eu faço brigadeiro. 

[14/03 08:39] Mozão: Só vou se vc fizer pavê também kkkkk. 

[14/03 08:39] torresmirela: O que eu não faço por você, né? 

[14/03 08:41] Mozão: Fechou, então. Vou voltar para o trabalho. Beijo! 

[14/03 08:41] torresmirela: Beijo!!! 

Apesar da tristeza, eu estava muito feliz porque ia reencontrar a Júlia. Já não aguentava mais de saudade. Quando a aula acabou, saí quase correndo para o mercado comprar os ingredientes dos doces que eu havia prometido à minha amiga. Eu tinha quase certeza que ela faria a piada do “pavê ou pacumê?”. Ela sempre faz. Ela é tão tiazona. Ela é tão ela e é por isso que eu a amo tanto.  

Com a Júlia, o tempo voou. Nós comemos, assistimos “Friends” pela milésima vez, falamos sobre a minha mudança, sobre o curso e as minhas primeiras impressões, sobre o relacionamento dela com Isadora, enfim, sobre tudo, menos: 

– E agora é hora que a senhora vai me contar o motivo de postar a música mais triste do Vercillo às sete da manhã de uma quinta-feira? 

– Como você deve imaginar, tem a ver com mulher. 

– Não me diga que tu já se apaixonou, Mirela Torres de Carvalho. 

– Eu acho que sim, Ana Júlia Vieira de Lima. 

– Conta tudo. 

– Calma aí, mulher. 

– Como diria Maria Izolda da Silva¹, calma é o cacete. Avia², Mirela. 

– Bem, a minha professora de Teoria Linguística, a Carolina, tá me deixando louca. 

– Santa paciência, Mirela. Professora? Sério mesmo? Tirou isso do roteiro de Loving Anabelle? Ai, me poupe, vai. Tu deve ter zero chances com ela. 

– Júlia, eu fiquei com ela. 

– Oi? Sonho não vale, amiga. 

– Porr*, Júlia, não foi sonho. Me leva a sério, cacete – ao dizer isso, não contive as lágrimas e chorei sem me dar ao menos o trabalho de disfarçar, o que deixou a Júlia preocupada. 

Fim do capítulo

Notas finais:

¹ https://www.youtube.com/watch?v=2GRWrDPZXUg (muito popular aqui no meu país Ceará)

² Avia: Significa um pedido de pressa. Rapidez.

 

Olá, minha gente. Primeiro, não detonem a Júlia porque ela é muito maravilhosa e vocês descobrirão isso já no próximo capítulo. Segundo, esse capítulo ficou menorzinho mas ainda essa semana eu posto o outro. Terceiro, escutem essa música que dá título ao capítulo, para chorarem junto com o nosso shipp Mirol.

https://www.youtube.com/watch?v=K4ttUcrxZE4


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Comentários para 7 - Devaneio meu, veraneio seu:
Freyya
Freyya

Em: 17/01/2019

Quem dará o braço a torcer primeiro? Quero ver a Carol indo atrás haha 

A amizade da Julia e da Mirela parece ser muito bonita.

Volta logo, autora, plsss

 


Resposta do autor:

Mirela não tem nem signo pra isso, mas, quem garante, não é?

A Júlia é ma-ra-vilhosa!

Vou tentar subir o outro capítulo ainda hoje; espero que dê tempo!!!

Obrigada!!!

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