AZUL VIOLETA por alex72
Capítulo 5 Sera que ela gosta de Mim?
Aline
A cada dia que passava eu ficava mais e mais apaixonada e mais em negação, chorava todos os dias de medo de ser gay, de amar uma mulher, não entrava na minha cabeça.
Meus dias eram esta divisão entre o amor por Lorena e os meus intermináveis medos, receio da reação dos amigos, família.
Lorena tentava de toda forma se fazer presente parecia que ela sabia que eu a amava, sim por que eu estava amando aquela mulher mesmo não querendo, mesmo achando que era errado.
Toda vez que ela se aproximava de mim eu fugia, tentava me manter distante mas os toques dela cada dia mais me perturbavam me faziam quere-la, assim decidi dar uma chance ao Luís, a muito ele me perturbava para sair com ele, apesar de casado, mas precisa tirar Lorena da cabeça e o Lu era um cara mais velho, vivido e que gostava de mim, além de como ele tinha compromisso eu não teria que vê-lo todos os dias, comecei a sair com ele desta forma para esquecer o meu anjo loiro que me enlouquecia.
Um dia marquei de sair com o Lu ele foi me buscar na construtora, por coincidência o Lidnei também foi buscar a Loira, saindo da empresa ela me questionou quem era ele, achei graça da forma um tanto quanto mandona dela de falar, quando disse que ele era meu namorado ela perguntou se era o das flores eu menti e disse que sim e ela então falou em sairmos os quatro juntos. Deus me livre sair com ela e ficar vendo o noivo aos beijos.
Lorena
Eu começava a notar em mim algumas coisas esquisitas, estava sentindo pela Aline um desejo que eu nunca tive por mulher, não era gay, então por que cargas d’água agora dei para pensar insistentemente nela?
Esta semana ao sair do serviço um homem estava esperando por ela, ele nem era bonito e bem mais velhos que ela, me subiu algo estranho e sem nem ter por que perguntei a ela quem era o cara.
Ela me olhou esquisito diante do meu questionamento, ela respondeu que ele era o namorado, que ódio me deu, como assim aquele velho era namorado dela?
Falei para sairmos todos juntos assim eu poderia ver ele com ela, não gostei dele. O Lidnei foi me buscar neste dia e ele ficou me chamando para ir embora, entrei no carro contrariada vendo Aline sair com aquele cara.
Passei minha noite remoendo os sentimentos conflitantes que estava sentindo, naquela noite não consegui ficar com meu noivo e os meus sonhos foram povoados pela imagem dela.
Aline
Luís queria me ter como amante, insistia em ficar comigo, estava dando corda, era uma forma de tirar o foco da minha cabeça dela.
Seus olhos azuis violetas me perturbavam sobre maneira, no outro dia depois do encontro e questionamento da Loira, ela chegou toda melosa, pediu como sempre para comprar seu lanche, me abraçando e deslizando sua mão pelo meu braço, toda vez que ela fazia isso eu ficava mal, parecia que eu estava aproveitando dela, já que ela nem imaginava que eu estava apaixonada .
Ela disse que queria almoçar comigo naquele dia, para chamarmos o Ademir, suspirei, ficar perto dela era uma tortura, mas também maravilhoso.
Saímos para almoçar, ela estava linda naquele dia, de calça jeans justa, uma blusinha soltinha e de rabo de cavalo, amava quando ela prendia o cabelo e seu pescoço esguio e branco ficava a mostra, eu era virgem ainda, mas muitas e muitas vezes eu me masturbava pensando nos beijos e nas mordidas naquele pescoço que eu gostaria dar.
-Aline, você está namorando aquele cara? Perguntou de supetão a Loira, me provocando um engasgo.
- Não Loira, ainda não. Apesar dele querer muito. Respondi observando as reações dela.
- Ele não é muito velho para você não?
- Gosto de pessoas mais velhas. Falei dando de ombros e olhando aqueles olhos azuis violeta, quem sabe ela entendesse que estou apaixonada por ela.
- Ah sim, mas mesmo assim ele pode ser seu pai.
- Que isso Loira, ele nem é tão velho assim. Abri um sorriso pelo exagero dela.
- E o que tem ele ser velho loira, falou Ademir, panela veia é que faz comida boa nunca escutou isso?
Ela olhou com cara de poucos amigos para ele, parecia querer fuzilar com os olhos. Almoçamos silenciosos depois disso, vez ou outra pegava ela me observando como que analisando, já tinha visto aquela expressão algumas vezes.
Ficava tentando imaginar se ela sentia algo por mim, mas claro que sentia Aline, sente amizade, eu não queria, mas queria ela para mim, que confusão.
Depois deste almoço ela passou a semana próxima de mim, descíamos a Afonso Pena quase todos os dias juntas, Ivana que trabalhava com ela também começou a nos acompanhar o que me deu um alivio, pois ficava cada dia mais difícil não fazer uma besteira com ela a cada conversa me tocando, me pegando, me abraçando.
Poucos dias depois do nosso almoço fiquei sabendo que seria contratada pela Construtora e iria trabalhar na sala da Lorena, meu Deus pensei o que será de mim?
Lorena
Eu andava confusa demais, estava tendo ciúmes da Aline agora, ficava imaginando aqueles lábios carnudos dela beijando aquele velho.
Lábios Carnudos? Mas que diabo era isso?
Toda vez que ela estava por perto eu sentia necessidade de toca-la, de olhar aqueles olhos castanhos assustados, que vez ou outra eu pegava me admirando e eu achava que vislumbrava neles algo mais do que admiração, será?
Me aproximei mais dela, procurando saber mais de sua vida, mas ela era bem reservada e calada, queria muito entender o que estava acontecendo com meu corpo para reagir a ela desta forma, uma mulher, uma menina Lorena?! Mas linda carinhosa prestativa e tinha um corpo de violão apesar da pouca estatura, ai ai ai sentindo desejo por uma criança!
Ninguém podia sonhar uma coisa desta, imagina minha reputação? Sou noiva hetero e agora me pego sempre pensando em como seria beijar aquela boca.
Fiquei sabendo que ela seria admitida e trabalharia diretamente comigo na minha sala para ser exata de frente para mim, fiquei imaginando como seria passar todas as horas perto dela, olhando para ela, isso não vai prestar.
Nunca havia ficado com mulher, nem passava pela minha cabeça, adorava um pau, adorava dominar os homens e o sex* era sempre prazeroso, por isso eu achava que estava ficando louca.
Fiquei puta um dia quando cheguei da rua, tinha ido almoçar e trans*r com o Marcos e cheguei na recepção e Aline estava debruçada na mesa da Rosangela que estava com uma blusa e os peitos quase pulando para fora, que merd* era aquela? E Aline toda toda sorrisos para aquela índia tupiniquim, que ódio!
- Oi Anjo, ela me cumprimenta sorridente ao me ver.
- Oi respondi, aquele sorriso e escutar ela me chamando de anjo, fez eu esquecer que tinha ficado com ódio de ver ela conversando com a Ro.
- Aline vem comigo até o refeitório?
Ela aceitou e me seguiu até lá, sentei em um banquinho e ela em outro e eu me pus a contar meu almoço e a trans* com o Marcos, relatando detalhes de como ele além de lindo era delicioso na cama.
Em dado momento reparei na expressão de dor em seus olhos e a cara triste que ela estava fazendo com o meu relato, e um pensamento cruzou minha mente
Será que ela gosta de mim?
Fim do capítulo
Ai como prometido, mais um capitulo de Azul Violeta, espero que gostem. Esta é uma historia diferente, pois não temos pegação no inicio, mas os conflitos da descoberta e da negação.
Comentem. bjs
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