N°02
Eu nunca fui um ser sociável, mas tudo piorou quando meus pais decidiram que eu deveria mudar de escola, em pleno segundo ano do ensino médio. O motivo era que meus irmãos Davi e Mariana, iriam começar o colegial, meus pais sempre quiseram que tivéssemos uma boa qualidade de ensino, e eles decidiram que nossa cidade não oferecia tal ensino. Foi assim que no meio da selva do ensino médio que me deparei em novo território, sem meus amigos, e em outra cidade.
Sempre morei no interior de Minas, naquela cidade em que todos se conheciam e sabiam de tudo da vida uns dos outros, a cidadezinha era muito conservadora, e embora eu sempre tenha me sentido deslocada eu tinha dois amigos, Mateus e Samira. Nos tínhamos a mesma idade, sempre estudamos juntos, e éramos inseparáveis. Imaginem portanto a surpresa quando meus pais anunciaram que iríamos nos mudar para Uberlândia, uma cidade no triângulo Mineiro, que embora estivesse apenas a 183 km, não tinha nada a ver com Cachoeira Dourada de Minas.
Uberlândia era uma cidade interiorana com ares de cidade grande, e embora não fosse de toda ruim, tinha o pior tipo de habitantes. Uberlandenses sempre se achavam a última bolacha no pacote, uma característica que eu sempre abominei.
Fomos matriculados em uma escola alto padrão, todos alunos eram filhos de pessoas com grande influência e poder aquisitivo, meu pai era amigo do diretor, e embora nós não nos encaixassemos exatamente nesses tópicos acabamos conseguindo uma vaga e desconto o que permitiu nosso ingresso.
Adolescentes podem ser terríveis, patricinhas e mauricinhos conseguem ser ainda piores, principalmente se eles percebem que você não pertence àquele lugar. Ao contrário de Davi e Mari, eu não consegui me adaptar.
Enquanto meu irmão já estava no time de futebol da escola, passando o rodo em geral, e Mari tinha entrado no time de vôlei, no clube de teatro, e vivia cercada de amigas e pretendentes, eu não via a hora de terminar o ensino médio, isso por que nem tínhamos chegado ao meio do ano.
Não sei se por pena ou imposição da mamãe, que não aguentava mais minhas noites de sábado trancada no quarto, Mari me convidou pra uma festa de quinze anos de uma de suas amigas, e não sei se por tédio, ou medo da repreensão que viria de mamãe aceitei. Passamos a tarde no shopping, as três mulheres da casa, em um dos programas que eu mais detestava, fizemos compras, fomos ao salão, compras de novo, comida fit, e quando não suportava mais, finalmente fomos embora.
Não esperava nada daquela festa, não conhecia nem mesmo a aniversariante, decidi que eu iria ficar sentada em alguma mesa observando as pessoas, comendo e quem sabe tomando notas para minha escritas.
Aparentemente eu não fui a única a ter essa ideia, foi nesse dia que eu a conheci,
Ana Monteiro era uma das meninas mais populares do colégio, e mais ricas da cidade, ela tinha olhos castanhos claros, que como eu descobriria depois, ficavam esverdeados na luz, seus cabelos eram loiros, lisos, na altura do ombro, seu corpo extremamente definido, culpa da genética e das horas que ela passava treinando, era jogadora de tênis.
Quando ela sorria era contagiante, fazia com que todos quisessem sorrir junto.
Nunca entendi por que ela estava sozinha naquela festa, mas foo assim, sentadas em um cantinho de uma mesa, sozinhas que começamos a conversar. Dentre uma das expectativas que tínhamos em comum era que ambas queríamos urgentemente sair daquela cidade, o tempo mostraria que conseguiríamos, não do jeito que imaginávamos.
Desde desse dia nos tornamos amigas, conversávamos longas horas no telefone, saíamos sempre que era possível, o que era muitas vezes inviável, devido sua agenda de treinamentos, mas nunca passou disso. Nossa relação começou a esfriar em um dia que eu fui até a casa dela, ela nunca levava ninguém lá, ao chegar em sua mansão nos deparamos com sua mãe, que nos proibiu de ir até o quarto dela. Eu só entendi o por que, anos mais tarde, mas foi naquele momento que ela começou se afastar de mim. Nessa época eu já estava no terceiro ano, era reta final dos temidos vestibulares e atribui o distanciamento a minhas maratonas de estudo.
Quando terminei o colegial fui fazer cursinho fora, em São Paulo, depois de um ano estudando ingressei no ITA, no curso de engenharia de computação, quanto a Ana? Bom, ela se mudou para Miami, assim que terminou o colégio, um ano depois de mim.
Meus irmãos continuaram em Uberlândia, Davi passou para engenharia mecânica, e Mari para medicina, ambos na UFU no mesmo ano em que formaram no ensino médio.
Havia dois anos que eu não morava mais em Uberlândia, minhas visitas eram raras e rápidas, o ITA exigia muito de mim. Eu tinha acabado de terminar o ciclo básico, as férias seriam maiores, e eu poderia ficar mais tempo em casa, não que fosse o que eu queria, é claro que sentia falta de passar um tempo com minha família, mas aquela cidade me causava ojeriza.
Davi e Mari eram os mesmos populares de sempre, e minha mãe também não tinha mudado, persuadiu minha irmã a me levar em uma das festas que ela ia em minha primeira noite na cidade.
O que eu não sabia é que não se tratava de uma festa universitária, e sim uma confraternização de final de semana, que aconteceria na fazenda de alguém, para reunir a turma do colégio.
Chegamos na sexta a tardinha e tive outra surpresa, Ana estava lá, tinha vindo para o Brasil para uma festa de família e aproveitara pra se reunir com os amigos, ela me viu e sorriu, e como resposta automática retribui.
Mari me tirou do estado de transe, me reapresentou a Malu, elas estudavam medicina juntas, e eu havia ido a festa de aniversário de 15 anos dela, a mesma em que eu conheci Ana, sentamos todas em uma mesa, é todas começaram a beber, não eu, eu só observava.
Foi no seu terceiro copo que a Ana veio conversar comigo, ela estava diferente, é claro que não éramos mais garotinhas, é que nossa intimidade não existia, mas eu sentia um ar desafiante, na forma que ela falava comigo.
Ela me convenceu a beber, logo eu que nuca bebia, e lá por volta do terceiro copo, quando eu já estava pra lá de Bagdá, ela me convenceu que a fumar maconha também, ela disse algo sobre aproveitar a vida, conhecer novas coisas e ter novas experiências, o álcool devia estar afetando minhas escolhas, ou talvez fosse só o efeito de Ana em mim.
Por volta de meia noite eu já tinha perdido Mari e Davi de vista, estávamos agora Malu, Ana e eu, em um cômodo aleatório da mansão que sediava a confraternização. As meninas estavam fora de si, e eu não estava muito diferente. Julia, acho que esse era o nome, abriu a porta e se deparou com a gente, se desculpou pela intromissão e saiu rapidamente, Ana a chamou, gritando, pedindo que ela voltasse ao cômodo. Malu caiu na risada, disse que Ana era uma sapatão enrustida dos infernos, e que não perdoava ninguém, Ana, que havia sido ignorada por Julia, revidou Malu dizendo que isso nunca a tinha incomodado enquanto ela estava goz*ndo em sua boca.
Minha cabeça girava, eu estava tendo alucinações? Se fosse eu não me importaria em ter como alucinação uma noite regada de sex* com Ana e Malu, que também era lindíssima.
Pensei alto, as meninas riram de mim, estávamos todas muito loucas.
Ana se sentou ao meu lado, tentamos sem grande êxito manter uma conversa, perguntei sobre o tênis, ela disse que não jogava mais profissionalmente, tinha sofrido uma lesão que não a permitia manter o nível necessário, a abracei em solidariedade, sabia o quanto ela amava o esporte, ela dormiu em meu colo.
Tentei me movimentar, mas ela estava deitada no meu colo e reclamou. Ana estava entre minhas pernas, seu rosto fitava minha vagin*, e sua respiração era forte. Malu percebeu a cena, riu novamente da safadeza de sua amiga.
Enquanto me via impossibilitada de me movimentar fiquei conversando com Maria Luiza, percebi que a garota não era tão fútil quanto eu a havia rotulado.
Ela me contou sobre sua decisão de fazer medicina para ajudar os que mais precisavam, ela não visava dinheiro, a família ja tinha de sobra, queria na trabalhar no sistema público e fazer a diferença.
Ao contrário de Ana, Malu era assumida, ela tinha aberto o jogo com a família no dia em que recebera a notícia de aprovação no vestibular, e ao contrário do que esperava foi muito bem acolhida.
Ela me disse que ela e Ana haviam tido um longo romance, que entre idas e vindas tinha durado do final do ensino fundamental, até pouco antes da partida de sua agora amiga, para Miami, elas até tinham tido um flashback, mas em retrospectiva Malu percebia que com Ana nunca teria nada mais sério.
Não me lembro e muito mais depois disso, só sei que acordei em um quarto sozinha no dia seguinte.
O café da manhã estava sendo servido aos poucos, a maior parte das pessoas ainda estavam dormindo, decidi tomar um pouco de sol, e me surpreendi com Malu e Ana na beirada da piscina.
Ambas sorriram e me convidaram para tomar sol com elas, algumas bebidas eram servidas na beirada da piscina, é incentivada pelo discurso de Ana da noite anterior, e da companhia das meninas que já haviam começado o dia aceitei um copo.
Ana me contou sobre minha proposta de ménage na noite anterior, corei, não esperava que ela fosse tocar no assunto, Malu percebeu meu desconforto e tratou de contar a Ana a cena que ela protagonizara em meu colo, senti que tinha saído do foco e respirei aliviada.
O dia passou de forma tranquila, a noite haveria outra festa, eu estava bem entrosada com Ana e Malu, já tínhamos bebido bastante durante o dia e decidimos que iríamos descansar antes de ir para festa, retornamos ao mesmo quarto que havíamos ficado na noite anterior.
Quando acordei dessa vez não estava sozinha, embora houvessem várias camas no quarto estávamos as três deitadas no mesmo colchão, emaranhadas umas nas outras.
Percebi que Malu estava acordada, ela sorriu pra mim e disse que não queria nos acordar, sorri de volta.
Malu tocou o meu rosto sob o pretexto de retira uma mecha de meu cabelo, que estava cobrindo meus olhos, ela confidenciou que se ela não estivesse tão cega pelo ciúme de minha relação com Ana teria percebido como eu era bonita, sem graça, eu apenas desviei o olhar. Ela segurou meu queixo e o ergueu para que nossos olhos se encontrassem de novo, a encarei, ela tinha acabado de ativar meu modo de sedução, respondi que se eu não estivesse tão cega de paixão teria percebido o quanto ela era gostosa.
Ana, que ainda dormia do nosso lado nao foi testemunha do beijo que se seguiu, uma mistura de raiva, sedução e tesão, nossas bocas se encontraram firmes, nossas línguas se conhecendo. O beijo encaixou bem, é talvez não tivesse ficado só nisso se Ana não tivesse acordado, sua movimentação nos alertou, nos separamos rapidamente, e ela nem percebeu.
Ana foi tomar banho, havia apenas um banheiro no quarto, Malu e eu nos encaravamos, a distância entre nós foi vencida assim que a porta do banheiro encostou. Nossas bocas se encontraram novamente, nossas mãos percorriam o corpo uma da outra, era impressão minha ou estava quente? Malu beijou meu pescoço, descendo em direção ao meua seios, eu ja massageava os seus, ela abaixou minha regata para tornar o acesso mais fácil, a puxei pelo cabelo e capturei seus lábios, iria ser no meu ritmo.
A beijei no pescoço enquanto na minha mão adentra a seu shortinho jeans, o espaço era apertada, mas eu sentia sua bucet* molhadinha por cima da calcinha ainda, ela rebol*va e gemia, estávamos tão entretidas que me assustei com a voz de Ana, que havia terminado o banho e nos observava surpresa.
Ana disse que também queria ter sido convidada, eu fiquei mais vermelha que beterraba, Malu me puxou pelo braço e disse que iríamos tomar banho, que ela podia ir pra festa que nós a encontrávamos lá.
Empaquei, Malu perguntou se eu não iria, Ana ainda perplexa nos encarava, cética, eu disse que a encontrava em um minuto, ela foi. Ficamos eu e Ana, sozinhas.
Os olhos de Ana estavam mais escuros que o habitual, ela se aproximou de mim lentamente, me olhando, desejando, percebi que eu estava de biquíni apenas, me perguntei mentalmente quando eu tinha tirado as outras peças. Ana se aproximou, é as palavras que ela sussurrou ao meu ouvido me surpreenderam: "Sempre achei que se você ficasse com meninas algum dia seria eu a escolhida, bati altas siriricas pensando em nós duas", ela mordeu o lóbulo de minha orelha e me prendeu entre a parede me beijando, fechei meus olhos, mas quando abri ela já tinha saído.
Precisava de água gelada, para apagar o fogo que me consumia, entrei no banheiro rapidamente, sem lembrar que a Malu ainda estava lá, entrei no box e me deparei com ela. Eu nunca tinha estado com garota tão gostosa, ela tinha 1.70, era pouca coisa mais alta que eu, com meus 1.68, seu corpo era extremamente definido, seus cabelos pretos contrastava com seus olhos verdes e sua boca vermelhinha.
Ela disse que achava que eu tinha desistido, e eu respondi que ainda não havia perdido a sanidade, a agarrei com volúpia, dessa vez ninguém iria nos atrapalhar, goz*mos, uma duas, é várias outras vezes noite adentro.
A festa ficou pra escanteio, foi por volta das 3h que fomos lembradas do mundo exterior, com a chegada de Ana no quarto, tínhamos acabado de goz*rmais uma vez, e estávamos nuas na cama.
Ana chegou se livrando de seu vestido, ficou de calcinha e sutiã, ela deitou entre eu e Malu, que sem forças pra reagir nos acomodados em volta dela.
Ana disse que havíamos perdido a festa, que não tinha tido graça sem a gente, é que prefiria ter ficado ali com suas meninas.
Percebi um olhar de tristeza nela, e contra os meus instintos normais, de retirar alguém que invadisse minha intimidade, ou me retirar do local, eu compareci e a abracei, Malu fez o mesmo.
Nao lembro quem tomou a atitude, mas em seguida estávamos as três nos pegando, Ana estava ajoelhada na cama, Malu e eu a atacavamos, retirando suas últimas peças de roupa, se igualando a nossa nudez, eu estava atrás de Ana e massageava seus seios, apertando alternadamente, Malu estava na frente e masturbava Ana enquanto a mesma sugava seus seios, e a penetrava. Malu gemia, e entre gemidos pediu que eu a beijasse, obedeci.
Nao levou muito tempo até que Malu goz*sse, sendo seguida por Ana, as duas desabaram na cama, e eu? Fiquei a ver navios. Decepcionada, mas por pouco tempo, assim que elas se recuperaram vieram pra cima de mim. Eu estava deitada, Ana beijava minhas pernas abrindo-as, disse que iria me mostrar o que tinha dito mais cedo, Malu sentava em minha cara, e em pouco tempo g*zei também.
Quando nos demos conta o sol ja nascia, estávamos suadas, acabadas mas completamente satisfeitas, Ana estava no meio novamente, de braços abertos, uma garota em cada braço.
Peguei no sono, acordei sozinha.
O café da manhã estava sendo servido aos poucos, a maior parte das pessoas ainda estavam dormindo, decidi tomar um pouco de sol, e me surpreendi com Malu e Ana na beirada da piscina.
Ambas sorriram e me convidaram para tomar sol com elas, algumas bebidas eram servidas na beirada da piscina, e incentivada pelo discurso de Ana, e da companhia das meninas que já haviam começado o dia aceitei um copo.
Ana me contou sobre minha proposta de ménage na noite anterior, eu estava tendo um dejavu? Será que eu tinha sonhado com tudo? Malu decidiu mergulhar, Ana encarava seu corpo enquanto ela se dirigia até a piscina, abaixei meu olhar, eu estava confusa, não sabia o que tinha ou não acontecido, me deparei com marcas em minhas pernas, olhei pra Ana, que sorriu de forma safada pra mim e sussurrou em meu ouvido, sempre que você quiser Karina, sempre que você quiser.
Fim do capítulo
Notas finais:
Sei que ta com uns errinhos de português, e peço desculpas por isso, mas editar e revisar pelo celular é foda. É isso aí... valeu pela leitura!
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