Happy Day por Juliana544 e
" Desculpe a demora meninas por postar os capitulos estou com um pouco espaço de tempo mas estarei fazendo o possivel para disponibiliza-los logo... Um feliz ano novo e mais um paa vocês! bjos"
Capítulo 4
(Verônica)
- Obrigada Julian! – Falei assim que cheguei no prédio.
- Sempre que precisar senhorita Marques. – Falou cordial.
- Oh querido só me chame apenas de Veronica... Não precisa de tantas formalidades. – Falei dando um sorriso.
- Ok então Veronica... Tenha uma boa noite senhorita! –Se dirigiu para dentro do carro, quando acenei um tchau dando a partida para ir embora.
Olhei bem para o prédio até o meu andar, de longe vi que tinha uma pessoa na varanda, dei um longo suspiro já estava um pouco tarde. Quando estava dentro do elevador meu celular apitou me informando que havia recebido uma mensagem.
Espero que tenha uma ótima noite senhorita
Marques dormirei hoje apenas sentindo seus beijos em meus lábios,
não se esqueça jantar as 20:00 comigo amanhã!
Beijos
“Lohanny”
Quando acabei de ler meu sorriso foi automático, ela tinha esse efeito em mim, de fazer me encantar cada vez mais. Toquei meus lábios ainda sentia o gosto dos seus, o elevador apitou me avisando que tinha chegado em meu andar, quando ia entrando quase me desiquilibrei quando um fura cãozinho veio me abraçar.
- Mamãe! Você chegou! – Gritou apertando minhas pernas.
- Meu amor, que saudades! – Falei fazendo carinho em seus cabelos lisos.
- Bom Vivi sua mãe já chegou a mamãe já está indo embora. – Falou me encarando.
- Achei que não viria hoje para casa Flavia por que não me mandou mensagem ou me ligou? – Perguntei colocando minha pequena no chão.
- Eu mandei, se você não tivesse por ai altas horas da noite e sabe lá com quem veria suas chamadas. Onde que você estava em Verônica? – Perguntou já se alterando.
Flávia e eu fomos casados a três anos, antigamente ela era um mulher muito boa, gostava de me fazer algumas surpresas românticas, quando conseguimos engravidar de Vitoria foi uma alegria para ela. Mas um tempo depois quando Vitoria completou três aninhos ela começou a mudar, chegava tarde em casa, as vezes bêbada, me tratava com uma certa grosseria, até que um dia chegando em casa a vi com sua secretária na nossa cama, aquilo foi o fundo do poço para mim, eu tentei a expulsar de casa mas foi em vão que ela não queria sair, acabei juntando as minhas coisas e de Vitoria e vim morar com Suzana.
- Isso não é da sua conta Flávia, já deixou a Vivi aqui então cai fora. – Falei tentando manter o controle. Quem ela pensa que é para falar comigo assim!
- Um dia você ainda vai se arrepender Veronica e vai voltar para mim, eu sou a mãe da Vivi também e é comigo que você tem que ficar! – Apontou o dedo para mim.
- Flávia vai embora por favor, não fale asneiras, se eu tivesse que voltar com você eu preferiria ficar solteira. Infelizmente escolhe mal a segunda mãe da Vivi, então cai fora daqui e só me dirija a palavra se for falar da nossa filha caso o contrario, nem fale comigo. – Falei abrindo a porta.
- Já vai Mamãe Favia? – Perguntou a pequena.
- Sim minha princesa, depois a mamãe Flavia vem te buscar para a gente tomar um sorvete ok. – Falou a pegando no colo.
Ela apenas balançou a cabecinha, dando um abraço de despedida nela, quando a soltou me olhou com cara de ódio, antes de sair e eu fechar a porta. Suzana me olhava com a mesma cara do dia anterior, de raiva, apenas peguei Vitoria no colo e sai para meu quarto, estava cansada demais para discutir com ela também, só queria ficar um pouco com a minha filhota.
- Mamãe amanhã você vai trabaiar? – Falou com sua voz doce que eu amava. Vitoria era tudo para mim, minha salvação de dias difíceis.
- Infelizmente meu amor, mas a mamãe vai tentar vir bem cedo para a gente brincar certo? – A olhei.
- Ceto! – Rodeou seus bracinhos no meu pescoço me dando um abraço gostoso.
Depois de varias cócegas , ela conseguiu pegar no sono, fiquei velando seu sono por um instante, eu amava vê-la dormir, Vitoria era tudo que tinha, minha família, tudo que fazia era por ela, para dar uma vida melhor a ela, se alguma coisa lhe acontecesse não sei o que seria de mim, cada dia mais ela crescia e ficava cada vez mais inteligente. Sai do quarto indo comer alguma coisa, percebi que não tinha beliscado nada o dia todo só quando minha barriga reclamou, levei um susto quando dei de cara com Suzana.
- Nossa! Quer me matar de susto Su? - Coloquei a mão no peito, meu coração estava que nem bala.
- Se der certo sim, desde ontem que eu estou querendo te matar. - Falou séria. -Que merd* pensa que está fazendo em Verônica?
- Su você não entende ... - Tentei falar mas ela não deixou.
- Eu te avisei varias vezes que aquela mulher não presta, quantas vezes eu falei para ficar longe dela, agora quase todos os dias vem de carro ou com ela ou o motorista dela. Essa mulher tá jogando com você e você caindo que nem patinho! - Ela estava bastante alterada, eu sabia que ela só queria me proteger, mas eu era de maior sabia o que estava fazendo.
- Suzana eu já sou de maior eu sei o que estou fazendo. - Falei cruzando meus braços.
- Espero que saiba mesmo Verônica, por que de hoje em diante eu lavo minhas mãos com você. - Saiu para o quarto.
- Também te amo meu amor! - Gritei quando fechou a porta.
Balancei a cabeça, ia ser difícil, sabia o que Suzana passou por ter gostado de Lohanny, e o que mais me assustava era que eu estava gostando dela verdadeiramente, eu tinha medo que ela fizesse a mesma coisa comigo, eu não queria perder meu emprego de nenhum maneira, aliás ela era minha chefe, por hora resolvi tirar aqueles pensamentos novamente da cabeça. Comi, tomei um longo banho e fui deitar, eu estava muito cansada, ainda teria que acordar cedo para ir a empresa, como Vitória estava em casa iria tentar chegar um pouco mais cedo para ficar com ela.
- Mamãe acordaaaa! - Gritou, estava sentindo uma pequena coisinha pular em cima de mim.
- Só mais um pouco bebê. - Estava com muito sono que só a agarrei e virei do outro lado a fazendo dar uma gargalhada gostosa. - Bom dia meu amor.
- Bom dia mamãe, a mamãe Favia me ligou hoje queria falar com você, é uma tal de Lohana também só que eu não atendi. - Falou com sua inocência, quando olhei a hora levei um susto, estava verdadeiramente atrasada.
- Meu Deus! - Sai saltando da cama.
Me arrumei que nem bala, amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo, coloquei um vestido social preto e saltos finos, só passei uma maquiagem básica só para não ficar com cara pálida, eu precisaria muito ir à praia pegar um sol, estava muito branca. Como Suzana iria trabalhar só a noite resolvi deixar Vitória com ela, e fui correndo trabalhar. Dei um longo suspiro de alivio quando cheguei ao elevador, eu sabia que iria receber uma baita bronca.
- Parece-me que alguém perdeu a noção do horário hoje! – Falou quando sai do elevador. Ela estava incrivelmente impecável, mas com seu mau humor habitual. – Não tolero atrasos na minha empresa senhorita Marques, a próxima... – Me encarou quando a interrompi.
- A próxima vai o que? Me demitir? Não se dê o luxo senhorita Gonzáles, pode me demitir agora se quiser. – Falei seca. O que você esperava Verônica, flores? Ela é sua chefe querida!
Ela parou o que estava fazendo me analisando séria, mesmo de mau humor ela era quente como o inferno, eu queria pular nos seus braços e a beijar, mas tudo que fiz foi manter a postura e ir direto para minha sala, eu odiava chegar atrasada, mas eu não pude evitar, além disso eu estava exausta.
Trabalhei a tarde toda em um projeto para uma montadora, eles estavam atrás de alguma coisa sustentável que fosse de menos custo, já que a empresa agora enfrentava alguns problemas financeiros. Eu entendia perfeitamente o mau humor de Lohanny, mas mesmo assim ela não podia descontar seus problemas em ninguém, estava tão distraída que nem vi a porta ser aberta.
- Atrapalho? – Perguntou entrando.
- Não senhorita Gonzáles. – Falei cordial.
- A querida me chame apenas de Fernanda, não precisamos de tanta formalidade. – Falou piscando para mim sentando-se na minha frente. Ela está me cantando?
Fernanda era tão bonita quanto as irmãs, sua elegância e charme diria que se parecia muito com Lohanny, mas sua educação era mais parecida com a de Gina. Mas de alguma forma ela não me chamava muita atenção quanto Lohanny, tinha algo diferente nela que não me agradava muito.
- Desculpe, em que posso lhe ajudar? – Perguntei colocando minhas mãos em cima da mesa.
- Em muita coisa senhorita Marques. Posso te chamar de Veronica? – Dei de ombros, alias ela era dona dali eu poderia fazer o que? – Topa almoçar comigo, queria lhe conhecer melhor, uma mulher tão bonita quanto você merece uma companhia agradável não acha?
- Bom senho... Fernanda eu fico lisonjeada, mas tenho que recusar seu pedido, não gosto de misturar trabalho com vida pessoal. – Falei a analisando.
- Entendo, bom minha proposta ainda está de pé, creio que não irá se arrepender... Veronica! – Falou pegando em minha mão para depositar um beijo.
Assim que beijou minha mão a porta foi aberta, “Qual é ninguém sabe bater?” pensei, Fernanda se virou olhando a irmã, eu apenas continuei com minha postura profissional. Lohanny mudou sua expressão rapidamente, ela olhou de mim para sua irmã, minha deusa interior sorriu diante da cena, ela estava mordida de ciúmes, o que a deixou furiosa mesmo foi quando Fernanda olhou para mim, dando um sorriso cafajeste e disse:
- Espero a sua resposta minha cara Veronica! – Falou antes de sair me deixando sozinha com a rainha de gelo.
- Em que posso lhe ajudar senhorita Gonzáles? – Falei com ela sendo profissional, se ela queria fingir que nada tinha acontecido ótimo. Ela olhou para mim seria me analisando, estremeci diante de seu olhar de raiva.
- Vejo que não sou a única que quer te comer. – Falou rude, aquilo ferveu meus nervos, ela achava o que, que eu era um simples pedaço de carne, um premio, como ela podia ser tão cafajeste, uma hora se dizia apaixonada por mim outra vinha com suas grosserias.
- Bem Lohanny se veio falar de alguma coisa de trabalho pode me dizer, agora se veio me ofender e me desrespeitar coisa que eu não sou é uma de suas putas que você pode tratar como bem entender, então se retire. – Falei séria sem perder a razão, mas o que eu queria mesmo era dar um tapa na sua cara, ela suspirou e foi em direção da porta para sair. – Antes de sair gostaria de perguntar se poderia sair mais cedo hoje, tenho er... Algo muito importante a fazer.
- Se for algo muito mais importante que sua carreira profissional, a reposta é sim, se não for não vejo motivos para libera-la, além disso você me deve, chegou atrasada hoje. – Falou fria sem olhar para mim, aquilo me deixou com mais raiva ainda.
Tudo que eu pensei foi: “Porque estou apaixonada por essa mulher?”.
Para minha sorte não sai no horário que pretendia já eram oito da noite, depois da hora que Lohanny saiu da minha sala, não tive mais nenhum contato com ela, apenas Gina veio falar comigo me pedindo alguns papeis das peças que foram vendidas entre 2016 e 2017, eles estavam correndo atrás para saber onde estava o erro, se aquilo continuasse a empresa passaria a ter um novo gerente, Lohanny perderia seu cargo de uma vez. Estava ajudando Gina a olhar alguns quando vi Lohanny passar em frente a minha sala e bater na porta a chamando em sua sala, nem se deu o trabalho em olhar na minha cara.
- Tenha mais paciência com ela querida, eu sei que minha irmã pode ser difícil de se lidar mas é uma ótima pessoa. – Falou me dando um sorriso. “Como ela sabia?” – Nem precisa me olhar assim eu sei de tudo, além disso como que está a Vivi?
- Quem te contou sobre... – Perguntei espantada.
- Sua filha, bom minha querida eu tenho que saber tudo não acha? Ainda mais dos funcionários que trago para essa empresa. – Falou me olhando. – Só não vejo a hora dela nascer logo, me sinto tão pesada e cansada.
- Sei como é eu sofri muito nessa fase, Vitoria me deixava muito cansada. Pior que o tempo passa tão rápido. – Falei lembrando do meu bebê.
- Bom acabamos por aqui, se quiser ir pode ir. – Falou se levantando com um pouco de dificuldade por causa da barriga, já se podia ver que não demoraria muito para dar a luz.
- Não você precisa de ajuda e alias sua irmã vai ficar uma fera. – Falei me levantando também.
- Não se preocupe querida você tem coisas mais importantes a fazer, alias o que é mais importante que os filhos? E questão a minha irmã eu mesma cuido dela. – Falou determinada me fazendo sorriso.
Eu sabia de cara que eu e Gina seriamos boas amigas, ela era uma ótima pessoa. Arrumei minhas coisas rápido e liguei em casa para saber que estava tudo bem, olhei minhas mensagens tinha uma de Suzana avisando que Flavia estava olhando Vitoria, logo peguei um taxi e fui o mais rápido possível, por mais que eu sabia que Flavia era mãe de Vitoria eu não confiasse nela, em deixar nossa filha aos seus cuidados.
Cheguei em casa com a sorte de encontrar Vitoria dormindo, ela já havia tomado banho e agora eu me encontrava velando seu sono, tinha que admitir, por mais que não tinha tanta confiança em sua outra mãe, ela sabia cuidar direitinho da nossa filha.
- Estão eu já vou. – Falou pegando sua bolsa.
- Obrigada, por ter ficado com ela. – Falei a analisando.
- Não me agradeça Verônica, ela também é minha filha, não tem nada que eu não faça por vocês. – Falou me olhando séria, queria saber o que tinha acontecido com ela para estar tão calma aquela noite, não me atacar com suas arrogâncias, ou era só mais uma ilusão da minha cabeça.
- O que você fez com a Flavia? – Falei tentando amenizar o clima.
- É pra rir? Estou falando sério, além disso ainda tenho a esperança de voltamos a ficar juntas. – E lá se foi o encanto.
- Eu sabia que tinha um truque nesse seu discurso de boa mãe. – Cruzei meus braços.
- Quando você vai perceber que o melhor é ficarmos juntas novamente, que a Vitoria focaria melhor com as duas mães dela? – Falou se aproximando.
- Não me venha com essa de novo Flavia, já estou cansada de ouvir seus discursos baratos, você sabe muito bem o que você fez e não adianta que eu não vou voltar com você. – Falei seria.
- Você está com outra pessoa não é? – Perguntou me analisando, me fazendo ficar em silencio. – Eu sabia! Essa sua relutância de voltar para mim tinha que ter uma outra pessoa envolvida, anda me fala nome? – Começou a bater o pé no chão impaciente.
- Como eu vou dizer o nome se não tem ninguém Flavia. – Falei impaciente, não devia nenhuma explicação a ela.
- Ok, você não vai me dizer, mas eu vou descobrir... – Falou caminhando até a porta. – Queira você ou não! – Bateu à porta, meu medo era de ter acordado Vitoria, mas ela ainda continuava a dormir.
Vesti um baby doll justo e fui fazer algo para comer, estava morrendo de fome, não tinha comido muita coisa o dia todo, fazia dois dias que não ia a academia, meu instrutor com certeza iria comer meu fígado por não estar seguindo suas instruções. Resolvi mandar minha dieta para o espaço e resolvi fazer ovos com bacon e um suco de laranja, com certeza no outro dia ia arrumar algum modo de queimar tudo na academia. Ouvi a campainha tocar no mesmo instante que sentei para comer, “E agora que será essa hora?” pensei comigo mesma, caminhei lentamente abrindo a porta e a vi parada com um pequeno buquê nas mãos.
Fim do capítulo
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