Capítulo 1
Eu não entendo ao certo o motivo que me levou a fazer isso, sou questionada diariamente pela minha consciência, podia voltar para o meu esconderijo me fechar como sempre fiz ao mundo e sentir, aquele vazio que estava predominando mais que o normal, ou talvez eu tenha cansado de ficar sozinha.
Agora estou aqui na porta da universidade travando uma luta interna com o meu interior, talvez agora minha história começasse realmente. Paola já tinha vivido tudo que podia se imaginar não tinha a necessidade ao certo de estar ali, mas talvez ela poderia apenas encontrar um lugar entre as pessoas. Um sorriso brotou em seus lábios, tinha respeito pelo passado isso a levou a cursar história, queria ver como os humanos descreviam suas origens, sabia que seria notada pois o tempo a educou de uma maneira não usada atualmente, isso com certeza iria trazer estranheza, mas não importava ela só queria sentir o mundo de luz novamente.
Quando contei para minha família, agiram como no ataque da guerra civil " como vai aguentar quando sentir fome, "com todo aquele cheiro emanando ao seu lado? ". "o pulsar do coração não deixará sua sanidade controlada? " Dentre outras frases que não vem ao caso.
O que importa agora é que já estava matriculada, e adentrando com aquela multidão na sala designada. A sala era ampla, as fileiras eram distribuídas a cada degrau, dando a sensação de plateia em teatro. Queria ser mais discreta possível, por isso escolheu uma cadeira no fundo próximo a parede.
Minha personalidade é forte, mas me considero uma pessoa controlada, no momento não claro, pois a ansiedade me tomava, me sentia desconfortável, mas estranhamente satisfeita. A minha primeira semana foi ótima já me sentia um deles, só tinha um problema; eu sabia mais que o tutor, eu acabava interrompendo demais contando alguns detalhes desconhecidos que só quem viveu sabia, como já tinha um vasto conhecimento a direção achou por bem me passar para classe mais avançada, fiz eliminação de matérias omiti em algumas questões para não ganhar o diploma na primeira semana, e com meu resultado no teste me disseram que eu entraria no terceiro termo, feliz?; Bom eu não estava, por mais antissocial que sou já estava dialogando com algumas pessoas, mas como dizem a alegria dura pouco né.
*-*-*-*-*Pov Luh
Desorientada, algo maluco aconteceu comigo no ano passado, passar as férias na casa da montanha não foi em vão, só não estava preparada para isso agora, estava feliz por ter demorado tanto, com isso pude ter uma vida normal, não estou reclamando meu clã sempre viveu junto com as pessoas normais se camuflando, nos dias atuais muitos dos nossos se encontram em cargos a frente a sociedade, a maioria se especializavam em medicina ou algo que relacionasse a saúde devido a nossa linhagem como curandeiros, mas eu dei uma fugidinha, tudo bem vou ser sincera sou a ovelha negra da família.
Eu sei isto soa completamente maluco. Quando saímos do aeroporto meus irmãos esperavam para nós buscar, pois é sou a caçula tenho três irmãos mais velhos que amo muito. Desde sempre somos muito unidos talvez seja o sangue diferente que corre em nossas veias, estranho tudo bem mas temos essa conexão forte com todos do clã como se fosse uma única alma que liga todos.
Algumas horas depois....
Lorena não conseguia dormir, assustou com seus pensamentos como ela poderia estar com medo de conhecer pessoas isso era completamente ridículo. Levantou pegou o celular e mandou mensagem para Amanda, "talvez eu me sinta mais confortável não chegando sozinha na faculdade".
Acordou pela manhã e fez todo seu ritual lentamente, separou suas roupas e depois um banho quente, após terminar olhou para o espelho e não viu mais aquela garota com olhar confiante vestida para matar, restou apenas um olhar enigmático. Ela escolheu um shortinho solto, mas que favorecia suas curvas e um uma blusa de linho bege, amarrou o cabelo em um rabo de cavalo, encarou mais uma vez o espelho.
‘Está linda como sempre filha"" Me sinto diferente""Vai dar tudo certo, agora vai que Amanda esta te esperando"
Dentro do carro, sua amiga a bombardeou com milhares de perguntas sobre seu sumiço nas férias, de como estava diferente "Loren alguma coisa aconteceu foi um bofe né, até seus olhos estão mais claros amarelados" disse encarando Lorena que ficou um pouco desconfortável e tentava de toda maneira ocultar o que realmente tinha acontecido.
Deu graças por terem chegado, quando saíram do estacionamento suas amigas a esperavam no gramado da entrada.Ao avista-la deram gritinhos e logo encurtaram a distância em um abraço caloroso, sentiu falta de Monique, entre elas era a única que entendia o que estava sentindo. Monique seguiu como todos na área biológica o que levava a ficarem juntas apenas no almoço, não só ela, mas com a maioria dos jovens do clã.
Conforme caminhavam sentia os olhares sobre ela, antes adorava ser o centro das atenções, sabia que era desejada por todos. Mas agora se sentia desnuda diante deles não via a hora de entrar na sala e se esconder.Estava se desconhecendo, se arrumava para chamar atenção, sentia prazer nos olhares desejosos sobre seu corpo, tanto homens quanto mulher não faziam diferença o que Lorena sabia apreciar era pessoas. Sentaram nas cadeiras do meio como de costume.
"Me fala como foram as férias, você sumiu nenhum sinal de vida no Snap, esperávamos ansiosas para um selfie das montanhas do Alasca."
"er... como eu disse lá não pegava sinal"
"Conheceu algum boy só pode, foi tão bom que até esqueceu da gente sua descarada".
Ela não aguentou o comentário de Rebeca e deu risada "claro que não, eu estava ....ahm... mais em um retiro familiar"
"Que tedio, prefiro a versão conheci um boy selvagem no Alasca"
"Não era no Alasca, estava na casa que minha familia tem nas montanhas de Forkark, e....
Parou estranhando o faro aguçado denunciava algo familiar que ao mesmo tempo a confundia.
"O que foi? " - Rebeca. Perguntou
"Esse cheiro, está sentindo? ... "- as meninas olharam confusas para ela.
" Só se alguém pisou no coco"- Amanda comentou em seguida deram risadas.
Ela estranhou os seus instintos, olhou para o lado analisando cada rosto, mas nenhum denunciava o perfil carniceiro. Sim para ela eles eram abutres.
Talvez faça parte da minha transformação, poxa eu nasci novamente. Não prestei mais atenção no que as meninas falavam, apenas dava um sorriso para dizer que meu corpo estava ali.
Fui tirada do meu transe com a entrada do professor junto com uma garota, estranho de uma maneira louca o seu jeito me intrigou não consegui desviar meu olhar, eles pareciam animados com a conversa esqueceram ate que estavam sendo observados.
Senti Amanda se aproximar do meu ouvido por trás " foi transferida para nosso termo, estão dizendo que deu aula para os professores do primeiro ano" terminou dando um risinho abafado.o
Fim do capítulo
Espero que tenham gostado, não deixem de comentar.....bjosss
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