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Uma vida em lembranças por Alex B

Ver comentários: 1

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Palavras: 2196
Acessos: 804   |  Postado em: 16/09/2018

Capítulo Único

 

Quando se chega na minha idade, algumas coisas perdem a importância. Não me incomodo mais com os dias nublados, como o que faz hoje. Não ligo para os farelos de bolo do dia anterior na mesa de jantar. Já nem ouço mais o tic-tac frequente do relógio na sala. A marca de copo na mesina de centro tornou-se meu souvenir.

Quando se chega na minha idade, te restam lembranças. Histórias de uma vida que foi sentida na sua plenitude. Sorrio com esse pensamento. Olho a marca de copo na mesinha de centro. Foi a última marca que ela deixou.

Meu novo hobby é contar histórias. Não qualquer uma, nem para qualquer um. Histórias da minha própria vida, para mim mesma.

Fecho os olhos e me acomodo melhor no sofá. Posso ouvir alguns pássaros lá fora cantando. A falta de sol não os intimidará. Dou um suspiro longo e calmo, sentindo o ar preenchendo meus pulmões já cansados. Então eu volto para aquele dia.

~.~.~.~.~.~.~.~.~

Cinquenta e sete anos atrás.

- Pedro, pode colocar essa caixa perto do sofá.

Dia de mudança é sempre uma loucura. Não é minha opinião, isso é um fato. Meu melhor amigo por livre e expôntanea pressão se prontificou em me ajudar, ainda assim havia muitas coisas a se fazer.

- Essa foi a úlima caixa do caminhão. – Falou um pouco ofegante.

- Ótimo, vou acertar com os meninos do frete e já volto. Pode ir desempacotando as caixas da cozinha.

Seu semblante caiu em desânimo. Sorri para ele e peguei minha carteira ao sair. O prédio não era dos melhores, mas era no centro com um aluguel que eu poderia bancar. Para mim era mais do que o suficiente.

Desci os lances de escada pela milésima vez naquele dia. Com quatro andares apenas o edifício não possuia elevador. O bom era que meu apartamento ficava no primeiro andar.

Enquanto acertava o pagamento, um senhor já de idade caminhava em passos lentos em direção ao meu prédio. Em sua companhia estava uma shih tzu. Presumi ser fêmea pelo seu lacinho rosa.

- Obrigado por escolher nossa empresa. Aqui está nosso cartão caso precise de um outro serviço.

Peguei o cartão e agradeci. Ao retornar para o prédio, encontrei com aquele senhor nas escadas, subindo bem lentamente.

- Olá, boa tarde! Aceita ajuda para subir?

Ofereci meu braço enquanto chegava um pouco mais perto. Ele me olhou como quem se desse conta da minha presença apenas agora. Sua cachorrinha foi logo me cheirando. Ele sorriu para mim antes de responder.

- Oh não, obrigado! Já estou acostumado, mas aceito a companhia.

- Me chamo Alessia. Me mudei hoje para o prédio.

- Seja bem-vinda, Alessia! Por sinal um bonito nome.

- Obrigada. Minha mãe disse que havia escolhido esse nome quando ainda era adolescente. – Sorri ao responder.

- Ela tem muito bom gosto. Pode me chamar de Vô Raul. – Ele parou para me olhar. – Ou apenas de Vô.

Assenti com a cabeça. Estavamos parados no primeiro andar.

- Bem, jovem. Eu fico por aqui mesmo. – Apontou para a porta 101.

- Acho que seremos vizinhos então, porque meu apartamento é aquele. – Indiquei com a cabeça a porta com o número 102. Ele deu uma risada gostosa.

- Que maravilha! Passe mais tarde em casa então para eu lhe ofercer um café. Se dermos sorte, minha neta vem me visitar hoje e ficou de trazer um bolo de laranja que te garanto, será o melhor que irá provar. – Foi todo simpático.

- Bem, depois dessa propaganda eu não perderia isso por nada. – Sorri.- Assim que terminar de desempacotar as caixas eu irei.

Ele asssentiu e nos despedimos. Ao entrar no apartamento encontrei Pedro resmungando sozinho, até então tudo normal. Ficamos tão entretidos em desempacotar as caixas que quando deitamos exautos no sofá eu nem havia me dado conta de que já era de noite.

- Ah não, Pedro! Eu esqueci completamente do café do Sr. Raul.

Pedro demorou um instante para recordar de quem eu falava.

- Ah sim, seu vizinho. Pelo amor Ale, você mudou hoje, é claro que ia estar o dia todo ocupada. Depois você pede desculpas a ele. – Suspirei um pouco contrariada, não gostava de faltar a compromissos quando dava minha palavra.

- Irei amanhã.

Ele assentiu nem ligando mais para o que eu dizia. Pedimos uma pizza e após jantarmos, meu amigo foi embora.

No dia seguinte acordei cedo para terminar de colocar os objetos nos devidos lugares. Após o almoço fui ao mercado abastecer a geladeira, aproveitei e comprei os ingrediente necessários para fazer cookies. Era uma receita da minha avó que eu fazia de vez em quando. Pedro quando comia dizia ser pedaços do paraíso. Sempre achei ele exagerado.

No final da tarde, já com os cookies prontos, bati três vezes na porta do Vô Raul. Ouvi seus passos dentro do apartamento e depois de um tempo a porta foi aberta. Eu sorri.

- Olá! Vim tomar o café que o Sr. me ofereceu ontem. Como forma de desculpas por não ter vindo antes, eu fiz cookies para o senhor. Espero que goste. – Despejei as palavras de uma só vez.

Ele sorriu e abriu a porta um pouco mais para que eu pudesse passar.

- Ora, ora. Achei que tinha esquecido.

- De forma alguma. É que acabei me enrolando com a mudança, quando me dei conta já era de noite

- Sem problemas, jovem. Venha, sente-se que irei passar uma café para nós.

Ele pegou o prato com os cookies e me guiou até a cozinha, onde havia uma mesa redonda com lugar para quatro pessoas. Sentei-me em uma das cadeiras e ficamos coversando enquanto ele preparava tudo.

Descobri que Vô Raul era um homem simples. Passou a vida em uma padaria, onde tirava o sustento de sua família. Sua esposa fora florista. Juntos tiveram duas filhas. Sem entrar em detalhes, falou que hoje ele tinha apenas sua neta. Camille.

Contei um pouco da minha vida também. Havia me formado em História havia três anos. Dava aulas para ensino fundamental e ensino médio. Contei que meus pais moravam no Estado vizinho, mas que eu vivia na cidade desde a faculdade.

- Cam, se formou aqui também – Referia-se a neta, quando falava nela dizia sempre com orgulho, pude notar. – Formou-se em Direito, ficou dois anos procurando emprego, tadinha, mas agora trabalha em um escritório e já até subiu de cargo.

- Que legal! O senhor deve sentir muito orgulho dela. – Acabei comentando.

- Cam é uma benção em minha vida, sempre foi a alegria da família. Se tivesse vindo ontem talvez a tivesse conhecido. Ela é jovem como você, teriam se dado bem.

Eu sorri e assenti.

- Bem, agora que somos vizinhos, acredito que não irão faltar oportunidades.

- Sim, sim. Tem razão. Ah! E quase me esqueci. – Ele se levantou e foi até a geladeira, onde pegou parte de um bolo e trouxe até a mesa. – O bolo de laranja. – Explicou. – Cam, trouxe ontem para mim e eu guardei um pedaço para você.

Acabei ficando comovida com tamanha gentilza. De fato, o bolo era um dos melhores que já havia provado. Vô Raul não estava mentindo.

- Agora que percebi, ontem o senhor estava com uma cachorrinha, onde está ela?

- Cam levou ela para passar alguns dias em seu apartamento. Veja bem, Cam ganhou a Lily de uma amiga, mas como moro sozinho ela acaba deixando comigo. Só que de vez em quanto ela a leva para passar alguns dias com ela. Guarda compartilhada, como minha neta diz.

Balancei a cabeça em compreenção. A conversa fluiu de tal forma que nem vi o tempo passar. Quando nos despedimos já era noite.

Duas semanas se passaram em um estalar de dedos. Fiquei na correria de documentação e terminar de ajeitar meu apartamento, tudo isso junto com as aulas que eu ministrava. Encontrava Vô Raul sempre no corredor e pelo menos duas vezes por semana partilhavamos um café da tarde juntos. Nesse tempo ainda não havia conhecido sua neta pessoalmente. Apenas por fotografias, Vô Raul fazia questão de mostra-las. Não podia negar que Camille era linda, recordo de ficar admirando sua foto um pouco mais que as dos demais membros da família.

Era uma terça-feira de manhã. Saí um pouco apressada de casa e peguei as correspondências na caixinha que ficava perto da portaria. Cada apartamento tinha a sua. Ao olhar rapidamente vi que havia uma do Apto. 101 nas minhas coisas. Resolvi voltar e entregar pessoalmente para Vô Raul.

Eu não sabia, mas eu iria conhecer o amor da minha vida em instantes.

Bati na porta e peguei o celular para mandar uma mensagem, já conhecia o tempo de espera até que a porta se abrisse. Entretanto, diversamente do comum, a porta de abriu em instantes.

Levantei meu rosto e meus olhos se encontraram com os delas. Deus! As fotografias não faziam nem de longe jus a tamanha beleza. Seus olhos castanhos passavam uma tranquilidade que eu não poderia dizer. Seu cabelo levemente ondulado e curtinho no ombro. Seus lábios rosados  e dentes perfeitos que se abriram em um sorisso.

- Posso ajudar? – Perguntou um pouco confusa.

- Aah... Uma correspondência do Vô Raul acabou ficando na minha caixa. – levantei a carta. – Está tudo bem com ele? – perguntei preocupada se algo poderia ter acontecido com ele.

- Sim, está. No momento ainda está descansando.

Eu sabia que Vô Raul acordava cedo, então essa informação me causou estranheza.

- Eu sou vizinha dele, moro no 102. Está tudo bem mesmo?

O rosto de Camille tomou uma expressão de compreensão.

- Você que é a Alessia?

- Sim, eu mesma.

- Ouvi muito a seu respeito, meu avô fala sempre de você. – Sorri ao escutar essa informação. – Eu sou Camille, neta dele. – Se apresentou. – Na verdade ele teve um pequeno mal-estar noite passada então acabei dormindo aqui para certificar-me que estava tudo bem. Gostaria de entrar?

- Ah obrigada, mas eu tenho que dar aula agora cedo. Está tudo bem mesmo?

- Sim, foi apenas um mal-estar. Não se preocupe. – Sorriu para mim.

Seu sorriso era tão doce que me senti acolhida por ele.

- Ah bem, nesse caso então eu só vim deixar a carta. – Entreguei a ela. Quando nossas mãos se tocaram, ainda que brevemente, um calor aconchegante tomou meu corpo. Mesmo que eu não tenha entendido a razão. – Olha se eu puder fazer algo, é só pedir. Apesar de conhecer Sr. Raul a pouco tempo, é uma pessoa que tenho extremo carinho.

- Eu agradeço, de verdade!

- Vou indo então. Até mais.

- Até, Alessia.

Nos despedimos e durante o resto do dia seu rosto aparecia em minha memória, apesar dos meus esforços em focar minha atenção nos meus afazeres.

~.~.~.~.~.~.~.~

Quando penso nas coincidências da vida, me questiono. Seriam mesmo apenas coincidências ou o famoso destino?

Camille sempre acreditou que não haviam coinciências, mas sim que tudo o que acontece era para acontecer. Confesso que até hoje não tenho uma resposta para essa pergunta.

Abro os olhos e vejo algumas das nossas fotografias que ficam em uma parte em cima da lareira. Meu olhar se atém especificamente em uma na qual está eu e Camile abraçadas a Vô Raul. Era um dia ensolarados e haviamos o levado para o parque. Seu sorisso na fotografia passa até hoje a felicidade que foi vivida nesse dia.

Deixo uma lágrima escorrer por meu rosto ao me lembrar de momentos tão bons.

Lá fora pude escutar que caia uma chuva. No final das contas o dia nublado se transformou em um dia chuvoso. Engraçado como meu humor acompanhava o tempo.

Me levantei com certa dificuldade, meus 83 anos já pesando. Caminhei até a varanda e observei a chuva cair lentamente. Pensar na minha época jovem sempre me deixava feliz. O sentimento de ter vivido garantia isso.

Eu sempre atribuo minha felicidade a ter partilhado uma vida toda com Camille. Ela dizia ser injusto falar isso. Mas confesso que era e é o que sinto até hoje. Camille fez minha vida valer a pena.

No fim da vida, Vô Raul não tinha mais apenas Camille e sua cachorrinha Lily, tinha a mim também e até Pedro que com o tempo também acabou se apegando a ele. Era uma Família improvisada como dizia meu amigo.

Mas era uma famíla e tanto! Uma família e tanto.

Hoje já não tenho mais ninguém. Todos já fizeram sua passagem. Meu amor, meu grande amor me deixara há dois meses. Haviímos ficamos apenas Camille e eu.

Agora, só eu.

Ainda tento encontrar forças para levantar todos os dias. Confesso que meu único desejo é encontrar-me novamente com meu amor. Com minha família.

Não sei quando Deus me concederá essa benção, mas aguardo ansiosamente. Espero esse dia chegar me recordando de minhas lembranças. O tempo levou todos que amo. Só não levou minhas memórias.

Ao menos elas ainda me pertencem.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Um conto para passar o tempo kkkk

Opiniões são sempre bem-vindas!! Deem um Feedback :)

Abraçoss!!!


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Comentários para 1 - Capítulo Único:
Mille
Mille

Em: 16/09/2018

Oi Alex tudo bem?? Saudades viu 

História linda e emocionante que mim levou a liberar minhas lágrimas. Parabéns 

Bjus


Resposta do autor:

Oieee Mille!! Estou bem e você??

saudades tbm!!!

obrigadaa pelo comentário! É muito bom saber o que você pensa e sente! Sempre incentiva o autor!!

abraços e beijooos!!

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