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Palavras: 3885
Acessos: 1557   |  Postado em: 09/10/2018

Capítulo 9

Capítulo 9

Manoela chegou ao apartamento quando escurecia. A chuva começou a cair pouco tempo depois que saiu do banho. Se deixou cair no sofá e fechou os olhos. Os abriu sorrindo quando um gato gordo cinza e com cara de rabugento lhe subiu em cima e seu rabo peludo fez cócegas no seu rosto.

- Oi George, vem cá me dar um beijo vem. Abraçou o felino e este permanecera em cima dela até que deitou e dormiu diante dos carinhos que recebia.

Manoela sentia o corpo cansado, mas não sentia sono. A cabeça estava agitada em pensamentos. Não vira mais Laura naquela tarde e seu carro não estava estacionado no lugar costumeiro quando saiu pelos portões da faculdade para ir embora. Fechou os olhos e começou a perpassar os acontecimentos da semana. Surpreendeu-se com a proximidade e com o carinho que já tinha por Laura, mesmo com tão pouco tempo. "Como isso é possível?" Ao longo de sua vida Manoela sempre tivera que se esforçar para demonstrar seus sentimentos, pois esses quase nunca se manifestavam de forma genuína. Diante da preocupação mandou uma mensagem para Laura, que não chegou. Estava sem internet. Preocupou-se ainda mais quando pensou que talvez algo pudesse ter acontecido.

- Dá licença meu bebê. Disse retirando cuidadosamente o gato de seu colo e indo em direção a geladeira. Abriu uma cerveja e colocou seu CD preferido para tocar. Ten de Pearl Jam. Tinha um carinho especial por aquele CD e sempre o escutava quando se sentia perdida. E esse sentimento de não estar em seu devido lugar fizera parte dela durante quase toda a sua vida. Pensou em ligar para Laura, mas achou que seria atrevido. E se tudo estivesse bem? Esperaria mais um pouco. A inquietação agora agitava seus músculos. Ligou para Mariana. Estava demasiadamente distante nos últimos dias. Mariana porém, não atendeu.

A chuva já não estava mais tão forte e Manoela aproveitou para abrir a janela. Recostou-se nela e agora a música Black começou a ecoar pela sala. George se juntara a ela e os dois miravam os pontos de carros e gente embaixo deles. O vento gélido fez o corpo de Manoela tremer. Olhou para o relógio de parede que apontava 19:20h. Amava a solidão, mas naquele momento era a ultima coisa que precisava. Tentou se convencer de que precisava de qualquer companhia e não de uma específica. Sentou-se novamente no sofá e mandou mensagem para Nathalia que lhe respondeu quase no mesmo instante.

"Oi Manu. Tudo bem?"

"Tô sim. O que você ta fazendo agora?"

"Estourando meus miolos nessa merd* de faculdade ainda. E você?"

"Tô bem tranquila aqui aproveitando o som da chuva. Já disse que você precisa parar de trabalhar a noite"

"Não tenho namorada milionária como você amor"

"Vai se fuder. Morre ai então"

"Também te amo. Agora vou entrar que os demônios já estão todos me esperando. Até mais tarde. Beijo"

Manoela deixou o celular de lado e decidiu que assistiria a um filme. "Bobeira toda essa inquietação. Nada que um bom filme não resolva"Resolveu reprisar V de Vingança. George se acomodara em seu lado. Não se passaram nem 15 minutos de filme quando seu celular vibrou e a mensagem de Laura fez a tela do aparelho se acender.

"Oi"

Manoela respondeu no mesmo minuto.

"Oi. Tudo bem? Você sumiu."

"Saí da faculdade antes das 16 horas. Fernanda me convidou para uma reunião de velhos amigos na casa dela. Meu celular acabou descarregando e pra fechar com chave de ouro a casa da Fê ficou sem energia".

"Foi bom?"

"Foi sim"

Antes que Manoela pudesse responder Laura enviara outra mensagem.

"Senti sua falta. Teria sido mais divertido se tu estivesse lá comigo."

"Onde você está agora? Já chegou no hotel?"

"Sim. Tô morrendo de tédio aqui sozinha."

"Eu também. Coloquei um filme pra me distrair"

"Qual?"

"V de Vingança, conhece?"

"Claro! Já vi varias vezes! Ótimo filme."

Manoela ficou um instante sem dizer mais nada. Pensou em convidar Laura pra ver filme com ela, mas algo em seu consciente disse que isso seria errado. Mariana definitivamente não gostaria. Decidiu que a convidaria para fazer alguma coisa longe dali. Digitou:

"Quer fazer alguma coisa?"

"Quero muito. Posso te buscar aí?"

"Já pode vir. Vou só colocar uma roupa."

Manoela procurou cautelosamente o que vestiria naquela noite. Colocou uma blusa branca listrada de mangas longas e sobretudo preto por cima. Vestiu um jeans claro desbotado com alguns rasgos na altura do joelho e all star preto. Usou uma maquiagem leve no rosto e avaliou diante do espelho a imagem de si. Estava perfeita. Antes de sair deu duas baforadas do perfume e seguiu sorrindo em direção a saída.

- Tá se perguntando por que tô com esse sorriso bobo na cara né George? E se eu te disser que nem eu sei?

Trancou o apartamento e seguiu para o elevador. Enquanto descia Manoela percebeu que estava agitada e ansiosa. Sentia a inquietação no estomago e essa sensação não lhe era nada familiar.

- Tá bonita hoje senhora Manoela. O porteiro a cumprimentou.

- De vez em quando a gente veste umas roupinhas que ajudam né João. Manoela disse verificando a rua e sorriu quando viu o carro de Laura encostando. – Tchau João. Bom trabalho. Manoela correu em direção ao carro e se sentou no banco do passageiro. Se molhou bem pouco, pois agora só restara um chuvisco calmo.

- Boa noite linda. Laura a cumprimentou lhe dando um beijo no rosto. – Já sabe pra onde vamos?

- Qualquer coisa ta ótimo! Só preciso me distrair.

- Você já comeu? A gente pode ir pra um barzinho comer e beber alguma coisa e depois a gente decide o que faremos mais tarde.

- Pode ser. Você conhece o Mandala? Lá é super tranqüilo.

- Não. Me guia até lá.

Manoela foi guiando Laura pelo caminho e não pode deixar de avaliar o quanto Laura estava linda. Teve a impressão de que a mesma cautela que teve para se vestir, Laura também tivera. Estava de calça jeans aquela noite com uma blusa branca e jaqueta de couro preta por cima. Os cabelos estavam de todo soltos e seu rosto tinha uma maquiagem leve. Usava o perfume mais gostoso que Manoela já sentira. Enquanto mirava Laura se certificou para que esta não percebesse como das ultimas vezes.

- É bem aqui. Manoela apontou para o bar e Laura reduziu a velocidade estacionando em um ponto distante.

As duas mulheres entraram no bar e Laura ficou encantada com a decoração. Paletes de madeira faziam o piso. As mesas, também de madeira, eram feitas de carretel, algumas ficavam entre as plantas e um ar de tranqüilidade enchia o lugar. Sentaram-se numa mesa distante da entrada onde o clima estava fresco e dava pra ver e ouvir as gotas da chuva que caíam levemente.

- Ai Manoela! Que delicia de lugar! Com esse clima tá tudo muito perfeito.

Manoela ficou observando o olhar e o sorriso de Laura mirando o lugar. Estava realmente feliz, pois seu sorriso não deixava o sentimento oculto. Sentiu-se feliz também e toda a ansiedade e desconforto que sentiu há pouco desaparecera.

- Que bom que gostou, aqui fica bem afastado, mas sempre que venho sinto que vale a pena a distância percorrida.

Uma moça muito jovem de braços tatuados se aproximou com um sorriso entregando dois cardápios para as mulheres. Laura e Manoela fizeram seus pedidos quase no mesmo instante e pouco tempo depois as cervejas que pediram já estavam à mesa.

- Sua amiga Nathalia quase não conversa ein. Laura dissera sorrindo enquanto bebia um gole de sua cerveja.

- Haha. Aquela lá gosta de um papo como eu nunca vi.

- Ela é lésbica também? Laura perguntou um tanto sem graça, como se aquela palavra que acabara de pronunciar nunca tivesse dito antes.

- Sim, é sim. Manoela disse bebendo um gole de sua cerveja abrindo espaço à mesa, pois a comida que pediram havia acabado de chegar.

- Sabe, eu nunca tive muito contato com o pessoal LGBT, não sei se é porque eu vivia quase sempre escondida, trabalhando ou estudando. Nunca tive um amigo gay, você é a primeira que conheço e crio intimidade.

- Eu acho que é porque você vivia escondida. Eu sempre tive próximo de mim o meu pessoal. Mas acho que meu estilo ajudou também. Uso cabelo curtinho desde meus 16 anos.

- Acho que parte da culpa é da minha família. Eu cresci em lar cristão. Meu pai odeia vocês na mesma proporção que ele odeia assassinos. E eu não estou exagerando.

- Eu não me surpreendo. Já vi e ouvi quase todo o tipo de preconceito e a maioria, infelizmente, vieram de cristãos. Que espalham preconceito usando a bíblia como justificativa. Aproveitando que você tocou no assunto de seus pais, vamos terminar a conversa de hoje cedo. Onde estão seus pais?

Laura suspirou e esboçou um sorriso triste. Se deixou encostar à cadeira e disse:

- Meus pais moram aqui em Goiânia, ali do seu lado, no prédio Colorado. Morei a minha vida toda lá.

- Sério? Já foi vê-los desde que chegou?

- Sim. No dia que cheguei dormi lá. Não os via desde que me mudei com Alexandre para o Sul. Laura disse e mirou o céu num suspiro. - Minha mãe tem Alzheimer. Não me reconheceu quando fui lá. Meu pai me tratou com desdém pelo fato de eu ter ido embora e deixado minha mãe naquele estado. Disse para mim que a culpa da doença dela é minha. Ele não sabe o que diz, está desolado.

- Mesmo estando desolado não há justificativa pra dizer tal coisa. Isso é muito cruel Laura.

- Eu já me acostumei Manu. Por isso que decidi ir para o mais longe possível. Durante toda minha vida eu fui sozinha. Tudo que sou e sei aprendi comigo mesma. O mais próximo que tive de mãe foi a empregada de minha mãe, Dulce. Se não fosse por ela minha vida teria sido bem pior. Mas isso não interfere em nada na minha vida hoje Manu. Sou feliz e fui atrás de tudo aquilo que acreditava ser bom pra mim. Não te conto para que tenha pena, é somente um fato da minha vida que hoje não faz mais tanta diferença.

- Por isso que você decidiu ficar em hotel? Por conta do que ele te disse?

- Sim. Meu plano inicial era ficar com eles, mas depois do episódio decidi que era melhor ficar sozinha.

- Você tem irmãos? Manoela perguntou agora bebendo sua terceira cerveja.

- Tenho sim. Apenas um. Mora em Londres desde seus 18 anos. Ele é mais velho que eu quase 10 anos, tive pouco contato com ele. E você Manu? Me fala um pouco da sua vida, a única coisa que sei sobre sua vida é que tem uma namorada.

Manoela contou a Laura grande parte da sua vida, contou como perdeu os pais e como foi ser criada pela avó até seus 16 anos.

- Ela sempre soube o que eu era e sempre me apoiou. Minha vó foi minha base para eu ser o que sou hoje. Enquanto o restante dos meus tios e tias diziam que alguma coisa estava errada comigo e que provavelmente isso era uma resposta do trauma que eu sofri ao perder meus pais, ela dizia que aquilo era perfeitamente normal e que trauma eu teria se me impedissem de ser o que eu sou. A pior dor da minha vida foi perdê-la. Mas isso já tem tempo, sei que ela olha por mim onde quer que esteja.

Manoela terminou de dizer e viu que Laura tinha os olhos cheios d'água e sorria na tentativa de disfarçar a emoção.

- Me desculpa Manu, eu sou uma manteiga derretida. Disse passando os dedos com cuidado abaixo dos olhos para não borrar a maquiagem.

- O importante é que a gente tá aqui hoje e o que somos né? Eu linda desse jeito e você uma mais ou menos. Manoela disse e sorriu.

- Bem engraçadinha você né.

Após mais alguns minutos de conversa Laura disse mirando o relógio de pulso.

- Manu, vamos sair daqui? Eu tô morrendo de vontade de dançar.

Manoela corou o rosto e disse em seguida:

- Laura, não sei viu, eu teria que te deixar dançar sozinha porque eu não danço nada.

- Nada?! Laura perguntou com ar de incredulidade.

- Nada.

- Ah, mas hoje você vai. Laura acenou com a mão para a mesma garota que trouxe os cardápios para que trouxesse a conta. – E nem venha contestar.

As duas saíram do bar e seguiram rumo a uma boate que ficava no setor sul. Era meia noite quando as duas passaram pela portaria da boate e se misturaram ao monte de gente que havia ali. Manoela se sentiu um pouco perdida, pois nunca tivera o costume de sair para boates. Olhando ao redor percebeu que não havia uma pessoa ali que não mirava as duas quando passavam. Olhou para Laura e se sentiu a vontade, pois ela parecia estar tão feliz ali que automaticamente se animou.

- Já sei qual o segredo pra fazer você dançar. Laura dissera bem próximo ao ouvido de Manoela para que pudesse escutar. Vem comigo para o bar que vou comprar uma bebida pra gente.

Laura pegou a mão de Manoela e a conduziu para o bar que ficava ao fundo da boate. Enquanto aguardavam na fila Manoela fitou a decoração do local. Cartazes de filmes clássicos pendurados numa parede de tijolinhos dava um estilo vintage. A bancada do DJ era a parte da frente de uma Kombi.

- É perfeita a decoração daqui né? Não acredito que você nunca veio aqui antes.

Laura pegou a bebida no bar e entregou para Manoela que provou fazendo uma careta. Sorriu com satisfação e a levou para o meio da pista da dança. Quando Manoela ia protestar Laura enlaçou seus dois braços em seu pescoço e disse bem próximo ao seu ouvido.

- Nem ouse sair daqui. Apenas siga meu ritmo. Se precisar, feche os olhos. Finja que não há mais ninguém aqui. Não há nada mais libertador que a dança.

Manoela decidiu que fecharia os olhos, pois ainda não conseguira relaxar e lhe parecia impossível fingir que não havia mais ninguém ali. Laura pareceu ter percebido o desconforto de Manoela, pois retirou os braços de seus ombros e colocou as duas mãos em seu rosto.

- Apenas me observe e siga meu ritmo. Laura se soltou de Manoela e começou a dançar soltamente diante dela.

Dessa vez Manoela pode sentir como se não houvesse mais ninguém ali, pois a imagem de Laura dançando para ela não deixava a mínima margem para outra atenção. Sentiu-se hipnotizada e uma vontade de beijar Laura invadiu novamente seus pulmões. Era impossível resistir àquela mulher. O som da música alta ecoando em seus ouvidos fez seu corpo se balançar quase como uma resposta. Fechou os olhos novamente para resistir a imagem diante de si e se deixou levar pela batida. Ouviu a voz de Laura dizer em seu ouvido:

- Diz se não é uma delicia.

Manoela não dissera nada. O movimento de seu corpo já era a sua resposta. Nem se lembrava da ultima vez que se sentira daquele jeito. Era como se estivesse em um mundo paralelo. Dançou com Laura várias e várias vezes aquela noite. Durante alguns intervalos quando iam até o bar Manoela percebia um olhar intenso de Laura para ela que logo depois corria para a pista de dança, como se quisesse fugir. Teve a impressão que Laura sentia, naqueles momentos, o mesmo sentimento que a fazia querer fugir na presença de Laura.

Eram quase 4 horas da manhã quando Laura sugeriu que fossem embora. As duas saíram da boate e correram em direção ao carro, pois a chuva caia com força e trovejadas rugiam quando os relâmpagos iluminavam o caminho. Laura se sentou ao volante e disse:

- Manu, eu sei que bebi demais, mas consigo dirigir até sua casa, tá bom? Não quero que pegue um táxi. Me deixe levar você.

- Tudo bem. Eu não te deixaria voltar sozinha Laura. Manoela disse de olhos fechados recostada em seu banco.

Laura dirigiu lentamente e com cuidado até encostar com o carro na esquina do apartamento de Manoela, exatamente no mesmo lugar que estacionara da ultima vez. Disse após alguns segundos de silêncio:

- Entregue. Sã e salva.

Manoela nem parou para pensar no convite que faria a seguir.

- Não vai para o hotel. Dorme aqui. Amanhã cedo você vai. Manoela fez sua proposta e virou seu corpo em direção ao de Laura. – Tá chovendo muito, eu vou ficar muito preocupada aqui sozinha esperando você chegar.

Laura fitou os olhos verdes de Manoela e disse:

- Isso pode te causar problemas. Tem certeza?

- Tenho. Entra comigo.

Laura estacionou o carro na garagem e as duas entraram no elevador. Um silêncio incômodo se instalara e Manoela sentiu o estomago comprimir. Entraram no apartamento e Manoela se aproximou de Laura para lhe ajudar a tirar a jaqueta que estava um tanto molhada, Laura fixou seus olhos nos olhos verdes sem desviar. A proximidade dos rostos tirou o ar de seus pulmões.

- Por que você me olha assim? Perguntou com o rosto bem próximo ao de Laura.

- Por que você mexe com a minha cabeça e eu não gosto disso. Laura disse dando um passo para trás e encostando suas costas na porta. Manoela deu um passo para frente.

- Se soubesse o que faz com a minha... Seu coração batia tão forte que pensou ouvi-lo. Sentiu o cheiro do hálito de Laura próximo e isso inebriou por completo seus sentidos. Colocou uma mão no rosto de Laura e a outra enfiou entre seus cabelos. Pensou ver uma faísca fazendo contraste com o azul do olhar. Encostou seus lábios nos dela. Laura empurrou o corpo de Manoela para longe ao mesmo tempo em que o trouxe de volta, mordeu o lábio inferior de Manoela como se quisesse expor algum sentimento de raiva. Deu um beijo urgente e violento em Manoela enquanto puxava seus cabelos curtos para trás.

- Mostra pra mim que você também não consegue resistir. Manoela disse levantando a blusa de Laura e a deixando só de sutiã. Despregou seus lábios dos dela e beijou seu pescoço lentamente. Os sons dos gemidos de Laura saindo como um sussurro em seu ouvido lhe pareceu o som mais lindo que já ouvira.

- A sua boca tem exatamente o gosto que imaginei. Laura disse empurrando Manoela para o sofá. – eu odeio o quanto você é linda Manoela! Eu odeio o que você me faz sentir!

Manoela caiu de costas no sofá e Laura se encaixou em cima de seu ventre. Tirou seu sutiã e em seguida a blusa de Manoela.

Manoela levantou seu corpo e enlaçou o de Laura em um abraço, beijou seus seios enquanto arranhava levemente suas costas. Empurrou seu corpo contra o de Laura a fazendo deitar, ficando assim, por cima. Fitou-a por alguns segundos e disse:

- Como pode ser tão linda?! Abriu o botão da calça de Laura e a tirou num só movimento, deixando-a só calcinha.

Desceu seu corpo em direção ao de Laura encontrando novamente seus lábios. O contato das peles fez seu corpo vibrar. Laura enlaçou seu corpo com um abraço quente retirando seu sutiã.

Sem despregar os lábios da boca de Laura, Manoela desceu a mão e a tocou entre as pernas. Sorriu olhando nos olhos azuis quando tocou o tecido umedecido da calcinha. Havia neles um brilho intenso e quando a via morder seu lábio inferior num gemido de resposta ao seu toque, Manoela teve a impressão que estava perdida.

Beijou novamente sua boca e desceu lentamente pelos seus seios e barriga. Sentia o corpo de Laura tremer debaixo de si. Desceu mais um pouco e beijou a parte interna de suas coxas, os gemidos de Laura estavam quase virando protesto quando encaixou sua boca entre suas pernas. Laura reagiu puxando com força os cabelos de Manoela.

- Como pode ser tão bom assim?! Eu não consigo mais segurar, eu vou... Eu vou goz*r! Laura dissera e a ultima palavra saiu quase como um sussurro. Arqueou seu corpo e explodiu em um gozo.

Manoela sentiu seu corpo se desmanchar debaixo de si. Voltou a subir seu corpo de encontro ao de Laura e quando encontrou os olhos azuis viu que estavam marejados de lágrimas. Imediatamente colocou a mão em seu rosto e perguntou:

- Ei, o que foi?

Laura apenas balançou a cabeça negativamente e beijou seus lábios a envolvendo num abraço quente. Disse baixinho em seu ouvido.

- Você é maravilhosa demais. É por isso que estou chorando. Laura soltou o corpo de Manoela e colocou as duas mãos em seu rosto. – Eu nunca... Os olhos agora se encheram mais ainda de lágrimas.

- Me fala, tá tudo bem. Manoela disse beijando o rosto de Laura.

- Eu nunca senti isso. Eu nunca senti o que você me fez sentir agora. É tudo tão diferente. Tão bom. Sua pele é tão macia. A forma como seu corpo se encaixa no meu.

- O que eu fiz você sentir?

Laura agora sorria ao mesmo tempo em que as lágrimas caíam.

- Você me desvendou, como se já soubesse meus caminhos. Eu já senti prazer, eu já g*zei. Mas não assim. Não nessa intensidade. O seu toque macio é tão gostoso. Laura disse e sem tirar os olhos de Manoela, pegou sua mão e a conduziu para entre suas pernas. – Olha como eu estou. Sinto como se estivesse pegando fogo.

Manoela tocou levemente seu sex* e introduziu dois dedos.

- Me deixa sentir esse teu fogo. Disse num sussurro e Laura mordeu seu lábio inferior em um gemido abafado. Sentiu suas costas arderem quando, como resposta a invasão, Laura as arranhou. Intensificou o movimento e quase gozou quando viu a entrega de Laura, a forma como seus olhos pediam mais movimento a deixava fora de si.

- Tira tua calça. Me deixa ver você. Laura conseguiu dizer entre gemidos.

Em um só movimento, Manoela tirou o restante de peças que ainda usava e dessa vez se encaixou entre as pernas de Laura. Movimentou seu corpo contra o de Laura em um movimento rápido. Urgente. Não conseguia mais segurar.

- Goz* comigo. Laura disse baixinho em seu ouvido.

Manoela sentiu o corpo estremecer e viu sua força vacilar fazendo seu corpo cair sob o de Laura.

Ficaram ali deitadas por um tempo que nenhuma das duas soube precisar, ou se preocupar. De olhos fechados Laura mantinha um esboço de um sorriso nos lábios fazendo carinho nos cabelos de Manoela. Não pensaram em nada. Nada além do que estava ali diante delas e do que acabaram de sentir. Nenhuma queria encarar a realidade que viria depois do sonho. Isso ficaria pra depois.

- Vem tomar um banho comigo. Manoela quebrou o silêncio e conduziu Laura para o quarto. Fizeram amor mais algumas vezes debaixo do chuveiro. E depois na cama. Até que dormiram. Laura primeiro e Manoela depois. Embalaram em um sono profundo ouvindo as trovejadas da tempestade do lado de fora.


Fim do capítulo


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