Janeiro de 2013

 

            Os olhos abriam devagar, incomodados com as luzes brancas e fortes que passavam indeterminadas nas pálpebras entreabertas. Ouvia vozes ao fundo, falando ao mesmo tempo, procedimentos executados, sinais vitais, dosagem de medicação. Tentou se mover, mas não conseguiu, foi quando percebeu que tinha um colete cervical em seu pescoço.

            Sentiu dores percorrendo áreas do corpo que ela nem sabia que existiam, enquanto sentia o atrito das rodinhas no chão por um corredor extenso, sobre a maca, sendo levada para a sala de cirurgia, estava Carolina, 32 anos.

            Alguns flashes passavam pela sua memória, lágrimas, visão embaçada, desespero, faróis altos cegando sua visão e freios no asfalto, após um estrondo de ferro se chocando contra ferro, tudo ficou distorcido e negro.

            Ao ser posta na mesa de cirurgia, percebeu um médico trazendo uma máscara e a colocou em seu rosto. Queria falar, mas não conseguia.

 

-- Ficará tudo bem, você vai dormir agora.

 

            Carolina sentiu as pálpebras mais pesadas do que já estavam, e adormeceu caindo em um sono profundo. Imagens se formavam em sua mente, seria um sonho ou sua vida como um filme?

 

Novembro de 1990

 

-- Seu moleque! Como você ousa me enfrentar dessa maneira? – Nelson dizia cambaleando –

 

-- Você tentou tocar na Carol que eu vi. – Gritava para o homem -- Você só não conseguiu porque eu cheguei.

 

Os gritos podiam ser ouvidos pela rua. Carmem chegava cansada do trabalho, e um dos vizinhos a avisou da confusão em sua casa. A mulher correu para saber o que acontecia, imaginava que o marido estava a bater nos filhos novamente.

            Carolina estava assustada, sentada em um canto da sala humilde, as paredes em tijolos sem embolso, o chão coberto com uma ardósia já gata pelo tempo, poucos móveis, um sofá velho e rasgado coberto com uma manta debaixo da janela, em frente a uma pequena estante com uma televisão e poucos adornos, duas cadeiras em um canto. A menina tinha as mãos na cabeça tentando abafar o som dos gritos e da surra que Nelson havia levado do enteado mais velho.

            Carmem entrou em casa e viu o marido com sangue na cabeça e o rapaz com uma vassoura nas mãos. Por um momento ficou aliviada por não ser o contrário. Mas pediu satisfações aos dois.

 

-- Minha nossa! Mas o que está acontecendo aqui? – colocou a bolsa no sofá e foi até o filho – Estava ouvindo seus gritos lá da rua!

 

-- Esse moleque abusado resolveu me enfrentar. – Tentava levantar do chão –

 

-- Ele tentou tocar na Carol mamãe. – Apontava para o homem bêbado – Eu vi, ele enfiando a mão debaixo da saia dela.

 

-- Meu Deus! – Carmem colocou as mãos na boca em espanto – Sua própria filha! – seus olhos encheram de lágrimas –

 

            Carmem olhou ao redor e viu a garota encolhida no canto da sala. Nelson estava tão tonto que não conseguia mais reagir. Caio não estava em casa, estava na rua com os colegas.

 

-- Eu não fiz nada disso, ele é um mentiroso! – Nelson conseguiu levantar e sentou-se no sofá – Ele inventa muita história. – Passou uma das mãos na testa --

 

-- Eu não invento nada! Chega dessa mentira, fala a verdade seu nojento! Você faz isso comigo e com o Caio há um tempão!

 

            Carmem olhou para o filho assustada, com os olhos lacrimejando, incrédula com a revelação do menino. Olhou para o marido e sua vontade era de voar no pescoço dele e tirar qualquer sopro de vida que este homem pudesse ter.

            Avançou no marido e o segurou pela camisa, com uma força que ela nem sabia que possuía.

 

-- O que você fez com os meus filhos? – gritou no rosto de Nelson – Diz para mim seu vagabundo! – sacudia o homem – Você abusou dos meus meninos? – desferiu um tapa em seu rosto –

 

            Caio chegou na hora e não entendeu nada, entrou assustado em casa. Olhou para o irmão que tinha o semblante fechado e viu a mãe batendo no padrasto.

 

-- Seu ordinário! – outro tapa – Eu vou chamar a polícia!

 

            O que dona Carmem não sabia era que uma vizinha que estava cansada dos abusos de Nelson já havia feito isso, e nesse mesmo momento um policial chegou à sua porta.

 

-- Senhora! – bateu na porta – Senhora, nós somos da polícia, a senhora está bem?

 

-- Abre a porta Carlos! – saiu de cima do marido –

 

            O garoto abriu a porta e o policial entrou na sala, acompanhado de um parceiro, segurava o cabo da arma ainda dentro do cinto por precaução.

 

-- O que está acontecendo aqui? Nós recebemos uma denúncia que estaria havendo uma briga doméstica.

 

-- Sim senhor, este homem é meu marido. – Parou e repensou -- Era meu marido, ele bebe muito e chega em casa batendo em todo mundo, quebrando tudo. – Começou a chorar – E agora eu descobri que ele molesta meus filhos.

 

-- É tudo mentira! – Nelson repetia com a voz arrastada – Eu nunca toquei nesses moleques.

 

-- Você que é um mentiroso, ele aproveita que chega antes da minha mãe em casa e me leva para tomar banho com ele. Caio já me contou que já teve que fazer a mesma coisa. – Apontava o dedo para o homem – Eu aguento firme mãe, mas eu não podia “deixar ele” fazer o mesmo com Carol.

 

-- Ah, meu filho! – lágrimas caíam de seus olhos --

 

-- Então o senhor é um pedófilo? – o policial caminhou em direção ao homem –

 

-- Minha filha. – Carmem foi ao encontro de Carolina – Carol, você está bem? – acariciou os cabelos da menina – O que ele fez com você meu bem?

 

Carolina apenas olhava assustada para a mãe, sua visão da sala enorme à sua frente a amedrontava, todos pareciam gigantes naquele momento tentando lhe engolir. Chorava baixinho, pensando se contava tudo o que acontecia dentro de casa quando a noite caía, mas sentia medo do que o pai poderia fazer. Não tinha noção do que acontecia à sua volta ainda.

 

-- Ele molestou a menina também? – o outro policial perguntou assustado –

 

-- Ele tentou moço. – Carlos respondeu – Hoje ele não conseguiu, eu cheguei antes. Se ele já fez antes eu nunca vi. – Ainda tinha posição de ataque --

 

O policial caminhou até Carlos, calmamente inclinou-se na direção do rapaz.

 

-- E o que você fez rapaz? – segurou o cabo e retirou das mãos do garoto – Pode me falar, não se preocupe, não vai acontecer nada com você. Eu fico com isso.

 

-- Eu “empurrei ele” no chão, -- fazia os gestos da briga -- quando ele levantou para me bater eu peguei a vassoura que estava atrás da porta e acertei a cabeça dele. Carol correu para o canto da sala, e eu não deixei mais ele chegar perto dela.

 

-- Parabéns rapaz, você foi o herói hoje. – O policial apertou a mão de Carlos— Vamos levar esse traste daqui.

 

Um dos policiais levantou Nelson e o algemou, o homem ia gritando pela calçada até a viatura, reafirmando sua inocência, e os policiais o trancaram no carro.

 

-- Senhora, agora eu preciso que a senhora nos acompanhe até a delegacia com as crianças para realizar a ocorrência e eles terão que fazer exames de corpo e delito.

 

-- Sim senhor. Iremos fazer a ocorrência. Eu vou pegar minha bolsa.

 

Caio estava assustado, apavorado com o fato do segredo deles se espalhar pelo bairro, se ele fosse para a delegacia e a notícia do abuso chegar aos ouvidos dos amigos, ele sabia que seria perseguido e viraria a piada entre os colegas.

 

-- Eu não quero ir. – Caio gritou –

 

-- Caio, meu filho, nós precisamos acompanhar o policial. – Carmem andava em sua direção –

 

-- Não, eu não vou, ele não fez nada comigo, eu não sou “boiola”, eu não sou “viado”. – Andava para trás –

 

Caio sentia-se encurralado, estava com medo das consequências dessa revelação. Sentia vergonha da família e dos amigos, olhava amedrontado para a mãe.

 

-- Eu sei disso Caio, ele que é doente, ele fez coisas ruins com você. – Apertava a bolsa contra o peito – Nós precisamos contar o que houve para que ele fique preso e nunca mais faça isso de novo. – Tentava acariciar o garoto –

 

O garoto se afastava cada vez mais, até bater com as costas na parede. Olhava acuado para a mãe que se aproximava e ele apenas se esquivava.

 

-- Caio, nós temos que acabar com isso, senão ele volta e começa tudo outra vez. – Carlos tentava convencer o irmão – Você não quer passar por isso de novo, não é?

 

-- Mas os meus amigos vão me chamar de “viado”. – Lágrimas surgiram em seus olhos –

 

-- Não vão não. Ninguém vai saber disso. – Carlos segurou seu ombro – Vamos, mamãe precisa de nós.

 

            Carolina mantinha-se calada, nada a fazia sair daquele transe, durante todo o percurso até a delegacia e o exame no Instituto Médico Legal, a menina não emitiu nenhum som. Sua pequena cabeça fervilhava, um misto de emoções e temores que ela não sabia explicar, estava muda, não conseguia dizer uma palavra sequer, o medo era dominador e aquela garotinha assustada estava presa em seus pensamentos. Uma psicóloga foi chamada para tentar conversar com a criança.

            Todos prestaram seus depoimentos, fizeram os exames, foi constatado pelos peritos, que as crianças sofriam abuso e que Carmem era espancada constantemente, Carolina continuava em seu silencio.

            A psicóloga veio conversar com a menina e depois de muita dinâmica e conseguir a confiança da criança, que ela conseguiu extrair o relato de Carolina.

A menina narrou os momentos que passou em sua casa, os abusos pelo próprio pai, as pessoas envolvidas naquele testemunho estavam consternadas, a menina não tinha ideia das consequências daquele ato ainda, mas todos sabiam que isso seria um fato muito duro ao longo de sua vida.

Carmem chorava imaginando o sofrimento que sua filha passou calada com medo de ser levada de sua casa, ao final do relato, a psicóloga que por mais acostumada a casos extremos, também estava emocionada com a menina pequena que estava passando por tanta coisa, resolveu encerrar a entrevista.

 

-- Carol não precisa continuar se não quiser. – Tinha os olhos cheios de lágrimas --

 

-- Eu quero ir para minha casa.

 

-- Vamos para casa. – Estendeu a mão --

 

-- Sim. – Levantou-se da cadeira --

 

Carolina com dez anos, tão inocente, ao mesmo tempo tão adulta, uma infância violada pela pessoa que estava ali para protegê-la, por quem ela deveria se orgulhar e considerar seu herói, na verdade seu pai foi o seu vilão. O homem que deveria cuidar, educar, dar carinho e amor, foi seu carrasco ao matar sua inocência com uma violência velada, e silenciosa, que não chama atenção, apenas mata aos poucos a criança que existe dentro de cada menina violentada.

Saindo da sala, Carmem veio na direção da menina e a abraçou, suas lágrimas molhavam o rosto assustado de Carolina. Os irmãos esperavam em outra sala, e viram sua mãe no corredor e correram para encontrá-la, Carmem os abraçou com tanta força quanto podia.

 

-- Vamos embora daqui. – Limpava as lágrimas –

 

Olhou para a delegada e esta acenou com a cabeça e um meio sorriso.

 

-- Vai com Deus, e fique tranquila, pois esse homem nunca mais sairá da cadeia para fazer mais nada contra você e seus filhos. – Colocou a mão sobre seu ombro –

 

Carmem agradeceu e seguiu seu caminho para casa com os três filhos, meninos perdidos, violados pelo caos de uma mente doentia, uma família inteira destruída pela depravação de um homem sem caráter.

Chegando em casa, Carmem estava cansada, fisicamente e mentalmente, mas sabia que precisava conversar com cada um dos filhos, precisava mostrar que ela estava ali para apoiar os três e ajudar a superar tudo o que passaram.

 

-- Meninos, hora de tomar um banho para dormir, o dia hoje foi intenso demais. – sentou- se no sofá, desanimada –

 

Carolina sentou ao seu lado e ficou olhando um ponto perdido no infinito. Carmem percebeu e a abraçou.

 

-- Minha filha, você quer me contar alguma coisa? – olhou com carinho para o rostinho de Carolina –

 

-- Sim mamãe, mas você não vai brigar comigo? -- baixou os olhos --

 

-- Não minha filha, eu não vou brigar. – Acariciou seu rosto – Você pode sempre confiar em mim. Eu sou sua melhor amiga.

 

-- Papai brincava comigo toda noite. Ele me ensinou a fazer neném. Eu disse que ia te contar, mas ele me disse que eu não podia. – Seu olhar tinha medo – Se eu te contasse ele ia me levar embora.

 

Carmem chorou novamente, decidiu interromper a filha.

 

-- Carol, não precisa me contar mais nada. Deixa isso para lá. Eu só quero que você saiba que você não fez nada de errado minha filha, você é menina mais doce e carinhosa que eu conheço. – Abraçava a filha e acariciava seu rosto – Eu vou cuidar de você e não deixarei que mais ninguém te machuque.

A menina sorriu aliviada, e abraçou a mãe, pensava que por mais que aquele homem fosse seu pai, dentro de seu íntimo ela estava aliviada que não passaria novamente por aqueles momentos, sabia que não era algo correto, mas não sabia mensurar as consequências daqueles atos. Não imaginava que aquele ocorrido ficaria marcado dentro de si para o resto de sua vida.

 

 -- Vai pegar seu pijama para tomar um banho e ir dormir. -- beijou sua cabeça --

 

 -- Posso dormir com você, mamãe? -- beijou o rosto da mais velha –

 

-- Pode. Vai para minha cama.

 

Carmem derramou mais uma lágrima e ficou sentada no sofá esperando que essa dor imensa deixasse seu peito algum dia. Orou a Deus que seus filhos pudessem superar esse trauma e seguir com suas vidas.

 

ABRIL DE 1995

 

Carolina chegava à escola onde estudava, andando devagar, a mochila pesada nas costas, deixava tudo mais complicado, estava desanimada, cansada, aparentava sono, carregava um livro em uma das mãos. Ao chegar ao portão grande e imponente do colégio de freiras onde estudava, parou e suspirou antes de entrar para mais um dia de aulas.

            Com quinze anos ingressou no primeiro ano do segundo grau, sempre tirando boas notas, muito inteligente sempre passou de ano direto. Não tinha boas condições financeiras, fora agraciada com uma bolsa integral na escola porque sua mãe trabalhava na cantina como cozinheira.

Embora estudar naquele colégio fosse uma benção para sua formação, por outro lado era um verdadeiro inferno conviver com tantas meninas ricas e arrogantes, que faziam questão de transformar os dias de Carolina nos piores possíveis.

Carolina é uma menina bonita, os cabelos ondulados, desciam pelos ombros fazendo cachos largos nas costas, negros e brilhosos, os olhos castanhos, pele branca, o rosto meigo de menina, com olhar pacato. Fazia inveja em muitas das meninas que estudavam em sua classe.

A única colega próxima era Roberta, sua família também não tinha muitas posses, mas se esforçava para pagar um bom colégio para a filha ter um futuro melhor que o deles.

 

-- Bom dia turma! – Professora Marina entrava na sala com alguns livros nas mãos -

 

-- Bom dia!  - Todas falaram em coro –

 

-- Espero que estejam todas dispostas, pois hoje faremos a revisão para a prova de semana que vem. – Colocou os livros sobre a mesa - Temos muito para estudar.

 

Carolina não se preocupava, conhecia muito bem a matéria, adorava matemática, costumava ensinar Roberta que não entendia muito bem, e era hostilizada pelo resto da turma porque tirava as notas mais altas enquanto todos ficavam em recuperação.

 

-- Professora, pega leve nessa prova, o teste surpresa foi um desastre. – Reclamou uma das meninas –

 

-- Não sei por que. – Pegou os óculos na bolsa – Carolina e Roberta conseguiram tirar notas boas.

 

-- Elas não valem. Elas nunca tiram nota baixa. – Reclamou outra colega --

 

Carolina já esperava alguma piada ou hostilidade ao final da conversa, os professores adoravam usá-la como bom exemplo para as outras alunas.

 

-- Isso significa que, se elas conseguiram alcançar o objetivo, todas aqui também podem.  – Colocou os óculos no rosto –

 

-- Claro, não tem mais nada para fazer da vida, tem que estudar mesmo para não acabar de merendeira de colégio igual à mamãezinha. – Sussurrou Samantha para as amigas –

 

Samantha era a garota mais popular da escola, uma das mais ricas e adorava provocar Carolina, humilhando a profissão de sua mãe, suas roupas, implicava com tudo, tentava prejudicar a garota de todas as formas possíveis.

Morena, cabelos castanhos bem claros, mesma cor dos olhos. Samantha se colocava na posição de líder da turma, andava sempre com mais duas amigas tão esnobes quanto ela. Lucia e Gabriela.

 

-- Essa garota ainda vai me tirar do sério! – Pensou Carolina –

 

Roberta parecendo ler os pensamentos da amiga tentou ponderar.

 

-- Amiga, deixa para lá. – Sussurrou entre os dentes –

 

-- Vamos começar!  Abram o livro na página sessenta.

 

            A sala cheia de meninas, o colégio não aceitava matrícula de meninos, era quase um covil de cobras, todas tentando ser mais que as outras, Carolina apenas observava, imaginando que se ter dinheiro fazia com que as pessoas ficassem dessa maneira, que ela preferia ser pobre, mas ser íntegra.

            Carolina sonhava em ser médica, queria salvar vidas, ajudar as pessoas. Tinha como sonho terminar o colegial e ingressar em uma faculdade federal, já que sua mãe não tem dinheiro para pagar a particular que a maioria das outras alunas com certeza frequentaria, além de ter que se dedicar em tempo integral à faculdade, não teria como trabalhar para ajudar nesse caso.

Na saída da sala, ao final da manhã de estudos, Carolina se dirigia para a cantina, encontraria com sua mãe, na parte da tarde a ajudava com o segundo turno do colégio, e depois ficava estudando na biblioteca até dar o horário de ir para casa junto com a mãe.

Sua rotina era a mesma todos os dias, passava o dia inteiro no colégio com sua mãe e à noite ia para casa ajudar nas tarefas domésticas. Caio já estava com dezessete anos e Carlos com vinte.

Carlos trabalhava como motoboy, e Caio não trabalhava e nem estudava, era visto como um garoto problema em casa e pela vizinhança, ele andava com os traficantes do bairro e estava envolvido com drogas e atividades ilícitas, estava sempre metido em problemas e trazia muita tristeza para dona Carmem, mãe dos três.

 

Fim do capítulo