Capítulo 17 - Noite longa
18 de julho de 2016
Nicole
A cena a seguir me encheu de preocupação, mas conter o riso foi impossível, por mais que o momento não fosse para dar risadas. Mas pelo amor de Deus, como não rir de uma criatura dessas? Descemos as escadas, olhando para a tia mais sem miolos do mundo, jogada no degrau da escada. Samantha sentou, não conseguindo segurar mais o riso.
- Parece aquelas galinhas saídas do chiqueiro... – minha prima fez um som nasal estranho, mas não parou.
Tia Juliane bufava de raiva, mas parecia não ter se machucado com gravidade. A maluca olhava para o teto, parecendo esperar que a vergonha passasse. Alex, Marilia, Nanda e Alice olhavam espantadas para ela, até que foram onde Juliane, que reclamava de dor na mão direita, estava.
- Justo essa... – choramingou. – Por que, lord?
Até nessas horas... Juliane não tinha jeito.
- Tia, tá tudo bem? – me agachei, contendo o riso. Samantha havia deitado no degrau, pois não parava de rir.
- Vai morrer entalada, Samantha... – Cássia falou, quando a doida começou a se engasgar de tanto que ria.
- Tá doendo um pouco, mas acho que não foi nada grave. – me respondeu, com o beiço tufado. Quando dei por mim, estavam todos ao redor.
- Vou cuidar de você, minha vida. – Micaela mimava a namorada.
Nunca havia percebido o tanto de gente que havia naquela família. Minha mãe verificou se havia alguma fratura, mas parecia que havia sido apenas uma leve contusão. Micaela colocava uma trouxa com gelo no local. A sala estava lotada.
- Meninas, precisamos falar com todos... – meu pai se pôs de pé. – Estão todos aqui?
- Viemos ver as meninas, mas acho que já vamos... – Fernanda se pronunciou, um pouco envergonhada. Isa sentou ao meu lado, entrelaçando seus dedos aos meus.
- Não, minha filha. Fique, isso é para vocês também. Apesar dos poucos dias, já sentimos que vocês são da família e depois do que fizeram ontem, mais ainda. Fernanda, Alice, Alex e Marilia sorriram. Nanda voltou a sentar. – minha mãe falou, um pouco emocionada. – Onde esta Camila e a Melissa?
- Tirando o... – Micaela tapou a boca da namorada. Nos olhamos e rir foi inevitável. Os outros ficaram sem entender nada.
- Elas estão conversando, mãe. – Flávia sorriu. – Mas, papai. Diga o que tens a falar.
- Meninas, devido a tudo o que aconteceu, achamos melhor voltarmos hoje mesmo para Belém. Acredito que não seja seguro ficarmos, enquanto aquele homem não for preso. – seu Henrique ficou sério. – O que aconteceu ontem poderia ter terminado de uma forma horrível, mas Deus não permitiu e pela proteção de cada um que esta aqui, peço que arrumem suas coisas, pois sairemos as dez... Tudo bem? Esse convite se estende a vocês, meninas...
Meu pai olhou para as quatro.
- Acredito que não tem o menor clima de ficarmos aqui... Voltar pra casa é a melhor solução. – falei, olhando para Samantha. – Sei que não estamos protegidos de passar por coisas assim, mas prevenir é melhor. – respirei fundo. – Então, levantei e vamos arrumas as malas...
- Vamos pra casa, arrumar nossas coisas... – Fernanda veio até nós.
- Venham pra cá, saímos juntos daqui. – Paloma sorriu. – Obrigada meninas... Isso é graças a vocês...
Marilia e Alex sorriram.
- É verdade... Vocês foram os anjos enviados... – os pais de Samantha se emocionaram e surpreenderam as meninas as abraçando.
Samantha tentou enxugar uma lagrima, mas eu pude ver alivio e gratidão em seus olhos.
“Obrigada meu Deus por tudo ter acabado bem”. Sorri.
Camila
- Não acredito que você fez isso... – Mel ria, enquanto lhe fazia carinho nos cabelos. Ela estava deitada sobre meu colo e sua face repousa em meu peito. Meu coração ainda batia acelerado.
Bem próximo do meu rosto havia uma marca roxa. Aquilo me fez sentir o mesmo medo do dia anterior.
Imaginar que... Não.
“Não pensa nisso Camila”.
- Elas mereciam... – sorri satisfeita, colocando o foco naquele momento. – Você está bem?
- Sim, acho que estou um pouco mais dolorida, mas faria de novo... – ela beijou com carinho a minha pele. Sem querer, corei. – Cami?
A voz dela mudou. Franzi o cenho.
- Oi? Pode falar... – beijei sua cabeça. Melissa suspirou. – Estou aqui pra você!
- Bem, eu... Quer dizer... Nós... – a morena se calou por breves segundos, me despertando ainda mais curiosidade. – Somos mesmo namoradas?
Mordi o lábio, achando aquela pergunta a mais fofa do mundo.
- Não ouvi você fazer um pedido. – uma risada gostosa saiu de seus lábios e eu me senti incrivelmente em casa. Um calor no coração.
Melissa me despertava tantas coisas que eu nem sabia que existia.
- Sendo assim... – ela se moveu um pouco, tirou do pescoço um cordão dourado, fino e com uma pequena e delicada cruz. Ela voltou a me acomodar e segurou uma de minhas mãos. – Camila marrentinha... – acabei rindo dessa ultima parte. – Você aceita... – na medida em que ia falando, entrelaçava o cordão entre meus dedos. – Está pobre mulher que é totalmente, loucamente e desesperadamente apaixonada por você, como tua namorada e futura “vai dormir no sofá” ?
Gargalhei, sentindo minha mão ser apertada com força. Olhei para ela, que sustentava um sorriso leve, olhos cheios de promessas. Novamente a sensação de estar no lugar certo me preencheu. Toquei sua face com a mão livre, a vendo fechar os olhos.
Aquele momento era nosso.
- Você vai mesmo querer namorar essa mulher tão “marrenta”? – fingi estar brava. – Não vai ficar com medo? Eu sou surtada...
Melissa gargalhou.
- Ah, isso eu sei. Aiii... – a belisquei. – Agressão... Eu sei que haverá momentos que a gente vai querer matar uma a outra, mas eu quero tudo o que você representa, Camila...
- Você sabe que eu não sou a pessoa mais fácil desse mundo, essa é a minha primeira experiência, mas eu quero você... Quero descobrir tudo com você...
- Prometo estar com você, Mila...
- Eu aceito, Melissa chata, ser a sua namorada... Eu aceito.
Melissa me olhou por breves segundos, ela sorriu e eu não resisti e a beijei, sentindo uma coisa boa na alma. Nunca, em um beijo, me senti tão venerada. Ela me beijava como se quisesse guardar aquele momento e eu passei a fazer o mesmo.
- Vamos, hora de arrumar as coisas. Já tiveram a tarde toda. – a voz de Cássia invadiu o quarto.
- Como você...
- Anda... – tia Juliane, Flávia e Paloma entraram logo em seguida. – Se vistam... Vamos!
- Não acredito nisso. – bufei.
- Vocês são fodas, meninas... – Melissa falou, rindo e eu a olhei com cara de quem não acreditava.
- Foda é você que conseguiu ganhar de vez essa garota ai... – Samantha foi entrando.
- Mereço...
Bufei.
Juliane
“Esse quintal tá parecendo um estacionamento”. Havia tanto carro, que era difícil acreditar que aquele povo todo coube na casa.
Já se passavam das oito da noite e todas as nossas malas já estavam prontas. Esperávamos Fernanda, Alice, Alex e Marilia. Samantha estava há mais de uma hora trocando olhares de amor e ódio com Ana Clara. Melissa conversava com Paloma e Cássia, Camila estava em um conversa particular com o pai.
Estavam todos ali, conversando e sorrindo.
- Você já imaginou o nosso futuro? – perguntei a Micaela, que estava deitada sobre o gramado.
Aquela noite um vento gostoso se fazia presente.
- Muitas vezes... – a morena me encarou.
“Linda! Senhor, como essa mulher é maravilhosa. Não sei o que eu fiz para merecer, mas que você não a tire de mim, Deus”.
- E o que você imaginou? – deitei em seu colo.
- Imaginei a gente com dois filhos... – fechei meus olhos. – Correndo pelo quintal... Imaginei...
A cada palavra dita por Mica, minha mente desenhava com riqueza de detalhes. Jamais me imaginei com filhos, esposa. Depois da minha decepção amorosa, toda e qualquer vontade havia desaparecido.
Mas ela trouxe de volta.
- Eu te amo, Micaela... – ela parou de falar e me olhou um pouco assustada. – Obrigada por acender tudo aqui dentro...
Sem deixa-la dizer algo, beijei minha morena esquentada como se aquele fosse o último beijo, mas eu jamais permitiria que fosse. Micaela tirou a graça de qualquer outra pessoa. Me fez acreditar que quando se ama de verdade, não há espaço para outras pessoas em nossa vida.
- Como você está romântica... – ela disse assim que nossos lábios se despediram. – Eu te amo, Juliane. Não quero te perder jamais...
- E não vai! Amor, não há ninguém que possa me fazer te olhar de outra forma.
- Desculpa interromper o casal, mas as meninas já chegaram e estamos prontos para ir. – minha irmã ficou sem jeito.
- Eu tinha perdido a noção da hora... – Carol riu.
- Nossa! Juliane, logo você? Quem diria né?! – ela obviamente estava me tirando sarro.
- Vem amor... – ajudei Micaela a levantar.
Entramos em nossos carros, nos despedindo silenciosamente do lugar.
- Ano que vem tem mais! – Paloma gritou.
Uma música agitada tocava dentro do carro, fazendo o clima ser descontraído. Minha namorada dormia tranquila ao meu lado. Samantha apagou assim que sentou.
- Tia, doeu? – Camila perguntou, fazendo cara de deboche.
- Tá falando de quê? – tufei o beiço.
– Não acredito que eu perdi isso. – ela suspirou. – Na próxima eu estarei lá de camarote.
- Me fala da conversa com teu pai... – mudei de assunto. Eu não queria ficar sendo zoada.
Estávamos no carro, Melissa, Camila, Micaela, Samantha e eu.
- Ele me fez muitas perguntas. Disse que não imaginava que eu gostava de mulheres... – ela sorriu. – Respondi que não gostava de mulheres, mas sim de Melissa.
A morena sorriu.
- Agora você sabe o que é bom... Mas, bem que você poderia ter esperado a coitada se recuperar antes de mandarem ver...
- TIIIA!!
- Olha o estado da Mel. Toda roxa... Você a deixou ainda mais quebrada. Minha sobrinha, não nega o sangue que corre nas tuas veias. Ela mandou bem, Mel??
- TIIIIAAA!!!
- O que? – sorri, satisfeita. – Melissa, você merece um prêmio. Prometo que irei fazer o chá de bebé do primeiro bacuri de vocês. Já tenho muitas ideias... Muitas.
- Mal começamos a namorar e você já quer me engravidar, tia? Fora que, você perto dos meus filhos... Sei não...
Ela falou num tom mais baixo essa última parte, mas eu entendi cada palavra. Ignorei.
- Estou com isso na cabeça... Micaela me despertou esse desejo. Ter filhos... Vida dentro de casa. – minha mente queria viajar, mas eu tinha que ficar atenta a estrada.
- Uuau... Micaela que merece um prêmio. Você é um milagre em pessoa. A mulher mais galinha de todas, querendo apenas uma mulher e ter filhos.
Ela debochou e eu revirei os olhos.
- E você é o que, ex hetero? Melissa é uma santa que vai te aturar... Auuu... – levei um tapa na cabeça.
- Não enche, tia...
- Coitada de você, Melissa...
Samantha
- Garota estupida, achou mesmo que iria se livrar da gente? Achou que iria comer a minha mulher e sair sem nenhum efeito colateral? – a gargalhada estrondosa ecoou pelo lugar. – Tão linda... Poderiamos nos divertir antes, o que acha? – eu tentava gritar, mas não conseguia. – Vai morrer pra aprender... Tá curtindo, loira?
“Não, não! Meu Deus, por favor, nos ajude”.
- Socorro...Sam! Me ajuda, por favor... Sam, Sam!!!
Eu não conseguia me mexer, Melissa implorava por mim.
“Por favor, não faça isso”. Meus olhos ardiam com lágrimas grossas molhando meu rosto.
- Um, dois, três... Acabou pra você, garota. Tchau!
Em poucos segundos, mas que para mim pareceu uma eternidade, Mel se chocou com o chão gelado, que logo ganhou uma coloração escarlate.
- MELISSA!!!
- Ei, calma!!
Acordei atordoada, olhando para todos os lados. Camila segurava o meu rosto, me olhando de forma preocupada. Melissa, Micaela e Juliane também me encaravam. Passei a mão em meu rosto e percebi que chorava.
- Sam, tá tudo bem. Você estava tendo um pesadelo. Vem pra cá... – eu não conseguia dizer absolutamente nada.
Sentei entre Mel e Cami, que seguravam as minhas mãos.
- Tá tudo bem? - Flávia parou ao nosso lado. O carro em que estávamos parou no acostamento.
- Tá sim... Foi só um pequeno susto. – Juliane respondeu. – Podem ir... Tomem cuidado.
- Tá bom, tia. Qualquer coisa, dê sinal...
- Vamos sim, Flávinha... Podemos ir? – Juliane me olhou. – Podemos, Sam? – seu olhar estava preocupado.
- Podemos sim... – consegui falar.
Logo o carro estava em movimento, fazendo o vento frio entrar pela janela.
- Você teve um pesadelo com... Ele, não é? – Melissa perguntou, me fazendo olha-la.
- Você também teve pesadelos? – a atenção de todas no carro estava sobre nós.
- Até quando eu tô acordada... – os seus olhos se encheram de lágrimas que eu imediatamente sequei. – Acho que vai demorar um pouco pra esquecer.
Apertei sua mão.
- A gente quase morreu ontem e a cada segundo, parece que a noção disso me invade. Mel, quase morremos... Meu Deus. – passei a chorar, pois assim conseguia aliviar a pressão em meu peito.
- Meninas, calma. – Micaela pediu. Mel e eu nos abraçamos, enquanto ela tentava me passar tranquilidade, mas eu sabia que ela estava quase a chorar.
- Me perdoe, foi eu quem te colocou naquela situação, Sam... Se eu não tivesse saído, você não teria passado por isso. Eu... Me perdoa... Por favor...
- Não... Diz... Isso...
As meninas respeitaram o nosso momento, ficando em silencio absoluto. Eu não conseguia parar de chorar e soluçar, parecia que tudo o que estava guardado, decidiu explodir de uma única vez. Não sei por quanto tempo ficamos daquele jeito, abraçadas enquanto eu chorava e ela fazia carinho em meu cabelo. Quando aconteceu aquilo com a Flávia, uma sensação parecida me invadiu e agora saber exatamente o que ela viveu naquele dia sob a mira de uma arma. Ela vivia como se jamais tivesse acontecido e eu estava ali, com a sensação que nunca iria superar o fato de que por muito pouco Melissa e eu...
Eu nem conseguia completar a frase.
Flávia, ela foi forte. Ela foi tão forte.
“Meu Deus, que eu possa superar tudo aquilo”. Pedi em pensamentos.
Eu jamais me fiz de vitima em qualquer que fosse a situação. Sempre me considerei uma pessoa forte, que podia encarar qualquer coisa. Não estava reconhecendo a mim mesma naquele momento.
- Estamos com vocês, meninas. – ouvi Cami dizer. – Estaremos sempre. Entenderam?
- Sim, amor... – Mel respondeu e eu apenas confirmei com um acenar de cabeça.
A voz estava presa.
Melissa
Faltava menos de duas horas para chegarmos a Belém. Samantha havia se tranquilizado e agora conversava com as outras meninas. Me coloquei apenas a observar e ouvir a conversa. E em um momento de distração, fui para a noite anterior.
Minha cabeça não parava de repetir a mesma cena. Aquilo me irritava profundamente, pois eu não queria ser assombrada por aqueles acontecimentos. Me recusava a ser refém para os resto da vida.
Carlos não iria sair ganhando daquela forma.
Aquele desgraçado não seria protagonista da minha vida.
- O que vamos fazer com o resto das férias? – minha namorada perguntou. Sua voz me trouxe de volta.
Namorada.
Precisava de um choque de realidade para me convencer de que aquilo havia se tornado verdade. Que Camila realmente, agora era a minha namorada. Ela me tirou o sossego durante muito tempo e ser a primeira, e torcia para ser a única, mulher dela me deixava como o ego inflamado, confesso.
Quem não ficaria se estivesse com uma mulher tão maravilhosa como ela? Eu sabia que não seria somente flores, pois Cami tem uma personalidade forte, mas eu estava disposta a ir a qualquer lugar por ela. Não desistiria, pois não havia na minha vida mais nenhuma única duvida: eu a amava com tudo de mim e ela será a mãe dos meus filhos.
Ninguém seria capaz de tirar Camila de mim.
- Melissa, você tá viajando longe, hein...
- O que? – fiquei confusa.
- Tá tudo bem, amor? – Cami me olhou preocupada.
- Sim, amor... Eu me distraí... – pensando nela. Sorri. – Do que estavam falando?
- Da Ana Clara. Não acha que a Sam tá caidinha? – gargalhei.
- Não tô! Que droga, vocês querem me empurrar pro precipício. Aquela lá tem ex na vida dela...
- Isso saiu com uma pitada de ciúmes... – brinquei.
- Oh God... Vocês são chatas pra caramba. – a loira bufou. – Não podemos mudar de assunto?
- Vamos falar da queda da tia Juliane? – Cami não perdia uma oportunidade de deixar a tia bufando.
- Ah, lá vem isso de novo. Sabiam que eu poderia ter morrido? – ela fez drama.
- Quem mandou entregar nosso dinheiro pra Camila... – Samantha olhou feio para a minha namorada, que apenas deu de ombros.
- Vocês estavam fazendo apostas as nossas custas. – olhei para a motorista e a Sam. Micaela apenas gargalhava no banco do carona.
- Não temos culpa se é divertido zoar com a cara de vocês. Mas, olha... Passada com você, Camila. – Cami franziu o cenho e eu sabia que não viria nada de bom da boca da loira. – Como foi o sex*? Pelo barulho que ouvimos, o negocio foi selvagem.
- SAM!! – Cami e eu gritamos.
- O que? Você já percebeu que tem um ch*pão bem na nuca? Pois é, tá roxo e berrando que a trans* foi daquelas...
- SAMANTHA!!!
Coloquei a mão sobre meu rosto, não acreditando que todo mundo sabia que Camila e eu havíamos feito amor. Como iria encarar o pai dela? E sem contar que somente naquele momento parei para analisar que eu estava namorando a enteada da minha mãe.
- Sabem nem brincar. Me ajuda ai, Juliane...
- Eu? Minha cota chegou ao limite por hoje. Se vira!
Emily
Becca dormia tranquilamente no banco do carona, enquanto Cássia e Paloma conversavam com vontade sobre quem era melhor: Naruto ou Dragon Ball. Sim, elas estavam discutindo sobre isso. Mas a resposta era obvia, não é? Naruto era melhor. Ana Clara parecia em outro mundo. Nem ao menos percebia que seu celular estava tocando a mais de vinte minutos. O aparelho estava no silencioso, mas iluminava o carro que estava escuro.
- Ana, seu celular tá tocando... – Paloma cutucou a ruiva, que finalmente voltou para a terra.
- Droga... Não tinha percebido. O que você quer? Não, você não pode. Olha, eu não tô com paciência. O que? O que tá fazendo em Belém? Aaaah, é muita cara de pau sua. Eu vou desligar... – ela parecia querer controlar o tom de sua voz. – Eu vou desligar. Por favor, volta pra sua casa. Não estou com cabeça pra nada disso...
Ela desligou.
- Ninguém merece.
- Ruiva esquentada. Não é a toa que a Sam tá caindo de amores. – Cássia falou.
- O que?
- Um aviso para os ouvintes que estão indo ou voltando pelas estradas de Salinas, acaba de ser registrado um acidente na via, com uma vitima fatal. Uma saveiro se chocou contra um caminhão, ocasionando o capotamento do veiculo menor. Carlos Barbosa, que segundo informações, estava sendo procurado pela policia, não resistiu aos ferimentos e morreu no local, Angélica da Silva foi socorrida com vida e levada para o hospital... O motorista do caminhão teve apenas ferimentos leves...
Minha boca se abriu levemente.
-... A via esta lenta, pedimos aos motoristas muito cuidado, prudência. Logo voltaremos com mais informações...Rádio f...
Baixei o volume.
“Será?”.
- Meninas, não me digam que... – Paloma não terminou a frase. Estávamos chocadas.
- Sem duvidas são eles. Será que a Melissa e Samantha ouviram isso? – Ana Clara pegou o celular.
- Espera... – Cássia impediu o ato. – Acha uma boa ideia dizer isso a elas? Não é melhor esperar chegarmos a Belém? – ela olhou para todas dentro do carro.
- Sinceramente, não sei. – respondi. – Acho que elas precisavam saber o quanto antes, sei lá...
- Eu vou ligar pra Camila...
Paloma pegou o celular.
“Aquele desgraçado morreu, mas como será que tá a Angélica? Que Deus me perdoe, mas...”.
Não terminei a frase, notando a minha própria falta de sensibilidade. Apesar do que o canalha fez, ainda sim era uma vida. Só pedi que aquela notícia não chegasse como uma bomba para Melissa e Samantha. Elas já haviam passado por maus bocados.
- Camila?
Fim do capítulo
oi meninas...
vamos lá
depois de muito esperar, finalmente tenho a ferramenta que faltava para voltar a escrever. Foram dias longos, turbulentos e de descobertas nada agradaveis... Mas, houve um raio de sol que adentrou nessa fase dark. Ela tem nome, sobrenome e um temperamento que me deixa louca. Ela se tornou a minha base.
Eu era uma casa em ruinas e essa mulher entrou na minha vida pra erguer tudo.
a futura mãe do Benjamin...
voltando para a estória.
tudo de nós terá 25 capitulos e o final já esta em andamento. Por amor ao que faço e respeito a vocês, voltei para a estória. Quero entregar ela, por vocês e por mim.
só Deus sabe o que passei e ainda passo, mas escrever é a minha casa... eu amo criar e amo entrar nem que seja um pouco na mente de vocês.
sei que faz muito tempo e muitas pessoas até desistiram, mas eu não.
voltei por nós.
um grande beijoo, meninas.
espero ter todas nas minhas proximas estórias...
Letícia Corrêa.
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patty-321
Em: 14/11/2018
Oi lê. Feliz q vc Tá melhor,, superando dias difíceis que Deus te abençoe sempre . Carlos encontrou seu destino nada bom. Espero eca angelica fik bem. Muitas emoções ainda com essa maravilhosas galerinha . Bjs
Resposta do autor:
Poise, nossa querida autora está bem melhor, graças a Deus.
Carlão só teve o fruto das suas ações. E se deu mal.
Angélica é forte, vai ficar bem sim. Ela merece tudo de bom.
Valeu por acompanhar a história
Beijos
Luh
Cleide
Em: 13/11/2018
Amooooooo essa história .
Se fizer outra temporada n vou reclamar .
Carlão teve o q merecia.
E a angelica podia emcontrar uma PAIXÃO pra ela q n seja a mel.kkkk
Resposta do autor:
Oiie. Bom que gosta da história, ficamos felizes em saber.
Outra temporada quem sabe.
Carlão já foi tarde na minha opinião.
Angélica merece ser feliz, ela já sofreu demais e com certeza merece alguém que a faça feliz de verdade.
Beijos
Luh
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lay colombo
Em: 11/11/2018
Q bom q vc encontrou alguém que te ajude tanto e que te faça feliz. Fico feliz tbm q vc voltou a escrever não só pra terminar a história mas pq é algo que te faz sentir bem, vc é incrivelmente boa nisso e eu amo as tuas histórias, claro que eu quero acompanhar até o fim mas é bom saber que isso te faz bem tbm, no fim todo mundo sai ganhando.
Enfim grande bjo pra vc e outro enorme pra futura mãe do Benjamin por te fazer feliz e até o próximo.
Ps. Saudades da minha esposa/mulher da Nick, saudades Isa kkkkkkk
Resposta do autor:
teremos um pouco delas mais tarde...
e muito obrigada... ela uma vez ou outra olha os comentários...rs
obrigada por sua energia positiva e pelas palavras. É um senhor incentivo para permanecer aqui...
amo isso aqui e quero passar muito tempo escrevendo para vocês ainda....
ummm beijo Lay
obrigada mesmo...
Le :)
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Lary
Em: 09/11/2018
Gosto da energia das tuas personagens, são admiráveis! Então pode escrever bastante que eu vou ler e comentar. ;)
Acho que a Mel vai querer ver a Angélica e vai dar ruim com a marrenta agora oficial namorada... A Sam e Ana é aquela velha história de amor e ódio, muito divertido eu particularmente gosto do jeito da Sam, ela é descarada e prática, sem contar o charme da família né? Logo a Ana vai se render a gringa.
Beijos
Resposta do autor:
opaaa
então acho que vouu te ver nas outras...
booooooooooooom... não vou dizer muito...
esperar você ler o cap hihi
essa família tem um charme mesmo... é gostoso escrever sobre elas...
um super beijo
Letícia
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Letícia como falei anteriormente, podem demorar postar, mas saiba que não desisto da história. São tantos obstáculos que aparecem para neutralizar-nos , mas a garra, persistência e vontade de alcançar o alvo, nos impulsionam a buscar meios para realiza-Los.
Parabéns!
**Depois fale melhor sobre o raio de sol e Benjamin
Bjs
Resposta do autor:
parece que vivi vários anos em um só...
e mesmo querendo desistir algumas vezes, sei lá...ai ai
obrigada por contnuar aqui.
o apoio de vocês é muito importante.
falo sim, com todo prazer.
beijos
Letícia
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Bia08
Em: 08/11/2018
Mais um capitulo maravilhoso. Impossível não rir com essas meninas. Que fofo a Juliane querendo casar e filhos muito amor. Que a sam e a Mel possam superar todo esse trauma e que com a morte desse cara elas possam ficar mais tranquilas.
Estou feliz por vc está de volta e muito bem . Felicidades pra vcs, muito amor e sucesso. Bjs
Resposta do autor:
obrigada...
é sempre bom receber energias positivas...
eu estou muito feliz por tá aqui. A saudade foi enorme...
mais uma estória ser´entregue... :)
um super beijo meu anjo..,
Letícia
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JeeOli
Em: 08/11/2018
Doida para ver Sam e Ana se entendendo as duas são legais...
Fico feliz pela Angélica que o pesadelo dela acabou
Resposta do autor:
feliz que ainda acompanhe... fiquei com receio de voltar e todas tivessem desistido.
obrigada por continuar lendo.
um super beijo
Letícia
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