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A força do destino por Tay Bandeirah

Ver comentários: 4

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Palavras: 3278
Acessos: 4678   |  Postado em: 07/10/2018

DE VOLTA A REALIDADE

POV Emma

 

Ali estava eu parada olhando para o nada, imaginando como seria a minha vida a partir daquele momento. Sentia-me em um universo paralelo e não fazia a menor ideia do que faria para recomeçar.  

 

Fui tirada do transe pelo motorista do ônibus que gritava, _ vai subir ou não garota? _ Perdão, disse de forma automática e subi no ônibus que partiu em direção ao centro da cidade. Observava o caminho atentamente enquanto uma lágrima insistia em cair dos meus olhos. Não sei dizer se eram lágrimas de dor ou de felicidade, ante o misto de sentimentos que iam em minh’ alma.

 

Aquela cidade que conhecia como a palma de minha mão, parecia estranhamente diferente. Eu admirava as pessoas que transitavam apressadas e imersas em seus próprios pensamentos. Com certeza um dia fui uma dessas! Hoje a pergunta que não quer calar é se algum dia conseguirei voltar a ser simplesmente mais uma delas?

 

Atravessei a passarela em frente à rodoviária e novamente peguei um ônibus, dessa vez com destino a Niterói. Minha cidade, minha linda cidade! Sentia saudades de cada detalhe da mesma, dos bares, das pessoas dispersas caminhando pelo calçadão, do mar... novamente meus olhos se encheram de lágrimas.

 

Chegando ao meu destino, mais uma vez me vi paralisada, agora em frente à portaria do prédio onde morava. _Nossa... nem parece que estou a 4 anos longe daqui, murmurei enquanto observava cada detalhe do prédio, situado em uma das ruas de Icaraí.

 

Com certa dificuldade entrei no prédio e chamei o elevador. Nesse momento o porteiro apareceu e se assustou ao me ver.  

 

_ Dona Emma quanto tempo? A senhora está bem?

 

_ Graças a Deus sim, obrigada por perguntar seu Leroy.

 

O homem me olhava como se tivesse vendo um fantasma. Foi impossível passar despercebido. No fundo eu sabia que esse era apenas o começo e que eu teria que saber lidar com os olhares curiosos. _ Licença seu Leroy, mas preciso subir.

 

_ Claro, precisando sabe onde me achar. Apenas assenti com a cabeça e entrei no elevador. Apertei o 7º andar e enquanto subia, me olhava no espelho. Estava acabada, pensava em como esses 4 anos custaram uns 20 a mais na minha fisionomia.

 

Entrei em meu apartamento e fui calmamente caminhando entre os cômodos, como se matasse a saudade de cada canto da casa, que apesar de empoeirada se mantivera arrumada.

 

Sozinha e cansada me permitiu chorar, joguei-me na cama agarrada a um travesseiro e me entreguei aquela imensa dor. Enquanto pensava em minha vida me lembrei do primeiro dia da faculdade, de como eu estava feliz pela conquista. Naquela época eu não imaginava o porvir.

 

Flashback on

 

_ Boa tarde, me chamo Emma Swan, tenho 20 anos, escolhi enfermagem, pois amo o universo hospitalar. Ah, sou mãe, tenho um filho lindo de apenas 4 anos.

 

_ Sejam todos bem vindos. Sou Elsa, coordenadora do curso. Estarei disponível para o que precisarem. Sugiro que suguem cada professor, tirem deles todo o conhecimento possível e não se enganem, 4 anos passam extremamente rápido, então aproveitem que aqui é o lugar certo para errar, perguntar e errar de novo. Porque uma vez formados, a profissão que escolheram não tolera erros.   

 

Flashback off

 

Involuntariamente sorri ao lembrar das apresentações no primeiro dia de aula, era impossível não perceber os olhares incrédulos quando disse que tinha um filho de 4 anos. Nesse momento fui remetida aos meus 16 anos de idade.

 

Flashback on

 

_ Neal tô grávida! Falei entre soluços. Naquele exato momento vi o brilho dos olhos dele desaparecer. Ele andava de um lado para o outro do quarto e por vezes socava a parede.

 

_ Fala alguma coisa Neal...

 

_ Você não pode ter esse filho!

 

_ Oi? Você está sugerindo que eu tire essa criança?

 

_ Claro, eu não posso ser pai, acabei de entrar pra faculdade. Não quero essa responsabilidade.

 

_ Eu não vou tirar. Se não queria esse tipo de responsabilidade então não devia ter se negado a trans*r de camisinha.

 

_ Você não está entendendo garota, eu não vou assumir nada. Você devia estar tomando anticoncepcional. A obrigação é sua! No mais eu sempre goz*va fora, quem me garante que esse filho é meu?

 

_ Sai daqui seu merd*, eu não preciso de você. Você nunca verá essa criança, ela não merece ter um pai escroto como você.  Eu praticamente berrava enquanto o empurrava para fora da minha casa.

 

Flashback off

 

Como ficamos cegas quando estamos apaixonadas! Como não percebi que o Neal era um rato, covarde e insensível? Em pensar que ele nunca procurou o Henry. Quer saber, azar o dele perdeu a chance de conhecer o ser mais doce que já existiu.

 

Novamente senti meu rosto molhado pelas lágrimas, era impossível não chorar ao pensar no meu filho. Como ele fazia falta, a saudade era dilacerante, mas o conforto vinha na certeza que ele estava melhor agora. Exausta adormeci entre pensamentos e lágrimas.

 

O dia amanheceu chuvoso, olhei pela janela o pequeno engarrafamento que começava a se formar. Estava mais indisposta que nunca, a vontade que tinha era me enclausurar ainda mais no meu quarto. Mas eu não podia. Já fazia uma semana que tinha voltado e desde então me mantive trancada em meu apartamento como se o mundo se resumisse aqueles metros quadrados. Levantei a muito custo, fiz minha higiene matinal e procurei uma roupa que comportasse a ocasião. Meu guardarroupas estava totalmente desatualizado. Por sorte meu corpo era basicamente o mesmo, então foi fácil achar alguma coisa pudesse usar.

 

Peguei minha bolsa e saí, estava disposta a percorrer os hospitais da cidade. Precisava arrumar um emprego.

 

A cada administrador que conversava a pergunta central era a mesma: _ o que você fez nos últimos 4 anos? Vejo que não trabalhou em nenhum hospital.  

 

Por mais que quisesse não adiantaria mentir, os hospitais exigiam documentos que indicariam meu paradeiro nos últimos anos, então pacientemente explicava o ocorrido e via a reprovação estampada no olhar de cada recrutador. No final a resposta era sempre a mesma: _ infelizmente não estamos contratando.

 

Era incrível ver a hipocrisia das pessoas, os julgamentos feitos sem o menor critério, sem nenhum conhecimento prévio dos fatos. Em pensar que a gente só se dá conta disso ao sentir na pele. Eu mesma nunca tinha parado pra analisar determinadas situações.

 

Desanimada me joguei no sofá, precisava pensar em alguma forma para arrumar um emprego. Olhava meu currículo e quanto mais olhava, mais raiva me dava, afinal eu era uma excelente profissional, trabalhei nos melhores hospitais e tenho ótimas referências. Eles não têm o direito de me punirem! BANDO DE HIPÓCRITAS!!!! Sem querer gritei, chamando a atenção das pessoas que estavam ao meu redor.

 

A verdade era que independente da raiva que estava sentindo, precisaria dar um jeito. O pouco dinheiro que tinha estava acabando. Resolvi atirar para todos os lados, o que aparecesse primeiro eu pegaria, afinal não poderia ficar mais restringindo minha procura à hospitais. Mas no fundo achava um absurdo me sujeitar a trabalhar em qualquer coisa tendo uma profissão estabelecida e um excelente currículo, mas...

 

A procura continuava e a cada fora que levava via minhas esperanças desaparecerem, não sabia mais o que fazer. Estava cansada, desanimada e sozinha.

 

A cada dia que passava a depressão se fazia mais presente na minha vida. Todos me julgavam, ainda que não verbalizassem uma única palavra, seus olhares esfregavam na minha cara tudo que pensavam sobre minha história.

 

A garra até a pouco demonstrada aos pouco dava lugar ao desânimo e eu começava a me entregar. Quase não saia de casa, não me alimentava direito e passava noites chorando. Meu corpo começou a demonstrar os sinais da doença que se instalara. A fraqueza ia além do corpo físico, vinha da alma que não encontrava motivos para lutar.

 

Em um dia pouco usual me vi obrigada a sair de casa, precisava comprar algumas coisas, dentre elas remédios para dormir. Andando pelas ruas do bairro sem prestar a mínima atenção acabei esbarrando em alguém. Ao levantar o olhar para pedir desculpas me surpreendi ao reconhecer Belle, uma amiga da época de faculdade.

 

_ Emma é você? Quanto tempo? Dizia a garota abraçando-me como se realmente tivesse com muitas saudades. _ Pelo amor de Deus Emma, já faz mais de 10 anos que não nos vemos. Vamos tomar um café e conversar um pouco.

 

_ Belle foi ótimo revê-la, mas estou com um pouco de pressa... Antes que pudesse terminar a frase, fui interrompida.

 

 _ Sem desculpas gata, não existe pressa que não comporte um café. Até pensei em contra argumentar, mas ela saiu me puxando e quando vimos já estávamos sentadas em um barzinho qualquer.

 

_ Me fala Emm, como está à vida? E seu filho? Deve estar um rapaz! E você já encontrou alguém que mexesse com esse seu coraçãozinho impassível? Está trabalhando aonde? Falava em disparada, eram perguntas e mais perguntas e por mais que eu demonstrasse desconforto ela simplesmente ignorava.

 

_ Bom Belle, vamos pelo começo. Falei com os olhos marejados. Nesse momento ela me olhou e seu sorriso desapareceu. Limitou-se a passar a mão pelo meu rosto para secar uma lágrima que insistia em correr.

 

_ Meu coração não foi mexido por ninguém, você sabe que não acredito nessas coisas de paixão. Continuo acreditando que as uniões são feitas de acordo com os objetivos em comum. E pra ser sincera não preciso de ninguém me tornando ainda mais vulnerável do que já estou. Quanto ao trabalho no momento estou desempregada e quanto ao meu filho... Lágrimas vertiginosas corriam pelo meu rosto enquanto ela me olhava piedosa. _ Ele morreu há 4 anos e meio.

 

_ Nossa Emma, sinto muito. Porque você nunca me procurou, sempre fomos tão amigas durante o período de faculdade. A rotina de trabalho nos afastou muito, mas o carinho e a amizade permaneceram iguais.

 

_ Existem coisas na vida que precisamos passar sozinhas. Belle eu, sinceramente não quero mais falar disso, por favor. Mesmo tendo passado 4 anos, ainda é um assunto que me dói muito. Mas fala, e você, o que tem feito da vida?

 

_ Claro Emm. Bom, você sabe que fiz enfermagem obrigada pela minha mãe. Nunca tive vocação para gente doente, dor, sangue e tudo que envolve um hospital. Até tentei trabalhar em alguns, mas comecei a entrar em depressão, me sentia infeliz, não via prazer no que fazia. Então depois de um belo tratamento com meu psicólogo e meu psiquiatra me enchi de coragem e enfrentei minha mãe. Hoje sou empresária, tenho um Lauge LGBT em Copacabana.

 

_ Lauge?

 

_ É uma espécie de barzinho, mas com uma boate agregada. Acolhe aos festeiros de plantão e aos que curtem uma coisa mais intimista.

 

_ Legal! Mas porque LGBT? Até onde sei você sempre foi hétero. Falei séria enquanto ela começava a gargalhar.

 

_ Uma coisa não tem nada a ver com a outra, bobinha. Pra você saber é um campo excelente de trabalho. Poucos empresários investem nessa área e os poucos que investem não sabem como fazer, então acabam colocando os pés pelas mãos. Tenho uma amiga que é lésbica e ela vivia me falando da carência de bons lugares que atendessem a esse público. Então não pensei duas vezes, fiz dela minha consultora e sócia e juntas abrimos a “The Girls”.

 

_ Interessante, só não entendi uma coisa, a boate é LGBT ou é lésbica?

 

 _ Majoritariamente nosso público é composto por mulheres, mas não existem restrições a nenhum tipo de público.

 

_ Entendi! Belle aproveitando que estamos falando em empregos, deixa eu te perguntar uma coisa, mas fique à vontade para me dizer o que sente. Você não teria um lugar pra mim na sua boate?

 

_ Oi? Como assim? Mas você sempre foi apaixonada pela vida hospitalar. Parecia sua segunda casa.

 

 _ Eu sei, mas depois da morte do Henry eu simplesmente saí desse ramo e agora estou desempregada.

 

_ Bom, estamos em processo seletivo para a função de bartender, mas sinceramente não acredito que seja isso que esteja procurando.

 

_ Eu aceitaria com prazer, pois realmente estou precisando trabalhar, pena que não sei fazer nenhum drinque, você não teria alguma vaga como recepcionista ou garçonete, por exemplo?

 

_ Quanto a isso não tem problemas, posso te oferecer um curso rápido. Em duas semanas você estará 100% apta a trabalhar. Vou te dar o endereço. Você passa lá mais tarde e conversa com a Ruby Lucas, é ela quem mexe com essa parte de contratações, mas fica tranquila que vou ligar para ela e dizer que você é minha amiga. Agora deixa eu ir, pois preciso terminar de comprar umas coisas. Amei te ver. Beijos

 

  _ Mais uma vez obrigada Belle, você não sabe o quanto está me ajudando.

 

 _ Que isso linda, vejo que você precisa muito mais de uma ocupação do que de um trabalho. Só me prometa duas coisas: 1º que você vai tratar essa depressão e 2º que quando resolver retomar sua vida, vai me avisar com antecedência para que possamos colocar alguém em seu lugar.

 

_ Eu não estou depressiv...

 

_ Gata não precisa se justificar, já tive essa doença e sei identificar seus sintomas, só preciso que você se cuide.

 

 Apenas balancei a cabeça em sinal de concordância, a abracei e voltei para meu apartamento. Nesse ínterim percebi que não tinha comprado absolutamente nada do que precisava. Mas não daria mais tempo. Corri para o banheiro, precisava me arrumar, afinal, pelo que me lembro a Belle falou pra eu passa lá mais tarde, ou seja, hoje!

 

Enquanto me arrumava percebi que estava mais animada. Confesso que ainda estava inconformada por não conseguir trabalhar na minha profissão, mas pelo menos teria não só uma ocupação, como conseguiria pagar as contas.

 

Como já eram 17h da tarde, pedi um Uber e indiquei o endereço da boate. Em 40 minutos adentrava o local. Ele era lindo, refinado, com espaços ao ar livre e espaços privados. Tinha uma adega ampla e um pequeno palco que indicava a presença de músicas ao vivo. O andar superior, por sua vez era suntuoso, tinham pequenas mesas espalhadas pelos cantos e uma enorme pista de dança.  Em um dos cantos tinha um poli dance todo iluminado e um bar com uma infinidade de bebidas.

 

Procurei por alguém que me atendesse e fui recebida pelo segurança. _ Boa noite, posso ajudá-la? _ Sim, sou a Emma e vim encontrar a Srt. Lucas. O homem soltou uma gargalhada gostosa apesar deu não entender direito o motivo. _ Perdão, é que é a primeira vez que vejo alguém chamar a Ruby de Srt. Lucas, kkkk

 

Corei de vergonha... Seria muita audácia da minha parte chegar chamando minha possível chefe pelo primeiro nome. _ Desculpe, a Belle pediu apenas que eu procurasse por ela.

 

_ Sem problemas, me acompanhe, por favor, ela já está te esperando.

 

Ele me conduziu novamente ao térreo, passamos por um pequeno corredor ao lado do bar e entramos em uma sala. Lá dentro a mulher que, até então mexia no computador levantou-se e me ofereceu a mão em cumprimento.

 

_ Prazer Emma, a Belle me falou de você.

 

Nossa... que mulher enigmática, pensava enquanto olhava para ela. Ela não devia ter mais de 27 anos, era morena, magra, alta e elegante. Linda na verdade. Vestia uma calça Jens extremamente colada ao corpo, um scapin nude e uma blusa de seda na cor vermelha.

 

_ Prazer Ruby. Obrigada por me receber. Disse tentando voltar o foco.

 

_ Que isso, sente-se por favor. Ela falava enquanto fazia um sinal mostrando a cadeira. _ Deixa eu te explicar o ritmo daqui. Trabalhamos em escala de plantão, 12X36. Seu turno vai das 19h da noite até as 7h da manhã do dia seguinte. Claro que não somos intransigentes, se a boate fechar as 4h da madrugada você não precisará ficar até as 7h da manhã, mas já te aviso que é raro isso acontecer. Nosso horário oficial é até as 05:30h, mas as vezes precisamos basicamente expulsar os clientes porque simplesmente não vão embora. A vaga, como a Belle te disse é para bartender, por isso você vai trabalhar no segundo andar, mais precisamente na boate. Eu a ouvia em silêncio e ela ia explicando tudo detalhadamente. _ Somos adeptos aos uniformes, além de padronizarmos o serviço evita que você precise se preocupar com roupas. Enquanto vou te explicando você anota, por favor, o número da sua calça e da sua blusa nesse papel, além de um e-mail e telefone para contato. Assim o fiz e novamente voltei a fixar minha atenção nela.

 

_ O salário é R$2.500,00 reais, além das gordas caixinhas que você ganhar. Nossos clientes são bem generosos com os bartenders. Esteja sempre com um belo sorriso no rosto e não se arrependerá. Pagamos sua passagem, vale alimentação e plano de saúde. Só temos duas regras que devem ser seguidas à risca. 1ª não importa como foi o seu dia, o cliente não tem nada a ver com isso, por isso merece ser tratado da melhor forma possível. Afinal cliente satisfeito sempre volta. 2º sua vida pessoal não nos interessa, mas em hipótese nenhuma se envolva com um cliente dentro das dependências do trabalho. Ainda que você queira ficar com algum deles, aqui dentro NÃO, da porta da rua pra fora você faz o que quiser.  

 

Não consegui segurar o riso... _ Perdão, falava tentando me conter.

 

_ Sem problemas, só não entendi a graça.

 

_ É que você falou sobre envolvimentos com os clientes e sem querer imaginei a cena.

 

_ Não entendi!

 

_ A muito tempo não me relaciono com ninguém, e nunca fui adepta a relacionamentos em ambientes de trabalho e também não me vejo em relacionamentos com mulheres, então pode ficar tranquila que não existe essa possibilidade.

 

_ Emma desculpa perguntar, mas eu preciso saber, levando em consideração o ambiente em que você irá trabalhar. Você tem algum preconceito com o público gay? Se tiver esse é o momento de falar.

 

_ Imagina. Problemas nenhum, só não me vejo em um envolvimento com uma mulher. Pra ser sincera não vejo se quer tendo um relacionamento. Como a Belle com certeza vai te falar, eu vou te adiantar. Na adolescência tive uma grande desilusão amorosa e me fechei para esse campo há muitos anos. Não consigo confiar em ninguém para inserir em meu universo sentimental. Mas pode ficar tranquila que não tenho preconceito nenhum.

 

_ Ótimo, então vou te encaminhar para o curso, mas quero que você comece essa semana. Preciso que você vá se integrando a rotina da casa, para quando assumir seu posto já esteja habituada os demais funcionários. Na sexta está bom para você?

 

_ Claro.

 

_ Então nos vemos na sexta. Chegue com pelos menos 1 hora de antecedência para que possa pegar seu uniforme, a passagem da semana e para que eu possa te apresentar a equipe. Seja bem vinda a bordo Emma.

 

_ Obrigada Ruby.

 

Saí de lá animada, o ambiente parecia agradável, as donas eram legais e enfim eu teria alguma coisa com que ocupar minha cabeça.   

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - DE VOLTA A REALIDADE:
Anamel
Anamel

Em: 28/10/2019

Amei ,parabéns autora 👏👏👏

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 01/03/2019

Surpresa maravilhosa ess capítulo,já me apaixonei por esse romance.

Beijos autora.


Resposta do autor:

Que bom que gostou, fico muito feliz. 

Espero que a história continue te agradando, escrevi com muito carinho. 

 

Muito obrigada pela companhia e pelo carinho em comentar. 

 

Beijão 

Responder

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smorpos
smorpos

Em: 28/02/2019

Muito boa a história: não é cansativa, nem com fatos mirabolantes e nem longuíssimos diálogos que quando terminamos de ler já esquecemos o início. Parabéns pela ótima dinâmica do enredo. 


Resposta do autor:

Muito obrigada, fico muito feliz que tenha gostado. 

Obrigada pelo carinho em comentar!

 

Beijão  

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 08/10/2018

Olá!

Seja bem-vinda!

Gostei desse primeiro capítulo

Muitas informações interessantes sobre Emma

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Muito obrigada pela acolhida. 

Fico feliz que tenha gostado, espero que continue acompanhando a história, ainda temos muito a conhecer sobre a Emma e sobre a Regina, nossas protagonistas. 

 

Beijão e até semana que vem.  

Responder

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