Happy Day por Juliana544 e
Capítulo 3
(Lohanny)
Tomei um grande gole de meu whisky quando cheguei em casa, meu corpo estava em chamas, por que infernos eu não conseguia esquecer aquela mulher. Passei minhas mãos pelos meus lábios, ainda conseguia sentir o gosto dos seus, eu sempre fui uma pessoa que não utilizava de joguinhos de sedução para ter uma mulher. Mas dessa vez algo estava muito diferente comigo, quanto mais eu fazia joguinhos com Veronica, mais eu me excitava, queria cada vez mais seduzir aquela ruiva de olhos azuis, parecia uma droga viciante.
- Ainda pensando na ruiva? – Dei um salto quase derrubando meu copo.
- Julian, quer me matar do coração... Não te dei folga! – Falei com minhas mãos no peito.
- Sim, mas eu preferir vir ver como você estava minha mãe está uma pilha de nervos hoje e me deixou louco a noite toda. – Falou caminhando em sua direção.
- Tia Solange não muda nunca não é... Ainda não aceitou o fato de você ser gay? – Perguntei, servindo uma taça de vinho para ele.
Solange era uma mãe das antigas e religiosas, era amiga da família a anos, nunca aceitou o fato de o filho ser gay, sempre quis que Julian casasse comigo, depois que descobriu que sou lésbica, ela não ia muito com a minha cara. Sempre azucrinava a cabeça do filho para largar esse emprego e ir trabalhar com os negócios da família, uma rede de cafeteria famosa.
- Minha mãe esta cada dia difícil Anny, eu queria muito que fosse mais simples, eu tento fazer de tudo mas nada irá agrada-la. – Falou melancólico, quem o visse nem parecia que Julian era homossexual, era um tremendo de um loiro bonito e grande pelo fato de fazer academia.
- Calma meu amigo um dia ela irá compreendê-lo, dê tempo ao tempo querido. – Falei lhe entregando o copo com um largo sorriso.
- Sabia que você é a melhor? – Falou me puxando para um abraço. – Agora me conte como foi lá com a ruiva.
- Eu sabia que você iria falar dela! – Falei revirando meus olhos e me jogando no sofá, eu estava exausta.
- Horas, você sabe que sou bem curioso. – Se jogou no outro sofá. – Agora anda queridinha solta tudo.
- Você não vai desistir não é! – Falei sorriso pelo fato dele quase deitar no meu sofá. – Não sei Ju, estou acostumada a só falar com as mulheres e já tê-las aos meus pés, pelo simples fato de eu ser Lohanny Gonzáles, mas com Verônica é diferente, com ela eu tenho que seduzi-la, tenho que fazer todo aquele jogo de conquista, e por incrível que pareça eu não quero só leva-la para cama, quero mais, quero ficar perto dela, entende.
- IIIH! Já saquei tudo... Minha amiga pode aposentar esse seu lado cafajeste, por que você está super apaixonada por essa mulher. – Falou brincando com o copo.
- Não fale besteiras Julian! – Falei bufando levantando do sofá, olhando pela janela da casa.
- Não estou, está estampado na sua cara Anny, pela primeira vez achou alguém que faça balançar esse coraçãozinho de pedra. Na boa, conselho de amigo se eu fosse você investiria pesado, por que aquela ruiva não é de se jogar fora. Tem muitos de olho. – Falou se levantando.
- Você tem razão, não posso deixa-la escapar pelos meus dedos. – Falei me virando para ele determinada.
- Só não esquece de me chamar para ser madrinha do casamento em queridinha! – Falou saindo correndo dando gargalhada quando eu joguei uma almofada em sua direção.
Por mais que eu queira negar, realmente aquela ruiva balançava minhas estruturas, nenhuma mulher fez aquilo comigo, depois que minha mãe morreu sempre fui fechada para romances, não deixava ninguém se aproximar demais, eu adorava usar as mulheres para o meu prazer sexual, mas não passava disso. Agora essa garota, algo nela me fazia querer me aproximar cada vez mais.
- Está decidido, eu irei conquista-la Verônica Marques! – Falei determinada.
Eram sete da manhã eu acabei acordando atrasada, olhei meu celular tinham trezentas mensagens de Gina, algumas ligações também. O que mais me intrigou foi uma chamada de um número diferente internacional. Retornei as ligações de Gina mas ela não me atendia, mandei uma mensagem a ela dizendo que já estava a caminho. No caminho pedi a Julian para providenciar o melhor buquê que achasse, e escrevi um pequeno bilhete e pedi que entregasse na sala da Verônica. Certo que escutei algumas piadinhas dele, mas eu estava no bom humor naquela manhã que nem me importei.
Chegando na empresa, algumas de minhas funcionarias me deu bom dia, acabei retribuindo, o que deixou-as espantadas, não era de costume fazer tal cordialidade, sempre fui fechada dentro da empresa, não era atoa que alguns tinham medo de mim ali dentro, mas eu tirava uma vantagem disso, pelo menos tinha o respeito de todos. Quando cheguei no andar da diretoria, fui puxada com tudo para minha sala, percebi que Gina estava bem apreensiva.
-Bom dia para você também querida irmãzinha! - Falei assim que ela me jogou na cadeira.
-Sem piadinhas agora Anny, tem uma coisa a te contar. -Falou nervosa.
-O que foi tá sentindo alguma contração, alguma coisa com a empresa? Está tudo bem ? - Falei preocupada, minha irmã estava um pouco apreensiva.
-Fernanda está aqui... - Falou de uma vez, me fazendo piscar varias vezes. Estava tentando assimilar o que ela falava, mas eu estava estática só consegui recuperar quando Fernanda entrou na sala com Verônica rindo.
Aquela cena fez meu sangue ferver na hora. Resumindo a história, Fernanda era minha irmã do meio, ela se parecia um pouco comigo, éramos quase gêmeas, com alguns meses de diferença. Na verdade Fernanda sempre quis ser igual a mim, ela toda a vida quis roubar meu lugar na empresa, roubar minhas namoradas, o que acabava acontecendo. Só que nunca conseguiu alcançar seu maior objetivo que era ser presidente da RBGI. Bati com força na mesa me levantando, eu estava a ponto de explodir de ódio, ela não podia estar aqui.
-O QUE VOCÊ FAZ AQUI FERNANDA! - Gritei nervosa, fazendo todos pularem menos ela que deu um sorriso sínico para mim.
-Que felicidades em te ver irmãzinha, vejo que não muda muito com passar dos anos né lindinha! - Falou sorrindo, seu famoso sorriso de cobra.
-Você não é bem vida aqui Fernanda, vá embora! - Falei tentando manter a calma para não perder a classe e voar no pescoço dela.
-Não tem como Lohanny, eu vou precisar dela aqui. - Falou uma voz masculina logo atrás delas.
-Tio Simon? O que faz aqui? - Perguntei intrigada. Tio Simon era quase como um pai para nós, depois que nosso pai e nossa mãe morreram, ele ajudou a cuidar de nós, e dos negócios em Nova York, ele comandava a empresa de lá e nós aqui no Brasil.
-Tio Simon! - Gina correu para abraçá-lo.
-Vejo que pelo menos alguém ficou feliz em me ver. - Falou dramático.- E esse bebê como que vai?
-Vai ótimo, está chutando bastante, quase virando jogador de futebol. - Falou emocionada.
-Bom se puxar a tia vai ser um bom dono de negócios! - Falei convencida.
-Duvido muito. - Cochichou Fernanda achando que eu não tinha ouvido.
-Como é! - Falei já indo pra cima dela, mas fui segurada por Verônica. Quando a olhei ela estava apreensiva, talvez com medo que eu fizesse alguma besteira.
-Qual é Lohanny vai me bater agora. Pena que você é fraca que nem a mamãe! -Falou me provocando.
-Eu mato você sua filha da ...
-Chegaaa!- Gritou Simon me fazendo a fuzilar com os olhos. -Fernanda nada de falar da sua mãe assim, e você Lohanny se contenha por favor temos assuntos sérios a tratar hoje e não quero saber de brigas.
-Ok. - Falamos juntas, nunca na vida nos ousávamos a desrespeitar Tio Simon, além de ser mais velho ensinou-nos a ter educação quando ele falava para parar.
-Estamos sendo roubados, tenho quase certeza que alguém deve estar nos roubando dentro da empresa, os números não estão batendo. - Falou fazendo todos nós ficamos de boca aberta. - Se isso continuar acho que você não poderá mais ficar no comando Lohanny.
-Como assim Tio Simon, eu e Gina estamos todos os dias vendo e revendo os relatórios. -Eu fiquei abismada, não acreditava que tal coisa estava acontecendo comigo.
-Eu sei disso Lohanny, mas os nossos sócios não querem saber, todos nós sabemos que a maioria são democratas que não pensam em nada além dos lucros e sabe como foi difícil a aprovação deles ter uma mulher no comando! - Falou me olhando, ele parecia bem cansado.
-Então qual sua solução? - Perguntei já sabendo a resposta dele.
-Eu e Fernanda ficaremos aqui no Brasil por um tempo, preciso analisar o que está acontecendo, pedi para chamar um investigador para nos ajudar. Por enquanto vocês terão que trabalhar juntas. - Falou olhando de uma para outra.
-Com ela sem chances! - Falei já alterada, não iria suportar ver a cara daquela mulher na minha frente, todos sabiam que a gente se odiava.
-Então renuncia queridinha eu não tenho problema algum em ficar na presidência. - Falou debochada .
-Era o que você sempre quis não foi Fernanda. - O que me deixa com mais ódio era que Fernanda não tinha ambição própria queria sempre o que era meu.
-Sempre soube que você não servia para gerenciar essa empresa, papai deveria ter me dado o cargo e não para você, uma metidinha que só pensa em si mesma, sempre viveu nessa vida de festinhas e mulheres. - Eu ia avançar em cima dela mas me segurei, não iria cair no joguinho dela.
-A questão que é que eu mudei Fernanda. - Falei chegando mais perto dela. - E você continua a mesma mulher desprezível como sempre foi, que só quer saber de ter minhas coisas, de ser como eu. Eu estou de saída, Simon vê o que você achar melhor e me liga.
Sai com toda pressa, não aguentava mais ficar um minuto perto daquela mulher, ela me fez perder a única pessoa que me fez amar na vida. Fui para o único lugar onde eu me sentiria melhor naquele momento, já era duas da tarde o sol estava maravilhoso, resolvi ir a praia um pouco, as praias de São Paulo eram bonitas, mas não se comparava as do Rio de Janeiro, depois que virei uma Brasileira eu amava ir a praia para pensar, enfiar o pé na areia ficar olhando o mar, aquilo tudo me acalmava. Eu via todas aquela crianças correndo felizes, pais e mães sorrindo, casais se beijando, me dava uma pontinha de inveja, por mais que eu amasse viver aquela minha vida sem ninguém, algumas vezes não dava para mentir que eu não sentia falta de ter alguém ao meu lado, uma família, o que me levou a pensar nela, aquela ruiva estava virando minha cabeça ao avesso.
- Será que posso me sentar aqui também? – Perguntou uma morena, era linda tinha um belo corpo, seu sorriso encantador. Estava segurando um coco na mão.
- Ah sim. – Respondi alheia.
- Naiara.;; - Falou me encarando dando um sorriso meigo.
- O que? – Perguntei ainda distraída.
- Meu nome é Naiara e o seu? – Falou sorrindo.
- Eu sou Lohanny.- Falei estendendo a mão, mas ela me deu um beijo demorado no rosto.
- Bom o nome combinou com sua beleza, o que faz aqui tão solitária? - Eu disse não foi eu não podia ficar sozinha que elas vinham.
- Aqui é um bom lugar para se pensar, resolvi sair um pouco da rotina. – Falei olhando para o mar novamente.
- Dia difícil né! – Aquilo não foi uma pergunta. – Gostaria de ir para outro lugar? Aposto que eu te ajudaria a relaxar.
Eu analisei a situação, eu estava mesmo precisando esquecer algumas coisas mesmo, um drink não seria de tão ruim assim. Resolvi aceitar seu convite e fomos para um bar ali perto, quando entrei vi alguns homens e mulheres nos encarando, não ia dar muito certo ficar naquele lugar.
- O que bebe? – Perguntou assim que sentamos.
- Uma cerveja só. – Falei olhando em volta, algumas pessoas pareciam me conhecer, principalmente a garçonete que se aproximou de nos.
- Ei você não é Lohanny Gonzáles, uma das maiores empresarias do mundo. – Dei um meio sorriso, eu não gostava daquilo.
- Eu sabia, sabia que te conhecia de algum lugar! – Falou a morena, fiquei um pouco desconfortável, as mulheres que ficavam comigo me viam como premio, aquilo me deixava bem desconfortável.
Ficamos conversando um bom tempo no bar, quando as coisas esquentaram um pouco acabamos indo parar em um motel, eu não podia negar Naiara tinha um corpo bonito, quando tirou a blusa não podia deixar de olhar seus seios grandes, sua barriga sarada. Ela avançou em cima de mim tirando minha blusa jogando a jogando longe, para uma mulher que me pareceu tímida era na verdade uma bem atirada, foi beijando meu pescoço me dando uma enorme ch*pada, eu sabia que iria fazer marca, mas eu não estava nem aí, eu queria esquecer tudo. Rapidamente fiz ela deitar na cama tirando seu sutiã, dando uma boa ch*pada a fazer gem*r alto.
-Aiii Lohanny...isso continua! - Ela se contorcia toda em baixo de mim, amava ver uma mulher ficar louca, der repente vi a imagem da ruiva na minha frente, eu estava ficando louca só podia.
-Veronica? - Perguntei me separando dela, eu estava incrédula.
- Não, sou eu Naiara. Você realmente é igual que todos me disseram mesmo, não me procure mais! - Gritou nervosa jogando a blusa na minha cara.
- Desculpa eu...- Tentei mas ela saiu que nem um vulcão para fora, eu me joguei na cama com as mãos na cara. - Merda!
Por que tava acontecendo comigo aquilo tudo, Verônica não saia da minha cabeça, não conseguia mais trans*r ou beijar alguém, devo estar ficando lunática. Cheguei no saguão mas não encontrei mais Naiara por ali, certamente iria para minha lista de mais uma das mulheres de coração partido por minha causa, isso não era bonito, mas eu não podia fazer nada sendo que eu não gostava de nenhuma delas, eu sempre deixei bem claro que não me apegava a ninguém.
- O que houve? - Perguntou me olhando feio.
- Me leva embora daqui Julian, sem perguntas! - Falei um pouco tonta, a bebida ainda fazia efeito na minha cabeça.
Ele só assentiu e me ajudou a entrar no carro me levando embora, eu só encostei no vidro e fechei meus olhos, eu precisava de um grande banho e da minha cama naquele momento, eu estava fedendo a bebida é um perfume estranho. Não demorou muito até chegarmos em casa.
- O que aconteceu com ela? - Perguntou, eu estava alucinando de novo só podia.
- O que faz aqui Verônica? - Perguntei intrigada.
- Gina ficou preocupada com você vir ver como está, mas me parece que o dia foi bom né, você não vale nada mesmo em Lohanny, uma hora me beija outra fica se engraçando com qualquer uma por aí! - Falou alterada.
- Não grite estou com dor de cabeça. - Falei passando a mão no rosto.
- Ok, vai tomar um banho que você está fedendo a bebida. - Falou me fuzilando com os olhos. Merda por que ela está tão brava comigo! - Vou embora, liga para sua irmã ela está gravida não pode passar nervosismo.
- Por favor, não vai. – Falei segurando seu braço, eu não queria que ela fosse embora. – Só fica, fica comigo.
- O que você quer Lohanny? Não quero ser só mais uma de suas conquistas para depois você fazer igual às outras. Poupe-nos de tudo isso, me deixe ir embora! – Falou me encarando séria.
Eu não podia força-la a ficar, a maneira que me olhou de alguma forma me incomodou, alguma parte de mim estava triste por ter a decepcionado. Eu teria que admitir uma hora ou outra que estava apaixonada por ela, abaixei minha cabeça a soltando, virei de costas, eu não sabia o que fazer e nem como agir, nunca tinha me apaixonado antes, ficar com outras mulheres era uma forma de fugir da minha triste realidade, de que eu não amava ninguém além da minha família, e agora apareceu ela, que esta mexendo com todas minhas estruturas, não conseguia mais ficar com ninguém, depois do nosso primeiro beijo. Queria ficar com ela, mas da maneira certa, levar para jantar, assistir a um bom filme, nunca quis nada disso com ninguém, e não ela não era como as outras.
- Você com certeza não é igual às outras. – Falei suspirando virando para olha-la. – Se quiser pode ir vou tomar um banho.
Subi as escadas indo tomar meu banho, precisava tirar aquele cheiro de bebida e mulher do corpo, coloquei a banheira para encher, precisava de uma forma de relaxar. Escutei logo meu celular tocar, fui em busca dele enquanto a banheira enchia, vi o nome de Gina piscar varias vezes no visor , dei um grande suspiro.
-Até que enfim Lohanny, que me matar do coração, onde que você estava! – Ela estava super alterada.
- Eu só fui a praia clarear a mente e acabei bebendo um pouco. – Falei me jogando na cama.
- Você não muda nunca Lohanny, já estava com mulher não era! – Não deixou eu responder e já foi falando.- Você tem que criar mais responsabilidade, já está quase perdendo a Recall e fica nessa vida de farra. Sinceramente minha irmã quando você vai arrumar alguém e parar com tudo isso, quantas mulheres você já partiu o coração.
- Eu sei Gina... – Ela tinha toda razão, eu não podia perder minha empresa para Fernanda, se eu vacilasse em mais alguma coisa quem iria assumir era ela.
- Pedi que Veronica fosse ver como estava, eu não podia ir ai justamente para não me estressar, me parece que ela gosta de você. – Falou me fazendo suspirar, meu silencio já dizia tudo, Gina me conhecia como ninguém não precisei dizer uma palavra. – Meu Deus! Você gosta dela.
- Bom, se você quis dizer não tirar mais a pessoa da cabeça e depois que nos beijamos...- Falei antes dela me interromper.
- Como assim vocês se beijaram, quando isso? – Dei um sorriso lembrando a cena.
- Não importa Gina, ela nunca que iria ficar comigo ainda mais sabendo da minha reputação, ela ficou muito brava comigo pelo que eu fiz hoje. Eu não sei o que está havendo comigo, hoje conheci uma mulher, bonita até... – Falei melancólica.
- É disso que eu estou falando Lohanny, você não decide o que quer da sua vida, está apaixonada por uma e fica nessa vida de cafajeste. – Me repreendeu, levantei olhando-me pelo espelho.
- Ai que está Gina, eu não consegui, eu a fiz ir embora, justamente pelo fato de Veronica não sair da minha cabeça, ela me faz sentir coisas diferente, não é só uma simples conquista é mais que isso, gosto da presença dela, do seu sorriso, a sua timidez. Não sei o que fazer, nunca me apaixonei por alguém. – Falei triste.
- Então a conquiste, vai atrás dela antes que seja tarde demais. - Falou me fazendo pensar na situação.
- Ok eu vou desligar amanhã conversamos preciso tomar banho e deitar. - Falei antes de desligar.
Depois que desliguei que lembrei que tinha deixado a banheira enchendo, para minha sorte não tinha transbordado água, tirei a blusa e fui em busca de uma toalha, mas parei no meio do caminho quando levei um susto.
- Credo desse jeito vai me matar do coração! - Falei com a mão no peito. - Achei que tivesse ido embora.
- Não é que... -Gaguejou olhando fixamente para minha barriga, não pude deixar de sorrir. - Esquece eu vou... - Ia já se dirigindo à porta.
Fui logo atrás dela fechando a porta para que não abrisse, sentir o cheiro do perfume dela era maravilhoso. Ela virou lentamente, me encarando, eu me perdia naquele mar azul, era tão linda, não tinha como não se apaixonar, não sei nem quanto tempo passamos ali nos encarando, parecia fração de segundos ou minutos se passando lentamente, sua respiração estava alterada, sua timidez me excitava, quando corou senti uma leve pulsação entre minhas pernas, o que mais me deixou na beira do precipício foi quando olhou meus lábios mordendo a boca, só que não ia toca-lá até ela implorar, até ela pedir.
- Você é tão linda. - Falei com a voz um pouco rouca, meu corpo estava gritando pelo dela, mas eu não podia avançar sem seu consentimento. - Você não tem ideia do quando eu te quero, o quanto eu estou querendo te beijar, te tocar, ter você só para mim.
- Deve dizer isso a todas... - E lá vai ela mais uma vez cortar o clima, mulherzinha difícil! Se fosse fácil você não estaria atrás dela Lohanny!
- Eu não digo isso a todas, aí como você é frustrante garota! - Disse me afastando dela, lembrei de uma coisa que tinha me esquecido. - Você recebeu minhas flores?
- Sim eram lindas, muito obrigada. - Falou dando um pequeno sorriso. - Mas eu queria entender o por que? Tem varias outras mulheres por aí, não estou afim de ser mais uma na sua vida da sua lista de descarte.
- Quantas vezes eu tenho que te dizer que você não é igual elas? Olha eu quero você, não apenas por uma noite, você me faz querer algo mais além de só sex* com você.- Falei sincera, pegando em suas mãos, de novo a mesma eletricidade.
Sem muito pensar a puxei para um beijo, que no começo teve um pouco de resistência, mas que depois ela foi cedendo aos poucos, a prensei contra a porta encaixando meu joelho entre suas pernas, o beijo foi ficando cada vez mais urgente. Eu não tinha duvidas que queria aquela mulher, seus beijos eram um vicio para mim, dei um pequeno sorriso quando escutei um pequeno gemido saindo de sua garganta, eu a queria e seu corpo me parecia dizer o mesmo, mas não podia mostrar a ela que só queria apenas sex*, então me separei um pouco terminando nosso beijo com pequenos selinhos, ela estava ofegante.
- Você me deixa louca não tem ideia! – Falei encostando minha testa na sua fechando meus olhos. – É tão linda...-Passei meu polegar por seu rosto. Quando ia falar alguma coisa seu celular tocou, eu dei espaço para que fosse atender, uma ponta de ciúme me bateu, não entendia o por que.
- Eu preciso ir. – Falou vindo da varanda que tinha no quarto.
- Já é tarde para você ir sozinha. – Falei preocupada, estava sentada na cama ela foi se aproximando lentamente ficando na minha frente, logo puxei-a para abraçar sua cintura.
- Na verdade eu já estou acostumada... – Falou me dando um selinho.
- Vou pedir para que Julian a leve então. – Falei sugestiva.
- Lohanny realmente eu estou bem não precisa. Não precisa se incomodar. – Ela cruzou os braços, aquela mulher era tão frustrante, o que me deixava cada vez mais louca.
- Não estou perguntando senhorita Marques, ele é meu motorista então está a disposição de minhas ordens, ele irá te levar. – Falei arqueando a sobrancelha.
- Ok não irei discutir com você... Você é sempre assim, tão autoritária? – Falou me analisando.
- Só quando preciso ser. – Falei orgulhosa ela bufou se desvencilhando de mim.
A acompanhei até a entrada da casa, onde Julian esperava-nos, ele me deu um sorriso vitorioso, apenas o olhei com os olhos semicerrados sabia que ia vir com mais uma de suas piadinhas sem graças que sempre faz.
- Nos vemos amanhã então. – Falei um pouco triste, eu não queria a deixar ir mais não podia força-la a ficar.
- Sim. – Ela corou um pouco quando me inclinei para beijar sua bochecha, mas foi um beijo um tanto demorado, não sabia se estava com vergonha de mim ou de Julian que estava encostado na porta.
Ela entrou dentro do carro me dando uma ultima olhada e partiu, me deixando com um sorriso bobo nos lábios. Nunca tinha sentindo aquela sensação antes, mas era tão maravilhoso que dali em diante queria me sentir assim sempre, agora sabia o que era se apaixonar por uma pessoa de verdade.
Fim do capítulo
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